História Suicide - Imagine Suga (Min Yoongi) - Memory.

"Nem tudo é ruim.

Basta você saber levar

E esperar o tempo que for

Para tudo melhorar"

Senti uma pontada na cabeça e abri os olhos rapidamente. Já estava claro, não totalmente, mas os resquícios da madrugada estavam sumindo. Senti algo envolvendo minha cintura e um peso ao meu lado da cama. Meu olhos esbugalharam-se. Meu Deus o que eu fiz? Olhei lentamente para o lado com medo do que ia encontrar. Eu não acredito! Natasha estava ao meu lado dormindo... E NUA! Mas que porra! O que eu fiz? Aigo! O que eu fiiiiiizzz? - gritava mentalmente. Percebi que eu também estava sem roupas, o que fez meu coração disparar mais ainda.

- NATASHA! - gritei e a vi levar um susto, assim acordando.

- Ah... bom dia para você também, amor. - disse ela com a voz meio rouca, puxei o cobertor e me enrolei nele, logo me levantando.

- Que amor, o que?! - digo irritado. - Que porra você fez?

- Eu fiz?! - ela riu sarcástica. - Amor, sozinha eu não podia fazer nada... bem, até podia, mas não seria igual.

- O que? - eu estava incrédulo. - Você está louca? Não aconteceu nada entre a gente. E saia do meu quarto agora, ou eu vou chamar o diretor e contar o que você fez. Melhor, vou contar para a escola inteira que você é uma vadia... - ouvi outra risada dela.

- Se eu fosse você, Yoongi, não faria nada... - disse ela esticando a mão e pegando seu celular. - Olha, tenho vídeos nossos bem legais de ontem a noite, talvez sua namorada fosse adorar vê-los. - balancei a cabeça negativamente. Isso só pode ser um sonho... tem que ser um sonho! - Você não é nada mal, ela tem sorte...

- Sai daqui! - digo autoritário e irritado, Natasha ri e se acomoda mais na cama. - SAI DAQUI AGORA, OU EU VOU TE TIRAR A FORÇA! - gritei.

- Calma... - ela ergueu os braços em sinal de rendição, levantou-se e colocou seu vestido que estava jogado no chão do quarto. - Até, Yoongi.

Após ela fechar a porta, peguei o abajur e ataquei na mesma com força, fazendo virar em mil pedaços. Não pode ser! Não pode ter acontecido nada... meu Deus! Tranquei a porta do dormitório e fui tomar um banho. Liguei o chuveiro no frio e entrei, a água passava pelo meu corpo relaxando tudo. Eu tenho que esquecer o que aconteceu... tenho que esquecer essas mentiras que Natasha inventou. Sacudi a cabeça e, colocando a mesma na água, vi o shampoo escorrer em meu rosto.

Após meu banho, coloquei o uniforme e fui para a aula da manhã. Depois do almoço vou ver (s/n) no hospital. Passei em meu armário e peguei os matérias para as aulas de hoje, segui pelo corredor até a sala de aula, as pessoas me olhavam estranho e cochichavam entre si. Eu estava fervendo de raiva, mas dei de ombros. Cheguei na sala de aula e sentei em meu lugar de costume.

Não demorou muito e o professor entrou em sala, sendo seguido por alguns alunos e todos, todos sem exceção me olhavam torto. Já estava se tornando incomodo, então após a chamada pedi para me retirar e assim o fiz. Fui a diretoria pedir permissão para ir ao hospital ver (s/n) e como prometido a coordenadora me liberou.

Pedi um taxi e segui para lá. Entrei naquele local e indo até o andar em que (s/n) estava encontrei a recepcionista.

- Posso ajudar? - perguntou a mesma.

- Ér... eu vim ver a paciente (S/n-sbn), ela está na ala emergencial. - digo.

- Só um minuto... - disse ela olhando para o computador. - Ela não está mais aqui neste andar, levaram-na para um quarto.

- Então ela já pode receber visitas? - perguntei animado.

- Sim, pode sim... - ela sorriu.

- Oh, que bom... poderia me dizer que andar e quarto ela está? - perguntei.

A mulher de meia idade me informou, peguei o elevador e segui. Era um andar mais "confortável", digamos... avistei o pai de (s/n) sentado sozinho, com um semblante aliviado e melhor que o do dia anterior. Ele ainda não tinha notado minha presença, me aproximei e ele virou gradativamente sua face em minha direção.

- Yoongi! - sorriu e levantou-se. - Tenho boas notícias! (S/n) está fora de perigo. Ontem de madrugada ela teve uma boa melhora... já podemos vê-la, Yoongi. Já podemos vê-la! - por impulso me abraçou, fiquei estático por um momento, mas logo retribui. - Oh! - disse ao me soltar. - Desculpe, acho que foi a emoção... - disse ele e, sorrindo de canto, digo que estava tudo bem.

Sentei-me ao seu lado e coloquei-me a pensar. A qualquer momento minha garota poderia acordar, e isso me deixava feliz, muito feliz. Suspirei e me recostei na cadeira, esperar me deixa cansado...

(***)

Senti algo segurar meu braço e, levemente abrindo meus olhos para me acostumar com a luz acordei. Era Fernando. Eu tinha pegado no sono e nem percebi. Murmurei um "Hm?" e, dando de ombros, voltei a fechar meus olhos. Senti mais uma vez meu braço ser segurado, desta vez abri os olhos de uma vez ao lembrar que estava no hospital. Mirei rapidamente o rosto de Fernando e olhei ao meu redor.

- Quanto tempo estou aqui? - perguntei um pouco confuso e ele riu.

- Ah! Umas 20 a 30...

- HORAS?! - praticamente gritei e ele riu novamente.

- Não, minutos... dormiu apenas 30 minutos. - disse ele e, assentindo, me levantei e caminhei até o bebedouro para pegar um pouco de água para beber.

Enquanto bebia a água me engasguei ao achar que tinha visto Natasha, mas seria quase que impossível ela estar ali sendo que estavam tendo aula no colégio e ninguém sabia que eu viria aqui. Baguncei meus cabelos, joguei o copinho no lixo e voltei para me sentar. Logo o medico veio e liberou Fernando para ficar um pouco com a filha enferma. Sentei-me e deixei que meus ombros relaxassem na cadeira.

Como Natasha e eu podemos ter feito algo na noite passada e eu não ter sentido nada?... Ah! Nada tipo.... ah! Não ter sentido nada enquanto fazíamos... aish! Tudo está estranho. Enquanto esperava fui até a cantina do hospital e comprei algo para comer já que nem ao menos tinha tomado café da manhã antes. Terminei meu "lanche" e voltei a minha cadeira esperar, minutos... mais minutos... e finalmente Fernando saiu de lá de dentro, com um sorriso no rosto, quase imperceptível.

- Yoongi! - ele me chamou. - Posso te pedir um favor?

- Pode sim. - respondo um pouco ansioso.

- Será que você poderia ficar com a (S/n)... - ele pensou. - Ficar tipo, no quarto pelo caso de ela acordar. Eu preciso sair resolver umas coisas do trabalho e levar Mariana ao curso... posso contar com você? - disse ele e logo sorriu.

- Pode... pode! Claro que sim! - me atrapalhei todo.

Que imbecil.

- Ah! Muito obrigado. - disse Fernando apertando meu ombro e saindo.

Dei de ombros e segui para o quarto de onde vi Fernando entrar anteriormente. Ao adentrar o local, pude avistar minha pequena dormindo profundamente. Sorri involuntariamente e me aproximando beijei sua testa. (S/n) estava melhor, com suas bochechas um pouco rosadas e seus lábios quase da cor normal.

Sentei-me no pequeno sofá que havia no quarto e fiquei observando-a. Durante minutos, talvez horas, não me lembro ao certo. Olhei no relógio pendurado na parede e já marcava 16h30min, eu estava com fome, não queria deixa-lá sozinha, mas minha fome era imensa. Levantei cautelosamente e sai do quarto hospitalar, indo direto à cantina.

[...]

Já eram 2h da manhã, e estavam eu, o pai de (s/n) e Mariana, que estava dormindo no sofá enquanto conversávamos coisas aleatórias fora do quarto.

- Eu preciso levar Mariana para casa... - disse Fernando coçando a nuca. - Teria problema se você ficasse aqui esta noite? - perguntou sem graça. - Não pense que quero abusar de você ou coisas do tipo, mas é que... - o interrompi.

- Claro que não tem problema! - exclamei. - Pode ir... - digo.

O que eu estava fazendo? Eu nem sou tão gentil ou legal com as pessoas assim...

- Eu não sei como te agradecer! - disse ele. - Bom, então vou pegar Mariana para levá-la.

Assim que o fez logo saiu. Entrei no quarto e me deitei no sofá, eu estava cansado... o sono veio chegando e meus olhos ficando pesados. Logo adormeci.

[Min Yoongi off~]

[Seu nome on~]

Eu estava em algum lugar totalmente escuro, talvez fosse um quarto ou algo do tipo. Sentia coisas ou pessoas passarem por trás e pela minha frente, mas não podia vê-los. E isso era agonizante. Tentei andar e algo me puxou para trás, fazendo assim, eu cair no chão. Reclamei ao impacto. Quando estava prestes a levantas algo puxou minhas pernas, eu gritava e gritava. Do nada um clarão se fez presente, fechei fortemente meus olhos e os abri rapidamente.

[...]

Era apenas um sonho?! Sim, foi um sonho! Na verdade, eu estava em um quarto, tinha um pequeno ponto de luz que vinha por fora de uma parte de vidro vinda da parede que deduzi ser uma janela. Assim que minhas retinas se acostumaram com a pouca luz e escuridão do local olhei em volta. Eu estava em um quarto que parecia ser de cor branca, sem armários, apenas com uma cama, a qual eu estava deitada e alguns aparelhos e pelo que percebi tinham fios ligados a todo o meu troco.

Suspirei e observei mais em volta, havia um sofá, eu acho. E nele havia... UMA PESSOA DEITADA! UM MENINO! Arregalei meus olhos, era um menino de aparência agradável, apesar de estar dormindo, seus cabelos caídos em meio ao seu rosto eram meio platinados, sua pele parecia ser tão branca quanto as paredes do quarto em que me encontrava, seus lábios estavam avermelhados e o contorno de sua boca era bem desenhada, igual sua face. Senti meu coração acelerar e fiquei observando o garoto á minha frente, ele era lindo. Mordi o lábio.

Era como se eu já tivesse visto ele em algum lugar... mas qual? Eu estava com um pouco de dor de cabeça. Comecei a me mexer na cama e o menino fungou, talvez ele estivesse acordando. Eu precisava saber o que que aquela pessoa estava fazendo aqui, onde eu estava e o que aconteceu...

- Ei! - falei alto, mas não obtive nem um tipo de resposta. - EI! VOCÊ! - desta vez quase gritei.

O garoto abriu os olhos lentamente e, me observando, ele se levantou rapidamente.

- (S/n)?! - ele disse um tanto espantado.

- Quem? - perguntei confusa.

Quem seria essa tal de (s/n)? Cara doido...

- Pare de brincadeiras... isso não é legal. - franzi o cenho, mas que brincadeira esse burro tava falando?

Ele riu soprado e veio até mim. Com um sorriso de canto, - que foi a coisa mais linda que já vi.- e uma aparência de alivio.

- Que bom que você acordou, meu amor. Fiquei tão preocupado. - encostou seus lábios aos meus, meu coração acelerou e eu senti tudo revirar em meu estômago. Por impulso, dei um tapa em seu rosto. - Ai! - reclamou, o que esse imbecil pensa que está fazendo? - Por que fez isso? - perguntou massageando o local atingido.

- Que ousadia é essa, garoto?! - vi ele se afastar com o cenho franzido. - Quem pensa que é?

- Que isso (s/n)?! - ele bufou visivelmente irritado e me olhou confuso, assim como eu estava. - Sou seu namorado!

- O QUE?!

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To be continued...