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História Suffocating Memories - Beauany - Capítulo 50.


Escrita por: Gih_Maiaa

Notas do Autor


Oi, oi, oi! 😘😘😘
Demorei, mas voltei! 🎆🙌🏻

Espero que goste do capítulo! 🤗🤗
Desculpe os erros! 😅
Tenha uma leitura em paz! ✌🏻🖤

Capítulo 50 - Capítulo 50.


Every time you go I come a little undone
Even when it hurts, I'm holding on to your love
Like I'm fixed, fixed, fixed
You got me fixed on you
You can walk away but I could never let go
Don't know how you did it but I'm setting stone
Like I'm fixed, fixed, fixed
You got me fixed on you

(Fixed - New Hope Club)

Any Gabrielly

Droga. Me levanto apressada e corro em direção ao banheiro, a leve cólica que senti durante o dia só poderia ser um indício de que a merda estava para acontecer. Passei tanto tempo concentrada em Josh que simplesmente me fugiu dos pensamentos o fato de minha menstruação estar próxima de chegar, ou na verdade, de que aquele era o maldito dia.

- Onde estão minhas coisas... - resmunguei baixinho, as mãos sobre a barriga em uma falha tentativa de acalentar a dor.

Antes mesmo de cruzar a porta que dá acesso ao banheiro, voltei até onde minha mala estava e vasculhei cada cantinho na busca por meus absorventes. Quando não encontrei, procurei em minha mochila e somente depois de conferir duas vezes, entrei em desespero.

- Ah não... Caralho, eu esqueci de trazer! Any Gabrielly, sua burra. - bati em minha própria testa. Como diabos me esqueci de trazer a porra do absorvente?!

A dor em minha barriga se tornou um pouco pior, provavelmente sendo uma das piores que já senti. Ajoelho-me no chão e pressiono o local dolorido com força, desejando, por tudo que é mais sagrado, uma bolsa de água quente. Fecho os olhos e espero por alguns segundos, na vã esperança de que meu sofrimento desapareça como em um passe de mágica.

- Amor, você está bem? - ouço a voz rouca de Josh. Assim que suas íris azuis encontram-me no chão, imediatamente o abajur ao seu lado ilumina o cômodo - O que está fazendo aí? Está se sentindo mal?!

- Não, eu só... - prendo a respiração para tentar diminuir a dor, mas como é esperado, não funciona - É só cólica, Josh.

- Tem certeza? Sua cara diz que é bem pior que isso. - ele vem até mim, o semblante preocupado, passa um braço sob minhas pernas e o outro em minhas costas, depois me carrega até a cama outra vez.

- Acho que piorou um pouco, porque mês passado fiquei tão estressada que minha menstruação não veio... Isso talvez tenha feito com que tudo se tornasse mais intenso.

Josh passa a coberta por sobre meu corpo, cobrindo-me do frio que nem tinha percebido sentir.

- O quê posso fazer para que se sinta melhor? - perguntou aflito, tentei sorrir para tranquilzá-lo e mostrar que estou bem, mas não adiantou de nada.

- Eu... - soltei um longo suspiro, enquanto sua testa adquiria um vinco logo acima das sobrancelhas, esperando que eu prosseguisse, então o fiz - Não trouxe absorvente, simplesmente esqueci de colocar na mala.

Ele continua com a testa franzida, parecendo confuso sobre o que quero dizer com isso.

- Andei tão ansiosa com tudo de diferente que vem acontecendo na minha vida, o casamento, a apresentação, viagem pro Brasil, viagem pro Canadá... São tantas coisas, que acabei me esquecendo que já estava tão próximo. - explico, desejando estapear meu próprio cérebro por não ter prestado mais atenção.

Josh não disse nada, simplesmente começou a se levantar e pegar seu casaco. Parou perto da porta de entrada do quarto e pegou os tênis que havia usado mais cedo, sentou-se na beirada do colchão e calçou-os.

- Onde vai, Josh? - questionei tolamente, o loiro fitou-me ainda com preocupação.

- Comprar absorvente para minha noiva e tentar encontrar alguma coisa para cólica, não vou deixá-la sofrendo e não fazer nada. Sabe como é, preciso cuidar da mulher que amo. - e antes que pudesse dizer mais alguma coisa, beijou minha testa e desapareceu porta a fora.

Fiquei parada como uma boba, um sorriso apaixonado estampado no rosto com tal atitude. Josh nem ao menos hesitou ao ouvir minha resposta para sua pergunta, eu nem sequer precisei pedir que fosse comprar a droga do absorvente para mim, ele simplesmente se propôs a ir. Não sei porquê fiquei surpresa com isso, é de Joshua Kyle Beauchamp que estamos falando, mas também sei que a maioria dos caras têm vergonha de sair para fazer esse tipo de compra para a namorada, e que muitos nem prestam atenção na dor que a mulher está sentindo. É, eu encontrei mesmo o homem perfeito. Sou uma sortuda da porra!

Enquanto estou perdida em pensamentos, sobre o noivo maravilhoso que tenho, escuto o toque baixo do meu celular. O nome "Amor" brilha na tela e aperto o botão verde rapidamente.

- Cookie, existem mais tipos de absorvente do que eu poderia imaginar... Qual deles você prefere?! - seu tom meio desesperado, meio confuso, fazem com que eu me divirta - Amor, não ri. Estou falando sério aqui, okay? Não sei se estou comprando absorventes ou um boné, que porra é essa de com aba e sem aba?

- Se acalma, Josh. E pega o com abas. - respondo, ainda sentindo o resquício de divertimento em minhas palavras. - Me desculpa, mas é mesmo engraçado te ouvir perguntar sobre isso!

- Vai brincando, qualquer dia vou te pedir para comprar alguma coisa que só os homens usam!

Franzi o cenho.

- E o que seria, hein Joshua?

- Ainda não sei, vocês mulheres tem uma vida bem mais complicada que a dos homens. Mas ainda vou encontrar alguma coisa! - ele resmungou, desligando em seguida.

Deixei o aparelho sobre a mesa de cabeceira, meu cérebro voltando a se concentrar na cólica. Encarei a porta do banheiro aberta, aquilo me pareceu um sinal para que fosse tomar um banho e usar isso para tentar relaxar um pouco e aliviar a sensação ruim da dor. Separei uma das camisas de Josh e uma calcinha, adentrei o cômodo e nem me dei ao trabalho de ligar a luz, banhos no escuro sempre me fazem sentir melhor.

Assim que a água quente entrou em contato com minha pele, senti como se todos os meus martírios escorressem para dentro do ralo, abandonando-me de uma vez por todas. Fechei os olhos e permiti que aquilo me acalmasse, ainda me sentia abalada por ter encontrado o causador de todos os meus traumas e muito mais preocupada com o fato de ele ser primo do Josh.

Meu Deus, o que eu faria dali em diante? Não me sentia o mínimo preparada para ficar sob o mesmo teto que Riley, quem dirá no mesmo ambiente! Era desesperador saber que estávamos ali para ir ao aniversário dele, estar em uma festa com ele... Para ele. Ir a uma festa nunca tinha sido tão difícil, nem mesmo depois que tudo aconteceu e me tornei uma reclusa medrosa, nem naqueles dias tinha sido tão sufocante esse simples pensamento. Mas hoje, quando é certo que vou ser obrigada a permanecer por horas junto do garoto de olhos amarelados e cabelos pretos... Sinto um calafrio percorrer meu corpo, trazendo de volta o medo que a pouco consegui me desfazer.

Minhas lágrimas misturam-se a água que bate contra meu rosto e agradeço por isso, parece uma forma de escondê-las de mim, ainda que eu saiba muito bem de sua existência. Abro as pálpebras de imediato, afastando com repulsa a imagem de Riley sobre meu corpo, sua pele tocando a minha, suas mãos em mim, tocando lugares que jamais lhe seriam permitidos. Tomei a esponja nas mãos e passei a esfregá-la com força em cada lugar que anos atrás fora tocado por meu agressor, lutando para que pudesse apagar seu toque de minha pele e, principalmente, de minha mente. Voltei a me sentir suja, imunda por ter sido beijada e acariciada por um ser tão desprezível quando Riley.

Mãos frias seguraram meus pulsos e não permitiram que eu continuasse a me limpar.

- Shhhh... Shhhh... Você vai ficar bem Cookie, você está bem. - Josh sussurrou enquanto me puxava para si, molhando suas roupas ao entrar comigo sob o chuveiro.

- Eu estou marcada, suja pelas mãos dele... - lágrimas que já nem me lembrava de estarem ali, continuaram escorrendo livremente.

- Não, você não está amor. - ele me apertou um pouco mais, apoiando o queixo sobre minha cabeça e permitindo que me escondesse em seu peito - Não vou deixar que ele te faça mal, estou aqui por você agora.

Não sei ao certo o que aconteceu depois, apenas me lembro de ouvir Josh cantando alguma coisa ao pé do meu ouvido e colocar uma bolsa de água quente logo abaixo de meu abdômen. A dor começou a dar uma trégua, possibilitando que eu adormecesse ao menos por algumas horas. Não tive sonhos, porém, mantive-me inquieta.

Despertei quando uma luz fraca já iluminava o quarto, dando-me uma pequena sensação de que o dia ficaria quente. Tateei a cama procurando por Joshua, mas tudo que encontrei foi o frio e o vazio ao meu lado.

- Josh? - chamei, na esperança de que estivesse no banheiro, não obtive resposta.

Me levantei e fui até o cômodo ao lado, estava vazio e fez com que meu cenho se franzisse. Arrumei-me de forma apressada e um tanto quanto hesitante, desci as escadas em direção a sala. Juny conversava com alguém, parecia um pouco apreensiva e agitada, e, quando viu que eu me aproximava, ficou ainda mais tensa.

- Any, querida, está se sentindo melhor? - questionou, preocupada.

- Sim, sim. Não se preocupe. - meus lábios se curvaram em um sorriso - A senhora viu Josh por aí? Acordei e não o encontrei...

- Ele saiu algum tempo atrás, disse que precisava resolver uma coisa com um amigo e que em breve estaria de volta.

Merda, só espero que Joshua não tenha saído para encontrar com Riley. Não quero nem imaginar a confusão que isso resultaria, me sentiria muito culpada se assim fosse.

- Ah, que cabeça a minha! - Juny deu um leve tapa em sua própria testa, punindo-se - Any Gabrielly, está é Courtney Nicole.

Então essa é a tal de Dytto?

Estiquei uma mão em direção a garota de cabelos ondulados e em um tom de castanho claro, olhos azuis e pele tão perfeita que parecia impossível. Suas roupas cor de rosa lhe davam um aspecto de boneca intocada e isso fez com que meu cérebro assimilasse o motivo de Josh ter tido uma relação com aquela garota, tamanha era sua beleza. Courtney apertou minha mão de maneira educada, as unhas curtas e completamente o oposto das minhas.

- Myra. - chamou Juny - Myra, traga alguma coisa para Any comer, por favor. - pediu um tom acima, mas quando não obteve resposta, se levantou - Vou pedir que ela prepare seu café da manhã, querida.

Antes que pudesse dizer que não precisava se incomodar e que eu não seria capaz de ingerir nada naquele momento, não depois de ter tido uma madrugada péssima, a mulher saiu andando e desapareceu em direção da cozinha.

- O quê você tem com o Josh? - Dytto perguntou, direta. Uma expressão dura no rosto, parecendo pronta para me atacar ao menor sinal de movimento.

- Oi? - questionei, confusa.

- Você não é apenas mais uma com quem Josh vai pra cama, afinal, está aqui. Ele não traria alguém sem importância para conhecer a família. Então me diz, o quê vocês têm?

A prepotência estava nítida em sua postura, porém, não me deixei abalar por sua atitude e nem por sua aparência malditamente perfeita. Estiquei a mão onde Josh havia posto o anel de noivado um mês antes, confiança inundando-me.

- Sou a noiva dele.

Observei lentamente a forma como Courtney reagiu, seu corpo ficando tenso e ao mesmo tempo o coração parecendo se estilhaçar. E, apesar de eu não desejar, senti um pouco de empatia pela forma como a garota se despedaçou em minha frente.

- No-Noiva dele? - questionou, a voz não passando de um sussurro trêmulo.

Era nítido que aquela garota era apaixonada por Josh e que saber do status de nosso relacionamento não havia sido fácil, mas eu não podia fazer nada, porque era a mim que ele amava e espero que ninguém espere que eu faça algo para mudar isso, pois não vou de jeito nenhum.

- É algo recente, ninguém estava sabendo além dos nossos pais e irmãos... - comecei a me explicar, ainda que não soubesse o motivo.

E antes que pudesse concluir seja lá o que estivesse tentando dizer, a expressão devastada no rosto de Courtney desapareceu.

- Uau, nunca pensei que Josh fosse assumir um compromisso com alguém. Apesar de todo mundo sempre ter dito que uma hora outra nós iríamos terminar casados, sempre formamos uma dupla incrível. - afirmou com ar convencido, como se de alguma forma aquilo pudesse tornar o fato de Josh e eu estarmos noivos menos real.

Pisquei atônita, sem saber muito bem o que responder. Não precisei pensar muito, porém, Dytto voltou a falar.

- Se bem que ninguém pode saber o que vai acontecer daqui um dia, uma semana, um mês, ou um ano! - ela piscou para mim, então completou - Tudo pode ruir.

Abri a boca para responder, mas nenhum som saiu da minha garganta.

- Ainda acho que nós combinamos... Porra, teríamos filhos lindos! - comentou empolgada. Cerrei os punhos de imediato, toda minha empatia indo pelo ralo e se perdendo de uma vez.

- Sabe o que é mais engraçado em toda essa história? - inqueri, os olhos brilhando com uma sensação nunca sentida antes por mim - Josh me pediu em casamento antes de completarmos seis meses de namoro.

Courtney mirou os olhos azuis em mim, por um momento pensei que fosse me atacar.

- Ele também foi o primeiro a dizer "eu te amo" e foi tão lindo... Pra falar a verdade, Josh foi perfeito em cada um dos nossos momentos.

- Sério? - os olhos de Dytto brilharam com uma malícia pervensa e um sorriso de escárnio lhe estampou as faces - Na nossa primeira vez, ele também disse isso. Me lembro como se tivesse acontecido ontem... Logo depois de tirar minha virgindade, Josh me encarou com tanta intensidade e intimidade para enfim dizer que me amava. Foi bem especial, mas quebrou meu coração saber que ele dizia o mesmo para cada uma das garotas de quem tirava a virgindade. Por que você sabe, né? Josh adora uma virgem.

Espera, o quê...?

Dytto estava me dizendo que meu Josh não perdia a oportunidade de tirar a pureza de qualquer garota?! Eu não podia acreditar, mas meu peito doía a cada novo movimento feito pelo músculo tolo que insistia em bater por ele. Aquilo não podia ser verdade, se fosse, significaria que o garoto de quem estou noiva não é de fato quem eu pensava.

- E-Eu... - gaguejei, mas antes que pudesse terminar a frase, me pus a caminhar em direção às escadas. Precisava sair daquele lugar urgentemente e colocar o máximo de distância entre Joshua e eu.

Passei apressada pela soleira da porta, desejando com todas as forças poder desaparecer e simplesmente esquecer que um dia acreditei nas palavras que saíram da boca daquele que dizia me amar. Como fui tola ao acreditar que ele realmente me amava... Deixei que Josh me tocasse, acreditei em cada promessa silenciosa que aqueles olhos azuis me faziam.

Comecei a recolher o pouco de coisa que havia deixado espalhado pelo quarto, precisava sair dali o mais rápido possível. Porém, antes que pudesse fugir sem encontrar Joshua, a porta se abriu com um baque alto ao ir de encontro com a parede.

- Onde pensa que vai? Por que está arrumando suas coisas? - meu noivo entrou no cômodo feito um furacão, vindo até mim e segurando meus pulsos - Só me diz que não acreditou em nada que ela disse, por favor Cookie...

- Acreditar em quê? Que você mentiu pra mim todo esse tempo, dizendo que eu fui a primeira garota por quem se apaixonou? - minha voz não passava de um sussurro instável.

- Eu não menti! - afirmou ele, seus olhos azuis ameaçando transbordar quando afastei suas mãos de mim - Você sabe que não sou um mentiroso, jamais seria capaz de mentir sobre isso...

- Ela disse que você tirou a virgindade dela, que disse que a amava logo em seguida. - encarei seu rosto, enquanto uma careta de desgosto lhe contorcia as faces - "Josh adora uma virgem."

- Dytto não era virgem quando transamos pela primeira vez. Cookie, ela estava mentindo!

- E como eu posso ter certeza de que não era? - vociferei, sentindo-me irritada por estar discutindo sobre a pureza de uma garota cuja existência fiquei sabendo há poucas horas.

- Perguntando para qualquer um! - berrou de volta - O melhor amigo do Jonah fodeu com ela por um bom tempo, antes mesmo de nós dois iniciarmos alguma coisa.

Neguei, não acreditando em nada que ele dizia. Tentei me afastar, mas Josh voltou a segurar meus pulsos.

- Olha para mim, Any Gabrielly. Olha nos meus olhos e vê se eu estou tentando te enganar. - fitei a infinidade azul em minha frente. Havia tanta intensidade ali, um brilho que só vi refletido em alguns poucos momentos, a forma como Josh me encarou fez com que meu coração pulsasse e me desse a resposta para minhas dúvidas.

Josh Beauchamp não estava tentando me enganar, naquelas íris só existia a verdade. Não havia a possibilidade de ele estar mentindo, porque aquela era a porta de sua alma e tudo que transbordava dali era límpido como as águas do oceano antártico.

- Você não está mentindo... Você não me enganou, Josh. - murmurei, ainda com a voz falha. O loiro me puxou para seu peito, deixou um beijo em minha testa e depois respondeu.

- Como poderia mentir para você, Any? Eu não poderia dizer para nenhuma outra garota que a amo, porque esse tempo todo, meu coração estava esperando por você. Ele esperou pacientemente até que a garota certa chegasse e o tomasse de mim, e essa só poderia ser você. Minha Cookie, meu amor, minha pedra.

- Eu fui tão injusta com você, Josh... - escondi meu rosto ainda mais contra seu peito, sentindo vergonha da forma como agi.

- Está tudo bem, vamos colocar a culpa nos hormônios. - brincou, fazendo-me soltar um suspiro aliviado.

- Dytto te ama. - resmunguei, chamando sua atenção - Foi fácil perceber quando seu coração se partiu, logo que eu disse que estamos noivos.

- Ela não me ama, Cookie. Courtney não ama ninguém além dela mesma, sempre foi assim.

- Você não viu o que eu vi. Posso afirmar, aquela garota tem sim sentimentos por você.

Josh me encarou e depois de uma análise minuciosa finalmente entendeu. Dytto queria mais do que ele havia oferecido e, por isso, decidiu encontrar uma forma de me afastar de seu amado.

- Eu devia ter imaginado que ela estava mentindo, devia ter percebido quando vi sua expressão de mágoa. - comentei, arrastando-nos até a cama e entrelaçando nossas mãos.

- A culpa é minha, nunca devíamos ter transado, não quando sabia que ela queria algo que eu não poderia oferecer... Sinto muito, Cookie. - lamentou ele, bagunçando ainda mais os fios loiros.

Ficamos em silêncio por algum tempo. Onde Josh, aflito, martirizava-se por ter sido tão negligente com os sentimentos alheios e eu tentava encontrar uma forma de encararmos tal situação.

- Acho que não foi uma boa ideia virmos pra cá... - resmungou meu noivo, apertando os lábios em uma linha fina e pálida - Devíamos estar agora, planejando nosso casamento, ou fazendo alguma coisa bem desmiolada como qualquer outro jovem da nossa idade. Mas que se foda, nós estamos aqui lidando com minha família problemática e uma Dytto apaixonada por mim. - ele riu sem a menor vontade, jogando-se para trás sobre o colchão - Ótimo, o que mais falta para termos as férias perfeitas?! - questionou exasperado.

Repeti seu gesto, jogando-me ao seu lado na cama.

- E droga, eu estou menstruada. - reclamei, bufando em seguida.

- Merda, não podemos nem transar... - fingiu irritação.

Uma gargalhada revigorante escapou da minha garganta, preenchendo o quarto. Precisei levar as mãos a barriga, curvando-me. Josh encarou meu rosto e sorriu para mim.

- Você fica linda de qualquer forma, Cookie. Mas preciso admitir, sorrindo fica ainda mais bonita... - falou sonhador, acariciando as maçãs de meu rosto com carinho.

- Josh, não pode dizer esse tipo de coisa, quando eu não posso subir em cima de você e fazer coisas proibidas para crianças! - resmunguei.

Agindo por impulso, me sentei sobre sua cintura e imediatamente um par de mãos grandes procuraram o caminho da minha bunda, descansando por lá.

- Ah caralho, preciso tanto estar dentro de você... - murmurou o loiro, ajeitando meu corpo melhor sobre o seu. Por instinto, movimentei os quadris e pude sentir algo duro começando a me cutucar.

Baixei a cabeça até que minha boca ficasse próxima o suficiente de seu ouvido e sussurrei.

- Acho que estou me tornando uma depravada, porque também queria que estivesse dentro de mim, amor.

- Porra, mulher, tá querendo me enlouquecer?! - as mãos ágeis me puxaram mais para perto de sua ereção, causando arrepios por todo meu corpo.

Antes que Josh dissesse mais alguma coisa, uma súbita ideia me ocorreu. Entretanto, apesar de toda a ousadia que adquiri nos últimos dias, fiquei nervosa ao sugerir.

- O quê acha de... - precisei limpar a garganta antes de prosseguir - O quê acha de eu te chupar, Josh?

Ele nos girou na cama, fazendo com que minhas costas ficassem contra o colchão macio. Senti minhas bochechas ganharem cor, enquanto Josh me encarava com um sorriso e um brilho no olhar.

- Se não quiser... - tentei começar, mas fui interropida por seus lábios atacando os meus. Permiti que sua língua invadisse minha boca, forçando a passagem e explorando um caminho já feito antes.

- Você não precisa fazer isso... - ele baixou os beijos para minha clavícula - Sabe que não me importo de não fazermos nada, certo?

- Sei, mas quero fazer do mesmo jeito.

Nos fiz girar outra vez, ficando por cima e guiando minhas mãos afoitas para o cós da calça de Joshua. Levantei e em seguida me ajoelhei, permitindo que o garoto ajudasse a retirar a peça jeans. Respirei fundo ao fitar a grande ereção pressionada contra a boxer, aquela era a primeira vez que havia sentido desejo de proporcionar esse tipo de prazer para um cara. E ao mesmo tempo em que era excitante, também era muito estranho.

- Tem certeza? - perguntou, lancei um olhar em sua direção e vi como seu peito arfava.

Levei os dedos aos lábios e sussurrei.

- Shhhh... Não estraga o momento, amor.

E então, com um movimento ligeiro, enfiei uma de minhas mãos em sua cueca e toquei seu membro. Josh soltou um gemido baixo, seguido de um suspiro que me fez ter vontade de continuar a tocá-lo. Afastei-me rapidamente da pele quente e pulsante, apenas para tirar todo o tecido que ainda nos atrapalhava.

Meus olhos se arregalaram um pouco quando o pau grande e duro de Josh saltou diante de mim, em sua ponta brilhava o líquido pré-ejaculatório. Puxei uma longa respiração e, enfim, o envolvi na palma das mãos, sentindo a sua textura e rigidez e espalhando o líquido por toda sua gloriosa extensão. Meu noivo fechou as pálpebras, ao mesmo tempo que apertava os lábios para reprimir um gemido.

- Cacete, isso é bom... - murmurou, soltando uma grande lufada de ar.

Aceitei suas palavras como incentivo para continuar. Meus dedos tremiam um pouco, mas ainda que estivesse nervosa com o que estava prestes a acontecer, molhei os lábios e com o coração palpitando em ritmo frenético, envolvi-o com a boca. Josh estremeceu com o contato, enquanto eu tentava me acostumar com o membro quente e pulsante contra minha língua ansiosa. Não sabia muito bem o que fazer, mas imaginei que não seria uma boa ideia permitir que meus dentes encostassem em um lugar tão sensível em um momento que ele estava vulnerável diante de mim.

- Porra, sua boca é perfeita demais! - meu noivo tentou dizer, porém, sua voz não passava de um sussurro trêmulo e necessitado.

Experimentei colocá-lo um pouco mais para dentro, engolindo aquilo que fosse possível. Era muito mais difícil do que imaginei, engasguei algumas vezes no processo, por isso, como não consegui envolvê-lo por inteiro, levei uma das mãos até a base e o acariciei vagarosamente. Ergui a mão livre até às bolas de Josh, para sentir o peso que elas tinham, ousei puxá-las levemente, querendo saber qual seria a reação dele.

- Foda-se, isso é bom demais...

Ouvi-lo expressar seu prazer de uma forma tão explícita, fez-me rir baixinho contra o pau ainda em minha boca. Josh soltou um gemido gutural e involuntariamente, seu quadril se impulsionou para frente, socando-se ainda mais fundo em minha boca. Precisei relaxar a garganta e imediatamente percebi que fazê-lo tornava mais fácil engolir mais partes do membro rijo. Lancei um olhar na direção de meu noivo, vendo-o se contorcer sobre a cama e apertar os lençóis com força.

Sem perceber, fechei os olhos e finalmente apreciei o gosto meio salgado que aquela parte do corpo de Joshua tinha, era um sabor estranho e ao mesmo tempo perfeito, como se meus lábios precisassem senti-lo para finalmente acreditar que minha vida sexual havia começado. Apertei-o entre os dedos com um pouco mais de força, uma mão grande enredou-se entre meus fios cacheados e empurrou minha cabeça para baixo.

- Eu preciso foder essa boquinha perfeita, acho que vou morrer se não fizer isso. - aproveitando que Josh estava conduzindo a situação, comecei a masturbá-lo com mais pressão. Eu estava tão excitada pelo simples fato de estar excitando-o.

- Hum... - resmunguei contra ele. Joshua vacilou, os dedos antes firmes, soltaram meus cabelos e voltaram a apertar os lençóis, agora bagunçados.

Encarei o rosto do loiro, prestando atenção na forma como seu corpo estava tenso, assim como sempre ficava antes de gozar. Devagar, afastei minha boca da pele quente, porém, mantive as mãos em sua base e bolas. Fitei o, agora brilhoso, membro de Josh e levei apenas a cabeça até meus lábios outra vez e o chupei com vigor.

- Ah caralho, isso só pode ser o paraíso! - comentou com a voz rouca, fazendo-me rir novamente. Ele voltou a me conduzir, empurrando-se com mais força e invadindo-me com pressa.

Ainda era um pouco complicado engolir tudo que me era ofertado, mas fiz o máximo para acomodá-lo inteiro. Resmunguei algumas vezes mais em sua pele, sentindo-o acelerar seus movimentos e foder minha boca como se nossas vidas dependessem disso. E porra, aquilo também me trazia muito prazer.

- Any Gabrielly, acho melhor se afastar, porque eu estou prestes a explodir... - a voz baixa me alertou.

Josh tentou me afastar com as mãos, mas fui mais rápida e o envolvi com mais ímpeto, enquanto girava a língua e brincava com a cabeça inchada do seu pau. O corpo do garoto ficou ainda mais tenso, para logo em seguida relaxar por completo no mesmo instante em que sua mente era mandada para outro lugar. Joshua explodiu em êxtase, gozando intensamente em minha boca. Um jato quente desceu por minha garganta, era um pouco amargo, mas me senti sexy ao engolir a porra do homem com quem vou me casar.

Assim que o pau de Josh não estava mais expelindo nada, afastei-me com um último beijo na ponta. Antes de estar completamente recuperado do recém orgasmo, fui puxada para cima por meu noivo. Ajeitei-me sobre ele e depositei minha cabeça sobre seu peitoral, deixando que as batidas aceleradas de seu coração fizessem fundo para aquele momento tão íntimo.

- Você gostou? - questionei hesitante, um nó se formando na garganta com a possibilidade de não ter sido tão boa quanto as outras que já tinham feito isso nele.

- Esse foi, definitivamente, o melhor boquete que já recebi. Você foi perfeita, Cookie... - sussurrou de olhos fechados - Acabei de ter um dos melhores orgasmos da minha vida, só perde para a primeira vez que gozei dentro de você.

Beijei seu peito por cima da camisa, as batidas de seu coração voltando ao ritmo tranquilo. Josh puxou-me para seus lábios, pressionando-os contra os meus.

- Essa foi uma ótima forma de começar o dia! Obrigado, amor. - murmurou contra minha testa, apertando-me contra seus braços.

- Acho que devíamos sair para algum lugar, não quero ficar aqui até a hora da festa... Tenho a leve impressão de que sua amiga, Court - resmunguei com escárnio o apelido da vaca que me fez acreditar na porra de uma mentira sobre meu noivo -, não foi muito com a minha cara.

- Tudo bem. - Joshua sorriu - Podemos sair para comer em alguma lanchonete e enrolar na rua até a hora da maldita festa. - revirou os olhos, desdenhando da comemoração do aniversário de Riley.

- Ótimo! Me dá cinco minutos para ajeitar o cabelo e escovar os dentes outra vez. - pulei para fora da cama e me enfiei no banheiro com um sorriso no rosto, sentindo-me renovada depois do que acabamos de fazer.

Dez minutos depois, Josh e eu estávamos agasalhados e prontos para sair da casa de seus avós. O clima estava um pouco menos frio que no dia anterior e me senti radiante ao descer às escadas e avisar para Juny que não voltaríamos para o almoço, ao qual Dytto já havia se auto convidado.

Aquela vadiazinha não estragaria meu dia, muito menos meu noivado com Josh Beauchamp.

Toda vez que você vai eu fico um pouco desfeito

Mesmo quando machuca, eu me seguro no seu amor

Como se eu estivesse preso, preso, preso

Você me prendeu a você

Você pode ir embora mas eu nunca vou te deixar ir

Não sei como você fez mas estou virando pedra

Como se eu estivesse preso, preso, preso

Você me prendeu a você


Notas Finais


Ai gente, nem acredito que tô finalmente postando esse capítulo... 🤧 Parece que já faz um século desde a última vez que apareci aqui.
O ano letivo — graças a Deus — já acabou e agora as coisas estão mais tranquilas. 🙌🏻 Então, provavelmente, vou conseguir escrever mais vezes ao longo da semana e, consequentemente, postar mais rápido! 🙌🏻🙌🏻
Dói no coração saber que essa história está acabando, teremos alguns capítulos ainda, mas talvez — não sei direito ainda —, sejam menos de dez. É meu povo, estamos na reta final de SMB e eu quero chorar... 😢
Bom, acho que por enquanto é só isso, qualquer coisa eu aviso lá no twitter. ✌🏻 @Gih_Maiaads

Espero que tenha gostado do capítulo! 🤗🖤
Desculpem mesmo a demora, espero não fazer mais isso!

Até a próxima! 👋🏻
Beijos! 💋💋


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