História Stupid Love - I'm ashamed

Alice point of view.

Eu não quero brigar com Justin, sei que ele é problemático, bipolar e não me diz o que realmente quer, mas sempre me derreto quando olho para ele. Levantei-me da cama, andei lentamente de um lado para o outro, meus passos eram curtos enquanto respirava profundamente. Pensei em milhares de coisas que poderia dizer a Justin, mas estou cansada demais para brigar. O jeito desesperado e cauteloso que ele falava me levava a crer que Justin também não queria brigar.

— Eu quero acreditar em você, mas não consigo. — digo.

— Estou falando a verdade.

Justin se levantou e se aproximou de mim, mas eu recuei.

— Só acredito se você responder todas as minhas dúvidas. — olhei fixamente nos seus olhos.

— Todas elas? — ele mordeu o canto dos lábios.

— Todas.

— Tudo bem. — suspirou. — Eu respondo todas.

Os meus músculos do meu corpo relaxam imediatamente. Justin está com a guarda baixa, e agora posso saber qualquer coisa sobre ele.

— O que foi fazer no trabalho do meu pai? Quero a verdade. E por que estavam brigando?

— Eu fui fazer a revisão no meu carro, seu pai estava brigando comigo porque eu fiz algo e ele me pegou no flagra. — ele me lançou um olhar vergonhoso.

— O que foi que você fez? Não me enrola, odeio quando você faz isso. Por favor, eu não quero brigar com você.

— Eu andei vigiando você a noite, toda noite estaciono o carro no outro lado da rua e fico te olhando. Seu pai me pegou há algumas noites atrás. — ele virou de costas para mim.

A lembrança do carro de Justin parado do outro lado da rua veio a minha mente, dois dias depois ele desmentiu qualquer dúvida minha dizendo que era apenas uma coincidência. Esse era um motivo suficiente para papai denunciar Justin a polícia, como sempre meu pai estava exagerando nas suas atitudes.

— Por isso papai disse que ia chamar a polícia?! — saiu mais uma afirmação do que uma pergunta.

— Você escutou isso? — perguntou Justin.

— Sim, mas quem responde as perguntas aqui é você. Por que estava me vigiando?

Justin estendeu a mão lentamente até o meu rosto, seus dedos deslizaram delicadamente pela minha face dobrando uma mecha do meu cabelo escuro atrás da minha orelha. Seu corpo foi se aproximando do meu até restar um espaço mínimo entre nós dois. Minha respiração acelerou aos poucos, já sentia o fôlego querendo fugir de mim apenas com um pequeno toque de Justin.

— Porque eu gosto de te olhar, green eyes. — sua voz rouca saiu calma. — Seu pai disse para eu manter distância de você, mas não consigo. Não posso dormir quando tenho sonhos nada inocentes com você, para de me puxar para você, por favor.

Sentia-me no meio de um furacão que destruía cada pedacinho da minha razão. A mão de Justin desceu pelo meu braço agarrando o meu pulso, meus pelos se eriçaram com o seu toque. Minha voz sumiu, não havia palavras certas para respondê-lo, ainda estou apaixonada por ele e não consigo me afastar.

— Não me diga isso e depois saia daqui correndo para os peitos de Carly. — havia um tom de fúria na minha voz.

Não queria ter citado os seios de Carly, mas eu tinha que afetá-lo de alguma maneira. Justin mostrou um sorriso fofo enquanto me observava.

— Eu contei o que aconteceu na festa depois do jogo a ela. Carly e eu estamos dando um tempo, e acredito que não iremos voltar então você não precisa ter ciúmes.

— Você contou sobre a Caissy? E se Carly quiser se vingar da minha amiga? — passei as mãos pelos meus cabelos.

Justin havia colocado a minha amiga em risco, imagina se Carly é o tipo que briga com a garota que dá em cima do seu namorado na saída da escola. Sei que ela é um amor de pessoa, mas não a conheço bem o suficiente.

— Carly não faria isso, ela é muito doce e gentil, ela me lembra você. Deve ser por isso que estávamos juntos.

As pontas dos dedos de Justin deslizaram lentamente pelo meu maxilar parando no meu queixo, seu polegar fez pequenos movimentos circulares no lugar, ele me puxou para si e os seus lábios encostaram-se aos meus. Minhas mãos foram ao seu peito tentando empurrá-lo, mas ele me envolveu em seus braços e continuou a me beijar. Não resisti e apertei o casaco de Justin entre os meus dedos, o puxando cada vez mais para mim, fui guiando-o até a cama. Justin dava passos inseguros para trás, assim que ele sentou na cama, eu sentei no seu colo com uma perna de cada lado.

Suas mãos foram a minha cintura, apertando a minha pele por baixo da blusa. Minhas mãos desceram pelo o seu pescoço, passaram pelos seus ombros enquanto tirava o seu casaco lentamente. Continuávamos nos beijando, o seu beijo era lento e a sua língua deliciosa. Ele me puxou mais para si, não havia mais espaço entre nós, passei as minhas mãos pelo seu peitoral. Em outro momento eu ficaria receosa de sentir algo formando volume dentro da calça dele, mas algo dentro de mim queria provocar essa sensação nele, também queria sentir isso. Justin tem belas tatuagens que eu gostaria de rever.

— Tira a camisa. — pedi.

— Por quê? — ele sussurrou.

— Eu gosto das suas tatuagens, quero vê-las.

Ele sorriu e tirou a camiseta, voltou a me prender em seus braços novamente. Adoro passar as pontas dos dedos pelo peitoral de Justin, sua pele se contrai e seus músculos ficam rígidos, enquanto meu coração pulsa cada vez mais forte, tenho um fraco em analisar cada centímetro da sua pele macia e forte. Justin tem um corpo definido por causa dos treinos de basquete, isso faz qualquer garota ter pensamentos impuros sobre ele, já me policiei várias vezes por isso. Meus dedos adentraram nos seus cabelos loiros, a raiz estava escura com a cor natural enquanto as pontas continuavam platinadas, puxei a raiz da sua nuca e voltei a beijá-lo.

Senti uma eletricidade correr pelo o meu corpo quando as mãos dele passeavam livremente pelas minhas costas por dentro da blusa, e depois alisavam a minha barriga. Fui me inclinando sobre Justin para que ele se deitasse na cama, ele ficou apoiado nos antebraços, me deitei sobre o seu peitoral e desci os meus beijos para o pescoço. Comecei dando leves chupões leves e passei a língua pela pele do mesmo lugar, suspiros baixos saiam da sua boca, senti o seu peito subir e descer com rapidez por conta da respiração acelerada. Senti borboletas no estômago e uma nevasca intensa na minha barriga.

— Deita, Justin. — pedi num sussurro.

— Green eyes, — sua mão agarrou os fios de cabelo da minha nuca e as nossas testas se chocaram. — Não posso fazer isso.

— Apenas deita.

Voltei a beijá-lo com certa urgência, seus músculos relaxam sob a minha cama e as suas mãos agarraram a minha cintura. Eu estava precisando me envolver no calor do corpo de Justin e esquecer tudo, posso até estar sendo burra em fazer isso, mas o amor nos faz perder a razão quando encontramos alguém especial, Justin não é o monstro que todos dizem, acredito que ele só precisa de alguém para ajudá-lo.

— Não posso fazer isso. — ele disse mais uma vez em meio aos beijos.

— Não vamos falar. — pedi.

Seu corpo continuava tenso e rígido abaixo de mim, arranhei o seu abdômen por toda a extensão da sua barriga parando no cinto da sua calça, ele virou o rosto e agarrou algo, provavelmente era o lençol da cama. Justin segurou o meu pulso com força e sua expressão ficou séria, o olhei confusa então ele foi me tirando de cima dele, me sentei ao seu lado e ele me mostrou um casaco do time.

Droga, esse casaco é de Chaz. Pensei.

— Justin!

— Então você está saindo mesmo com Chaz? — perguntou rude.

— Nós saímos uma vez.

Justin se levantou e vestiu a sua camiseta com pressa, fui até ele e tentei segurar o seu rosto, mas ele me afastou.

— Sair uma vez já é o suficiente para o casaco dele parar na sua cama?

— O que está insinuando? Chaz deixou o seu casaco comigo porque eu estava com frio no dia do jogo.

— Talvez você deva mesmo ficar com ele. — ele jogou o casaco com força na cama. — Que droga, Alice, eu sou um idiota.

— Porque quando acho que tudo vai se resolver entre nós você inventa algo? Estou farta disso.

— Porque eu não quero que tenha algo entre nós.

Eu não iria chorar, estava na hora de enfrentar Justin e mostrar que posso ser mais forte do que realmente sou.

— Então por que vem no meu quarto? Por que fica me beijando? Por que diz palavras bonitas e depois some?

— Você não entende.

— Então me diz a verdade. — segurei pela camiseta.

— Não posso, eu nem devia estar aqui, quero fazer tudo certo e não consigo. Quanto mais tento consertar as coisas, mais elas se desmoronam.

— Então me deixa te ajudar, me diz o que está acontecendo.

— Desiste, Alice, que merda! — ele travou o maxilar e caminhou até a janela. — Apenas segue em frente, fica com o Chaz, ele é um cara legal e vai te fazer feliz.

Entrei na sua frente, não ia o deixar ir embora sem uma boa explicação.

— Você não vai a lugar nenhum sem dizer o que está acontecendo. Justin, me diz o motivo de você fazer essas coisa, se quer que eu fique com Chaz por que vem o meu quarto?

Ele passou as mãos pelos os cabelos, os puxando com força para frente, reprimiu seus lábios finos e rosados com agressividade.

— Não quero colocar nada a perder, eu gosto de estar com você e de te beijar, mas não podemos ficar juntos a muita coisa envolvida além de nós dois. Chaz também está se apaixonando, ele é o meu melhor amigo e merece namorar uma garota que não pise nele como Caissy fazia, além disso, eu tenho vergonha. — disse cabisbaixo.

— Tem vergonha de mim? — o choro estava preso na minha garganta.

— Eu não vou voltar mais aqui, essa é a última vez e espero que você se afaste de mim. Não vamos ter mais contato, apenas somos colegas de classe que não se suportam, espero que para o seu próprio bem você não conte nada do que aconteceu entre nós.

Justin pulou a janela no meio da escuridão da minha rua, fiquei observando ele correr até o carro e depois sair cantando pneu deixando nada além de marcar de pneus queimados no asfalto. Deitei-me na cama, peguei o casaco de Chaz e fiquei olhando os detalhes.

Não estava chorando por causa de Justin, não descia uma única lágrima pelo meu rosto, estou cansada de brigar e chorar por coisas que não entendo. Mesmo ele ter partido o meu coração mais uma vez, eu sentia que tinha algo diferente e não havia motivos para chorar, ele finalmente respondeu às minhas perguntas com a verdade. Enrolei-me nos lenções e logo adormeci.