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História Su Novio - Siete


Escrita por: eudazs

Notas do Autor


eu não ia postar, mas sabe como é né?

espero que gostem e boa leitura! ❤

Capítulo 7 - Siete


Fanfic / Fanfiction Su Novio - Siete

 

Letícia narrando. 

O despertador toca avisando que o dia da semana com aula se inicia. Hoje eu passaria o dia na faculdade e Marco viajaria no outro dia, ou seja, teremos poucas horas juntos. Depois que ele saiu do banho, ainda escutei um pouco da sua conversa com Francisco e eu ria das besteiras dos dois. 

Quando pude escutá-lo desligar e senti-lo me abraçar para dormir, pensei nesse mês juntos. Aprendi a morar sozinha e aprendi a morar com Marco Asensio e sua bagunça. Um dos maiores avanços de um namoro é compartilhar 24h do dia ao lado do seu ou sua companheiro (a). 

Estar com Marco, conhecer suas manias, toques, inseguranças é incrível porque nunca me senti assim. Como eu disse, o camisa 20 me desperta sensações únicas. 

Estico meus braços, encostando meu corpo na cabeceira da cama e vejo que estou sozinha. Passo a mão no rosto, desligo o despertador e vou caminhando para o banheiro. 

— Ai, Asensio! — reviro os olhos com a tampa do sanitário aberta. 

Faço minhas higienes pessoais e vou direto para o closet procurar uma roupa, mas antes que eu passe na porta, Marco entra no quarto com uma cesta de café da manhã e cantando, desafinadamente, Juanes. 

Una flor… voy a regalarte… — paro na porta rindo da sua dança. — Esta noche de luna llena para confesarte… — ele larga a cesta na cama e vem na minha direção, dançando no ritmo da música. — Lo mucho que me gustas, lo mucho que hay… — ele para na minha frente e estende a flor que entregou há alguns dias. — en una flor. 

Não nego o sorriso no rosto. Marco Asensio sem camisa, entregando uma flor para mim, em uma manhã de sol ainda um pouco tímido. 

— Buenos días, mi amor. — ele sussurra no meu ouvido. 

As mãos de Marco seguram na minha cintura e eu passo meus braços para cada lado do seu pescoço. Nossos olhos estão sincronizados, sem piscar e encaramos um ao outro com o mesmo sorriso. Somos um casal normal de apaixonados. 

Antes que possamos encostar nossos lábios, passinhos são escutados e Mike entra pelo quarto querendo a todo custo pular na cama para pegar a comida do café.

 

— Ah, menino! — Marco ri, me soltando e eu vou até o spitz. 

 

Sento na cama e nem percebo que Marco fica me observando por alguns minutos. Quando olho para o meu corpo, vejo a lingerie preta que cobre meu corpo e a blusa desabotoada. 

 

— Sério, eu vou passar na casa do meu pai e pegar mais algumas coisas. 

 

— O quê, Marco? 

 

— Se eu acordar todos os dias com essa visão, eu me mudo em definitivo para cá hoje. 

 

— Larga de ser besta! — ele ri. — Vem comer, vem. 

 

Ele senta na cama, pegando um morango e fazendo a típica cena de filme. 

 

— Você não acha que somos um casal e tanto? — diz, passando a mão no meu rosto. 

 

— Somos. Eu pensei que estávamos indo rápido demais, mas não, acho que estamos no caminho certo. 

 

— É bom saber que eu posso compartilhar minhas coisas com a minha namorada, sabia? — sorrio, concordando com a cabeça. — Sei que um mês nem parece muito tempo, mas isso nunca aconteceu comigo antes. 

 

— Sempre tem a primeira vez, uh? — ele ri. — Por sinal, Marco, a tampa do sanitário é para baixo.

 

— Em minha defesa, — fala com a boca cheia. — eu saí rápido para preparar o café.

 

— Olha a boca! 

 

— Hm, eu acho que vou mudar para a casa do Francisco…

 

— É? — deito na cama e ele fica por cima, apoiando seu corpo com os braços. — Vai cantar Una Flor para ele também?

 

— Se ele achar minha voz bonita. 

 

— Acho melhor não, amor. — ele revira os olhos. — Vem aqui e vamos aproveitar que o Mike está concentrado nos brinquedos. 

 

— Hmmm… quer brincar também?

 

— Quero lhe dar buenos días, Asensio. 

 

(...)

 

Marco narrando.

 

Com o dia cheio, Letícia vai ficar até de noite na faculdade e o combinado é eu ir buscá-la e jantarmos antes da minha viagem. Treino pela parte da manhã e aviso ao meu pai que vou almoçar em casa, depois da reunião com a equipe. 

 

Entro, ao contrário de ontem, me sentindo mais leve e sorrindo bem mais. Rome sai correndo e eu o pego no colo, jogando meu corpo no sofá em seguida. Aquele beijo de cachorro no queixo e umas arranhadas garantem minha gargalhada antes de eu parar e olhar meu pai. 

 

— Oi, pai. 

 

— Oi, Marco. Qual o milagre de você vir almoçar? Francisco vai sair com a Sara?

 

— Ih pai, eu não posso mais almoçar em casa? — largo Rome pelo tapete que sai correndo atrás de uma bola. 

 

— Tem dias que isso não acontece, filho. 

 

— A correria no Real é grande, mas arranjei esse tempo.

 

— E esse sorriso no rosto?

 

— Senta aqui. — senhor Gilberto me olha desconfiado, mas acata minha decisão. — Eu preciso contar uma situação que aconteceu comigo tem um mês e pouco. 

 

— Filho… 

 

— Não é tragédia, pai. — sorrio só de lembrar do dia. — A verdade é que, como sempre, eu vou comprar flores para a mamãe. E, um dia, eu parei na floricultura mais perto de San Ginés. Eu sempre fico triste no dia… no dia da morte e nesse dia, eu não estava diferente. Depois que saí do Real, fui nessa floricultura só que, ao contrário do que sempre acontece, eu conheci uma moça. 

 

— Olha, eu já vi de tudo nessa vida, mas floricultura não. Como ela é? 

 

— Então, pai, a moça era vendedora da loja. 

 

— Marco, você ficou cantando a moça?

 

— Não, pai! Escuta… eu comecei a ser atendido por uma vendedora e depois por ela. Eu não queria ouvir piadas pelo meu rosto inchado ou sei lá, risadinha de mal gosto. E foi exatamente o contrário. Pela primeira vez, a vendedora me levou na estufa para escolher a flor certa. E eu comecei a me encantar pela forma como ela conhecia tão bem as flores. 

 

— Vocês estão juntos? 

 

— S-sim. — meu pai suspira. — Pai, eu juro que a Letícia é diferente. Eu juro! Eu conto isso para você porque eu nunca fui tratado dessa forma. E olha como eu estou feliz! Ela me faz bem e cuida de mim de uma maneira como nunca aconteceu antes. 

 

— Mas ela trabalha em uma floricultura? Não desmerecendo o trabalho. 

 

— Não mais. O trabalho na floricultura é porque ela se sentia bem ao lado da avó. Ela faleceu tem alguns meses e a Letícia conviveu muito com ela, por isso, sabe tanto de flores e, para ficar mais próximas, ela decidiu pedir emprego na floricultura. 

 

— Bonita atitude. 

 

— Não é? Fora que ela usa parte do dinheiro da bolsa de estudos para ajudar os pais no tratamento da irmã. 

 

Meu pai sorri. Acho que ele lembra da minha mãe, do modo como a conheceu, eu não sei bem definir. Atrás de nós, uma foto dos dois em algum dia aleatório em Mallorca. Assim como meu pai sorrir, lembrando dela, eu sorrio ao lembrar da Letícia. 

 

Amor é um sentimento simples. E meu amor pela Letícia é simples nas pequenas coisas. 

 

— Ela estuda com o quê? 

 

— Medicina. Aqui. — saco o celular do bolso e mostro a nossa foto.

 

— Esse é…? 

 

— Mike, nosso filho. — meu pai solta uma risada. — Ah, pai, é sério que você vai ter a mesma reação do Francisco?

 

— Não, filho. Eu estou rindo porque me passaram várias coisas na cabeça, coisas de você ter feito algo muito errado e, na verdade, você está amando e construindo sua vida. 

 

— Tudo bem para você então?

 

— Ela faz meu filho feliz. Eu não posso negar a felicidade do meu próprio filho. 

 

— Eu sabia que podia contar com você. — o abraço, apertado. Sinto falta disso no meu dia. — Mas pai, é… tem uma coisa.

 

— Não me diz que eu vou ser vovô? Quer dizer, eu já sou não? Avô canino. 

 

— Não, pai, não é isso. 

 

Eu preciso contar a ele sobre o que Igor fez. Não posso deixar passar em branco uma atitude tão covarde. Olhando nos olhos daquele que sempre ensinou os melhores princípios, eu falo e explico tudo. 

 

A cada palavra dita por mim, meu pai tem uma reação diferente. E, antes de eu terminar de explicar sobre ontem, ele chama pelo meu irmão. 

 

— Olha, o Marcinho veio almoçar conosco? — minha postura é mais rígida com ele. 

 

— Você agrediu a namorada do seu irmão, Igor?

 

Igor me olha, depois para meu pai que tem os braços cruzados, esperando uma resposta. 

 

— Ah, o Marco arruma essas meninas e eu sou o culpado?

 

— Como é, Igor? — pergunto já alterando minha voz. Dessa vez, não tem desculpa para eu socar a cara dele. 

 

— Ué, é verdade. Você sai comendo essas garotas e eu quem levo a culpa? 

 

— EU VOU QUEBRAR ESSA SUA CARA! 

 

— NINGUÉM VAI BATER EM NINGUÉM AQUI! — papai se coloca a nossa frente. — Senta, Marco. 

 

— Pai… 

 

— Marco Asensio! 

 

Eu sento, muito contrariado, de volta no sofá. Igor está em pé com a cara de debochado e o sorriso irônico de sempre. 

 

— Igor, o que você tem a ver com a vida sexual e amorosa do seu irmão? Você sai com uma garota diferente todo dia e ainda traz para cá. Ontem era quem? Hoje é a mesma? Ninguém fala nada. 

 

— A diferença é que o Marco é um jogador de futebol profissional do Real Madrid e eu não. Aí se alguém descobre? A menina entra aqui só por dinheiro?

 

— A diferença é que ela é minha namorada e eu não vou aceitar você falar assim dela. 

 

— Nossa Marco, ela te deu um chá de quê para está assim tão apaixonado?

 

— Pai, ele está me provocando. 

 

— Igor, cala a boca. — meu pai o olha, bravo. Do mesmo jeito de quando ele aprontava na escola, ele age agora. 

 

— Você já está avisado, Igor. — lembro a conversa de ontem. 

 

Meu irmão encara meu pai, que ainda tem o braço para trás, como armadura pensando que eu vou chegar perto. Não está errado, eu iria. Mas novamente tento me acalmar pela Letícia. 

 

— Marco, que tal trazê-la para nos conhecer? — Igor bufa a sua frente. 

 

— Se você garantir que seu filho não vai agredi-la de novo, tudo bem. 

 

— EU NÃO BATI NELA, MARCO. A menina é sonsa, pai! Eu peguei no braço dela para chamar atenção. 

 

— Ela te deu autorização pra tocar nela, Igor?

 

— Ele deixou a marca dos dedos no braço dela, pai. 

 

— Igor, em quem você se transformou, meu filho?

 

O olhar de decepção do meu pai é de partir o coração. Eu o entendo perfeitamente. Meu irmão me olha e eu percebo a furia em seus olhos. 

 

— EU NÃO FIZ NADA! NADA! 

 

— Sabia que se ela fizesse uma denúncia você poderia ir preso, não? Seria até mais fácil provar com as marcas. 

 

— É mentira! Nem deve ter marcas. 

 

— Eu garanto que elas estão mais evidentes. Além disso, já ouviu falar em câmera de segurança? Tem muitas nas ruas de Madrid e, olha que sorte grande… tem uma em frente a casa da Letícia, inclusive. 

 

— Igor, como pôde fazer isso? Eu ainda não consigo acreditar. 

 

— Pai, eu disse ao Marco que podemos resolver isso com uma conversa. Eu peço desculpas, ela aceita e pronto. Ê, casal feliz de volta. 

 

— Larga de ser rídiculo, cara! 

 

— Por acaso ela é obrigada a te desculpar? Ou você pretende cometer outro crime para que ela aceite suas desculpas? É isso que você se tornou, Igor? Um criminoso? 

 

— Pai… 

 

— Os ensinamentos que eu e sua mãe lhe demos não adiantou de nada? 

 

A armadura do Igor só cai quando ele ouve falar da minha mãe. Nós sofremos demais com a sua perda, eu principalmente, e é por isso que é tão forte para nós.

 

— Marco, traga a Letícia aqui. Eu não tenho nada contra a moça e ela vai ser bem-vinda. Se o Igor quiser participar, ele participa, caso contrário, não precisa.

— Eu vou falar com ela. 

 

Igor sai da sala, dando uma desculpa qualquer, e eu espero o almoço ficar pronto conversando com o meu pai e contando mais da minha namorada. 

 

Alguns dias depois 

 

Dou um peteleco no orelha do Vásquez, o ouvindo me xingar antes de seguir o caminho de volta para o vestiário. O sorriso no meu rosto não sai nem por um minuto, aliás, não há motivo para eu negá-lo e tirá-lo. 

 

Percebi que Letícia foi feita para mim em medidas únicas. Sem combinar, quem acorda primeiro faz o café da manhã e deixa o almoço pronto. Eu ajudo em algumas coisas da sua faculdade, ela me ajuda com os jogos. Ontem mesmo, depois de terminar um trabalho, parou para assistir uns lances e ficar comentando. 

 

Já arrumo o apartamento, faço supermercado e até ajeitei o aquecedor para daqui uns meses usá-lo. Nós temos uma conexão tão leve. Já saímos juntos e combinamos que aos poucos vamos levando a vida de casal normal, sem precisar se esconder. 

 

— Marcinho, — Marcelo entra sorrindo e Francisco me olha com sua cara maliciosa. — não me diz que aquela bela morena é o seu amor?

 

— Quem? — arqueio a sobrancelha, trocando a chuteira pelo meu tênis. 

 

— Letícia está aí. — Francisco diz simples. 

 

— É mentira? 

 

Dou um salto do banco, arrumando meu cabelo e meus dois companheiros negam com a cabeça, rindo. Eu devo está com uma cara de desesperado, mas um desesperado feliz. 

 

— Lá no refeitório conversando com o Sergio e o Dani. Vai lá, moleque! 

 

Marcelo avisa e eu saio em disparada até o refeitório, observando de longe, sua risada. Letícia está linda, tão linda que eu passo no máximo cinco minutos olhando seus cabelos trançados, o vestido azul claro rodado e o sorriso por alguma piada que Dani faz. 

— Amor! 

 

Desgrudo meu braço da parede, descruzando-os e caminho em passos largos até ela que me recebe de braços abertos. O abraço confortante, o beijo no pescoço e um “estava com saudade” é tudo o que eu preciso. 

 

Encostamos nossos lábios, preenchendo a saudade dos dois dias que eu cheguei e ela não estava e quando ela chegou, eu já estava dormindo. 

 

— Que surpresa boa, nena… — é a primeira vez que a chamo assim. Seu rosto fica mais vermelho e eu rio da sua vergonha. 

 

— Eu estava aqui pertinho, saí mais cedo e decidi vim conhecer mais da tão sonhada Ciudad Real Madrid e visitar um gatinho. 

 

— Hm… — passo o dedo pelo seu rosto. — quem liberou sua entrada? 

 

— Um tal de Toni. — a olho confuso. 

 

— Kroos? 

 

— Não sei, amor, ele me disse que se chamava Toni. — dá os ombros fazendo eu, Sergio e Dani rirem. — O que foi?

 

— Você está totalmente intimada a comparecer na nossa próxima festa. — Dani inicia e, antes da Letícia protestar, Sergio continua. 

 

— Amanhã, na casa do Dani. 

 

— Mas, meninos… e-eu não sei como ir e nem o que vestir. Marco? — já sei que ela quer ajuda. 

 

— É só um churrasco entre amigos, baby. 

 

— Fica tranquila que ninguém vai mexer com você. — Sergio avisa. — Palavras do capitão. 

 

— Viu, amor? — beijo sua testa. Ela me olha, com os castanhos mais vivos e sorri. Já sei sua resposta. 

 

— Ok, eu vou. 

 

Seus braços contornam meu corpo e ela ergue a cabeça para me beijar. Eu não podia estar em braços melhores com alguém melhor do que a Letícia.

 


Notas Finais


"Um tal de Toni" KKKKKK Letícia é um ícone!!!

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