História Stuck in the moment - Capítulo 2

Effy Grier

Depois que eu cheguei no hotel, eu fui direto para o quarto dos meninos para ver se eles já tinham chego. Quando eu cheguei lá só estavam Taylor, Aaron, Carter e Shawn.

- Olha só se não é a louca invasora de carros! – Taylor exclamou assim que me viu entrando e eu ri – Cara, que susto do caralho que você me deu, Effy – ele falou vindo me dar um abraço e eu sorri para ele.

- Ah, nem foi nada – falei rindo e me deitei na cama de Taylor – Eu acabei de ter um papo bem legal com Justin Bieber – eu contei e ele revirou os olhos para mim.

- Até parece – Carter falou rindo e eu o olhei indignada.

- Então olha o instagram dele, trouxa – falei revirando os olhos e me espreguicei na cama.

- Ohhhh! Caralho, caralho, caralho! – Taylor começou a falar quando viu a foto no instagram de Justin – Meu Deus! Você entrou no carro do Justin Bieber!

- Cala a boca, Taylor – Shawn gritou do quarto anexo. Provavelmente estava dormindo.

- Shawn, cara a Effy invadiu o carro do Justin Bieber hoje na frente do Starbucks! – Taylor foi gritando até o quarto onde Shawn estava – Levanta, caralho!

- Não! Sai daqui, seu maluco! – Shawn gritou do quarto e eu escutei alguma coisa caindo no chão antes de Taylor voltar com uma carranca para o quarto.

- Esse cara dorme demais! – Taylor voltou para o quarto resmungando e se deitou de novo em sua cama.

- Taylor são cinco horas da manha. Nós que somos problemáticos e ainda estamos acordados – eu falei rindo. E ele deu de ombros. – Vou tomar um banho – falei me levantando da cama, e fui para o terceiro quarto anexo pegar um pijama de Nash, e tomei banho no banheiro daquele quarto mesmo.

Quando eu terminei, voltei para o quarto de Taylor e Aaron, e me deitei com eles para ver um filme que estava passando na Warner. Acabei dormindo lá.

***

Hoje eu e Lox fomos as comprar pela manha na Times Square. Eu tive que provar umas coisas meio “Sou uma purpurina” para agradar a Lox, mas no final das contas foi legal. Tivemos um pequeno problema com algumas fãs que queriam tirar fotos comigo, mas nada demais. Depois nós voltamos para o hotel e começamos a trabalhar encima de uma ideia de música. Ela queria porque queria fazer um remix com a minha voz, e eu deixei. Ainda falta muito trabalho encima, mas eu gostei a principio.

Lox é uma pessoa muito legal de se conviver, quando ela não está confiscando meus vans ou me empurrando roupas de quinhentos dólares para ir ao mercado.

Quando chegamos no hotel, eu e Lox fomos para o quarto que tecnicamente estávamos dividindo, apesar de eu não ter dormido um dia lá. Nós começamos a mexer nas redes sociais e começamos a ver os comentários dos fãs.

Ultimamente temos enfrentado um problema com toda a produção da Magcon. O motivo? Bom, nós não somos pagos para fazer parte da Magcon, e algumas das despesas de todas essas viagens tem ficado por nossa conta ultimamente. O problema no geral é que os fãs descobriram isso, e todos nós temos recebido propostas marketin, de gravadoras, agências de modelos, mas não podemos aceitar contrato porque estamos com a Magcon. E Bart também não tem desempenhado o papel dele com muito profissionalismo.

O que mais me irrita nisso, é que tem uma parte de mim que acredita que seja verdade. Tipo, olha todo o sucesso que temos feito no ultimo ano! Nós não tiramos um centavo de tudo isso, e a situação já está começando a não somente deixar os pais de todos com o pé atrás, mas também a separar o grupo.

- Está bem complicada essa história – Lox comentou sobre o assunto – Os meninos ainda vão fazer alguma besteira ao ver esses comentários, e eu não vou gostar de ver.

- Eu não sei, Lox. Só que o Bart não está sabendo administrar bem as coisas. Você já notou que é só que ele ganha o dinheiro? Meus pais não tem dinheiro assim para ficar me bancando em viagens – eu falei.

- Eu não sei, mas Bart deveria falar com vocês. Deixar o assunto quieto só está fazendo todo mundo acreditar que ele esteja mesmo roubando vocês – ela falou se levantando e entrou no banheiro.

No final do dia, recebi uma mensagem de Nash falando que eles tinham chego da pista de skate. Acho que eu trocava a Lox pela pista de skate; Na verdade eu trocava até a Sky por uma pista de skate. Fui até a sala de jogos, que é onde Nash me disse que estava.

- Oi cambada! – falei ao entrar e me joguei no sofá da sala. – Acho que finalmente acabamos com o estoque da Macy’s. Está tudo agora com a Lox

- Hey Effy! – os meninos soaram em coro. Nash, Carter, Jack J e Aaron estavam jogando sinuca, Shawn e Matt no ping pong, e Taylor e Jack G numa maquina escrota que eu não lembro o nome. Cameron veio mancando até mim e se sentou ao meu lado.

- Credo gente, quem morreu? – perguntei depois de alguns minutos de silencio coletivo na sala.

- Ninguém – Cameron respondeu

- Só uma coisa que aconteceu – Taylor falou tirando a bandana.

- Uma coisa horrível que aconteceu – Aaron o corrigiu.

- Tá gente, o que aconteceu? – eu perguntei já apreensiva.

-... é que... – Matt falou. Todos os meninos foram se aproximando, e eu já fiquei meio na defensiva. Lá vem merda.

- AGORA! – Cameron grita, e eu solto um berro já sabendo o que vai acontecer. De novo não. Na mesma hora, todos os meninos avançam para cima de mim para me fazer cócegas. Minha reação no mesmo momento é correr. Jogo um dos meus saltos na cara de Nash quando ele consegue pegar minha perna, e saio em disparada para o saguão do hotel. E infelizmente ele esta vazio, então não tem nem jeito de eu tentar despistá-los com as pessoas que passavam por lá, porque não tinham pessoas!!!

Então eu tive que correr para fora da porra do hotel. Detalhe, com uma calça de moletom do Nash, uma blusa do time de futebol do Will (meu irmão mais velho) e um chinelo da puma, super adorável.

Porra, eles estavam atrás de mim, e as coisas são desastrosas quando essa galerinha da pesada corre atrás de uma pessoa inocente. Principalmente quando eu não estou perseguindo a pessoa com eles, e sim sendo perseguida.

Então, quando o desespero bateu e eu os vi saindo pela porta do hotel, eu resolvi fazer uma coisa louca. Entrei numa caminhonete da Mercedes preta, sem saber se tinha ou não alguém sentado no banco da frente, mas por sorte não tinha. Então eu simplesmente entrei.

- Ahh! Garota você é maluca? – eu escutei o grito mais feminino do mundo saindo da boca de Justin Bieber.

- Ah, oi Justin. O que você está fazendo aqui? – perguntei surpresa por vê-lo novamente hoje.

- O que eu estou fazendo no MEU carro que acabou de ser invadido por uma lunática? Ah, eu também não sei – falou exasperado.

- Ei garoto, cadê o espirito aventureiro? Eu estava sendo perseguida pelo meu irmão e companhia. Não sabia que era você. – falei tranquila me ajeitando no banco

- Claro que não sabia – ele falou e soltou uma gargalhada a qual eu acompanhei.

- Não sabia mesmo – disse cruzando as pernas no banco – Você pode fazer aquele negócio de dar umas voltar por aí, e depois me deixar no hotel? – perguntei com um sorriso sem jeito.

- Você é doida de pedra, mesmo – ele falou rindo – Vamos então – falou pegando uma autoestrada.

- O que estava fazendo nessa parte da cidade? Fugindo de paparazzi de novo? – perguntei

- Eu estou aqui para uma entrevista que vai acontecer amanha. Eu basicamente vou contar pra todo mundo que eu vou me aposentar – falou olhando para a estrada e eu franzi o cenho.

- Porque vai se aposentar? – perguntei

- Porque ultimamente tudo tem dado errado, e todos dizem que eu sou uma marginal. Eu meio que preciso dar um tempo – ele falou.

- Isso foi você quem decidiu, ou foi o seu agente? – perguntei me lembrando do numero de coisas que não fui eu quem decidi, e sim o Bart.

- E faz alguma diferença? – perguntou.

- Claro que faz – falei como se fosse obvio.

- Eu não sei bem o que eu quero mais. Acho que eu só quero que isso acabe logo – ele falou parecendo sincero.

- Talvez tirar um tempo de ajude – falei apoiando a cabeça na janela.

- Pois é. Oh, I googled you – (Eu pesquisei sobre você no google).

- Sério? – perguntei rindo – E o que você descobriu?

- Que você tem um irmão gêmeo, e é cantora – contou e eu ri. – Também tem uma galera falando pelo twitter que tem um tal de Bart abusando da fama de vocês – ele adicionou.

- Ah, tem isso também – eu falei com um sorriso forçado.

- Quer me contar o que aconteceu? – perguntou gentil.

- Bem, o drama geral é porque nenhum dos membros da Magcon é paga, nós só fazemos a tour para nos promover e promover a empresa do Bart. Só que nós temos feito muito mais sucesso do que era previsto, então o pessoal meio que vê o Bart torrando dinheiro por aí, e nós não ganhamos nada – contei para ele.

- Entendi. E dai vocês recebem propostas de terceiros para ganhar dinheiro, mas não podem porque tem o contrato com essa empresa – ele falou assentindo.

- É mais ou menos isso. Cam e Nash estão muito putos com isso. No fim da semana  nós voltamos para a Carolina do Norte, e os nossos pais vão fazer uma reunião com Bart – eu contei.

- Isso é uma merda, vocês parecem ser bem unidos – ele falou e eu sorri pensando nisso.

- Eles são minha família – falei colocando fim no assunto.

Nós ficamos ouvindo a rádio por alguns minutos, e logo Justin pareceu ter uma ideia.

- Está com fome? – perguntou. Eu pensei um pouco e logo assenti – Beleza, vou te levar em um lugar maneiro – falou com um sorriso.

- Então, eu estou vestida que nem uma mendiga – falei e apontei para as minhas roupas.

- Você está bem. – ele falou com desdém e voltou a dirigir.

***

Justin me levou em uma espécie de feira, não sei explicar que lugar era aquele. Era uma rua específica do Quinns, onde tinham vários artistas, dançarinos de rua, rappers, DJ’s, cantores e por aí vai. Era tipo um movimento de dança.

- Justin, isso é incrível! – eu falei encantada. – Como eu nunca ouvi falar desse lugar?

- Bem, não é nada oficial. É só um grupo de artistas que se reúne nas ruas para fazer música. São poucas pessoas que realmente tem o contato desse pessoal, e quando eles aparecem, é para fazer alguma apresentação. Quase sempre aparece alguma reportagem no jornal local reportando o que aconteceu – ele explicou. Eu estava usando um moletom de Justin, e um supra enorme que ele tinha por acaso no carro. Provavelmente estava horrível, mais as pessoas lá se vestiam confortavelmente, e nem se importavam com o que eu estava vestindo.

- E porque você me trouxe aqui? – perguntei. Por algum motivo estávamos de mãos dadas, e caminhando sem realmente nos importar com isso.

- Porque você canta, e não sei por que achei que você fosse gostar. Foi tipo uma intuição – ele falou sorrindo. – Acertei?

- Completamente – falei rindo e o puxei pela mão até um grupo de pessoas que tinha um cara tocando um violão, e outro na bateria.

- Man, you totally rock it! – exclamei para o cara da bateria assim que eles acabaram de tocar.

- Valeu – ele falou sorrindo – Trouxe uma nova garota, Bieber? – perguntou e Justin deu de ombros com uma cara engraçada – Vamos ver o que ela sabe fazer!

Olhei para Justin com incerteza, e ele me mandou um sorriso encorajador. Eu assenti para o cara da bateria, que me cedeu seu lugar, me deu as baquetas.

- Okay. Lá vai... – falei.

Eu comecei a fazer o solo de centuries da banda Fall out boy, cantando o comecinho da música. Um cara do mesmo grupo pegou um microfone e começou a cantar a música, assim que a reconheceu pelo ritmo.

“ Some legends are told
Some turn to dust or to gold
But you will remember me
Remember me for centuries
And just one mistake
It's all it will take
We'll go down in history
Remember me for centuries

Hey, hey, hey
Remember me for centuries”

Logo todo o pessoal que estava ao redor estava fazendo o coro, e um cara com uma guitarra tinha começado a tocar me acompanhando.

“Mummified my teenage dreams
No, it's nothing wrong with me
The kids are all wrong, the story's all off
Heavy metal broke my heart
Come on, come on, and let me in
Bruises on your thighs like my fingerprints
And this is for tonight
The darkness that you felt
I never meant for you to fix yourself”
 

Tinha um público já ao nosso redor, e um dos DJ’s estava lançando a música original de fundo. Tinham algumas pessoas filmando, inclusive Justin.

“And I can't stop until the whole world knows my name
Cause I was only born inside my dreams
Until you die for me
As long as there's a light, my shadow's over you
Cause I am the opposite of amnesia
And you're a cherry blossom
You're about to bloom
You look so pretty, but you're gone so soon”

Toquei a música até o final, e quando terminamos fomos aplaudidos por todo o pessoal da rua. Cumprimentei o pessoal ao meu redor, e troquei umas palavras com o cantor e com o guitarrista, que a propósito se chamavam Mike e Jack. Agradeci ao cara que me emprestou a bateria e ele falou que me esperava um dia para tocar de novo, e eu finalmente saio do meio das pessoas que já iam se dispersando, e fui procurar Justin.

- Hey – ele brotou atrás de mim me dando um susto. – Isso foi demais. Não fazia ideia que você tocava bateria – ele falou animado e me deu a mão para começarmos a andar. – Você está no meu Snap, espero que não se importe – falou enquanto andávamos de volta para o carro.

- Não me importo – eu ri – Isso foi demais. Todos eles são tão talentosos. Mas, porque esse pessoal reagia tão normalmente com a sua presença. Quer dizer, você é o Justin Bieber;

- Esse pessoal é mais tranquilo. Eu não sou o único famoso que frequenta essas apresentações públicas clandestinas. O pessoal já se acostumou só isso. – ele falou confortável.

- Entendi

- Mas agora me conta. Quantos instrumentos? – ele perguntou curioso

- Sete – ele me olhou surpreso – Violão, piano, bateria, trompete, violino, violoncelo e flauta. Eu também sei mexer em equipamento de DJ.

- Você acabou de me humilhar. Eu só toco quatro, e todos eles você também toca. – falou. Eu dei de ombros.

- Agora vamos, Bieber. Eu estou morrendo de fome, e você me deve comida – falei rindo e me ajeitando no banco.

***

Justin me levou para comer tacos, e fomos atacados pelas fãs dele que estavam no Taco Bell. Detalhe, uma delas chorou quando me viu e falou que tinha ido no show da Magcon hoje mas não conseguiu tirar foto comigo. Eu tirei uma foto com ela, e ela saiu toda feliz e isso me fez ganhar o dia. Eu cheguei no hotel e já era meia noite, e Justin me levou até o meu quarto o que eu achei muito fofo.

No hotel, nós nos dividimos em duas pessoas por quarto, os meninos em cinco quartos conjugados, e eu e a Lox em outro. O que acontece é que sempre nos reunimos todos em um quarto para conversar, e sempre acabamos dormindo em mais de um no quarto, eu principalmente. Mas dessa vez eu resolvi ir direto para o meu quarto mesmo.

- Eu adorei essa noite, Justin. – falei quando chegamos na frente da porta do meu quarto.

- É eu também gostei. Por mais que eu quase tenha batido o carro por sua culpa – ele falou zoando, e nós rimos juntos. – O que acha de sairmos amanha de novo para almoçar?

- Está me chamando para um encontro? – perguntei com um sorrisinho

- Acho que sim – ele falou com uma sobrancelha arqueada e um sorrido divertido – Mas vê se não ataca o meu carro de novo antes de eu chegar aqui.

- Combinado – falei rindo. – O que eu devo vestir?

- Algo confortável. Eu te mando uma mensagem quando eu estiver vindo – ele falou se aproximando.

- Eu vou esperar – falei num sussurro. Nossos rostos estavam a centímetros de distancia, e Justin estava com sua cabeça inclinada para baixo olhando nos meus olhos.

- Já te disseram que você tem olhos lindos? – perguntou me olhando fixamente.

- Já, mas eu gosto mais quando você fala – eu respondi e ele tomou meus lábios em um beijo.

Seus lábios eram macios e tinham gosto de menta, e língua acariciava a minha lentamente em um beijo calmo, porém muito bom. Suas mãos se encontravam um pouco abaixo da minha cintura e acariciavam as minhas costas. Interrompemos o beijo depois de alguns segundos por falta de ar, e finalizamos com um celinho.

- Boa noite, Effy – ele sussurrou.

- Boa noite, Justin.