História Stupid Love - Whos that ?

Mellany Jordan, Point Of View

Lá estava eu pulando o muro do orfanato com Britney para irmos a uma boate. Acho que isso era o que mais fazíamos, fugir daquela droga de lugar para nos divertirmos. Fui tirada dos meus pensamentos quando Brit me chamou.

– Se você não pular logo, alguém vai nos ver! – disse ela fazendo gestos com as mãos e colocando os sapatos nos pés, dei um pulo caindo de pé no chão, coloquei meus sapatos também.

Fomos correndo até o carro de Douglas, o novo namorado de minha melhor amiga, ele estava nos esperando na outra rua.

– Oi Dougui. – Brit entrou no carro e logo deu um beijo nele.

– Estão esperando o que? Vamos logo. – falei impaciente vendo a pequena cena dos dois aos beijos.

Douglas ligou o carro e foi andando em uma velocidade muito alta até a boate, no caminho fui lembrando do pesadelo que tive com meus pais e Marcus, estava com ódio daquele maldito cara. Ele vai pagar por tudo que já me fez, ele destruiu minha vida, aquele desgraçado!

Brit começou a falar comigo, fazendo-me parar de pensar nessas coisas que atormentavam minha cabeça.

– Vê se você se controla caso encontre com o Plemour. – ela disse com seu tom meigo e calmo, apenas bufei  rolando os olhos. – Estou falando serio Mellany Jordan! – ela mudou o tom de voz, as vezes ela cuidava muito de mim.

– Ta, ta, ta. Eu sei me cuidar. – olhei para a janela vendo a paisagem da cidade passando rapidamente pelo vidro. Só percebi que já havíamos chegado quando o carro parou de andar.

Descemos do carro e fomos para a porta da boate, estava uma fila gigante mas como nós somos especiais, temos um tratamento diferente.

– Oi Mellany , oi Britney. – disse o segurança nos olhando dos pés a cabeça. – Estão muito lindas! – abriu a porta para nós - olhando para nossas bundas enquanto adentrávamos a grande boate - fazendo com que algumas pessoas que estavam na fila reclamassem.

Entramos dentro do local e a música estava bem alta. Era uma coisa diferente do normal, uma boate misturada com uma balada, de um lado haviam mulheres dançando em pequenos palcos espalhados ao redor das mesas e no outro uma grande pista de dança lotada. Nos sentamos em uma mesa e pedimos algo para beber, depois de um tempo sentados eu e Brit levantamos para dançar. Estávamos dançando alegremente ao som de Don’t Worry Child.

Justin Bieber, Point Of View

Estávamos em uma boate na área VIP, só tinha nós e um monte de garotas ali, Ryan tinha sumido com uma - provavelmente estava aproveitando um dos quartos com ela -, Charles e uma das garotas estavam se 'engolindo' em minha frente, tive que sair de perto deles antes que me irritasse com aquilo. Me encostei na grade e fiquei olhando a multidão dançando lá em baixo, vi uma rodinha começar a se formar, fiquei olhando melhor e os meus olhos avistaram duas beldades dançando de uma maneira um tanto quanto sexy e desengonçada, fiquei encarando a morena enquanto a loira saia de lá, ela estava dançando e nossos olhares se encontraram por um breve momento até que ela desviou o olhar e foi para o bar, não ia perder a oportunidade de conseguir algo com uma garota daquelas, desci e me encostei no balcão do bar ao lado dela.

– Oi gati... – ela não deixou eu terminar de falar.

– Mellany, meu nome é Mellany! – disse ríspida.

– Oi Mellany. – olhei ela e logo depois olhei para o garçom fazendo um gesto pedindo uma dose de Whisky. – Então Mellany, não és muito nova para estar em um local para maiores? – perguntei fazendo-a me olhar incrédula.

– Você nem me conhece e acha que pode dizer aonde eu posso ou não posso estar? – ela falou irritada, me dando vontade de rir. – Isso mesmo, você não é ninguém! – falou aumentando a voz me deixando um pouco irritado, aposto que aquela piveta não fazia a menor idéia de quem eu era.

– Você não faz a mínima idéia de quem eu sou não é garota? – falei calmamente tomando um grande gole do meu whisky fazendo queimar a garganta.

– Sim eu sei, você é um idiota que acha que vai conseguir transar comigo. – ela deu um sorriso irônico. – Mas esta muito enganado! – quando ela terminou de falar eu senti o liquido de sua bebida escorrer pelo meu rosto. – E é isso que “homens” – ela fez aspas com seus dedos – como você merecem!

Eu não conseguia acreditar que aquela biscate havia feito isso, quando eu coloquei a mão na minha arma Ryan apareceu e sussurrou que não valia a pena fazer aquilo. Eu apenas levantei empurrando todo mundo que via pela frente e fui para meu Cayman S, entrei e limpei meu rosto, ainda não tinha acreditado que aquela vagabunda tinha feito isso, que filha da puta, a minha vontade era de entrar lá e estourar todos os miolos dela.

Liguei o carro e sai andando por ai, parei perto de um orfanato onde ficava uma boatezinha de merda, entrei lá e desci as escadas, entrando em uma sala cheia de homens que quando me viram param o que estavam fazendo, estava procurando por um dos seguranças da minha casa, queria que ele colocasse um cara no saco.

– Cadê o André? – perguntei olhando para um dos homens que estavam jogando poker.

– To aqui chefe. – ele saiu do meio de umas vadias e veio até mim.

– Tenho um serviço pra você!

– Pow Justin hoje é meu dia de folga... – ele disse olhando para minha mão que estava na arma.

– Eu não quero saber se hoje é seu dia de folga, se sua mulher esta morrendo ou se sua casa está pegando fogo, se eu disser que tenho um serviço para você é para você calar a boca e ouvir! E a propósito, é Sr. Bieber. – ele me olhou, ia falar algo mas eu não deixei. – Quero que você faça o serviço e agora! – ele assentiu com a cabeça e baixou o olhar.

– O que eu tenho que fazer, Sr. Bieber? – disse ainda olhando para o chão.

– Preciso dar um alerta para os capangas do Marcus, eles andam mexendo muito no nosso lado, quero que você coloque um deles no saco! –assim que terminei de falar André me olhou e assentiu.

– Tudo bem, chefe.

Sai dali e fiquei na rua olhando para o nada, acendi um cigarro e fiquei o tragando quando vi duas garotas correndo na direção do orfanato, fiquei encarando poderiam ser ladrões, mas quando olhei melhor vi que era aquela garota que estava na boate, agora ela iria se ver comigo.

– VADIA VEM CÁ! – gritei fazendo a atenção dela se voltar a mim, ela cochichou algo com a amiga que logo pulou e muro, veio andando lentamente em minha direção e quando chegou na minha frente me deu um tapa. – Você está louca? – perguntei incrédulo levando a mão até minha bochecha ardente.

– NUNCA MAIS ME CHAME DE VADIA! – gritou histérica.

– Porque? Você é uma mesmo! – provoquei ela enquanto dava um sorriso debochado, tirei a mão do rosto.

– VADIA É QUEM TE FEZ BABACA! – franzi o cenho travando o maxilar. Como ela se atreve a falar da minha mãe, agora sim essa garota vai se dar muito mal.

– Eu acho que você deveria ter mais cuidado com o que fala, piveta. – peguei minha arma e coloquei na parte debaixo do pescoço dela. – Quero ouvir você rezar. – Vi seus olhos se arregalaram, mas antes que eu pudesse sorri ela começou a rir me deixando completamente confuso e irritado. – Está rindo do que vadia? Não tem medo de morrer não?

– Medo? De você? Com esse brinquedinho? Querido não tenho medo de morrer não! Então vai à merda! – antes que eu pudesse fazer ou falar qualquer coisa, senti uma tremenda dor no meio das pernas o que fez eu me curvar de dor. – Tchauzinho otário! – ela fez um gesto com a mão sorrindo sínica enquanto eu me contorcia de dor.

Ela havia chutado meu saco, sabe o que isso significa?

Morte.

Mellany Jordan, Point Of View

Sai de perto dele e pulei o muro do orfanato, fui para meu quarto que por um acaso era ao lado da Brit, peguei minha roupa e fui para os chuveiros, cheguei lá e Brit estava abaixada com a mão na cabeça. Uma cena que me faria rir se eu não estivesse tão irritada.

– Está mijando? – perguntei zoando enquanto me aproximava dela.

– Não, sua boba. – ela disse assim que me viu.

– Se não ta mijando ta fazendo o que ? – falei debochada jogando minha toalha em um dos bancos do banheiro.

– Bebi de mais, estou um pouco tonta... – mordendo a bochecha ela levantou lentamente.

– Isso que dá não saber beber... – ri de seu estado entrando em um dos chuveiros.

– Mellany Jordan como você pode fazer aquilo com o Bieber? – ela disse quase berrando fazendo minha cabeça latejar.

– Hã? – perguntei confusa, a final eu já havia feito tantas coisas com tantos caras e não fazia a mínima idéia quem era Bieber.

– Jogou bebida nele, sua maluca! – ela disse passando shampoo nos grandes cabelos loiros. – Você sabe quem esse cara é? – mordi a bochecha lembrando do loiro que a minutos atrás havia me irritado.

– Sei que ele é um tapado! Acho que pode me chamar de vadia, vagabunda, e transar comigo! E ainda acha que eu tenho medo daquela arminha dele.. – revirei os olhos.

– ARMA DELE? – ela disse gritando e me olhando – ELE TENTOU TE MATAR? – ela gritou novamente, fazendo eu apertar os olhos com a dor que seu grito causou em minha cabeça.

– Calma ai mocinha! Estamos cada uma em cada chuveiro, mas não precisa gritar eu consigo ouvir! Ele só me ameaçou mas eu chutei ele e vim pra cá. – suspirei e franzi o cenho. – Mas então, quem é o tal Bieber?

– Bieber é um mafioso bem conhecido, todos tem medo dele, menos o... – ela hesitou em falar. – menos o Marcus.

– O que ele e o Marcus tem a ver um com o outro? – me irritei ao ouvir o nome daquele verme, odiava aquele cara e agora estou com mais raiva do tal Bieber.

– Ele e o Marcus são inimigos, eles não se suportam.

Sorri ao descobrir tal fato. Talvez, só talvez eu estivesse começando a gostar daquele tal de Bieber. Ele até podia me ajudar em minha vingança...

Flashback

– Mellany. –  Srta. Parks me chamou para receber uma visita.

– Já estou descendo Srta. Parks. – coloquei uma blusa e sai do quarto seguindo ela até a sala de visitas.

Cheguei na sala de visitas e tinha um homem bem vestido, segurava alguns papeis na mão, assim que ouviu a porta fechar se virou para mim.

– Mellany? – ele disse me olhando dos pés a cabeça.

– Eu mesma. – disse sentando no sofá.

– Eu sou Pedro Menegot. – estendeu a mão para mim que apenas ignorei seu comprimento.

– O que você quer? – falei entediada.

– Falar sobre algo que você não vai gostar muito.

– Pode falar logo?! – perguntei um pouco seria por dois simples motivos.

Odiava enrolações e odiava quando as pessoas falavam assuntos que eu não gostava.

– Eu estava investigando o assassinato dos seus pais, bom...– ele hesitou em falar quando viu que meus olhos encheram de lagrimas. – bom é que, eu tenho pistas de quem pode ter sido, mas..

– MAS O QUE ? – falei alterada.

– Não tenho provas suficientes para uma denuncia.. mas eu tenho quase certeza de que foi ele!

– ELE QUEM?

– Marcus Plemour.

Flashback off

Terminamos nosso banho e fomos para o dormitório.

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Passaram-se três dias desde a ultima vez que saímos, e hoje iríamos sair de novo, colocamos roupas muito bonitas e nada comportadas, iríamos em um lugar novo; Estava com um shortinho bem curtinho, um cropped soltinho e compridinho e um salto.

 Como de costume pulamos o muro e ficamos esperando o Douglas na outra rua, ficamos olhando para o muro quando vimos mais três garotas pulando, nós nos olhamos e falamos juntas.

– Andrea – nós demos risada. Vi o carro parar na nossa frente, entramos e fomos para o tal lugar.

Chegamos e a musica estava bem alta, como não conhecíamos nenhum segurança por lá ficamos ali fora esperando na fila que, por algum acaso, furamos.

– Mell aquela não é a Andrea? – Brit apontou para um lugar na fila me fazendo a olhar incrédula. – O que elas estão fazendo aqui? – franziu o cenho.

Olhei para a porta da boate e pude ver o tal Bieber sair de lá falando no celular um pouco brabo, ele se escorou em um carro que tinha ali na frente e ficou um tempo no celular, depois a vadia da Andrea passou por ele o fazendo morder os lábios, ela parou na sua frente e ficou jogando charminho... não podia deixar ele ficar com ela se não meu plano não iria dar certo.