História Suddenly It Becomes All ∆ HS ∆ - 83

Percebi que o ambiente estava cada vez mais vazio, todos indo embora por conta da hora, e a música baixa.

Harry: Pede mais uma gelada pra gente terminar esse noite juntos.

Beijou meu pescoço, afastei ele devagar.

-Não vai pedir mais nada, vamos embora. Anda.

Harry: Não vou agora.

-Então fique, eu estou indo.

Levantei e caminhei até a porta. Olhei e vi ele com a cabeça apoiada na mesa e os braços em volta da cabeça. Não vou embora, jamais iria aceitar vir aqui junto dele, ó embriagar e ir embora deixando ele sozinho, nesta situação, sei que não é pra tanto, mas ele não está com condições de ficar sozinho e ainda em um lugar que está praticamente chamando ele pra ficar pior. E a cara da Anne seria terrível ao eu dizer que deixei seu filho numa mesa de bar, bêbado e sozinho. Voltei e me agachei ao seu lado, com as mãos na sua coxa. Rapidamente ele me olhou.

Harry: O que ainda está fazendo aqui? Já deveria ter ido e me deixado aqui, sozinho, não é?

-Não vou deixar você sozinho, nunca, mas por favor, vamos pra casa? Se quiser, podemos beber lá no apartamento, mas chega por hoje.. Vou cuidar de você, no apartamento. Venha!

Levantei em sua frente e ele abraçou minha cintura com a cabeça na minha barriga.

Harry: Por que faz tudo isso? Eu sou adulto, sei me virar.

-Porque eu te amo. Agora levanta daí antes que eu mesma chute a cadeira e você caía de bumbum no chão.

Levantou-se.

-Agora espere em pé, vou procurar um táxi para nós levar.

Harry: Não!

Segurou minha mão.

-Não o que? Como pretende voltar?

Saiu do bar, ficando de frente para o mesmo, na chuva forte, de braços abertos pra mim.

Harry: Vem?

Esticou uma mão pra mim e eu abanei a cabeça. Fez cara de triste e eu revirei os olhos como um "Okay, você venceu" e segurei sua mão. Me puxou, fazendo nossos corpos colar, ele já estava todo molhado, exibindo o peito e seus cabelos encharcados e agora eu estava do mesmo jeito. Me beijou -- na chuva! Estava selvagem, continuava doce e o beijo firme, com suas mãos na minhas costas.

-Eu vou te bater..

Harry: Por que? Não gostou do beijo?

-Meu short é jeans, seu idiota.

Me soltou e saiu correndo, continuei parada com as mãos na cintura ó olhando.

Harry: Se conseguir me pegar... Pode fazer o que quiser!

Vi ele com um sorrisão de longe. Corri e cada vez ele ficava mais longe.

-Eu te pego!

Corri mais rápido, mas cansei rápido também, sentei no batente de uma casa qualquer e vi ele se aproximar e senta ao meu lado.

Harry: O que foi? Se machucou?

A água continuava a cair sobre nossos corpos.

-Não, me ajuda a tirar o salto.

Tirou o meus saltos e os seus sapatos, levantamos e caminhamos lentamente.

Harry: Me desculpe, isso não faz bem pra você, e para o bebê. Não devíamos ter feito isso.

-Não tem problema... Na boa, eu gostei.

Ainda caminhando, ele me olha e sorri e eu faço o mesmo.

Harry: Foi?

-Foi! Isso é bem diferente.

Harry: É. Pena que você é uma fracote e não aguenta nada.

Sorrimos.

-Você também não...

Sinto suas mãos nas minhas e ele às entrelaça.

Harry: Esse dia vai ficar pra história, para contarmos aos nossos filhos o quanto a gente se diverte, não importa chuva ou sol.

Parei de andar e o puxei, beijando o mesmo. E continuamos a andar.

Harry: Agora você só tem que rezar para minha mãe está dormindo, ou vamos levar uma bronca daquelas.

-Merecemos...

Harry: Tem razão... Estou mais sóbrio, só preciso de doce para melhorar.

Acabou comprando dois pirulitos, para mim e ele.

Harry: Não pode morder okay?

Ri.

Harry: O melhor de brincar na chuva, é isso.

Correu para o meio da pista e caminhou por lá, enquanto eu o acompanhava da calçada, não passava carro pois a chuva era forte.

Vendo sua diversão, fui para o seu lado e corremos juntos. Até chegar na frente do apartamento.

-Melhor dia de sempre!

Encostei na parede e ele me prendeu ali, me beijando.

Harry: Também gostei de hoje, podemos fazer mas isso, bebê.

-Soa bem você me chamando assim...

Harry: Bebê?

Sussurrou, e eu senti arrepios.

-Vamos entrar antes que role aqui na rua...

Sorriu. Entramos devagarinho e estava tudo escuro.

Harry: Ela está dormindo! Vamos para o quarto.

Corremos sem fazer barulho até o quarto. Trancou a porta, tiramos a roupa molhada e vestimos roupões.

Harry: Vou pegar chá pra gente.

Saiu do quarto e em minutos voltou com xícaras e me entregou uma.

Escuto meu celular tocar, pego e vejo "Jake".

Ligação on.

-Alô?

-Oi.

-Finalmente atendeu, já estava preocupado.

-Desculpa.

-Não faz mal, fui aí no apartamento do Harry e a mãe dele disse que tinha saído.

-Por que veio?

-Fui levar sua mochila de roupas que teu pai mandou.

-Entendi. Onde deixou?

-Ao lado do notebook do Harry.

-Okay...

-Sinto sua falta, quando volta para casa?

-Amanhã mesmo, depois que sair da agência.

-Entendo.

-Viu o tweet do Harry?

-Sim eu vi. Você contou que está... Você sabe.

-Sim, ele ficou feliz.

-Queria ter visto!

-Tudo bem, amanhã te conto tudo okay?

-Okay.

-Tchau, boa noite.

-Boa noite, eu te amo.

Ligação off

Harry: Quem era?

-Jake.

Harry: Oh, estavam falando de mim?

-Também.

Peguei a mochila, vesti uma calcinha branca.

Harry: Pega uma t-shirt minha!

Fui até o roupeiro e tirei uma vermelha, com flores brancas por toda parte, deixei todos os botões abertos, apenas cobrindo meus seios. Harry vestiu uma cueca preta.

-Tens que vestir algo que aqueça a nós dois.

Ele vestiu uma t-shirt cinza e por cima, um casaco verde escuro. Colocamos meias, luvas e gorros. Ele me emprestou um dos seus. Deitamos na cama, eu com a cabeça em seu peito e ele me aquecendo.

Harry: Boa noite, bebê.

-Boa noite, amor.

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