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História Suicide Place - Mártires do amor


Escrita por: HeJuice

Capítulo 3 - Mártires do amor


Acordei com o despertador  berrando na minha cabeça. Abri os olhos lentamente e analisei tudo ao meu redor. O quarto estava parcialmente escuro, a única luz que havia era dos abajur, que ficavam ao lado da cama. Impulsionei meu corpo para frente e senti um peso sobre minha barriga, era Justin que estava deitado sobre ela. O empurrei para o lado e levantei.

Caminhei até o banheiro e acendi a luz. Ainda sonolenta caminhei até o box e me despi, logo depois entrei no mesmo. Liguei o chuveiro e deixei a água quente cair sobre meu corpo me deixando mais relaxada. Logo depois mudei para uma água fria para despertar. Sai do box, enrolei-me em uma toalha e fui para a pia fazer minha higiene. Quando terminei rumei para o quarto.

Tentei faze o mínimo de barulho possível para que Justin não acordasse. Entrei no closet e comecei a procurar uma roupa para ir. Peguei uma calça jeans clara, uma blusa branca larga e um pouco longa e uma lingerie de renda na cor preta. Vesti a lingerie e logo depois a calça. Dobrei a barra da calça, que era justa ao corpo. Vesti a blusa e coloquei a parte da frente para dentro da calça.

Procurei por um sapato e peguei uma sapatilha rosa  claro com tachinhas douradas e calcei. procurei uma jaqueta qualquer, peguei uma  de jeans mole em um tom um pouco mais escuro que a calça. No grande espelho eu analisei minha imagem. Estava ok. Sai do closet e voltei para o banheiro, fiz uma maquiagem leve e ajeitei os cabelos. Os mesmo ficaram com cachos nas pontas.

            Quando eu ia voltar para o quarto dou de cara com Justin encostado na porta do banheiro.

            — Assim eu não deixo você ir. — Ele falou sorrindo de lado.

            —Ha ha ha. — debochei.  —pensei que não fosse acordar para despedir de mim. — me aproximei dele e passei meus braços pelo em torno do seu pescoço.

          —De jeito nenhum. — beijou-me. — Sem uma despedida eu não te deixo ir. — inverteu a posição encostando-me na porta.

           — Acho que não temos mais tempo para um round. — sussurrei.

          — Tem certeza? — Mordeu meu lábio inferior.

          — Tenho. — o afastei.

        Fui até  a cômoda onde ficavam as jóias e peguei minha mala.

        — Me espera. —Justin falou. Assenti. — Te levo ate  lá.

       — Ok! ― assenti. ―Vou despedir das crianças.

            Sai do quarto e caminhei até o quarto dos pequenos. Ambos ainda dividiam o mesmo quarto, por opção deles. Abri a porta lentamente e adentrei. Caminhei cuidadosamente até a cama de Jasmine e depositei um beijo em sua testa. Ela remexeu e abriu os olhos.

            ―Mamãe, você já vai? ―perguntou com voz sonolenta.

            ―Sim. ―falei baixinho. ―Mas eu volto para o beijinho de boa noite, ou para o café da manhã. - dei uma piscadela.

            ―Promete? ― assenti. ― Jura juradinho?

―Juro juradinho. ― entrelaçamos o mindinho.

            Ela fechou os olhos e riu. Dei um beijo estalado em uma das bochechas dela e caminhei até o outro lado do quarto. Abaixei e dei um beijo estalado na bochecha de Jacke, o que o  fez acordar.

            ―Já vai? ―perguntou coçando os olhinhos.

            ―Sim. ― sorri. -Mas comporte-se, heim. Não quero você fazendo brincadeiras de mal gosto com sua irmã. ―apertei a ponta do seu nariz.

            Ele riu.

            ―Vou tentar. ―falou rindo.

            Lancei um olhar reprovador e logo depois ri. Depositei mais um beijo estalado em sua bochecha e ele me abraçou.

                                   ***

            ―Vamos? ―Justin perguntou quando cheguei a sala.

            ―Vamos. ―confirmei pegando a mala de suas mãos.

            ―Deixa que eu levo. ―segurou a mala em outra mão e com a livre me deu a mão entrelaçando nossos dedos.

            Fomo até a garagem e entramos em uma Ranger Rover branca. Justin abriu a porta para que eu entrasse, assim fiz, ele abriu a porta de trás, onde colocou minha mala, e logo depois assumiu o volante.

            O caminho até a pista de decolagem foi rápido, como ainda era muito cedo não havia trânsito. Quando chegamos Candice e Chaz já estavam lá a nossa espera. Justin estacionou um pouco distante no jatinho e saímos do carro.

            ―Que milagre é esse você não se atrasarem? ―Justin falou quando chegamos perto de Chaz e Candice.

            ―Falou o que nunca se atrasa. ― Candice riu forçado.

            ―Cara, eu tô com um sono do caramba. ―Chaz falou enquanto bocejava.

            ―Mano, nem me fale. ―Justin passou a mão pelos cabelos.

            ―Será que a Vick vai demorar? ― perguntei.

            ―Eu acho que não. ― Chaz apontou para um carro se aproximando.

            O carro estacionou perto de onde o do Justin estava estacionado e de dentro dele saíram Ryan e Vick. Enquanto caminhavam até nós ambos conversavam.

            ―Bom dia. ―Vick nos cumprimentou.

            ―Para mim ainda é noite. ―Chaz falou bocejando.

            Rimos.

            ―Por que demorou? ― Perguntei.

            ―Foi difícil deixar o Mike. Ele não parava de chorar. ―Falou.

            ―Mas não somos os únicos atrasados. ―Ryan falou. ― Onde está a Donna.

Ouvimos o ronco do motor de um carro que vinha em alta velocidade ao nosso encontro. Só não sacamos as armas  pois reconhecemos o carro, era da Donna. A mesma freou bem próximo de nós e saiu do carro batendo o pé com uma mala na mão.

―Hm, vejo que tem alguém que acordou de mal humor. ―Candice comentou.

―Onde está o Chris? Pensei que ele viesse te trazer. ―falei.

―Não sei onde esse filho da puta está. E não me importo. Nem durmi em casa ele dormiu. ― deu de ombros.

―Vish. ―Vick falou.

―Vamos logo? - Donna falou apontando para o jatinho. ―Quero chegar lá o mais rápido possível.

―Nossa, que animação. ― Falei.

Nos despedimos dos garotos e rumamos para o interior do Jatinho. Não demorou muito e levantamos voo.

                        ***

Chegamos a Macon e fomos direto para o hotel no qual tínhamos feito reserva. Graças aos céus conseguimos vaga em um dos melhores hotéis da cidade. Pattie também ficaria hospedada justo com a gente.

Quando demos entrada no hotel era por volta de onze da manhã, pegamos as chaves de nossos respectivos quartos e rumamos para o elevador. Subimos todas para um dos últimos andares, pedimos para que reservasse as melhores suítes e uma perto da outra. Assim fizeram.

― N a recepção avisaram que o almoço já está sendo servido. Vamos tomar uma ducha e nos encontramos no saguão, assim almoçaremos juntas. ― Falei.

―Ok. ― confirmaram.

―Estarei lá em baixo dentro de meia hora. ― falei.

Todas assentiram e entraram em suas respectivas suítes.

                        ***

Após meia hora desci para o saguão, como já havia combinado. Porém somente Vick e Candy estavam lá.

―Onde está a Donna? ― perguntei quando cheguei perto das duas.

―Não sei. ― Candy deu de ombros. ― Acho que ainda não desceu.

―Olha ela ali. ― Vick apontou para o elevador.

Ela veio caminhando até nós.

―Não vou almoçar com vocês. ― Falou assim que chegou perto da gente.

―UÉ? Por que não? ― Perguntei assustada.

―Vou dar umas voltas por aí. ― sorriu de lado e ajeitou os cabelos.

―HMM! ― falamos em uníssono.

―Tchau, meninas. ― sorriu e deu as costas.

―Não esqueça que temos um lançamento de um livro para irmos. ― falei.

Ela acenou e continuou andando.

 

Pov. Gabriel

Sai do banheiro com uma toalha enrolada na cintura e outra tirando o excesso de água dos cabelos. Caminhei até meu quarto. Preferi ficar na minha antiga casa, não sei o porquê, mas me sinto a vontade aqui, vivi muitos momentos felizes entre essas paredes.

Fui até a cama, onde estava minha mala, e peguei uma muda de roupa. Vesti a boxer e logo depois uma calça jeans apertada.

Se eu pudesse escolher uma palavra para me definir eu escolheria nervoso. Hoje é o dia da realização de um dos meus grandes sonhos, hoje é o dia de lançamento do meu livro. Não sei o porquê, mas preferi fazer aqui, o pessoal de onde eu trabalho achou ruim a principio. Por que não fazer em New York? Não sei.

Peguei uma blusa branca fina dentro da mala e vesti. Quando ia calçar meu sapato a campainha tocou. Larguei o que eu estava fazendo e fui atender a porta. Com certeza era ela. Ela me prometeu que viria no lançamento, mas primeiro passaria na minha casa para me ver  e ficarmos um pouco juntos.

Quando abri a porta minhas expectativas caíram no chão. Minha boca se entreabriu e minha mente deu uma reviravolta. Os cabelos avermelhados sempre foi sua identidade, a pele branca e rosto sereno. Era ela.

―Izabel? ― perguntei em um fio de voz.

―Gabriel. ― respondeu olhando em meus olhos. ― Posso entrar?

Naquele momento eu não conseguia pensar nem falar nada, mas meu corpo respondia de uma forma involuntária. Dei passagem e ele entrou. Fechei a porta e a segui.

―Posso sentar? ― apontou para o sofá.

Assenti. Assim ela fez. Quando sentou correu os olhos por toda a sala e sorriu.

―Parece que tudo congelou no tempo. ― Falou ainda sorrindo. ―Está tudo como da ultima vez.

―Não vim aqui depois daquele incidente de anos atrás. ― respondi. ―Essa é a primeira vez que volto aqui depois daquilo.

Ela assentiu.

―Não sei se você sabe, mas hoje é o lançamento...

―Do seu livro. Eu sei. ― olhou em meus olhos.

―Que bom. ― sorri forçado.

―Vim aqui para saber como você está. ― perguntou meigamente.

―Estou bem. ― deu de ombros. ― pergunto o mesmo a você.

―Bom... ― olhou para suas próprias mãos.

Vi que ela ainda usava a aliança de casada.

―Não estou nada bem. ― voltou o contato visual comigo.

Percebi em seu olhar tristeza. Respirei fundo e tentei não ceder a ele.

―Casamento? ― perguntei.

Ela assentiu.

―Vejo que até hoje não teve a coragem de larga-lo. ― ri pelo nariz. ―E vejo que nunca vai ter.

―Você está muito enganado. ― a olhei confuso. ― Desde que ele descobriu sobre nós que eu vivo os piores dias da minha vida.

―Por que você não fugiu comigo. Tudo isso poderia ser evitado.

―E fugir para onde? Fazer o que depois de fugir?

―Não sei. ― dei de ombros. ―Mas eu lhe prometi que daria um jeito. ― a encarei. ― Eu pediria ajuda  para meus amigos. Eles me ofereceram ajuda quando você não aceitou fugir comigo e seu marido arruinou com minha vida aqui na cidade.

―Não daria certo. Você nunca conseguiria um emprego em outro jornal. Conheço meu marido, ele é muito vingativo. ― passou uma das mãos pelos braços. ― ele faria de tudo para infernizar as nossas vidas. Eu fiz isso para te proteger.

―Proteger nada. ― falei. ― Você sabe quem me ajudou a me reerguer? ― negou. ― Pattie Mallette , uma das empresarias mais influentes do país, você acha que daria para aquele seu marido?

Ela se calou.

― Nós íamos resolver tudo juntos. Eu te prometi uma coisa e eu sou homem o suficiente para levar minha palavra até o final.  Eu daria um jeito.

― Mas agora eu estou disposta. Se você me aceitar de volta eu largo tudo e vou viver com você. Meu casamento já está mais que insuportável. Está pior do que antes, agora além de me agredir moralmente ele está partindo para a agressão física.

Minha boca se entreabriu quando eu a vi mostrando os hematomas que havia no braço. A pele alva não deixava escondido nenhuma marca sequer.

―Eu não estou aguentando mais. ― lagrimas começaram a escorreu pelos seus olhos.

Em minha mente começou a vir varias lembrança dos tempos em que passamos juntos. Cada palavra, cada sorriso, cada toque, cada promessa e cada jura. O sentimento estava de volta. Mas eu lembrei também da humilhação que eu passei, o sofrimento, as noites em claro, as lagrimas que eu derramei por causa dela.

Isso tudo começou a guerrear dentro de mim. 

― Se fosse em outros tempos eu te receberia de braços abertos.

 Ela olhou nos meus olhos. Respirei fundo e prossegui.

―Mas eu já estou em outra. ― falei sem manter o contato visual. ―Me dói muito saber que você está sofrendo, ainda mais o tipo de sofrimento. Mas a única coisa que eu posso fazer por você é ir até a delegacia e denunciar seu marido por agressão física. Nada mais.

Ela me olhava perplexa e sem dizer nenhuma palavra. Somente ouvia. Foi difícil dizer tais palavras, mas foram necessárias.

― Peço que vá embora e siga sua vida. Ou melhor, liberte-se dela e encontre outro homem para te fazer feliz. Pois infelizmente eu não poderei fazer isso. Carrego a marca que você deixou até hoje em mim. Não consegui apaga-las, mas as ignorei e segui em frente. Creio que você também conseguirá superar as suas.

Respirei fundo e a olhei nos olhos. Os olhos dela estavam marejados.

―Lembre-se, eu sempre estarei aqui para você. Mas apenas como um bom amigo que estará disposto a de aconselhar quando for necessário.

Caminhei até ela, acariciei sua pele macia e depositei um beijo em sua testa.

―Eu estarei sempre aqui para você. ― sussurrei.

Afastei e caminhei até a porta. Abri e dei de cara com quem eu esperava há minutos atrás, mas não esperava nesse exato momento.

 

Pov. Lilyan

 

Sai do banheiro enrolada na toalha e fui até a mala. Peguei a roupa que eu usaria no lançamento. Vesti uma calcinha de renda preta e peguei o vestido. Ele era verde claro estampado com uma alcinha fina. Vesti e olhei no espelho, ele tinha alguns babados e o pano era leve.

Voltei na mala e peguei o cinto do vestido, o mesmo era bege e largo de fivela. Coloquei e analisei mais uma vez no espelho. Estava ótimo. Calcei uma sapatilha da mesma cor que o cinto e fui pentear os cabelos. Como eu havia lavado o mesmo ficou com cacheado nas pontas. Fiz uma maquiagem básica, me perfumei e voltei para o quarto.

Peguei dentro da minha mala as joias e as coloquei. Coloquei também um casaco, pois o tempo estava nublado e garoando. Peguei a bolsa e sai do quarto.

Quando cheguei ao saguão Vick e Candy já estavam a minha espera, excerto Donna.

―Onde Donna está? ― perguntei quando cheguei perto delas.

―Ela ligou avisando que nos encontraria na biblioteca.  Vick respondeu.

―Muito legal ela. ― bufei. ―falei que iriamos juntas. ― cruzei os braços. ― E onde Pattie está?

― A vi nos corredores há algumas horas atrás ela disse que sairia para conhecer a cidade. ― Candy falou.

― Já que é assim. ― Dei de ombros. ― Vamos.

                        ***

Chegamos a biblioteca e a mesma já estava lotada. Na entrada havia um banner enorme sobre o livro do Gabriel e uma foto dele. No interior do local  encontravam-se  varias pessoas, fotógrafos e etc.

Caminhamos até um aglomerado de leitores, com certeza o Gabriel estaria no meio deles. Meus pensamentos estavam certos. Gabriel estava lá. Assim que nos viu veio logo nos cumprimentar.

―Meninas. ― nos abraçou.

―Poeta. ― falei. ―Como está se sentindo? ― perguntei empolgada.

―Nervoso. Porem feliz. ― falou rindo.

Rimos também.

―Você viu a Donna ou a Pattie? ― perguntei.

―A Pattie estava aqui agora pouco. ― olhou para os lados. ―A louquinha estava conversando com um dos meus colegas de trabalho. ― riu.

―Donna sendo Donna. ― Candy falou. Rimos.

―Vamos deixar de enrolação. ― Vick pronunciou. ― Quero um autografo.

―Entra na fila. ― Gabriel a encarou. ― estou brincando. ― riu. ―Sabe que você tem exclusividade.

Pegou o livro da mão da Vick e autografou rapidamente.

―Prontinho. ― a entregou. ― Você reparou no inicio do livro? ― Falou para mim.

―Eu vi. ― ri. ―Me senti exclusiva.

―Esse livro é dedicado a Lilyan Green, .... Me senti excluída agora. ― Candy choramingou.

―Awn. ― Gabriel a abraçou. ― No próximo livro prometo te colocar em primeiro. ― beijou o cabelo dela.

―Vou cobrar, hein. ― deu um tapa de leve no peito dele.

―Mártires do Amor. ― Vick leu o titulo que encontrava na capa do livro. ― Já falei que amei o nome do livro?

―Hm, eu acho que sim. ― falei.

―Amei não só o titulo como o livro inteiro. ― Candy falou. ― O devorei assim que você nos deu os exemplares exclusivos. ― rimos. ― ele me ajudou bastante a decidir minha vida e pedir o Chaz em casamento.

―Fico feliz que meu livro esteja surtindo efeito. ― ele riu. ―Mas onde estão os príncipes de vocês?

 ―Que príncipes? ― falamos em uníssonos. Ele riu.

―Ah, vai. ― riu. ― vocês sabem.

―Temos trabalho depois do seu lançamento. Eles ficaram ajeitando tudo por lá. ― Vick explicou.

―Ah, sim. ― assentiu. ― E os herdeiros?

―Jas e Jack estão cada vez mais santos. Só que não. ― brinquei.

Riram.

―Mike está na casa dos avós. ― Vick falou.

―O meu está quietinho. ― Candice alisou sua barriga. ―Por enquanto, daqui a pouco começa o enjoo.

―Vai se acostumando, pequena Candice. ― falei. ― isso vai durar muito. ― ri.

―Meninas, eu adoraria conversar mais,  mas tenho uma fila de leitores querendo autógrafos e vários jornalistas esperando para fazer entrevistas e  fotos. Não sumam, quero que vocês apareçam nas fotos junto comigo. ― despediu-se de nós.

                        ***

O lançamento foi tranquilo. Não vi a Izabel em nenhum momento, ainda bem. Encontrei Pattie no fim e Donna também. Quando perguntei onde ela estava a mesma me enrolou. Mas as marcas no pescoço denunciam o que ela estava fazendo.

Voltamos ao hotel, tomamos um banho e descemos para jantar. Como ainda estava cedo decidimos pedir para preparar o jatinho, retornaríamos ainda hoje para Atlanta.

Subi para o quarto e arrumei minha mala. Antes de descer para o saguão e assim seguir até o jatinho liguei para o Justin.

―Alô? ― A voz roca soou do outro lado da linha.

―Sentiu saudades? ― falei com voz sensual.

Ele riu pelo nariz do outro lado da linha.

―Preciso responder?

Mordi os lábios.

―Não. ― ri. ― Estou ligando para avisar que vou sair de Macon daqui a pouco.

―O piloto está descansado?

―Acho que sim.

―É bom ele está. Vou ligar para saber.

Ri pelo nariz.

―Como foi o lançamento do livro do Ricardão?

―Justin, para de chamar o Gabriel assim. ― o repreendi.

Ele riu alto.

―Do que você quer que eu o chame? Amante? Outro?

―Pelo nome dele.

―Ok. ― bufou. ―O viciado em mulheres casadas. ― riu.

―Justin.

―Tá bom. ― rendeu-se. ― Ele tentou algo com você?

―Claro que não. Somos apenas amigos. O tenho como um irmão e você sabe disso.

― Aham. E ele colocou seu nome nas primeiras folhas do livro.

―Justin, vamos parar por aqui. Ok?

Não estava a fim de começar uma discursão com ele. Já basta a que teve quando ele viu o livro.

―Ok!

―Como estão as crianças?

―Estão comendo brigadeiro na cozinha junto com a Lupy e a Rose.

―Deu agua na boca agora. ― ri.

―Esganada. ― ri. ―Quando você chega a Atlanta? Vou ir te buscar.

―Não sei, por volta de uma da manhã.

―Ótimo. Fiquei sabendo de um motel ótimo que inaugurou há poucos dias. Vou reservar a melhor suíte para nós.

― Justin...

―O que? Você quer que eu chame outra para ir ao motel comigo?

―Nem pense nisso. ― falei com raiva. ― eu invado esse motel, mato a vadia e corto seu pau.

―Nossa, amor. ― Falou com voz roca. ― Essa sua forma agressiva me deixa muito excitado.

Sua voz roca do outro lado da linha me causou arrepios pelo corpo todo.

―Vem em segurança e durma durante a viagem, pois eu não te deixarei dormir durante o resto da madrugada.

Finalizou a chamada.

            Guardei o celular na bolsa e desci até o saguão, lá encontrei Vick, Candy e Donna.

            ―Vamos? ― falei para elas.

            ―Vamos. ― confirmaram.

            Caminhamos até o exterior do hotel, onde havia um taxi a nossa espera.

                                   ***

            Era por volta de uma e meia da manhã quando chegamos a Atlanta. Espreguicei e levantei da poltrona. Quando acabei de descer as escadas vi o carro de Justin, assim como o do Chris, Chaz e Ryan. Eles vieram até nós.

            ―Agora você lembra que eu existo né. ― Donna deu um tapa no ombro do Chris.

            ―Nunca te esqueci. ― tentou beija-la, mas a mesma o recusou.

            ―Já vou avisando, ela pegou todos no lançamento do livro. ― Vick falou abraçada com o Ryan.

            ―Quem mandou me desprezar. ― Donna deu de ombro.

            ―Nossa. ― Chris riu.

            Rimos.

            ―O meu campeão se comportou direitinho? ― Chaz perguntou alisando a barriga da Candy.

            ―Mas ou menos. Estou muito enjoada. ― Candy faz manha.

            ―Candy, enjoada você já é desde sempre. ― Chaz brincou. Ela deu um tapa em seu braço.

            Rimos.

            ―Vamos embora pra casa por que eu to com saudade de você. ― o abraçou e o beijou.

            ―Já quer sexo, Candy? ― Chaz riu. ― Agora que tá gravida virou ninfomaníaca.

            ―São os hormônios. ― Brinquei.

            ―Vamos parar de conversa e vamos indo embora. Viajaremos hoje ainda.

            ―Só quero descansar. ― Vick falou.

            ―Vamos para casa? ― sussurrei no ouvido de Justin. ― Pensei que íamos para outro lugar. ― mordi o lóbulo de sua orelha.

            ―Quem disse que nós iremos para casa? ― me deu um selinho. ― Tenho outros planos para nós. ―sorri de lado.

            Ri fraco.

            ―Então vamos.

            ―Sabia que essa sua voz de sono fica muito sexy? ― falou para mim.

            Ri pelo nariz e balancei a cabeça.   


Notas Finais


Prepare-se para ação.... Altas badalações no próximo cap

comentem o que acharam do cap
#Comentem.


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