1. Spirit Fanfics >
  2. Suicide >
  3. Capítulo Único

História Suicide - Capítulo Único


Escrita por: Suuye

Notas do Autor


OLÁÁÁÁA!
Gente, essa ideia me surgiu do nada e tive vontade de escrever :3
Espero que gostem, é apenas meu segundo lemon, peguem leve comigo :c
Capa ficou uma coisa que só, não ficou do jeito que eu queria T^T
Enfim,beijos e boa leitura :3

Capítulo 1 - Capítulo Único


                                                Suicídio

"Essa é uma palavra um tanto quanto polemica. Muitas pessoas são contra e outras não ligam para isso, na verdade acham que cada um faz o que quiser da vida. Também é considerada uma ação muito egoísta de quem comete por não nos pensar outros que irão sentir sua falta e só pensar em si próprio, na verdade é um pouco contraditório; as pessoas que mesmo dizem isso de ser egoísta falam que a vida é sua e faz o que quiser com ela. Cada um tem seu motivo para se suicidar, alguns banais e outros significativos.

 Se você já teve alguém que tentou se matar, sabe o quanto é o desespero que você fica e tenta de todas as maneiras ajudá-lo. É sério, parece que sua energia vai sendo sugada. Até você para e pensa sobre isso, fica achando motivos significativos para a pessoa viver e acaba ajudando a si próprio á ver como a vida pode ser boa. Quando alguém me disse que perdeu dois amigos que já fizeram isso, eu fico tentando imaginar o quanto ela deve ter sofrido ao ver o amigo ir assim sem poder ter ajudado, deve ser como proibir sua música favorita no mundo.

Aqueles que criticam essas pessoas que fazem isso, chamando-os de covardes e sem coração na verdade é aquelas que não têm coragem o suficiente para fazer isso. De tirar seu próprio sofrimento, de se privar de ver os outros sofrendo com sua dor, de tomar uma decisão entre morrer ou viver sofrendo por algo. Talvez essas pessoas estejam certas, não sei ao certo o que dizer para quem esta certo ou errado, eu só sei que viver é desgastante demais só que não há motivo de tirar sua vida, ao invés disso mande seu sofrimento pro inferno e seja outra pessoa para poder viver. Finja que você esta em uma selva, onde fugir dos perigos e se agarrar em galhos te dá à esperança de viver. "

 

O vento estava calmo, apenas acariciando os rostos das pessoas. Nem frio, nem morno e sem ninguém notar a sua presença. Um prédio enorme se destacava na enorme cidade, o sol estava escondido dentre as nuvens espessas e cinzas, em um dos andares havia um homem alto em pé ao lado de sua mesa que olhava para a cidade com um olhar melancólico. O corte de cabelo realçava suas orelhas, a franja caia sobre sua testa deixando seus olhos puxados á mostra, mordeu seu lábio nervosamente e por fim virou-se para sua mesa. Uma caixa de papelão estava em frente á sua mesa, começou a por todas as suas coisas ali e por fim passou a fita por cima desta. Pegou-a pelos braços e saiu de sua sala sem olhar para trás, recebia olhares de pena sobre si e rolou os olhos seguindo o caminho até o elevador.

 Suspirou profundamente e logo colocou um sorriso em seu rosto, depositou a caixa no chão e fitou a porta de aço do prédio onde estava escrito que dava acesso ao telhado. Franziu a sobrancelha ao sentir uma enorme vontade de subir correndo até elas, deu de ombros e ouviu o som do elevador chegando. Colocou novamente a caixa sobre seu colo e entrou no elevador, seu olhar repousou novamente na porta e uma ansiedade tomou conta de si. Mordeu seus lábios e escutou a porta avisando que iria fechar, fechou seus olhos e resmungou baixo saindo do elevador antes de elas fecharem.

 Riu consigo mesmo ao achar que estava ficando maluco, relaxou os ombros tensos e por fim empurrou a porta, viu as enormes escadas e ficou murmurando para si o quanto aquilo não tinha sentido. Subiu os degraus com dificuldade, o suor escorria por sua testa o incomodando. Bufou irritado e finalmente havia chegado á outra porta, viu que a mesma estava com um tijolo e ergueu seu olhar para cima verificando que era fechada por pressão. Abriu-a e colocou a caixa ao lado da porta, depositou o tijolo no mesmo lugar. Bateu uma mão na outra tirando a poeira incomoda, e quando se virou para mirar a paisagem reprimiu um grito na garganta.

 Uma pessoa estava sentada no parapeito do prédio, seus olhos arregalaram e tentou acalmar o coração que batia descompassado pelo susto tomado anteriormente. Seguiu com passos lentos até a pessoa, e ficou em silêncio ao chegar ao lado do homem que estava ali sentado. Fitou o cabelo castanho que caia em uma franja um pouco sobre os olhos, os olhos bem delineados fitavam o horizonte, os lábios eram pequenos e um pouco cheinhos.

― Você sempre fica encarando as pessoas desconhecidas? – A voz lhe despertou e quando percebeu o que fazia sentiu corar e virou o rosto para a paisagem.

Pigarreou e afrouxou sua gravata.

― O que faz aqui? – O homem menor que si riu e virou-se finalmente observando o maior.

― É rude responder uma pergunta com outra pergunta. – Disse com um sorriso divertido ainda fitando o outro.

― Sou Chanyeol e você? – Chanyeol virou-se e pela primeira vez tiveram contato visual.

― Baekhyun.

Os dois ficaram em um silêncio, apenas as buzinas soavam ao longe, o sol vez ou outra dava sinal fazendo Chanyeol sorrir sem mostrar os dentes.

― Por quanto tempo vai ficar aí?  - Baek perguntou dando um suspiro cansado.

― Oi?

O menor bufou irritado e rolou os olhos.

― Estou tentando me matar. Vai querer assistir? – Baek sorriu e Chanyeol ficou sério.

― Você está brincando ou falando sério?

Baekhyun tirou o sorriso do rosto e agora o maior pode ver o olhar vazio que o outro tinha em seu rosto. Parecia um precipício sem fundo.

― É meio obvio que estou falando sério. Veio aqui por que quer se juntar a mim?

Chanyeol rolou os olhos e ignorou a pergunta.

― Espero que tenha um bom motivo para fazer isso. – Chanyeol ficou encarando o menor que evitou o contato por olhar.

― Isso não te interessa. Porque eu iria contar para um estranho?

O menor inclinou seu corpo para poder observar a calçada onde várias pessoas passavam, sorriu sombrio e sentiu a adrenalina tomar conta de seu corpo. Já Chanyeol sentiu um calafrio tomar conta de seu corpo, ia se jogar para segurar o outro, mas o mesmo voltou a sentar corretamente e agora lhe fitava com um olhar de divertimento.

― Que heróico de sua parte, tentando me salvar.

― Quem em santa consciência deixa alguém se matar?

― Eu deixaria, a vida é dela e pode fazer o que quiser. Principalmente se for alguém que eu nunca vi nada vida. – Sentiu o pequeno lhe fuzilar e dar um sorriso de lado.

― Pois eu não deixaria. Se suicidar é algo sem sentido para mim, acho egoísta e covarde. – sua voz saiu mais rouca fazendo Baek se arrepiar. ― Na verdade, é a coisa que eu mais odeio.

Baekhyun suspirou profundamente e deu de ombros, começou a se balançar levemente no parapeito do prédio, a cada ida para frente fazia Chanyeol suar frio e se aproximar cada vez mais do menor. Até que quando Baekhyun vacilou, ele ia começar a gritar, mas Chanyeol fora mais rápido o segurando pela cintura com o coração acelerado, e virou o outro para frente e ficou fitando os olhos lacrimejados de Baek.

― Se você realmente quisesse se matar Baekhyun, não teria colocado o tijolo na porta e deixaria trancada para poder se jogar sem ser interrompido. E você não estaria prestes a chorar nesse momento. – Chanyeol disse sério e o outro ainda tentava normalizar sua respiração descompassada. Suas mãos apertavam fortemente o braço do maior.

Chanyeol não largava da cintura do menor, fitava os olhos do outro que mostravam ainda o choque sofrido. Apenas o soltou quando sentiu a respiração irregular voltar a normalizar. Baek respirou e por fim virou-se novamente para a paisagem e agora segurava firmemente na borda do prédio.

― Não fale como soubesse de tudo. – Baek sussurrou e deixou as lágrimas silenciosas correrem pelo seu rosto. Chanyeol suspirou alto e cruzou os braços apenas fitando as costas do menor. Desceu seu olhar e encontrou o celular do mesmo que piscava freneticamente, em um movimento rápido pegou o celular e viu o nome “Kyungsoo” na tela, atendeu e ouviu muitas vozes falando ao mesmo tempo do outro lado da linha. Até uma mais grave mandar todos e calarem.

Baekkie? – Uma voz doce falou baixo, o tom de preocupação fez Chanyeol olhar feio para o menor que ainda estava estático.

― Não é ele, é Chanyeol. Trabalho no prédio onde ele quer se jogar. – Disse calmo e escutou o outro começar a falar alto com outros e ouviu algo ser quebrado fazendo aquele que conversava consigo gritar com quem quer que tenha feito algo.

Baekhyun apenas escutava a conversa ainda chorando, engolia os soluços e respirava longas lufadas de ar.

― Meu Deus, eu imploro que não deixe fazer isso. Por tudo que é mais sagrado, não deixe ele se matar. – A voz do dito cujo chamado Kyungsoo fez o coração de Chanyeol apertar. Ele sabia que o menor devia estar chorando, pois ouvia sussurros do outro lado lhe acalmando.

― Não vou deixar. Mas poderia me dizer o motivo? – O maior perguntou e enfim escutou um soluço escapar da garganta de Baekhyun.

Foi quando tudo ao redor parou e ele não escutou mais a voz de Kyungsoo, apenas via o menor largar do parapeito fechando seus olhos e inclinando-se para frente. Chanyeol correu e um alivio lhe percorreu quando conseguiu segurar o corpo do menor contra si, conseguindo escutar os batimentos acelerados do mesmo, puxou-o do parapeito e o prensou contra a parede. A cabeça de Baek descasava no peito do maior, onde as lágrimas caiam mais fortes. Os gritos no telefone aumentaram ao grito que Chanyeol deu para ir socorrê-lo. O menor começou a bater no peito do outro, deixando os soluços escapar e finalmente chorar sem se segurar.

― Por que você não me deixa em paz? Todos vocês, me deixem fazer o que eu quero. Não agüento mais essa dor em meu peito, por Deus. – A voz fraca de Baekhyun vacilava, logo depois de terminar de falar começou a gritar e Chanyeol apenas ouviu tudo em silêncio com a cabeça contra a parede.

Baek logo se acalmou e segurou o terno de Chanyeol com força, mordia seus lábios e encostou a cabeça no tronco do maior. Este pegou o celular esquecido que estava em silêncio do outro lado da linha.

― Você poderia me dizer seu endereço, e irei levá-lo para aí.

― Tudo bem. – Logo Kyungsoo disse o local.

Chanyeol abraçou o menor de lado, este escondeu o rosto inchado contra seu terno, olhou para a caixa e chutou a mesma, fechou a porta deixando o tijolo ali deitado. Ele seguiu o caminho com Baek escondendo seu rosto, então seguiu sem problemas para a garagem. Ainda sentia os olhares sobre si, ainda mais agora abraçado com outro homem, apenas ignorou e seguiu seu caminho. Abriu a porta do passageiro pondo Baek que resmungou e escondeu seu rosto com suas mãos, Chanyeol deu a volta pela frente do carro e sentou no banco já ligando e saindo em disparada do estacionamento. O caminho seguiu em silêncio, Chanyeol logo chegou ao local indicado e estacionou o carro em frente da enorme casa.

 Abriu a porta e viu que o menor não mexeu um músculo sequer, o maior bufou e se escorou na porta aberta.

― Quer sair do carro sendo puxado e todo nos olhando pelo escândalo, ou quer sair como uma pessoa normal? – Chanyeol ergueu uma sobrancelha e apenas recebeu um muxoxo com resposta.

Depois de alguns minutos Baek tirou as mãos do rosto e levantou do banco, fazendo Chanyeol afastar-se sorrindo satisfeito. O menor fitou a casa e mordeu os lábios fortemente, suspirou fundo e foi andando atrás de Chanyeol. Ele foi à frente e bateu na porta que logo fora atendida, viu um rapaz menor que si com os enormes olhos inchados, os lábios com pequenos cortes que estavam agora com curativos. Ele sorriu fraco para Chanyeol que saiu de seu campo de visão para poder ver Baek encolhido encarando o chão. Kyungsoo praticamente voou contra o corpo do amigo. Lágrimas começaram a correr pelos olhos do menor.

― Baekkie, graças a Deus.

Baek por fim retribuiu o abraço e deixou novamente as lágrimas descerem pelo seu rosto. Chanyeol sorriu satisfeito e virou-se ao ouvir a mesma voz grave que ouvirá no telefone.

― Obrigada. – Um rapaz louro quase se sua altura estava ao seu lado, o rosto estava com uma expressão de alívio.

Chanyeol apenas assentiu e logo viu mais três rostos. Um na mesma altura que o loiro, mas esse era moreno e nos lábios grossos um sorriso de alívio, o outro tinha traços delicados e o cabelo cor de algodão doce dava contraste na sua pele alva. O menor dentre eles era moreno, o cabelo curto arrepiado, uma aura de mãe protetora estava ao seu redor.

― Vamos, entre Chanyeol. – Kyungsoo agora abraçava o menor pelas costas, sua cabeça estava no ombro do mesmo com um sorriso aliviado. Já Baek evitava todos os olhares sobre si, com uma cara ainda desanimada.

― Não quero incomodar.

― Até parece. Você salvou esse baixinho, devemos isso. – O rapaz com expressões delicadas disse com um sorriso bondoso. O maior apenas assentiu e entrou por último na casa.

Sentou nos sofás dispersos na casa de Kyungsoo, o mais baixo abraçava-o ainda contra o seu corpo impedindo do mesmo sair dali.  Baek cruzou os braços com um bico adorável em seu rosto.

― Bem, vou dizer o motivo dessa confusão. – Sehun disse – depois de sentarem, todos se apresentaram – e Chanyeol assentiu ansioso.

― Mal conhecem e já sai falando da vida dos amigos. – Baekhyun resmungou e recebeu um tapa de Kai mandando-o ficar calado.

―Bem, Baek passou o final de semana fora conosco. A família ficou em casa para fazer algum programa qualquer, na verdade eles nem ligavam para Baek logo depois que assumiu sua homossexualidade. – Kyung disse e esperou uma reação exagerada do maior que apenas ainda lhe fitava intensamente. ― Enfim, ficamos quatro dias em um acampamento, não tínhamos contato e nada do tipo. Quando voltamos fomos deixar Baekkie em casa, mas quando chegamos vimos a porta arrombada. Baek logo correu que nem louco e ouvimos um grito estridente, corremos e quando vimos aquilo entramos em choque. Os pais dele estavam mortos na sala depois de negarem de dar o número de suas contas, a família Byun era muito importante no mundo da moda e isso gerava vários inimigos. Quando vimos Baek estava com o irmãozinho menor no colo que estava com um enorme furo no abdômen, ele sorriu triste ao ver as lágrimas do irmão mais velho. Ele estendeu a mão pequena molhada de sangue e acariciou o rosto de Baek, então ele disse as últimas palavras...

Kyungsoo parou de contar ao Baek tampar sua boca com os olhos já lacrimejados, Chanyeol sentia seus olhos molhados pelas lágrimas que queriam descer. Todos ali presentes fitaram qualquer ponto menos o amigo que fechava os olhos e por fim com um sussurro baixo disse.

― Papai e mamãe disseram que amam você. E eu também amo você. – Logo ao terminar de falar Chanyeol deixou as lágrimas desceram e tampou a boca chocado.

― Assim faleceu, e depois disso Baek se trancou no quarto por semanas. Cada vez comendo menos, apenas Suho conseguia empurrar algo no estomago dele. Então quando eu fui ver ele hoje no meu quarto de hospedes, ele sumiu apenas deixando uma carta de despedidas e deixando a empresa em meu nome. – Kyungsoo apertou mais o amigo contra seus braços e Baek agora chorava ainda mais, ele virou e escondeu seu rosto no pescoço do amigo.

Chanyeol limpou as lágrimas e pigarreou. Ele encostou sua cabeça no sofá e fechou os olhos, sentiu seu coração apertar cada vez mais, se sentia um idiota por achar que ele tinha um motivo banal por querer se matar. Seu raciocínio não parava de trabalhar, por fim deixou um suspiro escapar dentre seus lábios.

― Por que não construir uma nova família? – Chanyeol perguntou e sentiu todos lhe encararem. Ergueu seu rosto e um sorriso lindo estava em seu rosto, Baek virou-se e sentiu seu corpo se arrepiar ao vê-lo com aquele sorriso.

― Você é maluco?

― Bem, eu salvei um estranho hoje. Então pode se dizer que sim. – Ele sorriu ainda mais e viu os outros darem risadinhas baixas.

― Então me diga pra que eu faria isso? Logo eles vêm atrás de mim e me matam também. Não consigo viver com isso, carregar esse sobrenome onde contem as mortes da minha família. – Baek disse e ele sentiu Kyung ficar tenso atrás si.

― Não vejo motivos para tirar sua vida por conta disso. Está vendo todos essas pessoas aqui? Você ouviu o desespero deles? Sabia que foi confirmado que os amigos são da família também? E, além disso, como seu irmão disse, eles te amavam mesmo você sendo do jeito que é, e não importando sua opção sexual. – Chanyeol falou e sentiu um abraço de Suho lhe agradecendo muitas vezes.

Baek sentiu as lágrimas caírem do seu rosto, ele murmurou que ia se deitar e Kyungsoo acompanharam-o para evitar que ele faria alguma besteira. Jongin relaxou no sofá e por fim ficou encarando o maior.

― Você pode ficar aqui se quiser, temos espaço. – O moreno sorriu e o maior assentiu.

― Mas você não tem casa? E trabalho? – Sehun perguntou direto e resmungou ao sentir a cotovelada de Luhan em suas costelas.

― Ah, minha família está no interior e eu sou o filho rebelde que saiu de casa cedo demais. E o trabalho fui demitido hoje. – Chanyeol deu de ombros.

― Então, você não tem lugar pra dormir? – Suho perguntou com olhar de pena.

― Ah não, esse olhar não. Parece que sou um cachorro abandonado. – Chanyeol fez bico e Luhan riu apertando suas bochechas.

― Parece mais uma girafa abandonada. – Sehun semicerrou os olhos lhe fitando e novamente apanhou de Luhan. ― Outch, isso dói Luhan-ssi.

O mais velho riu e deu um selinho rápido no namorado que sorriu.

― Então você vai morar com a gente. – Kyung apareceu na escada assustando todos.

― Mas eu não posso, vai que eu sou um maluco? – Chanyeol disse e ouviu as risadas não se contendo e rindo junto.

― Você salvou o Bacon, é o mínimo que podemos fazer. – O moreno mais baixo sorriu e o maior apenas assentiu.

― Ele ta dormindo?

― Sim, vou preparar algo para ele comer. Jongin, por favor, vá lá em cima e fique vigiando ele.

Chanyeol pulou do sofá e todos arregalaram os olhos.

― Pode deixar que eu vou.

Ele subiu as escadas e logo deu de cara com um quarto meio aberto, abriu a porta e viu que a cama estava vazia. Seu coração apertou e saiu correndo para o banheiro, sua respiração trancou ao ver Baek com cortes pelos pulsos e a lamina ao chão. Chanyeol desesperado abriu a torneira e colocou os braços do menor na água, Baek despertou e tentava puxar os braços de volta pela dor dilacerante que estava sentindo, Chanyeol apertou mais os braços o pondo debaixo da água.

Desligou a torneira ao ver os cortes pararem de sangrar, pegou a toalha e agachou no chão agora secando delicadamente os braços de Baek que apenas assistia tudo em silêncio.

― Porque você sempre me salva? – A voz rouca fez Chanyeol se arrepiar.

― Quando vejo você sinto uma enorme vontade de te proteger de tudo.

Chanyeol ergueu seu olhar e pode ver Baek corar, riu soprado e terminou de limpar a bagunça que este tinha feito.  Observou o outro deitar e ficar lhe fitando com curiosidade, agora com calma Chanyeol pode observar o quanto aquele baixinho era bonito. Sentou no puff ao lado da cama que ali havia e ficou fitando o menor de volta. Kyungsoo bateu na porta e entrou com uma enorme bandeja e já estava com curativos para os cortes.

― Como sabia? – Chanyeol perguntou e o mais velho apenas sorriu.

― Conheço bem essa criatura. – Kyung disse enfaixando o braço e apertando de vez em quando de propósito fazendo Baek reclamar de dor.

Baek apenas encarava a comida, o maior bufou e pegou uma colher do iogurte dirigindo para a boca do menor, mas este mantinha os lábios cerrados. Chanyeol semicerrou os olhos e Baek fez o mesmo, o maior abaixou o rosto e mordeu o ombro do outro que abriu a boca em um grito mudo e Chanyeol enfiou a colher de iogurte na boca do mesmo. Um sorriso vitorioso estava em seu rosto, Baek corou e desviou o olhar. Kyungsoo sorriu pretensioso e atraiu a atenção de Baekhyun para si.

― Chanyeol vai morar aqui com a gente.

Baek começou a tossir o iogurte que comia, Chanyeol resmungou ao limpar os respingos que tinham em seu rosto.

O que?

 

Já fazia três meses que Chanyeol morava ali, ainda procurava um emprego. Os amigos ficavam revezando quem cuidaria do menor a cada dia, mas era Chanyeol quem ficava na maior parte dos dias. Kyungsoo finalmente podia sair em paz com seu namorado Jongin, ele estava mais feliz do que nunca. Chanyeol conseguiu convencer Baekhyun ir á um psicólogo, e agora tomava um calmante e estava bem melhor. Durante o primeiro mês fora um inferno, Baek tentará de todas as maneiras se suicidar, começou a melhorar depois de ir ao doutor.

Chanyeol sabia que estava perdidamente apaixonado por Baekhyun. A cada sorriso que o menino mostrava para si fazia seu coração acelerar, todas as vezes que o visto tentar se matar ele chorava no chuveiro e batia contra a parede molhada. Todos seus amigos ficavam preocupados com o maior que cada vez mais cuidava do outro e esquecia-se de si, até que quando tudo acalmou e agora estavam convivendo naturalmente.

 Baek chegou a casa e logo o sorriso do maior fez sorrir também, quando o mesmo veio lhe abraçar ele desviou do abraço e Chanyeol franziu o cenho.  Foi tentar abraçá-lo de novo e este se esquivou dando um sorriso amarelo. Logo Baekhyun começou a correr escada acima e se trancar no quarto.

― Mas o que foi isso? – Sussurrou para si mesmo e deitou no sofá dando um suspiro alto.

O dia passou com Baek lhe ignorando, Chanyeol cada vez ficando cada vez mais indignado. Perguntou para Kyung se havia feito algo e ele lhe negou, bufou impaciente e resolveu ignorar. Uma semana passou e ele continuava a evitar contato com Chanyeol, mas continuava normal e até mais grudado em Kyungsoo.

 Baekhyun havia chegado de mais um dia do psicólogo cantolarando algo até ser surpreendido por Chanyeol que lhe encarava. Sentiu todo o seu corpo se arrepiar e tentou correr, mas o maior fora mais rápido e pegou-o pela cintura o prensando na parede ao lado da porta. O mais novo aproximou mais seu rosto do outro que agora respirava rapidamente.

― Baekkie, por que você esta me evitando ein? – Chanyeol sussurrou contra o ouvido do menor que se arrepiou e mordeu seu lábio fortemente.

― Eu? Evitando-te? Ta maluco dumbo? – Baek disse olhando para os lados para não ver o olhar sobre si.

Chanyeol resmungou irritado e desceu sua mão até a cintura de Baek, pressionou o corpo do menor contra o seu. Baek havia esquecido como se respirava.

― Sim, você evita qualquer tipo de contato comigo. O que eu te fiz? – Sua voz rouca fez cócegas contra seu pescoço, Baekhyun finalmente soltou a respiração presa e fitou Chanyeol.

― O que você fez? Está me fazendo ficar louco. – Baek disse baixo e ofegou ao sentir o mais novo apertar sua cintura ainda mais contra o corpo dele.

― Louco? Louco estou eu Baekhyun. – Chanyeol disse beijando o pescoço do menor e começou a lamber a veia exposta subindo até o lóbulo de Baekhyun mordendo-o de leve. ― Não poder te tocar me fez ficar fora de mim.

― E por quê? – Baek sentia seu coração esmagar suas costelas de tão forte que batia. Apertou seus braços agora em torno do corpo do maior.

― Por que eu quero você Byun Baekhyun, ficar longe de você é tortura. – O maior disse e encarou os olhos lacrimejados do mais velho. ― Ei, que foi?

Chanyeol beijou a testa do mesmo e afastou-se, corou imediatamente depois da ficha cair do fizera e o que falou. Baek fungou e encarou as bochechas coradas do maior, abriu um sorriso.

Channie, eu gosto de você. Por isso eu me afastei, eu não ia conseguir me controlar. Minseok já estava de saco cheio de me ouvir falando só de você. – Baek disse com um bico e Chanyeol ainda digeria tudo o que ouvirá.

― Baekkie, não brinca com isso. – Chanyeol semicerrou os olhos. O menor rolou os olhos e aproximou do mesmo, passou os braços sobre o pescoço puxando-o e ficou nas pontas do pé para poder alcançar os lábios do maior. Em um apenas selar ondas elétricas passavam pelo corpo de ambos, um calor absurdo apossou os corpos dos dois. Baek quebrou o selo e sorriu para Chanyeol.

― Isso te responde?

― Com certeza.

Chanyeol puxou Baekhyun contra si, tomou os lábios novamente e logo já pedia passagem que fora concedida. Apertou à cintura do mesmo aprofundando mais ainda o beijo, Baek arranhava a nuca do maior que soltava suspiros entre o beijo. O mais velho desceu com uma das mãos até a camisa do outro, colocou a mão por dentro dela e começou a acariciar o abdômen de Chanyeol que mordeu o lábio de Baek.

 O maior pegou as pernas de Baekhyun enroscando em sua cintura, enquanto subia com o mesmo pela escada até o quarto. Baek rebolava contra o membro já desperto de Chanyeol, iniciaram mais um beijo em que era mais quente ainda que o último. Chanyeol chutou a porta e fechou a mesma com o pé, andou até a cama onde jogou o menor na mesma e ficou por cima do corpo pequeno.

Chanyeol tirou a blusa do outro sem alguma cerimônia, e o outro tirou a sua onde já beijava o tronco desnudo do maior. Baekhyun inverteu as posições ficando por cima, beijou o pescoço e desceu com mordidas aleatórias na pele imaculada do maior. Desceu a mão para o membro e começou a apertar por cima da calça que Chanyeol usava, gemidos sôfregos eram ouvidos pelo mais baixo que sorriu sapeca e tratou logo de tirar a calça e a boxer preta. Começou a masturbá-lo com movimentos lentos e provocativos.

― Ah, mais rápido Baek. – Mordeu seus lábios ao outro apertar seu membro.

O menor abocanhou o membro de Chanyeol fazendo o mesmo urrar de prazer e segurar seus cabelos, e começou a simular que estava estocando na boca do outro que fazia uma sucção forte. Baek aumentou os movimentos e sentiu o gosto do pré-gozo chegar parando de chupar. Chanyeol resmungou insatisfeito, mas sorriu ao ver Baek lamber dois de seus dedos.

Ah, ele jurava que podia gozar apenas por ver Baekhyun lambendo seus dedos tão sensualmente. Chanyeol tirou os dedos indicando que já estavam bons, virou Baek de quatro e ao beijar o ombro do mesmo penetrou o primeiro dedo. O menor apertou seus olhos e estancou o grito de dor que queria sair de sua garganta, desceu sua mão até seu membro começando a se masturbar. Chanyeol inseriu o segundo dedo e começou a movimentá-los.

Channie, mais rápido. – Baek disse manhoso e sentiu os dedos abandonarem sua entrada e reclamou ao sentir sua mão tirada de seu membro.

― Nada de gozar agora. – Chanyeol disse rouco e viu os pelos de Baekhyun eriçarem. Sorriu satisfeito ao ver o que causava no menor.

O mais novo posicionou-se na entrada e colocou primeiro a glande fazendo Baek prender a respiração, logo depois colocou todo seu membro e soltou um gemido alto. O interior de Baekhyun era apertado fazendo pulsações na extensão de seu órgão. Ele esperou longos minutos até o menor rebolar contra o seu membro, começou a estocá-lo devagar e deliciava-se ao ouvir Baek gemer seu nome.

― Ah, vai Channie. Mais fundo, vai mais forte.

Chanyeol apertou mais a cintura do outro para ter equilíbrio, começou a fazer movimentos mais fortes e fundos fazendo Baek perder o resto de sanidade que lhe restava, gemidos sem sentidos escapavam de seus lábios entre abertos, suas costas se arqueavam de leve. Chanyeol se inclinou e começou a morder as costas do menor para conter seus gemidos. Baek apertou o lençol fortemente para se agüentar e Chanyeol parou de se movimentar, deitou na cama e o outro entendendo logo se posicionou e ajeitou o membro de Chanyeol em sua entrada e enfim começou a movimentar-se sobre o colo do outro, este apertava sua bunda e agora deixava seus gemidos escaparem.

Ah Baekkie, tão gostoso.

Baek começou a calvagar mais rápido, gemia ao sentir seu membro ser pressionado entre os dois abdomens. Ao achar seu ponto sensível e se desequilibrar com a onde de prazer que lhe invadiu, o maior segurou sua cintura e ficou lhe fitando atentamente. Baek espalmou as mãos no peito suado de Chanyeol e começou a acertar apenas aquele ponto, atingiu seu orgasmo e fincou suas unhas no peito do mais novo tentando controlar o impulso de se jogar no corpo do outro. Chanyeol firmou suas mãos na cintura do mesmo e continuou estocá-lo, as paredes internas de Baek cada vez querendo lhe expulsar causando ainda mais prazer. Gemeu alto ao sentir o orgasmo chegar e ficou parado recuperando sua respiração. Baek finalmente despencou ao lado do maior, se aconchegou contra o corpo suado do maior.

― Baek, lembra do que eu disse quando soube da sua história?

― Lembro.

― Então, você quer construir uma família comigo e ter meu sobrenome?


Notas Finais


Estragaram minha felicidade de fazer um final triste, sério :c


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...