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História Submissive - Capítulo Único


Escrita por: LarrysBundas

Notas do Autor


Olá nenéns.
(pra quem ler You Save My Life). Angel´s não me matem, eu poderia estar escrevendo um novo capitulo, mas juro que isso que alguns chamam de oneshot não me deixou, eu estava pensando em Nini e Z e me vinha LIAM E ZAYN MALIK.
E pros nenéns que acharam que isso seria foda, me perdoem por acabar com seus pensamentos que isso seria legal, afinal isso está uma MERDA.
Desculpem-me os erros.
E boa leitura.

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction Submissive - Capítulo Único

 Eu não posso dizer que minha vida é mil maravilhas, por que não é, e não é por questões financeiras ou de doenças, é pelo motivo de eu amar loucamente meu mestre, e isso é completamente uma merda. Há dois anos eu estou com ele, e desde a primeira vez que eu o vi na boate que eu trabalhava, ele se tornou dono do meu coração e do meu corpo.

Liam James Payne, um empresário milionário e conhecido por toda Inglaterra, frio e calculista e muito, muito misterioso. Quem o vê diz que ele é apenas um solteiro aos seus plenos vinte e três anos, bonito e sem família, mas eu sei muito bem quem é o verdadeiro Liam: um ser bruto e sem dó de ninguém, sádico e que por motivos que eu nem sei, meu dono. Eu não sou lá grandes coisas, não sei o que ele viu em mim, mas hoje eu estou aqui: sendo seu submisso, onde, quando e como ele quiser.

Nos primeiros dias de minha submissão por ele eu estranhei, eu não era acostumado a ser amarrado, açoitado, chicoteado, e torturado, mas eu rapidamente me acostumei, principalmente depois de ver como o olhar dele queimava meu corpo, e como cada toque dele sobre minha pele me fazia querer apenas ele.

Eu moro com ele desde então, também não sei o motivo disso, já que ele me ignora a maioria do tempo dentro dessa casa gigante. Eu não posso reclamar, nós não temos algum tipo de relacionamento, eu sou apenas o brinquedinho que o proporciona prazer. Mal vejo empregadas por aqui, apenas a cozinheira que mora em uma casa atrás da mansão, que mais prece uma mãe pra ele e pra mim que uma empregada.

São 16hrs23min e eu estou entediado, sem nada pra fazer, olhando para o teto e pensando quais seriam os meus castigos ou se eu sairia vivo do quarto de jogos dele se eu contasse que o amo. Isso é uma merda, por que ele tem quer ser assim, por que tivemos que nos conhecer desse jeito, poderíamos nos conhecer na faculdade, em uma lanchonete ou na porra de uma festa, mas não, como tudo na minha vida, isso deu errado, eu conheci Liam Payne o dominador que só me olha quando quer que eu seja seu brinquedo sexual.

Eu tenho o direito de dizer um “vai se foder Liam, eu quero ir embora daqui e nunca mais te ver” – mas é claro que não nessas palavras-, mas eu não quero, não quero ter que deixar de vê-lo todos os dias, apesar de só ver ele quando ele chega a casa e quando jantamos, ou de escutar: ”quarto, agora” ou “abra apenas essa boca para me chupar” e outras coisas que só de lembrar já me faz arrepiar.

Eu sei que amar Liam é pedir pra sofrer, e que ele nunca vai me amar do jeito que eu o amo, mas eu não ligo se for pra sofrer por um amor não correspondido se for para escutar ele gemer enquanto me fode duro e sem dó, eu aguento isso até quando ele quiser. Claro que eu e minha mente fértil já criamos várias fantasias e cenas que nunca vão se realizar: casamento, filhos, mesma cama, mesmo quarto, eu te amo ditos por ele, abraços e andar em parques de mãos dadas e milhões de coisas que qualquer um imagina fazer com a pessoa que ama.

Cansado de pensar em Liam Me Fode James Crápula Gostoso Payne, sai do meu quarto consideravelmente grande que ficava três portas longe do seu, no fim do corredor com no mínimo dez portas, a porta de cor vermelho vivo me fez ter um arrepio gostoso. Segui meu caminho até a escada e as desci indo pra cozinha, Mary a cozinheira de idade avançada fazia meu lanche da tarde o qual eu nem pensei em comer.

- Querido, estou fazendo seu lanche! – ela falou simpática enquanto eu sentava em uma das cadeiras do balcão.

- Não quero, quero sorvete – fiz manha.

- Você sabe que senhor James quer que sua alimentação seja balanceada garoto, então é melhor obedecê-lo – ela o chama de James, estranho, eu sei.

- Ele é um babaca – coloquei os braços no balcão deitando minha cabeça sobre eles. – idiota, puto, filho da p... – parei de falar assim que escutei um berro vindo da sala.

- MALDIÇÃO – corri até lá assim que reconheci a voz e escutei barulho de algo caindo no chão, Mary me acompanhou. Ao chegarmos à sala eu não sabia se ria se gargalhava e rolava no chão, ou me calava pra não ser amarrado e jogado no quarto por dois dias.

- Senhor James – Mary correu até Liam que estava caído perto da porta com seus cabelos bagunçados, sem gravata e blusa social amassada, ou ele estava bêbado ou tinha sido atacado por ex-submissos apaixonados, mas acho que a primeira é a certa – Por Deus, o que aconteceu com o senhor? – eu continuava a observar a cena de longe, até que o olhar dele pairou sobre mim e de imediato eu abaixei a cabeça, eu o sentia me olhar, meus pelos todos se eriçaram por tamanha intensidade.

- Me deixe Mary, pode ir pra casa – sua voz estava carregada pela embriagues, mas continuava autoritária. Mary protestaria, mas ele apenas a olhou feio e ela concordou, levantou do seu lado, caminhou até mim, dando-me um beijo na bochecha e dizendo um carinhoso “até amanhã garoto”. Assim que ela saiu, escutei Payne levantar-se do chão e o barulho de seus sapatos sociais ecoarem pela casa silenciosa.

- Satisfeito por isso, Zayn Malik?! – ele está bêbado, muito bêbado na verdade.

-Eu n-não entendi senhor! – falei baixinho, ainda fitando o chão, mas isso foi por mais alguns segundos, até senti seus longos dedos puxarem meu queixo pra cima me fazendo olha-lo. Meu corpo todo tremeu com o pequeno contato de sua pele na minha.

- Você que me fez fazer isso, você e seus olhos, sua pele, seus lábios – eu tentava desviar o olhar dele, já que eu sabia que isso era proibido e ele só estava fazendo isso pra me punir. Senti sua mão em minha cintura por cima do fino tecido da minha camiseta preta – Olhe pra mim, Zayn Malik – ao mesmo tempo em que falava sua mão apertava com força minha cintura me fazendo arfar. Lentamente olhei pra ele, pros seus olhos castanhos faiscantes, seus lábios cheios e vermelhos, sua babar por fazer, ele é perfeito.

- E-eu não entendo o que o senhor que dizer com isso – ele abaixou a cabeça balançando-a negativamente em sinal de escarnio.

- Desde que você chegou Zayn Malik, minha vida virou uma merda, eu não me reconheço mais, eu estou mudando, você está me mudando e eu não quero mudar, eu quero ser eu mesmo, Liam James Payne, o solitário que fode rapazes bonitos sem compromisso e faço o que quiser com eles, mas nem isso eu estou conseguindo, eu estou há dois anos com você, eu sei o motivo que não me deixa te trocar por outro, Zayn Malik, mas eu prefiro dizer que te odeio que não suporto olhar pra você – meus olhos estavam marejados tanto por escutar que ele me odeia, tanto pela força com que ele segurava meu maxilar e apertava minha cintura – Eu tenho nojo de você. Eu. Te. Odeio. Zayn. Malik – e no instante depois eu estava indo ao chão.

Um Liam cambaleante deu-me as costas e começou a subir o longo lance de escada. Abracei meus joelhos e me rendendo a vontade de chorar, não havia nada que Liam tivesse feito comigo no quarto mais doloroso que isso, eu tinha vontade de gritar o quanto ele é um filho da puta, o quanto eu deveria o odiar por tudo que ele fez comigo, mas minha garganta parecia seca de mais pra isso.

- Eu te amo, Liam Payne – minha voz saiu baixa, mas eu sabia que aquilo seria ao vento, já que ele já deveria estar em seu quarto.

Talvez horas tenham se passado, mas pra mim foram como anos, chorei tudo que tinha vontade durante as vezes que depois dele se satisfazer ele simplesmente ia embora e me deixava no quarto com cheiro de couro e de madeira, desolado e querendo receber um beijo carinho, mas isso nunca acontecia, chorei pelas diversas vezes em que eu era simplesmente ignorado por ele, às vezes em que ele fingia esquecer meu nome. Pensei se era isso mesmo que eu queria: ser um objeto sexual pra ele, e não, eu não queria ser isso, por mais que eu o ame, eu não consigo ser isso.

Levantei do chão, limpei o rosto e ergui a cabeça. Subi as escadas sem fazer barulho e seguir pro meu quarto. Peguei uma mala pequena de cima do guarda roupas colocando dentro apenas as roupas que eu comprei com meu dinheiro. Quando terminei peguei um caderno e uma caneta na mesinha de cabeceira.

 

Mary, eu não quero mais isso, eu não aguento mais ser tratado desse jeito por Liam, sei que eu não tenho lugar pra ir, por isso irei voltar a trabalhar na boate, espero te ver algumas vezes, já que você é o que eu tenho mais perto de uma mãe.

Provavelmente outro chegara a meu lugar em breve, e eu te peço que seja lá quem ele for, que você o proteja do monstro que é Liam Payne, e avise a esse garoto que o melhor pra ele é sair dessa casa o quanto antes.

Eu te amo, Mary.

Espero te ver em breve.

E se ele perguntar por mim, diga que eu morri e diga que antes do fato acontecer eu o mandei se foder e que desejei a ele a vida mais infeliz do mundo.

Zayn xx.

Deixei o caderno sobre a cama, não sem antes arrancar uma folha em branco e pegar a caneta. Peguei a mela e sai do quarto indo até a frente do quarto de Liam. Coloquei o papel encima de uma mesinha que sustentava um vaso de flores na frente da porta, do outro lado do corredor.

 

Espero que você encontre um garoto que te mude, que te transforme em um humano sensato, e que faça esse mostro que é você morrer, e que Liam Payne seja uma pessoa de verdade.

Eu estou indo embora, te deixando em paz já que me odeia. Eu não posso dizer isso, ou estaria mentindo, eu não te odeio Liam, mas o que eu sinto por você morrera comigo.

Adeus.

Zayn Malik.

 

 

Dobrei o papel e deixei a caneta sobre a mesinha, caminhei até a porta a abrindo e admirando Liam deitado em sua cama gigante, coberto por um cobertor azul marinho rodeado por travesseiros brancos. Adentrei o quarto, coisa que fiz pouquíssimas vezes, e andei até a cama, admirando o rosto sereno e bonito, segurei as lágrimas, sabendo que aquela seria a última vez que eu o veria e coloquei o papel sobre um travesseiro, curvei meu corpo dando-lhe um beijo em sua bochecha e passando as pontas dos dedos em sua pele macia.

- Eu te amo – virei-me de costas pra cama me afastando e indo até a porta, fechei-a e suspirei, peguei minha mala ao lado da porta e segui para o andar de baixo.

Quando sai da casa o motorista que ficava ao meu dispor já me esperava no carro. Olhei uma última vez pra gigante mansão a qual morei por dois bons-ruins longos anos. Entrei no carro com a pequena mala em mãos e mandei Pietro seguir para o parque que fica bem próximo a boate em que irei voltar a trabalhar. O percurso longo foi completamente em silêncio, não que eu tivesse reclamando, por que se eu abrisse a boca os soluços que eu estava prendendo sairiam e eu não queria chorar por ele. Quando avistei o parque suspirei aliviado. O carro parou em frente à entrada do parque cercado por arvore, bem iluminado e com banquinhos brancos os quais eram ocupados por casais de namorados, algumas crianças brincavam na grama. Já eram sete da noite quando sai do carro, me despedindo de Pietro que perguntou se eu iria querer que ele viesse me buscar, eu neguei e ele se foi pra casa onde jamais eu iria voltar.

Caminhei por duas quadras até avistar uma faixada preta e simples, mas eu sabia o que era ali depois da porta de ferro. Atravessei a rua parando diante da porta, dei duas batidas e ela se abriu revelando um cara alto e forte que no mínimo dava dois de mim.

- Zayn?

- Fred! – sorri simpático – Geórgia está ai?

- Está sim, veio visitá-la? – passei pela porta e ele logo a fechou.

- Eu vou voltar pra cá – a boca dele se abriu em um perfeito O e ele piscou atônito.

- Okay. Você sabe o caminho – concordei e andei pelo corredor mal iluminado até entrar em um completamente iluminado e ainda vazio pelo horário. Caminhei pelo local vendo que nada mudará desde que fui pra casa de Payne, entrei na área do bar e abri a porta de madeira que dava ao escritório de Geórgia, a dona da boate Green. Subi um lance de escada em espiral que dá ao segundo andar onde os garotos tinham seus quartos. Andei até o final do corredor, parei em frente à porta rosa e bati.

- Entre – ela gritou, sorri, ela continua a mesma.

- E então tia G e...

- ZAYYYYNNNNNNN – ela gritou, logo levantando de sua cadeira e pulando encima de mim me fazendo largar minha mala no chão – Oh querido – ela passava as mãos no meu rosto como se pra ter certeza que era eu.

- Sou eu mesmo, okay – ela deu um beijo em minha bochecha e me puxou até a mesa onde me fez sentar em uma cadeira de frente pra sua.

- A mala já disse tudo meu bem, não se preocupe você sabe que eu sempre vou te acolher – G é um anjo na vida de todos os garotos que trabalham aqui, nós não somos prostitutos, apenas fazemos shows e apenas quando queremos saímos com caras ou mulheres, não somos obrigados a nada e quando quisermos sair, não somos impedidos – Você que quis deixá-lo?

- Não exatamente, eu cansei: cansei de ser ignorado; de ser um objeto sexual pra ele; de não receber carinho. Eu não nasci pra isso G, juro que não. - ela assentiu e sorriu reconfortante.

- Você sabe como as coisas funcionam aqui, então eu lhe pouparei tempo meu bem, seu quarto ainda é o mesmo, está limpo e arrumado. Comece a trabalhar quando achar que está bem pra isso. Seja bem vindo de volta Zany – levantei da cadeira indo até a dela e a abraçando.

- Obrigado G – beijei sua bochecha e passei a mão por seus cabelos loiros e enrolados.

- De nada – afastei-me dela indo a um porta-chaves ao lado da porta, peguei a chave do meu quarto que ainda estava em um chaveiro de um ursinho azul bebê que era de minha irmã que morreu no acidente que matou meus pais e ela. Peguei minha mala e sai da sala, segui pelo corredor em silêncio parando na frente do meu quarto. Rodei a chave duas vezes e empurrei a porta dando de cara com o quarto do jeito que eu deixei: as fotos da minha família; os ursos da minha irmã; meus livros; CDs; DVDs; pôsteres, exatamente igual, no mesmo lugar.

Entrei e fechei a porta atrás de mim, coloquei a mala ao lado da cama, onde me deitei no colchão confortável e fechei os olhos.

- De volta ao lar – puxei um travesseiro o abraçando e sentindo o cheiro gostoso lavanda. Meus olhos pesaram e adormeci.

 

Pov Liam.

Ele dançava sensualmente ao redor de um pole dance, apenas com uma minúscula cueca de couro escuro, seu cabelo montado em um topete perfeitamente alinhado de cabelos lisos e negros, pareciam tão sedosos, seus olhos castanhos claros me fitavam incessantemente de um jeito que mexia com meu corpo inteiro, suas tatuagens pareciam da um charme incomum ao garoto de traços incomuns, era ele, eu o queria, e ele seria meu.

Suas mãos pequenas passeavam por seu magnifico corpo, delineando suas curvas perfeitas, seus lábios pareciam chamar-me mesmo não pronunciando uma única palavra. Ele fazia movimentos sensuais no poste que parecia criar mãos e agarrar em seu corpo o mantendo suspenso no poste de aço. Seu olhar não deixava o meu por um único segundo, ele estava fazendo aquilo pra mim, era um show particular, e por mais que eu quisesse cortar a cabeça dos donos dos olhos alheios que admiravam meu garoto, eu estava inerte de mais nele. Ele desceu do palco, seus paços eram seguros e marcantes, ele estava vindo até mim, um sorriso diabólico em seus lábios me fazia querer tirá-lo de lá a base de chicotadas. Ele parou em minha frente me fitando intensamente.

- Liam – meu corpo todo se arrepiou, a voz dele sem duvidas era muito sexy – Eu te amo.

Empurrei seu corpo pra longe do meu vendo-o cair no chão, mas ainda mantinha o sorriso diabólico em seus lábios.

- Não aceita ser amado, querido? Pois eu te amo, e sei que você também me ama, por isso é frio, você não aceita que me ama – ele levantou e veio até mim passando as mãos no meu rosto. – Eu te amo.

Eu te amo.

Eu te amo.

Eu te amo.

- Liam? – meu corpo foi balançado e a voz de Zayn, não era mais de Zayn e sim de Mary – Liam, acorde.

- Zayn? – abri os olhos dando de cara com Mary curvada sobre minha cama. - Ah, Mary, desculpe, tive um pesadelo – ela sorriu de canto sabendo muito bem que pesadelo era esse.

Mary é uma mãe pra mim, a mãe que eu não tive. Ela sabe dos meus problemas com meus sentimentos, sabe dos meus submissos, sabe da vida que levo, mas não me julga por isso, a não ser quando o assunto é Zayn Malik, o bendito Zayn Malik. Ela já vem me dizendo que nunca me viu tanto tempo apenas com um garoto, que Zayn é diferente, e eu tenho certeza que é, afinal ele invade meus pensamentos 24hrs por dia, e por mais que eu não aceite e nunca vá aceitar, eu o amo, não apenas como submisso, eu o amo como homem, como o único que amo e vou amar em toda minha vida. Mas eu definitivamente não posso, eu tenho que continuar sendo O Liam Payne, o cara misterioso e solitário, que não ama ninguém, e se eu falasse pra Zayn que eu o... Que eu gosto dele, eu não seria mais quem eu sou, eu seria um imbecil apaixonado, e isso não está em minha lista de coisas que eu almejo na vida.

- Minha cabeça dói – ela assentiu e pegou uma aspirina e um copo de água que certamente trouxe já sabendo o estado em que eu iria acordar depois de ter chegado como cheguei: bêbedo. Coisa que estava acontecendo com frequência de uns tempos pra cá, culpa de Zayn Malik. Coloquei o comprimido na boca e tomei um pouco da água, entreguei o copo a ela que sorriu novamente.

- Não ira trabalhar hoje? – virei na cama, e sentei, colocando meus pés sobre o tapete felpudo que cobria todo chão do meu quarto.

- Não. Harry e Louis iram me substituir hoje, afinal se eles são sócios majoritários eles têm que servir pra alguma coisa, como: ficar no meu lugar quando eu estou com ressaca. – ela gargalhou me fazendo acompanha-la – Zayn já está de pé? – ela imediatamente calou-se e pigarreou.

- Zayn não está no seu quarto – imediatamente olhei pra ela com meu coração disparado.

- Como?

- Isso mesmo Liam, Zayn não está no quarto, algumas de suas roupas sumiram e uma mala também, a cama estava feita e o quarto arrumado do mesmo jeito que eu deixei ontem pela manhã. O que você fez com ele?

Um flash da tarde anterior, quando eu humilhei e menti sobre tudo que disse pro meu garoto me pegou e eu tive vontade de me jogar de um prédio.  Eu não iria admitir que gosto dele mais do que deveria, mas também não queria que ele me abandonasse que me deixasse sem poder o ver todos os dias, por mais que eu o ignorasse, olhar pra aqueles olhos mesmo que por milésimos de segundo todos os dias que eu chegava a casa me tirava todo o estresse.

- C-como... Eu... Merda – levantei da cama indo o mais rápido possível até o banheiro, de onde só sairia depois de um banho.

 

[...]

Eu não sabia mais o que fazer e nem a quem perguntar onde estava Zayn Malik. Perguntei pra todos os motoristas e nem Pietro o motorista que é/era o de Zayn Malik disse que não o viu. Mary chiava em meus ouvidos que aquilo tudo foi minha culpa e que provavelmente Zayn está nas ruas, já que eu fui até a boate onde ele trabalhava e todos lá disseram que nunca mais viram meu garoto. A cada porra de segundo meu desespero aumentava e eu estava até pensando em chamar a CIA para encontrá-lo. Perguntei a Mary se ele não deixou um bilhete ou algo do tipo e ela disse que não encontrou nada, revirei o quarto de cabeça pra baixo e nada encontrei por lá que me desse uma pista de onde ele foi apenas roupas que eu comprei pra ele em seu guarda roupas.

Coloquei todos meus seguranças e motoristas rodando pelas redondezas e pelo bairro, mas nada, nem um sinal dele. Pela primeira vez na minha vida eu estava com medo: medo de acontecer algo com meu Zayn Malik. Eu estava prestes a fazer um buraco no piso da sala de estar da minha casa, as horas se passavam e minha preocupação só aumentava. O dia estava frio e daqui a pouco iria anoitecer, se ele tivesse mesmo na rua iria morrer congelado assim que a noite chegasse. Merda, onde ele se meteu?

- James? – Mary me segurou pelos ombros e me balançou – Pare quieto, por favor – ela me empurrou até o sofá, onde me sentei e recostei a cabeça no encosto.

- Que merda – passei as mãos no rosto. Eu não iria chorar.

- Isso tudo é culpa sua – olhei pra ela incrédulo – É sim Liam – ela me chamou de Liam pela segunda vez no dia, eu estou bem fodido-, você é, e sempre foi um idiota com ele, ele deve ter cansado de ser mal tratado por você, ignorado e tratado como um objeto, agora você está pagando por seus erros Payne, e eu dou total apoio ao Zayn em ter ido embora – ela me olhou reprovadora e foi pra cozinha.

- Ótimo, ainda ela pra me deixar pior do que já estou – afundei-me no sofá e lá fiquei fitando o teto por longos minutos. A ideia de chamar a CIA já estava quase se concretizando.

Oito da noite, oito da noite, frio de três graus e, tudo que eu ouvi foi: não o encontramos senhor Payne. Eu já tinha roído todas as minhas unhas e estava prestes a arrancas meus cabelos de tão desesperado que estou, até a minha casa parece estar sentindo falta de Zayn Malik – sim eu estou sentindo falta dele.

- Mary? – instantes depois ela apareceu na sala com uma cara de poucos amigos – Me traga uma dose de Whisky.

- Bêbado – ela me odeia agora.

- Não sou bêbado – ela revirou os olhos e foi até o pequeno bar no canto da sala. Hoje ela parece mais mal humorada que nunca. Entregou-me o copo e me olhou fixamente.

- Espero que você tenha consciência que isso não vai te ajudar em nada – saiu novamente me deixando sozinho na sala a meia luz.

 

Um mês depois.

 

Pov Zayn.

 

Hoje está fazendo um mês exato desde que sai da casa de Liam, e como eu imaginei, ele não me procurou, Mary veio me visitar três vezes, mas quando o assunto mudava pra Liam, ela rapidamente mudava o rumo da conversa, ela disse que ele nem teve o trabalho de ler a carta que deixei pra ele, mas eu também já imaginava isso.

Volto a trabalhar hoje, Geórgia disse que irei fazer um show solo, pra comemorar minha volta, não que eu gostasse disso, eu não queria chamar atenção pra mim, conversei com os outros garotos, mas eles todos concordaram e ainda ofereceram ajuda, a qual aceite de bom grado já que eu passei dois anos afastados desse palco, e de um porte de pole dance.

Meia noite e as portas da boate foram abertas, o nervosismo estava me dominando e pra mim a Green nunca pareceu tão lotada. Eu estou atrás da cortina preta que é a única coisa que impede das pessoas me verem. O poste de aço refletia as luzes que piscavam incessantes por toda boate.

- Preparado querido? – G apertou meu ombro como se aquilo fosse me acalmar, e funcionou.

- Acho que sim, não sei – ela gargalhou e me abraçou. Eu usava uma camiseta branca, qual mostrava minhas tatuagens e uma boxer pequena de couro preto, eu não me sentia ridículo dentro dela, eu até que gosto – Só espero que ele não esteja aqui – ela me olhou seriamente e depois desviou o olhar.

- Eu não garanto nada – sorriu de lado e se foi me deixando com uma dúvida maldita.

Os outros garotos estavam liberados essa noite, então como a maioria não tinha família e muito menos casa própria, estavam se divertindo com clientes da boate, mas tudo por que queriam. A Green não é uma casa de prostituição, os garotos que trabalham aqui, ou foram achados na rua ou abandonados pela família, Geórgia também foi abandonada pela família, o motivo ninguém sabe, e ela disse pra si mesma que não queria que ninguém passasse pelo quê ela passou, então a Green surgiu. Eu cheguei aqui depois de minha família morrer em um acidente de carro, eu só não morri junto por que fiquei em casa, me levaram pra um orfanato, já que eu não tinha nem um parente na Inglaterra, eu fugi de lá e passei três dias na rua, passando fome e frio, até que me uma madrugada em que eu lutava pra não congelar, um carro preto parou bem próximo a mim, e Geórgia me ofereceu casa, comida e escola, eu na hora aceitei. Depois de eu completar dezoito anos ela perguntou se eu queria continuar ali ou se seguiria minha vida, então eu resolvi ficar, mas ela disse que eu teria que trabalhar, me explicou como funcionaria e eu aceitei, alguns meses depois de eu começar, Liam me levou.

A boate estava cada vez mais lotada, e por mais que parecesse idiota eu procurava com os olhos uma pessoa, eu procurava Liam Payne, eu estava na esperança que ele viesse, mas até meu consciente estava descrente. Passei as mãos no rosto evitando arrancar meu lindo topete por ansiedade e por não o ver.

Ele não viria.

- É a hora Zy – Niall um dos rapazes salvos por G surgiu do além me informando que era hora do show.

- Não haverá show se você me matar, pivete – ele gargalhou escandaloso me dando um beijo na bochecha e me empurrando pro pole dance.

As luzes estavam apagadas. Burburinhos de vozes masculinas e femininas eram ouvidos. Eu estava tremendo e quase derretendo. Posicionei-me: fiquei de costas pras pessoas, com as mãos sobre a cabeça segurando o porte, minhas costas encostadas no aço frio que mesmo de camiseta poderia ser sentido, e por consequência minha bunda também estava encostada no aço. Minha sombra foi refletida na cortina preta, dando-me o sinal que as lizes estavam acesas e o show começaria. A música invadiu o ambiente. É agora. Dei um paço para o lado, tirando minha mão esquerda do porte, deixando só à esquerda e virando de frente para o publico. Gritos e mais gritos ecoavam pelo lugar, sorri. Suspirei e pulei começando a subir no pole dance, isso estava sendo mais difícil que nos ensaios. Prendi as pernas firmemente e soltei as mãos do aço gélido, virei p tronco pra trás, afrouxei o aperto das minhas pernas, fazendo meu corpo descer até minhas mãos encostarem ao chão, assim eu fiquei de cabeça pra baixo, ainda com as pernas entorno do porte. Fiz força pra subir novamente meu troco e segurei no porte com as mãos. Soltei do pole dance e comecei a fazer movimentos lentos ao redor dele, os caras gritavam e uns babavam em suas camisas chagava até ser engraçado. Novamente com a mão direita bem firme no porte, pulei e encaixei o porte na parte de trás dos meus joelhos descendo em espiral. Quando cheguei ao chão fiz alguns movimentos sexys e sugestivos, levantei empinando a bunda pros caras e levai as mãos a barra da camiseta branca, quando eu estava preste a tirá-la do meu corpo, senti um par de mãos fortes em minha cintura, eu conhecia aquele toque o senti por dois anos. Instantes depois, vaias e gritos, palavrões eram escutados e instantes depois eu não estava mais no palco, e sim prensado ainda de costas pra ele na parede que ficava detrás da cortina preta.

- Você vai pagar por se exibir assim pros outros e não pro seu mestre, Zayn Malik – sua voz era firme, mas com uma pitada de alivio.

- Me larga Liam – ele afastou um pouco seu corpo do meu e virou-me de frente pra ele, não me dando nem chance de reclamar por estar me machucando pela força exagerada que ele usou pra isso e me beijou ferozmente, meu corpo traidor e submisso a Payne cedeu aos seus toques em questão de milésimos de segundo. Abraçou-me pela cintura de uma forma possessiva. Seu beijo por mais bruto que fosse estava diferente, tinha sentimentos e o maior era saudade. Sua língua passeava pela minha boca e logo começou uma caricia gostosa na minha. Meus braços quase que automaticamente foram parar ao redor do seu pescoço e meus dedos embrenharam em seus fios castanhos e macios de cabelos. Suas mãos passavam por todo meu corpo me fazendo arfar, e por mais que eu quisesse negar, eu estava sentindo falta desses toques que tanto amo. Ele quebrou o beijo mordendo meu lábio inferior o puxando junto conforme ele afastava sua cabeça da minha, mordeu com força me fazendo grunhir de dor e sentir o gosto metálico de sangue, voltou a me beijar, mas agora de um jeito mais calmo e amoroso e eu no mínimo achei isso estranho, afinal ele é Liam Payne O Sem Coração, novamente ele quebrou o beijo.

- Eu te amo, Zayn Malik – meu ar sumiu, meu coração batia tão rápido que um monitor cardíaco provavelmente queimaria, O MEU DEUS ELE ISSO? – Eu fui um idiota, burro, eu fui um filho da puta com você, mas esse maldito mês que você ficou sumido foi o pior da minha vida, eu senti sua falta quando chegava em casa, por mais que eu não te desse atenção, eu te olhava com a carinha de esperança de receber ao menos um oi meu, de jantar com você mesmo que eu sentasse de um lado da mesa e você do outro, senti falta de escutar você cantando pelas manhãs no corredor só pra chamar minha atenção ou receber apenas um “cale a boca”, eu senti a falta dos seus charmes e provocações, senti falta de você desfilando apenas de boxer pela casa só pra eu te lavar pra jogar, eu senti falta de você Zayn  - ele falou tudo rápido, meus olhos estavam prestes a rolar pelo chão e minha boca os fazer companhia – Eu passei um mês te procurando, ofereci recompensa pra quem me desse a porra de uma informação de onde você estava, Mary passou um mês pisando em mim dizendo que aquilo era culpa minha e, realmente era, simplesmente por que eu não queria aceitar que eu te amo, te amo desde que te vi naquele palco – apontou pro palco atrás de si – Mas eu não aceitava isso, eu te falei aquilo naquele dia por que eu sentia raiva de você, por ter me mudado e me feito amar alguém como nunca tinha amado, ter me feito passar de Liam Payne a Liam Inteiramente de Zayn Malik Payne – meus olhos transbordavam lágrimas e os dele estavam marejados – Mas eu aprendi, eu não sou porra nenhuma sem você, aquela casa não é nada sem você, e eu juro que se Mary demorasse mais um dia sem me dizer que sabia onde você estava e pra me entregar a carta que você me deixou eu teria morrido. Ela disse que fez isso pra eu aprender a aceitar que eu te amo, e isso funcionou, por que não me senti um completo idiota falando isso tudo pra você agora. EU TE AMO ZAYN MALIK, mas eu ainda vou te castigar por estar nessa cueca minúscula pra vários c... – não deixei o terminar e o beijei.

- Eu também te amo, eu te amo desde que te vi sentado no segundo banco da esquerda para a direita do bar, bebendo Whisky e me olhando tão intensamente que minhas pernas tremiam, eu passei a te amar ainda mais quando você me beijou pela primeira vez – ele limpou algumas lágrimas que escorriam pelas minhas bochechas delicadamente – Mas eu estava cansado de ser usado como se fosse um objeto, e por isso sair de lá, mas deixei uma carta pra Mary e você – ele me deu um selinho e me abraçou apertado. Abaixei meu olhar evitando olhar pra seu rosto, afinal ele é e sempre vai ser meu mestre.

- Ei, olhe pra mim, eu sou apenas Liam agora – lentamente ergui meu olhar e o fitei profundamente - Por favor, volte pra mim Zayn! – ele sussurrou perto do meu ouvido me fazendo arrepiar.

- Claro que volto – ele suspirou aliviado e me apertou um pouco mais entre seus braços.

- Ótimo. Espero-te no carro em cinco minutos – sorri, o Liam dominador está de volta, e isso é ótimo – E se prepare querido, você vai pagar por isso que eu vi apouco, você tem dono e isso aqui – apertou minhas bunda me fazendo ir ainda mais de encontro ao seu e arfar – É meu – me beijou – Isso também – concordei dando-lhe um selinho e sentindo suas mãos se afastarem do meu corpo – Cinco minutos – ele deu as costas pra  mim e caminhou até a pequena escada ao lado do palco a descendo e caminhando no meio da multidão que dançava loucamente ao som de uma música eletrônica.

- Ele me ama – comecei a saltitar pelo corredor e pela escada que dá ao segundo andar.

Peguei minhas roupas e o ursinho que servia de chaveiro e coloquei dentro da minha mala, G deveria saber que isso iria acontecer, então ligaria pra ela outro dia. Olhei pro quarto sabendo que provavelmente só o viria novamente pra pegar meus pertences e sai usando apenas a boxer de couro e a camiseta. Sem olhar pra trás corri até a garagem ao lado da Green vendo meu dono encostado no carro olhando para o relógio sério, sorri no exato momento em que seu olhar veio a mim e ele me olhou como se dissesse: “você se atrasou, vai pagar por isso”.

- Atrasado Zayn Malik, você vai pagar por isso – seu tom era sério, mas um sorriso singelo estava nos seus lábios.

- O que fara comigo, mestre? – larguei a mala no chão o abraçando e olhando em seus olhos.

- Iremos brincar – sorriu perverso e me beijou vorazmente – Mas se não quiser podemos apenas fazer sexo baunilha – gargalhei.

- Não, baunilha é broxante, prefiro vendas, chicotes e cordas – foi à vez dele gargalhar.

- Certo, iremos jogar, mas hoje eu não serei mestre, hoje, serei Liam, apenas Liam – beijou minhas bochechas e me afastou de si – Vamos – pegou minha mala e a colocou no banco detrás do carro, abriu a porta pra eu entrar no banco da frente e assim fiz, ele rodeou o carro e entrou sentou no banco do motorista – Em fim eu vou pra casa com você – encostou a cabeça no volante e me olhou.

- Liam você está muito sentimental hoje – me inclinei lhe dando um selinho.

- Não te entendo, eu sou grosso você vai emborra, eu sou sentimental você reclama – gargalhei e ele deu partida no carro.

[...]

 

Mal chegamos a casa e eu já fui prensado na parede do lado de fora da casa por um Liam necessitado e com uma puta ereção, criada por minhas mãos enquanto ele tentava não nos matar em um acidente e eu como sou prestativo vi ali uma maneira de “acalme-lo” e de me aproveitar, por estar mais que na cara que eu senti muita saudade de Liam e do seu lindo corpo. Suas mãos apertavam minha bunda com força exagerada enquanto sua boca fazia questão de marcar toda pele do meu pescoço, eu não tinha outra coisa pra fazer a não ser gemer e arranhar suas costas.

- Eu senti falta disso – ele falou apertando ainda mais minha bunda – Disso – mordeu meu pescoço e logo depois chupou a pele.

- L-liam – ele me beijou rapidamente e abriu a porta, pegou minha mala a jogando literalmente pra dentro da casa dele espalhando minhas roupas pelo chão, pegou minha mão e me puxou pra dentro da casa, levou-me até a escada e a subimos em velocidade inexplicável. Quando chegamos à frente da sala de porta vermelho sangue onde fui bruscamente prensado.

- Eu irei-te foder tão forte, Zayn Malik que você vai pedir pra eu parar – ele levou uma de suas mãos até o bolço detrás de sua calça tirando de lá a chave da sala de jogos – Vou deixar sua pele queimando e vermelha de tantas palmadas, vou possuir cada centímetro seu, Zayn Malik, você será meu de um jeito que nunca foi – a porta atrás de mim foi aberta e meu corpo de tão inerte pelas coisas que ele estava falando cairia no chão se não fosse suas mãos fortes e ágeis agarrar-me pela cintura e me colar ao seu corpo.

- Quero que você vá até a cama e deite-se de bruços, não quero que solte um ruído se quer, a não ser se eu te machucar ou pedir por mais – assentiu olhando pros seus olhos que estavam tempestuosos e mais escuros que o normal.

- Sim senhor – sorri e lhe dei uma pequena piscadela. Ele iria retrucar sobre meu modo de tratá-lo, já que ele queria que eu o chamasse de Liam – Eu faço questão de tratá-lo como mestre ou senhor, senhor – ele deu de ombros e eu fiz o que ele falou.

Tirei a camiseta branca a jogando em um lugar qualquer, joguei-me sobre a cama extraordinariamente grande de lençóis macios e negros de onde senti tanta falta.

- Segure seus tornozelos Zayn Malik – escutei a voz extremamente sexy e alguns tons mais graves soar pelo quarto. Fiz o que ele mandou: dobrei meus joelhos fazendo as minhas panturrilhas quase tocar em minha bunda, segurei firmemente em meus tornozelos e empinei a bunda.

Eu tentei acompanhar seus movimentos pelo quarto repleto de chicotes, tacos e mordaças, mas ele foi pra estante que fica em frente à cama e estava impossível de eu ver. A cama com o dossel de aço do outro lado do quarto me deixava mais tranquilo, talvez ele não fosse tão cruel. O colchão ondulou e olhei para o lado vendo Liam apenas de calça jeans preta com um rolo de fita adesiva vermelha.

- Você não sabe o quanto está gostoso assim, Zayn Malik – uma de suas mãos apertou minha bunda de uma forma bruta e um estalo extremamente alto foi escutado, uma ardência na minha nádega direita surgiu – Quero te escutar gemer, Zayn Malik – outro estalo, mas agora na minha nádega esquerda.

- ARGH – mordi meu lábio inferior enfiando minha cabeça no colchão.

- Ótimo garoto – ele começou a passar a fita prendendo minha mão ao meu tornozelo bem apertado, fez assim com minha outra mão e meu outro tornozelo – Abra a boca – levantei um pouco o rosto e a fita passou entre meus lábios e foi presa na minha nuca junto à outra ponta – Empina – deu outra tapa na minha bunda e fazendo da um pequeno sobressalto e soltar um gemido agudo pela força que ele usou – Vamos tirar isso – eu não teria escolha ou direito de falar algo, afinal instantes depois minha boxer de couro que de alguma forma que eu não sei foi rasgada e joga do outro lado da cama.

Uma sequência tortuosa de tapas fortes foi deferida sobre minha bunda que ardia e deveria estar bem vermelha, eu gemia constantemente de dor, mas Liam estava se vingando por eu ter voltado pra boate e por ter me exibido – na concepção dele – pra todos que estavam na Green, e por mais que pareça doentio eu merecia a punição.

- A quem você pertence Zayn Malik? – mais uma tapa forte foi dado em minha bunda me fazendo morder o lençol preto com força – Zayn Malik me responda – mais uma.

- E-eu pertenço ao meu mestre, Liam Payn...  ahhhh – não terminei de falar e senti sua língua quente e úmida na minha entrada – hummm, OH – eu não conseguia falar direito devido a porra da fita na minha boca.

- Meu – curvei as costas quando ele começou a dar mordidas em minha bunda e passar a língua bem devagar em minha entrada – Todo meu – ele deixou um beijo e uma tapa forte na minha entrada e saiu da cama.

Eu estava duro e necessitado, Liam consegue me deixar à beira da loucura com isso. Eu o procurei com o olhar e o vi ir até a estante de chicotes e o vi pegar um de couro marrom com tarjas largas, passou pela estante de vidro onde vários vibradores e plugs anais estavam expostos, pegou um vibrador médio que eu conheço muito bem. Ele é rosa e no final uma bolinha com pelinhos que imita um rabinho de coelho é o que mais faz Liam gosta que eu o use.

- Eu vou te soltar Zayn Malik, quero que você vá até a parede e encostes as mãos perto das correntes, depois que eu fizer o que estou planejando desde que você sumiu daqui, eu quero que você volte pra essa cama e fique de barriga pra cima, dobre seus joelhos e enfie isso em você, eu quero ver você ser fodido por isso – mostrou o vibrador com o rabinho de coelho – Você não pode gozar e não pode gemer – concordei.

Ele veio até mim e com uma tesoura que eu não sei de onde ele tirou, cortou as fitas que prendiam meus pulsos e tornozelos que foram de encontro ao colchão pela dor e força que eu estava usando pra que a fita não me machucasse muito. Ele também tirou a fita da minha boca e eu pude finalmente fechar a boca sentindo o gosto metálico do meu sangue. Virei no colchão ficando de barriga pra cima, levantei da cama indo até a parede do lado da outra cama e encostando minhas mais perto das correntes com algemas de pulsos e tornozelos, o calor do corpo de Liam se fez presente atrás do meu, fui prensado na parede com força fazendo minha ereção ir contra a parede marrom escuro me fazendo gemer alto e como se isso não fosse o suficiente pra quase me fazer gozar, Liam ainda fez questão de friccionar seu pau duro na minha bunda.

- Empine, Zayn Malik – empurrei a bunda em sua direção sentindo ainda mais seu pau e o tecido da calça jeans na minha bunda – Eu senti falta disso – com as dias mãos apertou minhas bunda com força separando minhas nádegas e simulando uma foda, eu estava quase gozando pela fricção do meu pênis com a parede – Separe as pernas – obedeci e seu corpo afastou do meu.

Pegou um bracelete de couro preso a corrente e colocou no meu pulso esquerdo o prendendo com um cadeado pequeno, fez assim com o esquerdo e meus tornozelos também. Caminhou até a cama pegando o chicote e caminhou com um sorriso perverso alisando as tarjas de couro escuras entre os dedos. – Nada de gritos, gemidos ou qualquer som que queira sair de sua linda boca, fique de cabeça baixa e não tente se esquivar, entendido Zayn Malik?

- Sim, mestre – fechei os olhos me preparando pra primeira chicotada, mas o que veio foram vários beijos molhados e estalados em minhas costas.

- Você fez por merecer – concordei. Ele depositou um beijo em meu ombro e segundos depois se afastou. O primeiro estalo ecoou pelo quarto e a ardência me fez arquear as costas e prender o gemido agudo que sairia da minha boca – Conte – ele depositou um beijo na pele onde as tarjas pegaram.

- U-um – ele se afastou novamente e o estalo do chicote contra minha pele ecoou novamente, mas agora na minha nádega direita – D-dois – ele passou a mão onde deveria está vermelho e senti seus lábios úmidos depositando um beijo e uma mordida no local.

Foram vinte; vinte vezes que minha pele foi marcada pelo chicote, mas também foram vinte vezes que o mesmo pedaço de pele foi beijado e acariciado por ele de um jeito carinhoso, e isso foi o que bastou pra eu suportar a dor sem soltar nem um som.

- Eu vou te soltar e você sabe o que fazer, não é, Zayn Malik?

- Sim, eu sei, mestre – ele pegou as chaves dos cadeados provavelmente no bolso da calça e um por um soltou meus pulsos e tornozelos. Caminhei até a cama e deitei de costas no colchão não aguentando a ardência e arqueando as costas por puro reflexo. Ele veio atrás de mim.   

- Pegue – ele me deu o vibrador e se sentou na cama encostando as costas na cabeceira – A seco – sorriu maligno e eu suspirei.

Passei o braço pelo lado de minha coxa direita levando o vibrador a minha entrada ainda úmida pela saliva dele, mas não o suficiente pra tornar a penetração menos dolorida. Liam observava todos meus movimentos atentamente. Pressionei o vibrador na minha entrada apertando com força a pelúcia como se fosse diminuir a dor. Continuei a pressionar até estar pela metade em mim, e por mais que aquilo não fosse grande me dava à impressão que estava me rasgando ao meio. Pensei em pedir pra Liam me dar um pote de lubrificante, mas seria pior.

- É assim que se faz, Zayn Malik – em um movimento rápido ele colocou sua mão sobre a minha e empurrou todo o comprimento do vibrador de uma vez em mim.

- AHhhhh – fechei os olhos e tentei puxar aquilo de mim, mas ele continuava a segurá-lo no lugar.

- O que eu falei sobre gemidos? – tirou minha mão do vibrador e tirou quase por completo de minha entrada voltando a enfiá-lo com força e fundo.

- L-... Mes... – senti uma mistura de dor e prazer quando ele começou a movimentar o vibrador rapidamente acertando minha próstata sem dó.

- CALADO – levei minhas mãos as minhas próprias coxas ficando minhas unhas na pele – A QUEM VOCÊ PERTENCE?

- OHHH – fechei meus olhos curvando as costas quando ele ligou o vibrador na potência máxima em minha próstata.

– ZAYN MALIK, RESPONDA – eu não sabia se fala ou não, afinal ele poderia estar fazendo isso pra me maltratar ainda mais. Optei por responder, ou tentar já que ele continuava a surrar minha próstata com o vibrador.

- V-você, Mestre, e-eu pertenço aaaaahhh... A você – em instantes eu me senti vazio e o corpo de Liam sobre o meu.

- O que você quer Zayn Malik? – sussurrou no meu ouvido me deixando ainda mais inerte do que já estava – Quer que eu te foda forte e duro? Sem dó? Que eu te faça gozar sem você se tocar? – puxou a pele já sensível de meu pescoço entre os dentes – Quer que eu faça tudo isso, Zayn Malik? – forçou-me a olhá-lo e instantes depois me beijou, sendo que nos primeiros segundos eu não tive a capacidade de correspondê-lo, pelo fato dele nunca me beijar nessa situação – Me responda. – sua voz saiu calma e amorosa.

- Eu quero você, quero que me faça enlouquecer, eu quero te sentir – ele sorriu um sorri que eu vi poucas vezes durante o tempo em que vivi com ele: um sorriso verdadeiro.

- Bom garoto – ele selou nossos lábios e afastou-se do meu corpo ficando de pé e tirando sua calça e sua boxer preta. Perdi-me em seu corpo perfeito e eu percebi o quanto eu necessito disso pra viver. Ele esticou a mão até o criado mudo ao lado da cama pegando um pote de lubrificante. Sabendo seu gosto por posições eu já iria ficar de quarto, mas fui interrompido por ele – Não, Zayn Malik, hoje eu quero te ver enquanto te fodo – um arrepio correu em meu corpo e eu senti que aquilo não seria apenas mais uma foda.

Ele ficou de joelhos entre minhas pernas, pegando a esquerda e a colocando apoiada em seu ombro, olhou-me profundamente e pelo que eu percebi ele estava pedindo permissão (?). Aquilo de mais uma foda sádica passou a uma transa entre um casal em menos de alguns minutos. Ele permaneceu me olhando como se estivesse esperando autorização pra me foder, e não aguentando mais eu assenti. Sem dó nem piedade ele entrou por completo em mim de uma única vez.

- LIAAMMM – pouco me importando com o tratamento para com Liam, eu o chamei pelo nome. Tirei minha perna esquerda de seu ombro rodearam sua cintura o puxando pra ele cobri meu corpo com o seu – Eu te amo Liam – ele beijou minha bochecha.

- Eu também te amo, Zayn Malik – disse olhando nos meus olhos enquanto começava a me estocar lentamente. – Eu senti muita falta de você – apertou minha coxa com força e me estocou profundamente acertando minha próstata.

- MMMmm – finquei as unhas em suas costas.

- Oh Zayn – ele mordeu meu ombro e passou a me estocar com frequência e força. Eu estava com meus olhos fechados e meu corpo mole, gemidos e o som dos nossos corpos se chocando quebravam o silêncio do quarto - A quem você pertence, Zayn Malik?

- A-ao único homem que amo, e-eu pertenço a Liam Payne – uma estocada forte em minha próstata fez com que eu fincasse ainda mais minhas unhas em suas costas.

- Vem pra mim, amor – bastou essa única palavra pra eu derreter entre nossos abdomens em jatos fortes.

- L-liammmm – meus músculos tencionaram ai máximo pra logo depois relaxarem e meu corpo ficar tão sensível que a cada estoca de Liam eu parecia derreter.

- Z-ZAYYYNNn – jatos fortes e quentes me preencheram e nós dois gememos juntos. Agarrei-me com toda força que meu corpo dispunha em Liam que fez o mesmo comigo. Passamos minutos agarrados e tranquilizando nossas respirações, meus olhos pesaram e eu dormiria ali mesmo, isso se não estivesse sentindo beijos carinhos em meu rosto e logo os lábios deles nos meus. Demorei a perceber que o meu tão sonhado beijo carinho depois de uma foda chegou e foi muito melhor do que eu imaginei. Ele separou o beijo, levantou da cama e me pegou no colo, levando-me pra fora do quarto – Você vai dormir comigo a partir de hoje, então isso me leva a te fazer uma pergunta – muito fraco pra falar, concordei com a cabeça que estava encostada em seu peitoral – Você quer casar comigo, Zayn Malik, futuro Payne? – olhei pra ele com os olhos arregalados o vendo da de ombros como se aquilo fosse normal.

- C-como?

- É isso que você escutou, quer casar comigo? – não percebi quando chegamos a seu, quer dizer agora nosso quarto, só me dei conta que estávamos lá quando eu já estava na cama com ele ao meu lado. Eu não sabia se ficava assustado e pensava que um E.T raptou o Liam e o transformou nesse homem em que estou aconchegado nos braços, ou se ficava feliz e gritava um estridente e agudo sim.

- Quem é você e o que fez com Liam Fode Duro Sem Coração Payne?

- Eu sou o mesmo Liam Fode Duro Sem Coração Payne, mas hoje eu li uma carta deixado por um garoto que disse que esperava que eu encontrasse um rapaz que me mudasse que esse rapaz matasse o monstro que eu era, e ele mal sabia que ele é o rapaz que me mudou. Então eu o pedi em casamento e até agora ele não respondeu.

- Espero que essa mudança não seja repentina e que um dia passe – encostei meu queixo em seu peitoral o olhando.

- E não vai ser, se eu tiver que passar mais um dia sequer sem você, eu prefiro morrer.

- Então se for assim, Payne, eu aceito me casar com você – ele sorriu tão lindamente que meu coração palpitou e não tive como não sorrir com ele.

- Ótimo – beijou-me calmamente passando seu braço direito por minha cintura e me puxando ainda mais pra perto de si – Agora durma, amor – concordei deitando minha cabeça em seu ombro depositando um beijo em seu pescoço.

- Eu te amo Liam – senti o tecido macio do cobertor cobrindo meu corpo e um beijo em minha testa.

- Eu também te amo, Zayn.

Acho que agora meus sonhos que antes pareciam impossíveis estão mais perto de se concretizarem. Mesmo quarto, mesma cama, beijos carinhos e casamento. Talvez nem tudo na minha vida dê errado, afinal não é errado dormir nos braços do homem que eu amo depois de um pedido de casamento perfeito. Com um sorriso no rosto o sono me dominou e eu adormeci.


Notas Finais


KISSES DOCINHOS DO MEU LIAM.
:).


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