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História Stuck in the Middle - Capítulo 4


Escrita por: BAPBABY

Capítulo 4 - Capítulo 4


 — Sora??

 Ouvi Yongguk me chamando.

 — Sora? Aconteceu alguma coisa?

 — Ah...tá tudo bem, só deixei um livro cair sem querer. — respondi já entrando no cômodo

 Yongguk não estava pintando nada, estava apenas organizando algumas tintas nas gavetas e limpando pincéis. Olhei em seu rosto e ele parecia incomodado e confuso com alguma coisa, talvez com a garota que ele conheceu na boate ontem? Talvez com a minha presença? Não vi outra alternativa senão perguntar se algo estava acontecendo.

 — Tá tudo bem? — perguntei para o mesmo tentando não assusta-lo

 — Sim, é só que ainda me sinto mal por causa daquela garota, e eu não consigo tirar isso da minha cabeça.

 — Ei, não se preocupa com isso, você ainda vai achar ela e resolver tudo! — falei esperançosa

 — Amanhã nós vamos lá de novo? — ele perguntou fechando a última tinta que estava em cima da mesa e a guardando na gaveta

 — Claro! — respondi e um sorriso surgiu em seu rosto, fiz o mesmo e o abracei

 Eu me preocupo muito com o Yongguk. Sei muito bem o quão instável ele pode ser às vezes, e também sei muito bem como ajudá-lo,  e com certeza ele também sabe fazer o mesmo comigo. Me pergunto por que tive aquele ato na boate, mas me pergunto por que Yongguk estava daquele jeito, algo me diz que a garota não foi o real motivo. 


 Depois de ajudar com a limpeza da sala de pintura, fomos dormir.

Yongguk

 Agradeci Sora pela ajuda. É muito bom ter ela sempre por perto, eu com certeza não seria tão feliz como sou se não a tivesse em minha vida.


 Tomei um banho, coloquei o pijama e deitei para dormir.

Na manhã seguinte


 Acordei e fui fazer café e torradas, como eu sempre fiz nos últimos anos, desde que passei a morar sozinho. Sora ainda não havia acordado, então decidi levar o café para o quarto em que ela estava.


 Com a bandeja na mão, abri a porta com cuidado e a deixei no criado mudo. Antes de sair de lá, analisei o rosto de Sora. Ela sempre teve um olhar de quem era triste e estava sempre cansado, mesmo sendo a pessoa feliz e empolgada que ela é, e enquanto dormia claramente dava pra perceber pelo leve sorriso em seu rosto.


 Saí de lá e resolvi dar uma volta e pensar. Escrevi um bilhete avisando, me arrumei e saí.


 O caminho da porta do meu apartamento até o elevador parecia enorme quando eu não tinha alguém para conversar. Chegando no elevador cumprimentei o senhor que ali estava. Ele usava um sobretudo azul escuro e uma boina preta, exatamente como meu pai costumava se vestir.

 Sabe, ele costumava colecionar boinas de várias cores e estampas diferentes, um tipo de coleção que eu nunca tinha visto antes. Sempre que ele resolvia sair para comprar uma nova eu era convidado, mas com uma condição: não contar para mamãe.


 A porta do elevador se abriu, e o senhor saiu na frente, levando minhas lembranças junto com ele.


 Comecei a caminhar em direção a um parque a poucas quadras dali. Minha respiração causava uma leve fumaça no ar por conta da baixa temperatura que estava fazendo. 


 Chegando no parque, me sentei em um banco qualquer, acendi um maço de cigarro e comecei a fumar.

Sora

 Acordei sentindo frio. Meu celular dizia que estavam fazendo 9 graus. — Não parece muito com o que a previsão disse — pensei. Olhei para o lado e vi uma bandeja com algumas torradas e café. Peguei a xícara na minha mão, e sem surpresa nenhuma o café estava gelado. Com a bandeja em mãos, fui até a cozinha e a devolvi para o seu devido lugar.
 

Caminhei até a geladeira a procura de um pouco de água, e me deparei com um post it verde.
 

" Saí pra dar uma caminhada, não se preocupe, vai ficar tudo bem!
      PS: Está muito frio, pega alguma coisa no meu guarda roupa. "


          Fui até o quarto do Yongguk para pegar um casaco e talvez alguma calça (de preferência o menor número). Encontrei um moletom que era um dos meus favoritos dele. Era um verde bem escuro e tinham duas pequenas rosas perto do coração, e na parte de trás haviam as mesmas rosas, porém cobriam as costas inteiras. A menor calça que eu encontrei continuava enorme em mim, então coloquei um cinto qualquer, vesti o moletom e saí. 

No elevador haviam duas mulheres, que me olhavam como se eu fosse uma criança vestindo as roupas gigantes da mãe e tentasse agir como ela. 

Isso me lembrou de quando o pequeno Igarashi vestia as roupas do nosso pai e corria pela casa repetindo "Eu vou trabalhar, com licença" e fingia mastigar algo. Deixei uma risada escapar, então olhei para os lados para ver se as duas mulheres que ali estavam perceberam, mas as portas já haviam sido abertas e eu estava sozinha. 

Saí do elevador e olhei para o céu coberto por nuvens — Igarashi, me pergunto aonde você está agora — pensei comigo mesma

       Aonde Yongguk estaria a essa hora?
  

Decidi procurar nos lugares em que eu sabia que ele sempre ia pra pensar, esfriar a cabeça, ou até procurar inspiração para uma nova pintura. Primeiramente fui até a padaria do bairro, que segundo ele tem as melhores torradas do mundo. Yongguk realmente gosta muito de torradas, sempre que ele fala sobre eu consigo ver um brilho em seus olhos. 

Chegando na padaria não o encontrei. Decidi ir para o parque que ficava ali perto também.

 Já no parque consegui ver Yongguk de longe. Seu cabelo bagunçado parecia pedir para que alguém o arrumasse, com as mãos mesmo. Me sentei ao seu lado no banco, mas ele pareceu não perceber que eu havia chegado.

 — Yongguk?

 — Sora?? Meu Deus Sora! Desculpa eu não te reconheci com essas roupas! — ele falou e colocou as mãos na frente de sua boca, como se quisesse esconder algo

— Até parece. São suas roupas afinal, você deveria reconhecer elas...  — escutei barulhos estranhos vindo dele — Ei, POR QUE VOCÊ TÁ RINDO?

— Me desculpa! É por que você ficou muito engraçada com essa calça — ele respondeu soltando a risada

 — Ah, não tinha calça menor que essa. Você que compra roupas muito largas.

 — Ei, por que a gente não compra umas roupas pra você? Vamo lá — Yongguk falou se levantando

 — O quê? Não precisa, sério, obrigada. — falei puxando sua mão para baixo, para ele sentar de novo, mas o mesmo continuou em pé e insistiu

 — Vamo lá Sora, a gente aproveita e compra uma roupa pra você usar hoje também, ou você quer usar essa calça? — ele falou e começou a rir novamente

 — Eu aceito se você parar de rir. — respondi com cara de brava

 — Okay, eu parei.
 
 Voltamos para o apartamento para pegar o carro e em seguida fomos ao centro para começar as compras.



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