1. Spirit Fanfics >
  2. Stupid Love >
  3. I love you the first time. I love you the last time

História Stupid Love - I love you the first time. I love you the last time


Escrita por: One_Bieber

Notas do Autor


Então amores chegou o fim...
Eu realmente espero que gostem do final de Stupid Love, eu não fiz nada de incrível, apenas dei um final normal a fanfic...
Tenham uma boa leitura.

Capítulo 95 - I love you the first time. I love you the last time


Fanfic / Fanfiction Stupid Love - I love you the first time. I love you the last time

"Quando você disse que ia me deixar

Eu me senti como se não pudesse respirar

Meu corpo dolorido caiu no chão"

– So Cold, Ben Cocks

 

22 de Dezembro de 2015. – 10h43m AM. – Los Angeles, Califórnia.

Justin Bieber – Point Of View

11.

11 era o número de dias que haviam se passado desde que a policia me encontrou naquela casa abandonada.

11 era o número de dias que haviam se passado desde que Mellany me traiu da pior maneira possível.

11 seria o horário que minha audiência começaria.  O horário que definiria minha vida daqui para frente.

– Justin Drew Bieber. – Um policial bem vestido saiu pelas grandes portas marrons ao meu lado e encarou a mim e ao policial ao meu lado.

O policial Hames levantou e me puxou segurando em minhas algemas, eu caminhava devagar para não tropeçar nas algemas ligadas aos meus pés. Aquilo era completamente humilhante. Eu entrei naquele grande tribunal e vi todos lá. Christian, Charles, Ryan, Kelmer, Joseph, Zayn, Harry, Patricia, Jeremy.

Continuei caminhando na direção da minha cadeira, eu podia sentir todo meu corpo receber cargas e mais cargas de nervosismo a cada segundo.

Assim que o juiz sentou-se o julgamento começou.

– Levante-se senhor Bieber. – O juiz falou e eu levantei. – Eu ouvi as testemunhas e levei em consideração o apelo de clemência de algumas testemunhas importantes ao favor do senhor Bieber e que algumas das ações dele resultaram em prisões de outros criminosos influenciáveis como Marcus Plemour. – eu arregalei meus olhos sentindo meu corpo pesando.

Marcus Plemour havia sido preso enquanto eu estava em transferência da Rússia para a America.

– No entanto, – o juiz continuou a falar me fazendo controlar a vontade de fazer perguntas que não queriam calar minha mente. – Este tribunal acha que uma coisa certa não justifica uma vida de erros. E sendo assim creio que devo atribuir a sentença de  pena máxima da Lei da Califórnia. – eu pude ver naquele momento minha mãe chorar ao me olhar e os garotos ficarem nervosos e assustados. – Justin Drew Bieber pela presente sentença o senhor devera cumprir 25 anos na prisão de segurança máxima Lompoc, sem possibilidade de obter condicional. Essa sessão está encerada. –  e então o martelo foi batido.

 

16 de Dezembro de 2015. – 03h14m AM. – Moscou, Federação Russa.

Mellany Jordan – Point Of View

Cinco dias após Justin ficar preso na casa

 

" Luke,

Eu sei que prometemos ficar unidos um junto ao outro por um bom tempo e eu também sei que estarei dando um grande passo em minha vida me afastando de você. Talvez esse passo me derrube, ou talvez este passo me leve para mais longe.

Estou aqui para lhe dizer que eu sei de tudo Luke. Sei que você tentou me matar, sei que perdi minha memória, sei que sequestrou meus filhos e sei que amo Justin Bieber.

A partir deste momento estou claramente me declarando livre de suas garras malignas. Eu tenho uma vida toda pela frente para viver, eu tenho uma vida! E neste momento parte de minha vida está sendo levada para os Estados Unidos e é para lá que estou indo.

Eu realmente espero do fundo do meu coração que você morra.

Morra lento e dolorosamente por tudo que fez.

Com muito amor, Mellany Jordan. "

Assinei a carta deixando ela encima da cama de Luke, ao seu lado. Olhei ao redor me sentindo feliz por finalmente estar livre.

Só faltava um pequeno detalhe para tudo terminar bem.

– Luke, acorde! – falei alto ao lado de Luke. – Acorde! – empurrei o corpo dele com o meu e o mesmo abriu os olhos.

– O que foi? – ele perguntou e eu sorri para ele. – Porque está arrumada? Que horas são? – perguntou e ergueu o braço para pegar o celular ao lado da cama, o mesmo não encontrou o aparelho ali e me olhou franzindo o cenho.

– Não importa o horário querido. Você me disse uma vez que não tem hora para morrer, simplesmente acontece. – Deixei meu sorriso alargar.

– Do que você está falando, Mellany?

– Estou querendo dizer que você vai morrer, bobinho! – falei sorrindo mais ainda. Luke fez uma cara de confuso e tentou levantar-se, logo sua cara foi de apavorado.

– Porque eu não estou sentindo minhas pernas? – ele perguntou nervoso e eu mordi o lábio o encarando. Suas mãos puxaram o edredom com força deixando o mesmo cair no chão.

Eu gargalhei quando ouvi seu grito de espanto.

– O QUE VOCÊ FEZ COM MINHAS PERNAS? – ele gritou olhando para minha linda obra de arte.

– Deveria estar feliz por eu ter sido boa o suficiente por ter deixado uma parte delas, talvez próteses abaixo do joelho ajudem! – fingi estar indignada com sua audácia.

Luke continuava encarando o toco que formava suas pernas, sua pele estava costurada e limpa abaixo do joelho, e depois disso não havia mais nada. Apenas um vão, onde uma fez ficavam suas canelas e pés.

– Eu vou embora agora meu amor. – falei me aproximando dele e tocando em sua coxa, o mesmo fechou os olhos com força com o toque, logo retirei minha mão dali e sai do quarto ouvindo seus gritos.

Desci as escadas da pequena casa e peguei minha bolsa e meu casaco. Tudo que eu precisava para chegar nos Estados Unidos estava ali.

Eu abri a porta e me virei de frente para a casa, a pequena sala junto com a cozinha e as escadas de madeira ao lado de uma pequena lareira.

Aquilo seria maravilhoso.

Eu mexi no bolso do moletom que usava e achei o pequeno isqueiro, assim que abri sua tampa ele mostrou suas lindas chamas, eu vi a linha de gasolina desenhada pelo chão da sala levando até metade das escadas.

Eu fechei os olhos tendo a visão de quatro pares olhos e quatro lindos sorriso. Aquela foi minha motivação para jogar o isqueiro no chão e sorrir.

Minha família foi minha motivação para ver a casa começar a entrar em chamas e eu subir em cima da moto e sair rapidamente de lá.

 

As horas no aeroporto se tornavam cada vez mais entediantes. Eu estava sentada dentro de uma pequena conveniência quando eu vi na televisão uma reportagem sobre minha casa. Eu me segurei para não sorrir, não conseguia entender o que eles falavam, mas todos dentro do pequeno restaurante pareciam estar prestando atenção. Assim que a reportagem acabou eu andei até o caixa e chamei pelo garoto que havia me atendido.

– Você poderia me dizer o que aconteceu na reportagem? – perguntei em inglês e ele assentiu.

– Uma casa pegou fogo e o único morador morreu queimado, não sobrou nada dele para contar a história, nem da casa. – ele disse e eu assenti.

– Muito obrigado. – sorri e voltei para minha mesa. Demorou mais alguns minutos para meu vôo ser chamado.

 

20 de Dezembro de 2015. – 3h38m PM. – Atlanta, Geórgia.

Estar com meus pequenos era a melhor coisa do mundo, por mais que eu não me lembrasse deles antes.

O clima entre os garotos e eu estava melhorando. Eles estavam compreendendo o que eu fiz com Justin e até tentavam entender meu lado. Eles não me julgaram quando eu contei o que aconteceu com Luke e eu agradecia por isso.

– Mamãe! – ouvi a voz fina de Kimberly.

– Desculpe meu amor, mamãe estava distraída. O que você quer? – perguntei vendo um bico enorme em seu rosto.

– Pute amy podi fala cum papai e eu naum? – ela fez menção de chorar e eu franzi o cenho.

– Amy não falou com o papai, ninguém falou. – falei levantando do chão e pegando ela no colo indo atrás de Amy.

– Ela disse que falô! – Kim disse braba cruzando os braços.

Amy estava brincando com o celular de alguém a mesma fingia conversar com alguém.

– Pute vuxe me deixou papai? – ela perguntou encarando uma parede parecendo concentrada na conversa.

– Plimeiro mamãe ai agola vuxe. Pute todo mundo deixa amy? – eu senti meu peito arder com aquilo. Sabia que Amy não era minha filha legitima, mas eu a amava tanto que a considerava minha por completo.

– Vai lá com o titio Josh que a mamãe vai falar com ela. – falei para Kimberly e deixei ela no chão.

Andei lentamente até a pequena que continuava falando no celular.

– Amy. – chamei ela que abaixou o celular rapidamente.

– Oi titia mellany. – ela falou me olhando.

– Você pode me chamar de mamãe se você quiser, Amy. Eu sou a sua mamãe. – falei me abaixando e sentando ao seu lado. Ela apertou as mãozinhas no celular com a tela rachada. – Com quem você estava falando? – perguntei e ela fez um biquinho.

– Vuxe vai deixar Amy tambem? – ela perguntou antes de responder.

– Amy, amor. – falei puxando ela pro meu colo, eu encostei sua cabeça em meu peito enquanto mexia em seus cabelo. – Eu nunca, nunca vou te abandonar. Eu te amo muito e você sempre vai estar comigo!

– Papai abadonou eu. – ela enrolada nas palavras.

– Ele não te abandonou Amy, ele vai voltar um dia. – falei deixando um beijo em sua cabeça. – Eu prometo trazer ele de volta.

 

23 de Dezembro de 2015. – 2h27m PM. – Lompoc, CA.

 

Nervosa era uma palavra que poderia descrever exatamente como eu estava.

Eu respirava fundo milhares de vezes, mas não adiantava.

– Mellany você está pronta? – ouvi a voz do Chaz por trás da escuta e respirei fundo mais uma vez encarado a estrada em minha frente.

– Estou. – respondi e ouvi ele falando com os outros garotos.

– Em 9 quilômetros vocês vão encontrar com o ônibus, em minha contagem. – Chaz disse novamente fazendo eu apertar as mãos no volante. – 1...2... – fechei os olhos com força apertando o acelerador com o pé deixando o motor fazer um barulho, mas ainda mantendo o carro no lugar. – 3! – soltei o pé do freio deixando o carro voar pela estrada ao lado dos garotos.

A cada minuto que passava eu imaginava como seria minha vida dali pra frente.  Perguntas não paravam de rodar minha mente me deixando cada segundo mais nervosa.

Aquele momento iria definir muita coisa sobre minha vida. Nossas vidas.

– Mellany, está me ouvindo? – ouvi a voz de Ryan, murmurei um sim me concentrando na estrada.

– Só falta descermos o pequeno morro e então iremos avistar o ônibus. Você sabe o que fazer depois disso. Estamos contando com você, não nos decepcione.

– Pode deixar Ryan. Agora eu sei o que é certo.

Percebi os garotos acelerarem então os acompanhei terminando de subir o pequeno morro, foi então que eu vi o ônibus metalizado, um quilometro ou menos nos afastava.

O sorriso no meu rosto não foi contido a tempo. Ele já estava ali, quase rasgando meu rosto.

– Joseph e Mellany vão pela direita, eu e Kelmer vamos pela esquerda, pegando o acostamento enquanto Harry e Zayn ficam atrás, não há escapatória. Chaz garantiu que a estrada estaria fechada, nenhum carro vai passar por aqui tão cedo. – Ryan falava pela escuta enquanto avançávamos com muita velocidade, a distância diminuindo cada vez mais.

– Hey Mell. – ouvi a voz de Josh me chamar.

– Fale.

– Você tem certeza que consegue fazer isso? – perguntou, a preocupação evidente em sua voz. – Se você falhar, sabe o que vai acontecer.

– Eu sei. Eu consigo.

Finalmente a alguns metros do ônibus, Ryan que estava na minha frente deixou o carro ir para a esquerda, andando sobre o acostamento deixando a pista livre para mim. Joseph passou ao meu lado rapidamente e eu o acompanhei entrando na pista da direita.  Assim que passamos pelo ônibus deixando uma distância suficiente par uma parada brusca, eu voltei para a pista da direita ficando na frente do ônibus repleto de presidiários perigosos, um motorista e dois policiais armados. Desacelerando a velocidade do meu carro eu continuei dirigindo vendo Joseph a alguns metros de distância de mim.

– Agora, Mellany! – Ouvi a voz de Chaz e então acelerando bastante eu fiz a manobra que passei a semana inteira treinando. Meu carro agora totalmente de frente para o ônibus enquanto eu dava ré me mantendo na pista em uma velocidade significativa. Eu via o motorista e o policial me olharem, o policial já com sua arma na mão. Mordi o lábio tirando uma mão do volante e pegando a pequena submetralhadora, deixando a arma em meu colo eu abri o vidro e peguei novamente a arma na mão, respirei fundo olhando o ônibus em minha frente. – Não temos muito tempo Mellany! – Chaz falou mais alto e eu vi o carro de Joseph atravessado na pista esquerda alguns metros a frente. Apertando a arma eu tirei meu braço para fora da janela e comecei a atirar.

O ônibus tentou frear mas percebeu os carros dos garotos atrás de si e não conseguiu essa opção então ele foi para a pista do lado e os carros de Ryan e Kelmer entraram aonde ele estava. Ele não tinha para onde ir agora. Eu já não atirava mais, voltando a fazer a manobra deixei meu carro voltar a posição normal no momento que o ônibus freio bruscamente alguns instantes antes de bater contra o carro de Joseph. Respirei fundo vendo Ryan descer do carro com a mascara preta cobrindo-lhe o rosto e uma arma potente em mãos, Kelmer vinha logo atrás e Joseph estava fora do carro apontando uma arma para o motorista e o policial, não deixando eles saírem do lugar.

– QUERO QUE TODOS OS POLICIAIS E O MOTORISTA DESCAM DO ÔNIBUS. – Ryan gritou, de onde meu carro estava eu conseguia enxergar todos os presos do lado esquerdo e o motorista. Meus olhos procuravam Justin mas não o encontravam. – AGORA! – Tremi com o grito de Ryan e logo dois policiais desceram segurando as armas na mão, o motorista vinha logo atrás.  – Joguem as armas para cá. – ouvi ele falar alto. Continuei me concentrando em procurar Justin com os olhos. O maldito deveria estar do outro lado.

– As chaves. – olhei novamente para os garotos vendo os policias já imobilizados e de joelhos no chão. Kelmer foi quem pegou as chaves e entrou no ônibus.

Era agora. Ele iria sair dali naquele momento.

Minha respiração acelerou tanto e meu coração começou a palpitar tão rápido que eu achei que poderia ter um infarto a qualquer segundo. Eu contava os segundo em minha cabeça e estava demorando tanto para eles saírem de lá que eu comecei a ficar preocupada. Minha mão já estava na maçaneta da porta quando eu vi os grandes tênis marrons, o macacão laranja, o maravilhosos sorriso debochado, os olhos castanhos, o cabelo bagunçado.

O alivio foi instantâneo. Como se todo meu mundo dependesse dele, como se minha vida fosse ligada a dele. Eu queria apenas sair do carro e o abraçar, falar o quanto eu o amo.

Eu nunca acreditei que um dia amaria alguém tanto ao ponto de dar minha vida por ela.

Eu não conseguia tirar o sorriso do meu rosto, as lagrimas embaçando minha visão, mas não molhavam minha bochecha.

Ele passou reto pelos policiais vindo em direção ao meu carro.

Meu corpo tinha leves espasmos. Eu nunca tinha me sentindo daquele jeito, uma felicidade tão grande crescia dentro de mim. Justin estava quase chegando no carro quando eu ouvi o barulho.

Tão alto e intenso que parecia ter vindo de dentro do carro. Mas não, fora lá fora.

Eu prendi a respiração deixando meus olhos seguirem os movimentos de Justin. Seus Joelhos cedendo o fazendo cair ajoelhado no chão, a cabeça abaixada olhando a mancha vermelha que crescia no macacão laranja. Justin olhou para o carro antes de deixar o resto do corpo desabar no chão.

Naquele instante eu senti como se algo tivesse sido arrancado de mim. Como se algum órgão meu tivesse sido arrancado de dentro de mim com brutalidade. 

Veja todos os meus sonhos morrerem

Daí onde você está

Por conta própria

Os minutos seguintes passaram como fleches em minha mente. Em um instante eu desci do carro e no outro eu já estava a chorar segurando a cabeça dele em meu colo. Seus olhos ainda abertos olhavam para mim.

No outro instante eu já estava rasgando seu macacão enquanto sussurrava coisas que nem eu mesmo podia entender.

O ferimento sangrava muito e minhas mãos já estavam cobertas pelo seu sangue. Eu tirei meu casaco e o apertei contra seu peito sanguinolento.

Os soluços saiam junto com as palavras, cada vez mais altos.

– Vai ficar tudo bem. – eu disse dando um beijo em seu ombro enquanto apertava firmemente seu peito.

– M-mell. – ouvi sua voz fraca e levantei a cabeça o encarando, eu estava com a respiração pesada, o peito ardendo. – Po-porque vo-vo-você fez isso c-com nós? – ele perguntou tão baixo e fraco que eu mal entendi. Eu já ouvia os gritos dos garotos e suas mãos ajudando a levantar o corpo de Justin.

– Me perdoa, me perdoa. – eu disse chorando enquanto o encarava. Os garotos começaram a caminhar em direção ao carro do Joseph que era o mais perto depois do meu.

– Chris esta com um helicóptero a alguns quilômetros, vamos conseguir chegar lá a tempo. – Kelmer falou, mas sua voz estava tão longe, eu não conseguia me concentrar em outra coisa que não fosse o corpo de Justin.

– Entra no carro Mellany. – Joseph disse alto o suficiente para me fazer desviar os olhos de Justin e entrar no carro, deixaram Justin atrás comigo, sua cabeça apoiada em meu colo, seu tronco no banco e as pernas de lado, dobradas fora do banco.

Alguém que eu não fiz questão de olhar entrou no carro e o ligou tão rapidamente que eu poderia ficar surpresa se não tivesse tão desesperada.

– Eu te amo. Eu realmente te amo. – falei olhando para Justin, passei minhas mãos pelos seus cabelos deixando um rastro vermelho neles.

 Funguei olhando para seu rosto, ele me encarava, os olhos já estavam tão sem vida. A boca ficando branca e seca. Estava tão pálido.

Ele tentou falar alguma coisa mas eu o cortei rapidamente.

– Não fale. Não tente falar. Apenas se mantenha acordado. – falei soltando um suspiro. Ele mexeu lentamente a cabeça. Olhei para o peito sanguinolento e me assustei com todo aquele sangue. – Eu só quero que saiba que você é tudo que importa para mim. Você é tudo para mim. Eu te amo tanto, Justin. – uma lagrima minha caiu sobre seu rosto e eu passei a mão para limpa-la. Ele fechou os olhos como se estivesse apreciando o pequeno carinho.

E eu estou apenas me sentindo sozinha ao chorar

Você não pode me ouvir chorar

Está tão quieto aqui

E eu me sinto tão frio

Eu nunca na vida pensei que algo tão ruim poderia acontecer.

Eu podia ver sua vida indo como se fosse grãos de areia caindo pelos meus dedos. Eu podia ver seus olhos perdendo aquele brilho de arrogância e amor. Sua pele ficando tão clara que me lembrava um pequeno pássaro branco voando para longe. A boca que eu tanto amava estava naquele tom tão sombrio e assustador.

Abaixei minha cabeça lhe deixando um singelo beijo na testa, aproximei minha boca de sua orelha, minha mão se abaixando para pegar a sua. Assim que senti seus dedos eu os apertei com força.

– Eu voltei porque eu te amo. Voltei porque quero me casar com você, quero fazer parte da nossa família. Quero poder acordar todas as manhãs ao seu lado, quero poder dormir todas as noites agarrada a você. Quero sentir seus beijos, quero poder ver você ler história para as crianças enquanto eu fico na soleira da porta olhando, quero poder estar ao seu lado quando estivermos velhos. Quero estar ao seu lado todos os minutos da minha vida, para sempre. – sussurrei em seu ouvido, meus lábios tremendo a cada palavra, levantei meu rosto vendo seus olhos fechados e um pequeno sorriso nos lábios. – Quero poder ser sua, apenas sua. – falei baixo vendo seu sorriso começar a murchar. – Justin? – perguntei e ele não se moveu. – Justin? – o desespero começando a voltar com toda a força junto com as lagrimas. – Justin fala comigo! – falei alto e o balancei. Ele não mostrou estar ouvindo. – Oh meu Deus, ele não está se mexendo! – falei olhando para frente vendo Ryan no volante, eu sentia meus pulmões ardendo com a força que eu fazia para respirar. Aproximei minha mão de seu nariz para sentir a respiração, mas eu não sentia nada. – O que eu faço? Ele não está respirando! – falei deixando o desespero tomar conta de mim.

Eu não obtive uma resposta de nenhum dos dois. Então tudo começou a ficar confuso em minha cabeça. Em um momento estávamos no carro, no outro em um helicóptero e no próximo estávamos em uma pequena casa.

– Mellany! Mellany! – eu ouvia vozes me chamarem ao longe, eu continuava a encarar uma parede de madeira tentando entender o que havia acontecido. Justin não estava mais ali comigo, haviam levado ele de mim. – Mellany! – olhei para frente focando minha visão na pessoa na minha frente. – Mellany! – consegui perceber que era Joseph que me chamava, eu encarei ele e então me lembrei de Justin novamente.

Uma vez me contou que eu o abandonei e fui morar com Joseph. Comecei a chorar novamente. Porque raios eu só o fazia sofrer? perguntei a mim mesma enquanto desabava. Senti os braços de Joseph ao meu redor e apoiei minha cabeça em seu ombro deixando as lagrimas saírem junto com os soluços.

Eu já ouvi falar sobre a dor de perder alguém, mas eu nunca pensei que ela fosse tão forte, tão ruim.

É uma dor tão dilacerante que a única coisa que você tem vontade de fazer é morrer para ver se ela vai embora. Você se sente perdida, como se nada mais tivesse sentido.

Todo mundo sempre me falou que se ignorarmos a dor, nem vamos perceber que ela existe. Mas eu acho que eles nunca sentiram essa dor.

A vida é a perda lenta de tudo que amamos.

Eu deveria ter conhecido melhor

Agora dói muito mais

Você fez meu coração sangrar e

Você ainda me deve uma razão

Porque eu não consigo descobrir por que

Porque eu estou sozinha e congelando

Enquanto você está na cama

 

Eu não posso dizer quanto tempo eu fiquei sentada apoiada em Josh, podem ter se passado alguns minutos, ou algumas horas. Eu apenas posso afirmar que em algum momento eu consegui me acalmar e finalmente parei de chorar. Eu precisava encarar a realidade. Eu precisava lembrar que ele ainda tinha chances.

– Você está bem? – Joseph perguntou me encarando.

– Vou ficar – dei um pequeno sorriso falso e ele mordeu a bochecha apertando minha mão.

Joseph se sentou ao meu lado e só então eu notei que estávamos em uma pequena sala, tinha apenas duas portas ali, uma que parecia ser a da saída e a outra de onde vinham vozes.

– Porque não estamos em um hospital? – perguntei com a voz mais rouca do que eu achei que estaria.

– Não podemos levar um fugitivo para um hospital então trouxemos o hospital para nosso fugitivo. – Josh disse tentando fazer uma piada para aliviar o clima. Mas eu não consegui rir, ao menos consegui sorri um pouco.

– Cadê o resto do pessoal? – perguntei olhando ao redor e notando que não tinha ninguém por ali.

– Ryan está falando com Pattie e Jeremy ali fora e os garotos ficarão cuidando dos carros antes que a policia chegasse. – Josh explicou e eu apenas assenti. Depois de um tempo meu corpo começou a pesar e minha cabeça a doer, então eu fui deixando o sono me levar até finamente adormecer. Naquela noite, sonhei. O mais belo sonho que tive em muito tempo.

 

Era mais velha, talvez uns oito, nove anos mais velha. Estava de frente para Justin, o mesmo sorria. Um sorriso tão maravilhoso que a fez sorrir.

– Eu te amo. – ele disse ainda sorrindo e se aproximando dela. – O que você acha sobre tudo isso? – ele perguntara a ela que deu de ombros.

– Acho que as crianças vão surtar, mais uma garotinha para atormentar Dylan. – ela disse risonha.

– Acho que as meninas ficaram com ciúmes. – Justin disse, agora estava apenas alguns centímetros de Mellany. – Nossa pequena Destiny. – ele disse pousando as mãos sobre a barriga de Mellany. A mesma sorriu inclinando a cabeça e puxando o pescoço do garoto para ela lhe dando um beijo.

– Nossa família está crescendo.

 

Acordar foi terrível. Eu senti todos meus músculos doendo e minha cabeça parecia que ia explodir a qualquer momento. Parecia que eu havia dormido dias e dias seguidos. Senti minhas costas doerem quando me mexi e então percebi estar deitada naquele sofá pequeno e desconfortável. Resmunguei enquanto levantava e me sentava passando as mãos pelo rosto.

– Olha quem acordou! – ouvi uma voz conhecida que me fez virar o pescoço. Charles estava apoiado na porta, a aparência tão cansada que parecia que não dormia a dias.

– Quanto tempo eu estou dormindo? – perguntei me levantando e andando até ele.

– Umas 14 ou 15 horas. Não sei direito. – ele deu de ombros e eu arregalei os olhos. Por um momento parecia que nada havia acontecido mas então lembrei o que me fez dormir tanto.

– Como ele está? – perguntei começando a ficar nervosa.

– Ainda não sabemos, os médicos ainda estão fazendo a cirurgia, mas parece que esta indo bem. Bom... na verdade eu não sei, ninguém falou nada ainda. – fez uma careta olhando para a outra porta de madeira do outro lado da sala, a mesma continuava fechada.  – Ele vai se sair bem, não é a primeira vez que é baleado. – Charles tentou aliviar o clima e eu apenas mordi a bochecha concordando.

 

24 de Dezembro de 2015. – 9h45m AM. – Los Angeles, CA.

18 horas após o resgate. Véspera de natal

Eu estou com medo.

Não aquele típico medo de que algo vai dar errado, mas sim aquele medo de que algo está errado.

– Alguma coisa está errada! – falei parando de caminhar pela sala e olhando para os garotos. – Ele está ai a horas e ninguém veio dar uma noticia se quer! Eu estou pirando. – não preciso dizer que eles me ignoraram completamente, igual as últimas quatro vezes. – Ótimo! Continuem me ignorando. Parece que sou a única que me preocupo. – revirei os olhos e peguei um cigarro do maço em cima da mesa.

– Você não pode fumar. – ouvi Joseph falar e revirei os olhos.

– Ótimo, e quem vai me impedir? – perguntei já acendendo o cigarro e puxando a nicotina para dentro do corpo. Me apoiei na porta de saída enquanto fumava e pensava sobre o ocorrido de algumas horas atrás. – Como vocês não conseguiram deter três malditos caras?! – perguntei indignada. – Não pensaram um segundo que a tarefa de vocês era tão importante quanto a minha? – perguntei sem olhar para eles. – Todo o momento era Mellany isso, Mellany aquilo, Mellany tem certeza?, Podemos mesmo confiar em você?, mas em nenhum momento pensaram que vocês também tinham tarefas importantes! – falei e apenas ouvi um silêncio

– Entendemos que você esteja triste, mas não pode jogar a culpa sobre nós! – a voz de Kelmer quebrou o silêncio alguns minutos depois.

– Não, ela tem razão. – Ryan que não tinha falado uma palavra desde o ocorrido se pronunciou. – Era nossa responsabilidade assegurar que ninguém saísse ferido e agora o meu melhor amigo está em uma maldita cama sendo operado. – sua voz saiu falha e ele logo abaixou a cabeça entre as mãos. Pude ver seu corpo tremer quando ele começou a chorar silenciosamente. Jogando o cigarro porta à fora eu andei até ele e passei minhas mãos pelas suas costas.

Eu estava pensando em algumas palavras para lhe dizer, afinal eu havia jogado a culpa em cima dele. Mas nada vinha a minha mente.

Quando algo finalmente veio a minha mente eu fui interrompida pela porta se abrindo e um médico saindo dela. Eu paralisei olhando para ele.

– Como ele está? – a pergunta saiu rapidamente da boca de Charles.

– Está reagindo bem. Terminamos a cirurgia agora. A bala se alojou perto da coluna, apenas alguns centímetros para a direita e teríamos problemas muito sérios. Passou ao lado do coração, mas não acertou nenhuma artéria ou órgão. Ela simplesmente passou direto e parou, foi um grande milagre. Esse garoto tem um grande protetor lá em cima. – o médico disse me fazendo suspirar de alivio. Ele estava vivo.

– Podemos ver ele? – Kelmer perguntou.

– Agora vem a segunda noticia. – o médico disse fazendo uma pequena careta, mordi o lábio fortemente, já sentindo o gosto de sangue. – Ele está em coma, sem previsão para acordar. – meus olhos voltando a embaçarem por conta das lágrimas e meu peito voltando a arder. – Temos o equipamento necessário aqui para a cirurgia e para qualquer problema, mas não podemos fazer nada além de esperar. Vamos fazer observação 24 horas, dia após dia até ele acordar.

– Não podemos ficar aqui, a policia está atrás dele. – Charles falava agora.

– Ele está em bom estado, podemos aproveitar isso para fazer a transferência. Mas preciso que o lugar para onde ele está indo esteja bem equipado e seja de fácil acesso.

– Podemos levá-lo para Atlanta, em casa. Montar um quarto para ele lá. Conhecemos bons médicos por lá.

– Então faça isso agora.

 

24 de Dezembro de 2015. – 2h13m PM. – Atlanta, Geórgia

23 horas após o resgate. Véspera de natal

 

A animação para o natal estava completamente zerada.

Pattie estava sentada no sofá tomando uma xícara de café e olhando para algum ponto fixo. Jeremy estava sentado em uma poltrona perto da televisão, o mesmo estava com olheiras e segurava também uma xícara de café, mas diferente de Pattie, ele estava conversando ao telefone.

Christian e Rebecca levaram as crianças para a casa deles, falaram que seria melhor eles não ficarem sabendo tão cedo o que estava acontecendo e aquela casa estava tão mórbida que deixaria eles deprimidos.

Charles estava no andar de cima, resolvendo os últimos detalhes sobre o quarto improvisado de Justin. Joseph e Kelmer estavam em algum lugar da casa resolvendo assuntos do trabalho que eram extremamente importantes agora, por mais que o clima estivesse péssimo, ainda tínhamos que dar um jeito de encobrir todos os nossos passos, de afastar a policia, resolver as coisas de Marcus.

Zayn e Harry estavam conversando desanimadamente no sofá perto de Pattie e eu e Ryan estávamos sentados em duas poltronas do outro lado da sala, afastados de todos.

Justin não podia receber visitas agora e isso me deixava ainda pior do que estava.

 

O relógio marcava algum horário entre 9 ou 10 horas da noite, quando eu pude finalmente ir até o quarto dele. Abrindo a porta branca eu pude ver a cama com seu corpo pálido coberto por um lençol branco. Alguns fios ligados ao seu corpo e uma maquina de batimentos, um tubo respiratório cobria seu nariz e boca.

Aquela era uma péssima cena de se ver. Caminhei até o lado da cama e arrastei uma poltrona para mais perto. Eu procurei sua mão e assim que a encontrei apertei levemente.

Não importa o que acontecesse de agora em diante, eu sempre estaria ali por ele.

 

17 de Fevereiro de 2016. – 10h13m AM. – Atlanta, Geórgia

Dois meses depois

– Desculpe senhorita Jordan, mas ele não mostrou nenhum sinal de reação. Está apenas vegetando, os órgãos funcionando apenas pelos aparelhos. Não é mais ele. Teremos de desligar os aparelhos, desculpe.

– Desculpas o cacete! – falei furiosa. – Qual a porra do problema de vocês? Ele está vivo ainda, o coração está batendo! Ele não morreu! – meu corpo em frente ao médico muito mais alto. – Vocês não vão desligar isso, ele ainda pode dar algum sinal!

– Você passa todos os segundos do dia ao lado dele e ele nunca reagiu. Se pelo menos ele mexesse um dedo ou algo assim poderíamos continuar tentando, mas ele não mostrou nenhum sinal. Não podemos fazer mais nada.

– Eu estou pagando uma grana preta pra vocês apenas fazerem seus serviços, eu estou pagando para vocês manterem ele vivo e você simplesmente chega aqui e diz que vão desligar os aparelhos? – perguntei sarcástica, o pequeno sorriso no canto dos lábios. – Eu vou estourar essa sua maldita cara se você não sair daqui agora!

– Me ameaçar não vai mudar a situação de que seu namorado está MORTO! – ele disse me encarando nervoso. Apertei a mandíbula fechando os punhos e começando a estapeá-lo, o mesmo tentava desviar dos meus golpes ridículos até duas mãos pegarem em minha cintura e me rodearem me jogando para trás com força.

– SEU IMBECIL! EU VOU TE MATAR COM AS MIINHAS MÃOS! – gritei com força tentando avançar nele novamente, mas as mesmas mãos me seguraram.

– Mellany se acalma! – Ryan disse firme me segurando. – O que está acontecendo?

– Esse maldito verme quer desligar os malditos aparelhos! – falei parando de me mexer fazendo com que ele me solta-se.

– Eu sei, já conversamos. – Ryan abaixou a cabeça.

Naquele momento eu percebi que eu era a única que estava lutando pela vida de Justin. Todos haviam desistido dele. Seus pais, seus amigos, até ele mesmo.

– Vocês não vão fazer nada. Eu não vou deixar. – falei alto me aproximando da cama de Justin, o mesmo continuava na mesma posição.

– Desculpe senhorita Jordan, mas vocês não são casados então os pais deles que são os responsáveis caso algo aconteça. – o médico disse e eu funguei.

– Nós íamos nos casar. – apoiei minhas mãos na cama ao lado dele. – íamos formar nossa família. – olhei para o médico e depois para Ryan. – Não consigo acreditar que vocês estão desistindo desse jeito! – o encarei com nojo.

Nojo.

Isso era o que eu estava sentindo por todos eles.

Como ele podem desistir de alguém assim, tão rápido?

É uma maldita vida! A vida do amigo deles!

– NÃO PODEMOS MAIS FAZER NADA! – Ryan gritou com o rosto vermelho.

– PODEM ESPERAR MAIS! – gritei junto a ele.

– PARA QUE? CRIAR MAIS FALSAS ESPERANÇAS? – engoli em seco o encarando, eu segurava a vontade de chorar.

Eu abri a boca para soltar uma boas palavras para ele, mas algo me impediu.

– Porque tanto gritam? – o som daquela voz fez meus pelos arrepiarem, eu não consegui me virar eu encarava o médico e Ryan que olhavam para o corpo na minha frente perplexos.

Eu pensei naquele momento que tudo aquilo era um sonho, apenas mais um maldito e ridículo sonho. Então eu ri. Ri muito alto.

– Eu estou penas sonhando, não acredito nisso! – gargalhei olhando para os dois. – Como não pensei nisso antes? – rolei os olhos e virei a cabeça para frente olhando para Justin, seus olhos estavam quase fechados, a boca entre aberta e dois tubos enfiados no nariz.

– D-do que ela es-esta falando? – ele disse com a voz bem mais rouca agora.

– Estou cansada de ficar sempre imaginando esse momento. – cruzei os braços vendo o médico se aproximar rapidamente da cama.

– Como está se sentindo? – ele perguntou para Justin.

– Muito cansado. – ele respondeu com a voz falha. – Água? – ele perguntou e o médico assentiu olhando para Ryan que rapidamente saiu do quarto. – Estou um pouco confuso.

– Justin você passou por uma cirurgia bastante complicada e entrou em coma. – o médico explicou para Justin, o mesmo mantinha o cenho franzido. – Fazem dois meses que você está aqui, estamos te mantendo em observação. – a porta rapidamente foi aberta por Ryan que entrou com um copo de água, atrás dele estava Pattie e Jeremy.

– Deus ouviu minhas preces! – Pattie murmurou chegando perto da cama.

O médico -idiota- deixou que conversássemos com Justin por alguns instantes, fora muito rápido.

– Eu gostaria de um pouco de privacidade com o paciente, vou fazer alguns exames e ver como ele realmente está. – o médico disse depois de um tempo fazendo com que saíssemos do quarto.

Naquele momento eu percebi que aquilo não era um sonho, aquilo era real. Aquilo estava acontecendo.

Então eu chorei. Não chorei igual as outras vezes, não desabei. Eu apenas chorei de felicidade. Chorei enquanto agradecia a quem quer que estivesse lá em cima por trazer Justin de volta.

Me escorei na parede do lado de fora do quarto e fiquei um bom tempo ali.

12 de Março de 2016. – 4h06m PM. – Atlanta, Geórgia

Um mês depois

 

Justin estava bem, muito bem. Ele se recuperou rapidamente e duas semanas depois que acordou, já podia levantar e fazer suas coisas sozinho. Estava tudo ocorrendo bem entre ele e o pessoal.

Exatamente, entre ele e o pessoal.

Diferente do que eu pensei, Justin não olha na minha cara, não fala comigo, não fica no mesmo ambiente que eu fico. E isso simplesmente me despedaçou da pior maneira possível.

Ele fez aniversario a 11 dias atrás e como ele não podia sair de casa o único pedido dele foi que eu não estivesse na casa no dia. Eu achava que nada podia ser pior do que ouvir aquilo dele, mas então ontem ele me pediu para procurar um lugar para morar.

E agora eu caminhava em direção ao quarto dele, onde ele provavelmente estaria. Dando duas batidas na porta eu esperei até que ele a abrisse. E assim foi.

– O que você quer? – perguntou-me. Sua vestimenta não passando de uma camiseta comprida branca e uma cueca azul.

– Acho que precisamos conversar. – falei me sentindo muito mais intimidada do que deveria.

– Não converso com pessoas que me deixaram amarrados em uma cadeira para ser preso. – ele ia fechar a porta mas eu pus meu pé, o mesmo ardeu com a pancada da porta contra ele.

– Se não conversarmos por bem, será por mal. – o encarei e o mesmo deu um riso debochado. – Acho que não estou vendo nenhum palhaço aqui para você estar dando risada.

– Estou vendo um na minha frente vestido de vadia. – outch!

– Quer agir como criança? Ótimo, vamos agir como crianças. – o empurrei tomando cuidado para não tocar em suas cicatrizes. Entrei no quarto e me sentei na ponta da cama.

Ficamos alguns minutos apenas nos encarando, até que ele andou até a cama e sentou ao meu lado.

– O que você quer conversar? – ele perguntou olhando para frente, seu rosto parecendo cansado.

– Eu não estou te entendo. – falei com a voz baixa.

– Não está me entendendo? – ironia exalando nas palavras. – Qual a parte que você não está entendendo? A parte que tudo isso só está acontecendo por causa de você ou a parte de que você é uma vadia manipuladora? – mordi o lábio e abaixei minha cabeça não querendo que ele visse as lagrimas que começavam a surgir nos meus olhos.

 

– Eu não sou uma vadia manipuladora e isso não é minha culpa! – tentei me defender. – Eu estava tentando ajudar.

– Ajudar? – ele perguntou rindo. – Você ferrou com tudo! – engoli em seco sentindo o peso de suas palavras sobre mim.

– Se você pensasse pelo meu lado, eu matei Luke por você, eu prendi Marcus por você, eu salvei você! – ergui a cabeça o olhando, o mesmo me encarava. – Eu te amo pra caralho!

– Se me amasse não teria feito o que fez.

– EU ESTAVA TENTANDO TE PROTEGER! – gritei deixando uma lagrimas cair. – Mas que merda! Será que você não entende? Eu não lembro nada sobre minha maldita vida, nada! Tudo que eu tenho agora são aquelas crianças e você, e tudo que eu quero é isso. Eu nunca pensei que pudesse amar tanto alguém assim. – respirei fundo controlando a vontade de chorar. – Eu me sinto uma completa estúpida ao perceber que eu estou totalmente a sua mercê. Eu te amei pela primeira vez, eu te amei pela última vez e eu vou te amar para sempre. – mordi forte o lábio enquanto ele me olhava com o cenho franzido. – Foda-se essa merda. – murmurei e no instante seguinte eu puxava seu pescoço para mim fazendo com que nossos lábios se encontrassem em um beijo.

Eu não me importei com o que aconteceria depois, eu apenas me concentrei no agora. Me concentrei em suas mãos vagando vagarosamente pela minha perna enquanto subiam para a base das minhas costas, seus dedos passando por baixo do moletom, em seus lábios macios se movendo contra os meus com leveza, em seu cabelo macio entre meus dedos. Me concentrei em nós.

– Isto está errado. – ele murmurou contra minha boca.

– Pelo que eu sabia, você sempre gostou mais do errado. – respondi sem sair do lugar, pude sentir sua boca se contrair em um sorriso e logo ele voltou a me beijar, agora com mais intensidade.

Meus dedos puxando sua cabeça para mim e suas mãos puxando meu corpo.

– A gente não pode – o cortei rapidamente.

– Cale a boca! – Empurrei seu corpo para trás até ele deitar na cama e me sentei em cima dele me inclinando para beijá-lo, suas mãos subindo e descendo por minhas costas. Eu mexi meu quadril sobre ele levemente ouvindo seu gemido baixo sobre minha boca. Logo ele apertava forte minha cintura me empurrando para baixo contra ele. Eu mexia meu quadril as vezes o fazendo gemer leve e baixo. Já podia sentir sua genitália crescendo em baixo de mim.

Justin desceu as mãos para minha bunda a apertando forte.

– Você precisa me prometer que isso não é uma farsa. – ele me empurrou para poder sussurrar, seus olhos castanhos me encarando tão profundamente que eu senti algo dentro de mim se contorcer.

– Eu não tenho mais motivos para mentir. – respondi olhando em seus olhos.

Justin sorriu e aquele foi simplesmente o melhor momento da minha vida depois dos últimos meses.

Eu nunca poderia expressar o tamanho da minha gratidão a ele. E acho que ninguém no mundo um dia vá entender o que sentimos um pelo outro, porque nem mesmo nós entendemos. Somos ligados por algo muito mais forte do que uma atração e uma paixão.

Com o passar do tempo eu aprendi que a vida nem sempre nos traz finais felizes. Também posso dizer que já aprendi a conviver com isso, aprendi a lidar com os erros e aprendi que não preciso viver em um conto de fadas para ser feliz. Eu sempre achei que eu nunca seria feliz por conta dos erros no passado, mas então eu percebi que não preciso voltar a mexer no meu passado, e dizer o quanto eu sofri com ele. Eu simplesmente prefiro deixar pra lá.  Agora eu sei que não preciso mais de apoio, sei que consigo me equilibrar a cada passo em falso e sei que caso eu falhe eu terei ele ao meu lado.

Depois de tudo que eu passei eu percebi que apenas momentos bons podem superar a dor.

– O amor é um jogo, você quer jogar? – perguntei risonha o encarando, ele não me respondeu com palavras, mas seu beijo provou que o jogo acabara de começar.


Notas Finais


Bom realmente acabou...
Eu gostaria de agradecer a todas vocês por lerem, vocês não sabem o quanto são importantes para mim, eu não tenho palavras para descrever o carinho que sinto por vocês. Por mais que seja estranho, vocês fizerem parte da minha, e sempre vão fazer. Eu não sou boa com despedidas nem com palavras bonitas, então realmente essas poucas palavras são de coração. Obrigado por todo apoio e carinho, eu amo todas vocês.
Eu usei trechos de So Cold durante o capitulo, porque essa música é simplesmente maravilhosa e me faz chorar muito.
Eu provavelmente vou postar alguns bônus de SL durante esse ano, sem nenhum compromisso, apenas por diversão... eu vou explicar melhor como vão ser quanto eu postar o primeiro, eu vou postar ele como uma continuação da segunda temporada, então vou posta-los aqui, junto a essas temporadas.
Eu novamente agradeço a vocês por lerem.
Eu sei que o final de SL foi meio ZZZ, mas é porque eu sou péssima com finais, então isso não foi um final definitivo foi apenas o inicio de uma segunda etapa. ](midira acabou sl, só o bônus se tiver) [
Algumas coisas durante esse capitulo não foram realmente explicadas, como por exemplo, Marcus Plemour ser preso, mas durante algum bônus eu irei explicar. Então leiam os bônus quando eu posta-los.
Obrigada novamente e beijos!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...