História Stydia - Avassaladora (Primeira Temporada) - Cap.22 - Temp.I

Parecia que só eu tinha gostado da escolha da minha dupla. O resto dos alunos odiaram, uns suplicaram para poder trocar. Eu e Lydia fomos os únicos que ficaram calados.

Parrish: – Chega, pessoal. – Falou bem alto e sério – Essas são as duplas definitivas e pronto, ok? Agora deixem me explicar como eu quero que esse trabalho seja feito.

A dinâmica do trabalho seria: teríamos que passar um final de semana inteiro juntos, colhendo informações e opiniões um do outro sobre política, religião, sexualidade e tudo o que poderia nos diferenciar um do outro. O intuito desse trabalho seria nos mostrar que ter personalidades parecidas não indicaria uma questão de total e irredutível afinidade. Usaríamos da ética para poder aceitar as opiniões e as pequenas diferenças que achávamos que não existia. No final nós entregamos um relatório com uma pirâmide das diferenças mais importantes que descobrimos no final da experiência.

PUTA QUE PARIU! Tipo, puta que pariu infinitas vezes! Isso era um trabalho de faculdade ou uma experiência pré-casamento? Sinceramente, isso era coisa de gente maluca. Mas tinha um lado bom nisso tudo, um lado enoooooorme. Seria a chance única de me reaproximar de Lydia.

Parrish: – Todo mundo entendeu direitinho o que precisa fazer? – Todo mundo balança a cabeça, concordo um pouco contrariados ainda – Ótimo. Quero os relatórios prontos na minha mesa em três semanas. Vocês estão dispensados.

Espero a sala ficar mais vazia para ir falar com a pessoa que vai fazer dupla comigo no tal trabalho.

Stiles: – Já pensou em falar com o Parrish para poder trocar de dulpa, ruivinha? – Digo me aproximando dela.

Lydia: – Porque eu trocaria? – A garota nem se dá ao trabalho de se virar para olhar na minha cara.

Stiles: – Talvez porque você não se sinta mais a vontade quando está comigo. Porque talvez você esteja me evitando ou porque talvez você tenha voltado a me odiar. Ou você vai ter a cara de pau de negar tudo isso, Lydia? – Aumento um pouco meu tom de voz para ver se a garota olha para mim. E parece funcionar.

Lydia: – Ou vai ver eu nunca deixei de te odiar, não é? Vai ver também eu só tenha te suportado por causa da Alli e do Scott.

Como ela era capaz de mentir tão descaradamente? Como ela podia fingir que não sentia nada por mim? Eu sentia tanta coisa e ela não sentia nada? Isso era tão...

Me aproximo de Lydia, viro-a para mim e a coloco contra a janela, encostando as palmas das minhas mãos ao lado de sua cabeça e olho no fundo daqueles olhos enormes, gélidos e posso sentir a sua incerteza.

Stiles: – Olha nos meus olhos e me diz que você me odeia. Diz também que eu poderia morrer hoje e você não se importaria. Diz isso e eu juro que faço o Parrish mudar nossa dupla para que você não tenha a porra do sacrifício de ficar um final de semana inteiro comigo. – Digo baixo, nervoso com o que poderia sair daquela boca carnuda.

Mas ela não diz. Lydia continua me olhando, inquieta. Dava para ver, não, dava para sentir os sentimentos conflituosos dentro dessa mulher. Dava para sentir que ela tentava com todas as forças me odiar naquele momento, mas não conseguia.

Lydia: – Eu... Eu não consigo, Sti. – Sua voz sai fraca, cansada.

Stiles: – Então porque você sumiu, Lydia? Porque merda você me evitou todos os dias, fingindo que eu não existia? Você era minha melhor amiga...- Sinto a garganta secar, lágrimas ameaçam cair de meus olhos. Sinto falta de ar, sinto meu rosto ficar vermelho, sinto que posso me despedaçar a qualquer momento.

Lydia: – Não sou mais?

Stiles: – Eu não sei o que pensar, ok? Eu não sei o que esperar de você, ruivinha.

Lydia: – Você fala também como se não fosse nada imprevisível, não é? Uma hora você só quer me levar para o seu sofá, em outra você quer apenas tentar ser meu amigo. Sem falar quando você age como se estivesse apaixonado por mim. Fica foda saber qual desses três vou ter que encarar.

Lydia me olha esperando alguma resposta meso não tendo feito pergunta alguma. A afirmação atingiu em cheio a boca do meu estômago. A gente estava começando a se entender de novo, de uma forma estranha, como da primeira vez. Mas ainda era pouco para eu fazer algum tipo de declaração.

Stiles: – Quer voltar a ser minha melhor amiga, ruivinha? – Digo retirando as mãos que estavam encostadas na parede e estendo a direita, esperando uma resposta e um aperto de mãos.

Lydia: – Só com uma condição. – Ela diz encarando minha mão estendida. É claro que tinha uma condição.

Stiles: – Qual?        

Lydia: – Se você jurar que não vai tentar me levar para o seu sofá nojento.

Stiles: – Tudo o que você quiser para voltar a ser minha melhor amiga, ruivinha. – Digo exibindo meu sorriso mais inocente. E então ela aperta minha mão e eu a puxo para um abraço apertado. – Mas para ser honesto, ruivinha, faz um tempo desde que parei de te querer no meu sofá. – Baixo a cabeça o suficiente para chegar mais perto de sua orelha e solto uma tirada genial – Eu quero te levar para a minha cama mesmo.

Solto a garota, tentando me controlar para não rir da cara de assustada dela. Lydia fica levemente corada e eu não consigo mais segurar a risada.