1. Spirit Fanfics >
  2. Stubborn Love - Billdip >
  3. First Love

História Stubborn Love - Billdip - First Love


Escrita por: Pudean808

Notas do Autor


Oi, posso dizer que devo a vocês um pedido de desculpa, sim eu atrasei muito, e foi minha culpa ter calculado apenas o tempo para escrever e esquecer o tempo para editar. Aliás, obrigada a minha editora se ela estiver lendo isso.
Muito obrigada, a história não seria a mesma sem você.

E sem vocês todos certo? Esse era para ser um capitulo especial de 50 favoritos, mas chegamos aos 80. O que dizer, isso é muito especial para mim, eu estou muito feliz por isso.

Então acima de tudo, obrigada por tudo.

Vocês fazem meu dia!!

<3

Capítulo 6 - First Love


“Eu me lembro daquele tempo

Quando eu estava cansado e perdido

Naquela época, quando eu caí em um poço de desespero

Mesmo quando eu te afastei

Mesmo quando eu me neguei a te encontrar

Você esteve firmemente ao meu lado

Você não precisava dizer nada

Então, nunca solte a minha mão

Eu não vou soltar a sua mão outra vez nunca mais

Meu nascimento e o fim da minha vida

Você vai estar lá para cuidar de tudo”

First Love

P.O.V Bill Cipher

Quando vi o Dipper caindo naquela água, consegui sentir medo em minha pele. Conseguia de alguma forma, ver ele acordando como se tivesse acordado de um terrível pesadelo. Meus olhos se encheram de lágrimas com isso e, então, tive uma visão como uma imagem na minha cabeça: eu segurando o Dipper em meus braços, seu corpo estava frio, quase sem respiração.

Tive medo disso desde o início, o que não foi a muito tempo. Começou exatamente quando eu voltei ao mundo, não nesse mundo, mas foi quando eu voltei.

Garanto que essa não vai ser uma história muito simples de ser contada, então, vamos do início. É bem possível de vocês se perderiam se eu contasse-a com a minha visão ultrapassada. Para isso vamos precisar de uma voltinha no tempo.

De volta a quando tudo começou...

Foi em um dia bem estranho para mim. Havia voltado para um mundo em uma forma humana que eu não lembrava de ter. Teria de me acostumar com isso porque não é todo dia que se acorda com um corpo diferente, não é mesmo?

E então começou, não se passaram nem mesmo segundos, quando me vi com o Pinetree como se fôssemos amigos desde sempre. Não era o eu triângulo, era o humano da qual tanto estava estranhando, e eu estava abraçando ele até que a imagem se apagou, deixou de existir. Olhei para os lados, estava cercado de espelhos, e isso me assustou, confesso, ainda não estava familiarizado a sentir algo além de ódio por ele, fui tendo visões próximas dele, até o momento que não me parecia má ideia estar perto dele.

Foi quando fui expulso para a mente dele, para seu subconsciente, sendo mais específico. Aquele lugar é muito estranho, cada coisa se passava por lá... Descobri que eu podia montar cenários, e também que ele muda de acordo com seus sentimentos, era bizarro. Para mim, até aquele momento, só existia o ódio, e com esses afetos que eu sentia pelo Dipper, comecei a entender alguns sentimentos que antes eu não sabia que existiam.

Aos poucos começava a entender esses sentimentos e a nomeá-los. Claro que ninguém entende por completo os próprios sentimentos, tive dificuldades até descobrir que eu poderia ouvir os pensamentos do Dipper nos sonhos, que eram onde eu estava. Conseguia ver ele, via ele de longe e às vezes até chegava perto dele, mas era principalmente naqueles sonhos em que não lembramos de nada.

As minhas visões começaram a ficar maiores, mais intensas e mais frequentes, elas me contavam histórias pequenas, mas juntando todas havia um sentido. Iam desde cenas fofas como segurando suas mãos macias enquanto ele me levava para um lugar qualquer, sempre com um sorriso, até momentos picantes e trágicos. Quando Dipper caiu naquele lugar, as imagens começaram a fazer mais sentido. Começava a entender...

Em algum lugar no tempo, eu virei um demônio. Não nasci assim, vivi como um humano e fiz muitas coisas ruins nesse mundo, até com ele, coisas horríveis e deploráveis que me assombram, eu o protegi até onde pude. Acabou disso chegando a um fim, quando meu fim chegou. Eu virei um demônio e fiz questão de espalhar o meu passado em lugares no espaço tempo, mas não podia mudá-lo.

Ele não era um demônio como eu. Iria nascer, viver e morrer novamente, fazendo isso virar um ciclo. Eu distorci tudo que eu sabia sobre ele, transformei todo aquele amor em ódio com a promessa de que eu só me lembraria disso se eu não fosse mais um demônio. Como devem saber, estou perdendo meus poderes e tudo que um demônio pode te proporcionar, voltando a ter sentimentos. Em pouco tempo serei um mero mortal, e não me importo, na verdade até prefiro assim, vale a pena arriscar tudo para viver a minha vida em paz com o Pinetree.

Mas foi assim que vi o Dipper caindo. Eu vi ele morto em meus braços, assim como aconteceu. Sentia muita vontade de chorar, por tudo, por ter descoberto a verdade, por ter praticamente levado um fora, por entender minha situação no geral. Queria que ele estivesse aqui mas eu tinha estragado tudo, havia perdido o pouco que eu tinha, ainda assim via tanta coisa pela frente para acontecer, ou os flashbacks estão mexendo muito com a minha cabeça.

Se passaram dias, não fiz questão de contar quantos, mas começaram a acontecer coisas estranhas. O lugar parecia estar mais escuro, mais morto, eu não entendi muito bem, até mandei uma carta para o Pinetree pedindo para ele vir aqui o mais rápido possível pois eu notei que haviam alguns erros, como se estivesse perdendo pedaços do lugar. Então algumas coisas começaram a ficar distorcidas, pareciam erros de computador. Estava tudo muito esquisito.

Olhava atento para as árvores que estavam distorcidas, e através delas haviam alguns pequenos espaços pretos, eu encostei nele para ver se era apenas um erro, mas meus dedos atravessaram esses espaços, era a passagem para o outro lado. Eu tinha plena certeza de que minha expressão foi de puro horror, acredito que estava com medo daquele lugar pois estava caindo aos pedaços.

Eu não queria falar com o Pinetree, achava que ele já estava confuso o suficiente para prestar atenção no que eu falo, mas era preciso. Escrevi uma carta curta pra ele, mais como um bilhete, precisava que ele viesse aqui. Isso podia significar muitas coisas, mas se passaram dias e mais dias. Nem fazia questão de contar quanto tempo se passou. Sei que aqui tem mais tempo que lá fora, mas ainda assim se passou um bom período. Foi aí que eu percebi. O lugar não estava se auto-destruindo, mas o Dipper estava o fazendo.

Cheguei a essa conclusão quando já estava fácil de ver os espaços em volta sem muita dificuldade. Foi quando eu voltei a ser o que era, então se ele queria destruir o lugar, eu ia ajudar. Comecei quebrando tudo que via pela frente, até que percebi que aquilo me deixava mais forte. Se era a minha destruição que ele queria, ele teria, mas eu não iria sozinho, há pouco tempo havia entendido que sempre fora eu e ele. Não é agora que deixará de ser.

O ódio me movia, cada parte de mim queria matar tudo como maneira de vingança. Eu costumava pensar que iria o levar comigo, mas no fundo, sabia que o ódio era todo por mim. Eu me odiava por estar fazendo isso, me odiava por deixar ele morrer, me odiava por estar ali, me odiava por estar apaixonado por ele e não poder fazer nada sobre.

Meu corpo acabava virando um campo de força para a destruição. Meus olhos que eram amarelos estavam totalmente pretos como se guardassem o infinito. Uma energia amarelada saía de mim e aquele lugar já se parecia um buraco negro sugando tudo que via pela frente, lentamente acabando com tudo. Para mim estava bom assim, tudo há de ter fim, certo? Já era hora do meu fim, havia me contentando com isso, mesmo que parte de mim não desejasse isso, a outra queria que acabasse logo.

Estava acabando. Já havia consumido mais ou menos 60% do lugar, quando chegasse ao 100% eu iria entrar naquele mar do esquecimento.

De repente, vi o Dipper de longe caminhando com dificuldades pela ventania que acontecia. Suas mãos cobriam o seu rosto com medo de ser atingido pelos estilhaços que surgiam de todos os lugares, conseguia ver seu braço e seu rosto sangrando. Em um breve momento senti um pouco de arrependimento, mas se passou em um piscar de olhos, era como se eu estivesse no meio de uma luta interna e o ódio me consumia.

Virei de costas para ele, desejando que eu pudesse machucá-lo e mostrar a ele que aqui, eu tenho o controle. Caminhava com classe na direção contrária a dele, virando para o caos, movi levemente minha cabeça para o lado, apenas para ele perceber que vi sua presença.

- Decidiu aparecer, Pinetree - falava com remorso na voz, com nojo - era quem faltava, pois sei que em pouco tempo isso vai se destruir assim como você queria.

Eu poderia em um estalo de dedos matá-lo, mas continuava a ver um doce garoto que não merecia isso.

- Bill, o que está acontecendo? - ele gritava na intuição de me alcançar. Um estalo de dedos fez com que tudo ficasse silencioso, a não ser pelas nossas vozes e por uma música ambiente de piano, como tanto amo.

- Respondendo a sua pergunta, como já disse, eu estou destruindo tudo aqui. Você começou isso, eu estou terminando - o meu tom de frieza era claro.

- M-mas eu não entendo - ri baixo de sua cara amedrontada. Me movi para perto dele, perto o suficiente para agarrar seu pescoço com minha mão e o tirá-lo do chão.

- VOCÊ ESTÁ SURDO, PIRRALHO? Você desejou me esquecer, aqui estou. Em pouco tempo isso tudo não vai ser nem mesmo uma memória para você, vou simplesmente deixar de existir, eu não vou ser nada - jogo-o no chão ouvindo cair, aquilo doeu muito mas eu não estava em condições de voltar atrás.

- Foi tudo uma mentira o tempo todo? - pergunta ingênuo. Fiz uma expressão de surpresa, porém, deixei os risos tomarem conta.

- Você acha mesmo que eu viria até aqui para fazer esquecer de mim? Você é muito ingênuo. Eu te queria. Queria de todas as maneiras, seu corpo e sua alma, mas nem sempre tudo é recíproco, certo? - segurei muito forte as lágrimas, queria apenas desistir daquilo e correr para ele, mas acho que já era muito tarde para isso -Você acha que eu ficaria aqui para nada? Eu posso ousar em dizer que te amei, nosso caso já é antigo, mas é tudo poeira ao vento agora - deixei as primeiras gotas quentes rodarem meu rosto, eu já estava histérico a essa altura.

Ele parecia arrependido, mas não deixava sua expressão determinada morrer, não iria desistir. Eu conheço esse garoto há muito tempo, só vai parar quando isso tiver um fim seja qual for. Por experiência própria, posso dizer que ele consegue o que quer. Eu sabia disso melhor do que qualquer um, se fosse para ceder, eu sei que no final acabaria sendo eu. Desejava parar o tempo, ficar ali apenas terminando com tudo aquilo. Na minha cabeça não tinha volta, ou eu iria morrer ou eu iria viver, sair daquele lugar e ir para um mundo em que todos me odeiam, mas com razão. É a verdade, é o meu destino.

Ele ainda era minha fraqueza e minha força ao mesmo tempo. Não queria ser dramático, mas ele era tudo que eu tinha. Estava em uma linha central, onde do lado dos humanos todos me odiavam pelo que eu fiz, e do lado dos demônios todos me odiavam por não terminar o que comecei.

- Sabe, você é muito egoísta às vezes, já parou para pensar que eu também estava confuso? Parou para pensar que para mim era mais fácil te esquecer e te odiar do que me assumir, para mim mesmo? - ele falava em tom ameaçador, como se aquilo fosse seu fim do mundo.

- Não. Eu não deixei de pensar em você, nem mesmo por um segundo, nem mesmo enquanto eu fazia isso. Você era a única coisa na qual eu pensava. Dane-se, isso vai acabar logo - virei-me para ver o nível da destruição, era quase quando eu destruí Gravity Falls.

- Você sabe que eu não vou desistir de você, né, Dorito maldito? - diz ele rindo fraco, meio cabisbaixo - eu já te perdoei por tantas coisas, isso vai acabar sendo mais uma delas... Sempre foi assim.

Não queria aceitar o perdão dele, não depois do que eu fiz. Eu quase matei ele inúmeras vezes, não posso arriscar que isso aconteça novamente. Ele se aproximava de mim, e eu como um gato arisco, me afastava de leve, com medo de sucumbir aos seus olhos manhosos. Estava realmente dificultando as coisas, hoje em dia eu apenas pegaria aquele pirralho e sairia dali em um segundo ou mataria ele. Eu não sabia mais se aquilo era medo de mim, dele, ou do que poderia acontecer no final disso tudo.

Eu me afastei a ponto de cair andando para trás e foi quando ele sentou nas minhas pernas, puxou minha gola e atacou meus lábios contra os seus, fiquei sem reação, era a melhor sensação que eu já havia sentido. Eu retribuía o beijo que me deixava sem fôlego e deixava continuar as carícias de sua língua explorando cada parte da minha boca, me deixando ainda mais excitado. Quando percebi o rumo que estava levando, eu o empurrei de cima de mim para longe, estava com duas personalidades distintas naquele momento, uma dizia que era para eu me aproveitar dele ali mesmo e a outra dizia para afastar que aquilo é errado. Poderia ter escolhido a primeira opção, me arrependi disso.

- Não brinque comigo mais do que você já fez. Já chega, saia daqui antes que algo te aconteça.

Ele riu nervoso, provavelmente estaria com raiva de mim a essa altura ou acharia que estou louco, ainda acredito nas duas alternativas, mas com sua razão. Nunca pensei que eu conseguiria recusar algo dele, ainda mais depois de ter me beijado ele, mas estava a ponto de o empurrar no maldito lago, para que ele se fosse. Mas eu não tinha força emocional o suficiente, no fundo, eu sabia que não conseguiria fazer algum mal para ele diretamente, eu queria o bem dele.

- Você tem algum problema? Você acabou de dizer que vai me matar, quer que eu faça isso por você? - diz ele meio irônico, mas logo vai para a ponta de um dos precipícios - Então tudo bem...

Ele se vira para frente e ameaça se jogar. Em um movimento rápido eu o pego. O pego novamente pela

gola e falo no tom mais ameaçador possível:

- Nunca, jamais faça isso novamente. NUNCA, me entendeu?

- Você é muito complicado, Bill, diz que vai me matar mas me impede de fazer isso, e quer me proteger do mundo, eu não te entendo - ele estava irritado, sem sombra de dúvidas.

- Você não entende mesmo. Dipper, eu já te perdi outras vezes e não vou deixar isso acontecer novamente. Então saia daqui agora, e por favor, não me procure mais, você precisa ter uma vida normal, crescer, casar, ter filhos - disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, nem mesmo com remorso, medo ou tristeza na voz. Era o que ele precisava para si.

- E ver você ficar aqui e acabar tudo? Não. Bill, você vai sair daqui e vai me procurar. A gente ainda tem muitos assuntos pendentes - diz ele acariciando o meu rosto de leve e me encarando de maneira maliciosa - Você pode sair daqui, sabe disso melhor do que ninguém. Eu vou estar te esperando lá mesmo que ninguém te aceite, só precisará de mim. Ninguém vai precisar saber quem é você - diz ele encostando sua testa na minha, vi enquanto ele fechava os olhos, mas eu não perderia a oportunidade de olhar para ele em um momento íntimo como esse.

Ele encostou seus lábios nos meus com cautela, ficou assim por um tempo apenas aproveitando. Então ele separou seus lábios dos meus, parou por um minuto e voltou a se direcionar aos destroços do lago.

Me perguntava de onde ele tirava tanta calma, cautela e romantismo para falar comigo, era fofo e eu não podia fazer nada sobre isso. Ele deixou duas opções com uma escolha óbvia: ou eu morreria ali ou passaria a minha vida com ele, com momentos que fariam tudo valer a pena, mesmo que eu soubesse que assim que eu saísse dali, o Pinetree romântico, fofo e até mesmo erótico mal existiria, já havia tomado minha decisão. Enquanto ele saia, eu tomava a minha decisão, iria ficar com ele e jogar todo o meu orgulho para cima. Eu estaria lá com ele muito em breve.

   Olhei para ele uma última vez. Quando ele desapareceu, eu fiz tudo aquilo parar e reconstruir provavelmente com a ajuda do Dipper, que estava fixando suas memórias sobre mim. Comecei a sonhar acordado sobre quando eu estive com ele no passado e imaginando como vai ser nosso futuro. Em breve tudo isso será real.


Notas Finais


Bem, esse foi o capítulo! Comentem o que acharam da narração, da maneira que eu escrevi, enfim, comentem! Isso me motiva muito a postar mais, e a criar mais, afinal, isso é para vocês!

Mais uma vez obrigada <3

Até o próximo capítulo!

Um beijo de katsudon! :3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...