Pov Namjoon
Acordei com alguns gritos, logo reconheci ser do meu pai. Levantei e abri a porta do meu quarto sem fazer muito barulho. Fui até a escada e consegui ver a Sook e o meu pai que estavam na sala discutindo. Me escondi atrás da porta e fiquei ouvindo o que eles estavam falando.
-Eu já disse que o filho é meu e sou eu quem toma as decisões referente a ele! -dizia meu pai.
-Eu sei que ele é seu filho, e é por isso mesmo que você deve pensar nele, na felicidade dele. É um absurdo você querer tirá-lo de perto dos amigos e da família. -Sook dizia.
-Eu estou fazendo isso pelo bem dele! Você não entende? Afastando ele dessas más companhias ele vai aprender a ser gente.
-Olha quem fala. -Sook ri sarcástica. -Você é que não parece um ser humano. É totalmente sem coração, um monstro. Nem sei porque me casei com você e olha que só faz dois meses que estamos casados. Não sabia que você era assim.
-Então se divorcia, você não fará falta! -fala e sai de casa batendo a porta.
Sook sentou no sofá e ficou olhando para um ponto fixo da parede. Vou até ela e sento ao seu lado. Sorriu fraco ao perceber minha presença.
-Tudo bem? -pergunta.
-Eu é que pergunto.
-Você ouviu, não é? -assinto. -Não ligue pra ele. Você é o ser mais doce e carinhoso que eu já conheci.
-Não estou preocupado comigo. Como você se sente ao ouvir isso? -pergunto.
-Me sinto idiota. Ele era tão diferente quando namoravámos, mas foi só casar que ele revelou ser esse imbecil que é.
-Me desculpe fazer você ouvir isso.
-A culpa não é sua. -fala.
-Mas vocês estavam discutindo por causa de mim.
-Isso não importa, a culpa é totalmente dele.
-Eu não quero sair do país. -falo.
-Não se preocupe, não vou deixar. Mesmo não sendo sua mãe, eu sou a mulher dele e ele vai me ouvir. -termina de falar e eu a abraço, agradecendo. -Você é um anjo Namjoon. Se eu pudesse ter filhos iria querer que eles fossem como você.
-Você não se importa de eu ser gay? -pergunto e ela solta uma pequena risada.
-Lógico que não. Pra mim todo tipo de amor é válido. -sorri com sua resposta.
-Eu acho que o anjo aqui é você.
Pov Seokjin
Acordei com a minha mãe me chamando. Vi o relógio que marcava 11:27. É, eu dormi bastante.
-Filho desça, tem uma visitinha pra você. -a olho com os olhos arregalados.
Lógico que era o Namjoon, quem mais poderia ser?
-Não quero descer. -falo cobrindo meu rosto com o Edredom.
-Mas por quê? Vocês se divertiram tanto ontem. Andaaaa... -ficou balançando meu corpo.
-Tá, tá... -respondo. -Só vou tomar um banho.
-Isso. Fica bem perfumadinho para o seu namorado.
-É o que?
-Ué, vocês não estão namorando?
-Vou tomar meu banho que é melhor. -falo revirando os olhos e sigo até o banheiro.
Tomo um banho rápido, me visto e desço até a sala devagar. Estava nervoso ao vê-lo novamente.
Chegando na sala encontro Namjoon sentado em uma poltrona e a minha mãe sentada ao lado de uma outra mulher. Ao ver que tinha outra pessoa ali, eu tentei voltar o mais rápido possível para o meu quarto, mas minha mãe logo veio atrás de mim.
-O que foi? -pergunta e eu olho de relance para a mulher sentada no sofá. -Oh. -minha mãe segue o meu olhar. -Não precisa ter medo dela. Essa é Kim Sook Hy, a madrasta do Namjoon.
A mulher se levanta e vem em minha direção. Cada vez que ela se aproximava eu me encolhia mais nos braços da minha mãe.
-Prazer Seokjin. -estende a sua mão em cumprimento e eu, mesmo hesitante aperto-a. -Que bom que enfim conheci você. Você é realmente muito bonito -sorri.
-Vamos nos sentar. -minha mãe fala indo até o sofá.
Me sento ao seu lado e de frente para Namjoon. As duas mulheres presentes ficavam conversando sobre várias coisas, e durante esse tempo eu pude perceber o olhar do Namjoon sobre mim. Ficava brincando com os meus dedos por causa do nervosismo. Tudo piorou quando minha mãe e a Sook foram para a cozinha terminar o almoço me deixando sozinho com Namjoon. Ele continuava a me encarar, até se levantar e sentar ao meu lado.
-Gosta de videogame? -pergunta e eu assinto. -Você tem? -assinto novamente. -Vamos jogar? -nego. -Por quê?
-Faz tempo que eu não jogo. -falo quase em um sussurro.
-Mais um motivo para jogarmos.
Ele insistia e eu dizia que não, mas de tanto ele insistir eu acabo cedendo.
-Onde está? -pergunta.
-No meu quarto. -respondo.
-Então vamos. -ele não espera eu falar algo, já pega em meu pulso e me pucha até o meu quarto.
Se eu já estava nervoso por estar na sala com ele, imagina como eu estou por estar no quarto sozinho com ele.
Após entrarmos ele fecha a porta. Eu começo a suar frio e a tremer um pouco. Ele percebe e vem em minha direção.
-Você está bem? -pergunta colocando suas mãos sobre meus ombros.
-N-não. Eu quero sair. M-me deixa sair.
-Jin, calma. Você está pálido.
-Eu quero sair. -falo e corro pra fora do quarto.
Entro no banheiro do corredor e fecho a porta.
-Jin, você está bem? Abre a porta, deixa eu falar com você. -Namjoon falava. -Eu fiz algo?
Não Namjoon, você não fez nada, mas ele fez e eu não sou capaz de esquecer aquilo.
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