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História Suffragiis Mortuorum Rosis - Capítulo Dois


Escrita por: _kyugs

Notas do Autor


Obrigada a todoooooos que favoriaram e comentaram. *-----* Serio vocês são sensacionais 👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏
Aqui está mais um capitulo
Boa leitura e desculpem os erros.
;;*

Capítulo 2 - Capítulo Dois


Promessas não valem nada até que elas se cumpram. Como prometido, a vila não sofreu com as consequências da guerra tampouco com a fome ou com a seca. Paz e abundância reinou sobre os habitantes daquela vila, que com um grande esforço conseguiram recomeçar novamente, refazendo casas, estábulos e plantações de cultivo.

Agradecia aos céus continuamente com a graça recebida, mas todos sabiam quem de fato fora aquele que lhes concedeu todas a bênçãos. E todos colocavam seus sentimentos de gratidão à uma única pessoa.

Conforme as estações mudavam, o pequeno Kyungsoo crescia, cercado de carinho e compaixão. Os aldeões criaram uma espécie de afeto pelo garoto de pele alva, não somente pelo fato do mesmo salvar-los da destruição. Kyungsoo era um garoto educado e meigo, além de extremamente bonito. Seus cabelos pretos entrava em um contraste perfeito com sua pele, tão alva como a neve. Possuía olhos grandes e infantis, que fazia as crianças o comparar com uma coruja. E tinha os lábios vermelhos e cheios, que formava-se um coração quando este sorria. Algo que acontecia com freqüência. Todos admiravam a beleza exterior e interior do único filho do Sr. Do e concordavam entre si que o temível deus Kai tinha feito uma excelente escolha.

Havia se tornado um simples camponês, ajudava os mais velhos quando podia e ajudava na pensão em que morava. A família Kim o acolheu quando seu pai - já nos seus dias avançados - viera a falecer. O Sr. Do cumpriu com o trato de sempre lembrar ao seu filho do seu destino e por mais que seu desejo fosse pegar sua coisas e sumir com filho, ele sabia que não podia.

Apenas esperava que seu filho fosse forte o suficiente para enfrentar os tormentos da vida.

Com o apoio de todos os aldeões e dos amigos da família, o menor conseguiu seguir em frente sem o conforto e abraços ternos do pai. Levava diariamente flores ao túmulo do pai, em uma humilde homenagem.

A vida na pensão era divertida. Kyungsoo conhecia as histórias dos viajantes que passavam por ali. Conforme o tempo passava, a história de uma vila abençoada com a graça de paz e prosperidade atraiu pessoas de outras vilas e dinastias, que iam a vila em busca de tranqüilidade.
Gostava de dizer que era colecionador de histórias. Já que não podia sair da vila, querer saber um pouco do mundo a fora não era perigoso. Imaginava inúmeros cenários conforme eram descrito para si. Sonhava em andar nas montanhas alvas, ir a lugares novos, viver uma grande aventura. Entretanto, lembrava-se do seu destino e era nessas ocasiões que sentia uma raiva surgir em seu corpo, sendo transpassada para seus olhos.

Era um segredo que guardava as setes chaves. Quando todos já dormiam, Kyungsoo isolava-se em um canto escondido na pensão e chorava abafado. Por sua vida, por seus sonhos. Por ele mesmo. Era a única vez que mostrava sua fragilidade, não comentava com ninguém sobre sua angústia. Apenas guardava para si e seguia em frente.

As vezes perguntava-se se valia a pena passar por tudo isso. Se não era mais fácil pegar o pouco de suas coisas e ir embora, deixando para trás o local de sua origem. Porém afastava esses seus pensamentos vendo a alegria estampada nas faces dos aldeões e o riso das crianças. Por mais que sua vontade fosse viver por si só, não achava justo perturbar a tão sonhada paz por um mero capricho seu.
Reprimia seus pensamentos egoístas e desejava internamente que aquela alegria jamais acabasse.


(...)


Fogo. Gritos. Destruição.

Uma lembrança. Estava encolhido nos bracos, uma sensação de pavor rodeava seu corpo. Pessoas morrendo, casas destruída. Sem esperança.
Caos para todo o lado, até que se fez silêncio. Um homem surgindo das trevas. Um choro, incredulidade. Uma troca. Escuridão.

Sentia uma respiração quente em seu rosto. Encarou o ser em sua frente, sendo hipnotizado pelas duas obres negras que lhe olhava com certa admiração à si. Um selo foi depositado em seus lábios. O laço foi firmado. O seu destino estava traçado. Então tudo se fez fogo.






Kyungsoo abriu os olhos bruscamente, ofegante enquanto sentava-se na cama. Levou a mão até os lábios, podia sentir a maciez e a calor dos lábios alheios. Balançou a cabeça tentando reorganizar seus pensamentos. Não era a primeira vez que tinha sonhos como aquele. Na verdade, era sempre o mesmo sonho. Uma lembrança antiga. Sempre acordava atordoado quando acontecia e imaginava que pararia quando chegasse na adolescência.

Belo engano!

Suspirou cansado, voltando a deitar-se na cama com a esperança de voltar aos mundos dos sonhos, sem sonhos. Olhou para a janela ao lado da sua cama vendo uma noite digna de uma pintura: uma lua cheia que embelezava tudo o que luz tocava, um céu limpo de nuvens e estrelas. Pontinhos brilhantes que capturavam a atenção de Kyungsoo.

Sentia falta de seu pai, de sua companhia que afastava todos seus pensamentos tristonhos e depressivos. Suspirou cansado, fechando os olhos enquanto esperava o sono chegar.


Naquela manha acordou disposto a cavalgar. Queria sentir o vento contra seu rosto, a sensação de liberdade antes de começar seus afazeres. Foi ao estábulo onde preparou seu cavalo para o passeio. Havia sido um presente de aniversário de seu pai, quando o mesmo achou o cavalo perto de uma das extremidades da fronteira e imaginou que seu filho já ter idade suficiente para andar em um. Era negro como seus cabelos, saudável e forte. Kyungsoo gostava de dizer que ambos tinham uma ligação, gostavam de correr pela densidade da floresta, refugiando no silêncio da natureza.
Cavalgou para longe, para seu lugar preferido. Tinha descoberto por acidente quando saiu da trilha. Era um lugar cercado por belas árvores e por diversas flores, tinha um pequeno lago de águas cristalinas, que servia de hábit para belos peixes.

Sorriu enquanto descia do cavalo, o deixando livre para se alimentar. Sentou na relva macia, dobrando suas pernas entre o peito e fechou os olhos, sentindo a brisa fresca da primavera tocar-lhe a face. Respirou fundo, sentindo o doce aroma das flores ali presente. Aqueles pequenos detalhes traziam calma ao seu coração.

Aproveitava a calmaria da natureza até que uma sensação de estar sendo vigiado perturbou sua mente. Olhou em volta procurando algum vestígio de alguém, mas não encontrou nada. Por fim, decidiu voltar antes que a senhora Kim sentisse sua falta. Montou em seu cavalo novamente e voltou para a aldeia.



Kyungsoo ria divertido enquanto era rodeado por algumas crianças da aldeia, que dançavam para si, exibindo suas artes. Quando tinha tempo, o menor ensinava algumas crianças da aldeia, artesanato. Mostrava como podia aproveitar algo velho e transforma-lo em algo bonito e prático. Na ultima vez tinha ensinado aos seus alunos a fazerem uma espécie de coroa de flor. Kyungsoo sorria e elogiava cada coroa que lhe era apresentada, achando bonito como os pequenos ficavam belos enfeitados por flores.

- Kyung! - Ele ouviu uma voz conhecida perto de si e virou-se, vendo Suho andar em sua direção. Kyungsoo sorriu em desculpas. Tinha ido a feira para comprar legumes e verduras a pedido da Sra Kim e acabou por divertir com os pequenos.

- Desculpa Suho, eu me distraí. - Sorriu vendo algumas crianças ir até outro, pulando em seu colo e mostrando seus trabalhos.

- Imaginei que sim.. - Sorriu alegremente enquanto abaixava para conversar com as crianças, elogiando cada peça que era lhe mostrado. Kyungsoo olhava a cena com um sorriso estampado no rosto. Era incrível como o mais velho tinha uma conexão com as crianças, de como era paciente e prestativo.

Ele era como um príncipe. Atencioso, generoso, sempre preocupando consigo e com todos a sua volta. Suho era alguém para qual os pais de família entregariam suas filhas para com ele se casa. Era alguém no qual Kyungsoo entregaria seu coração para outro cuidar.

Conheciam-se desde crianças. Suho cuidava de si de um modo especial, quase protetor. Foi ele quem fez com que todas as crianças da vila falasse consigo, quando criança, já a maioria tinha medo de aproximar do "escolhido". Foi ele quem o ajudou na época em que seu pai se fora, acordando sempre na madrugada, permitindo molhar sua blusa. Não soube ao certo quando começou a ver Suho de uma forma diferente, mas o menor sabia que o loiro só o via como um irmão. Subitamente, desfez o sorriso olhando para o mais velho que agora tinha uma menina em seus braços. O futuro com ele seria algo impossível, não somente pelos fato de Kyungsoo ser "especial", mas porque sabia que ele gostava de alguém. Afinal, melhores amigos contam tudo, não é?

Sentiu um frio na espinha e a mesma sensação de estar sendo vigiado. Olhou em volta procurando alguem suspeito, mas não encontrava ninguém de diferente dos que moravam ali. Franziu o cenho, mordendo o lábio inferior nervoso.

- Yah! Crianças! Vamos, está na hora de voltar. - A voz de Luhan foi ouvida ao longe e as crianças se despediram um tanto entristecidos. Xiao Lu era um estrangeiro de origem chinesa, que morava a poucos meses ali. Era órfão, tinha perdido seus pais na guerra. Quando soube que a aldeia era protegida, juntou suas poucas coisas e cruzou toda a fronteira até chegar ali, desejando paz de espírito para sua vida. Rapidamente enturmou-se na aldeia, era professor de história na escolinha e tinha um relacionamento aberto com outro garoto chamado Sehun.

- Oi Soo. Oi Suho. - Depositou um singelo beijo na bochecha de Kyungsoo e tirou a criança do colo do loiro. - Desculpe atrapalhar, mas tenho que levar-los de volta a escola. - Riu enquanto ajeitava a menina em seus braços.

Kyungsoo gostava do jeito espontâneo do chinês, do jeito alegre e brincalhão. Ele foi a primeira pessoa a não se importar com quem ele era, não o tratava de forma formal como a maioria da vila. Implicava quando podia, não importando com os olhares raivosos de alguns aldeões sobre si. Subitamente, criara uma grande afeição por ele.

- Tudo bem. Temos que voltar ao trabalho também. - Suho riu e acenou em despedida para a menina que já brincava com os outros. - Vamos que o nosso trabalho nos espera. - Um resmungo foi ouvido em resposta.



(...)

Era final de tarde quando Kyungsoo terminou de colocar a caixa no seu devido lugar. Suspirou cansado enquanto sorria para Suho, que estava sentada no banco, enxugando sua testa. Sorriam orgulhosos do trabalho feito e logo se aprontaram pro jantar. Com cabelos molhados e roupas limpas, Kyungsoo desceu as escadas e foi até a cozinha, encontrando todos. Sorriu com nostalgia enquanto via a Sra. Kim por a mesa junto com seu marido, que contava sobre seu dia. Suho o chamou com a mão, avisando que estava tudo pronto e sentaram a mesa.

Os outros não percebiam, Kyungsoo sentia algo de diferente no ar. Um clima mais pesado, um clima que não era natural naquela época do ano. Uma vento forte bateu contra a janela da sala, assustando todos na mesa.

Duas batidas na porta chamaram a atenção e a Sra Kim foi quem se levantou, dizendo que tinha convidado a vó de Suho para o jantar.

Mas ao abrir a porta, não viu ninguém. Olhou para os lados e percebeu que não tinha ninguém por perto. Estranhou e quando fez questão de fechar a porta, um objeto no chão chamou sua atenção. Pegou o objeto nas mãos e fechou a porta.

- K-yungsoo meu amor, acho que é pra você. - Falou com voz entrecortada, chamando a atenção do marido.

Kyungsoo, que até então encarava seu prato, ergueu os olhos vendo o objeto desconhecido. Levantou e pegou das mãos da mulher, olhando melhor do que se tratava. Era uma rosa negra cravada em uma espécie de vidro que apoiava um papel dobrado ao meio. Pegou o papel com as mãos trêmulas. Uma sensação de pavor tomou conta de seu corpo, como se soubesse exatamente o que encontraria ali. Ele sabia que no momento em que lesse o que estivesse ali, tudo mudaria.

" Falta pouco para nos reencontrarmos, meu pequeno. Quando a ultima pétala da rosa cair, você estará comigo. Apenas espere."


Kyungsoo não tinha mais dúvidas: sua vida nunca mais seria a mesma.

Notas Finais


*0* Então, o que acharam? u.u
Soo gosta do Suho kekekekekek
Enfim, espero que gostem <3


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