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História Summer In Love - (JIKOOK) - 48: roller disco


Escrita por: jigguklgbt

Capítulo 49 - 48: roller disco


Fanfic / Fanfiction Summer In Love - (JIKOOK) - 48: roller disco

J E O N  J U N G K O O K

O diretor Cho não queria ligar para os nossos pais pois segundo ele não seria necessário, mas o Jimin hyung insistiu dizendo que se ele não ligasse para os nossos responsáveis, eles ainda iriam até a escola na segunda-feira para ter uma conversa com o diretor.

Então, Cho não teve escolha a não ser ligar.

Eu ainda não havia dito uma palavra pois, sinceramente, eu nem sabia o que dizer. Não entendia porque aquilo estava acontecendo e não conseguia aceitar aquela situação, eu estava me sentindo muito mal.

Por que estavam tão incomodados com nós dois se nunca fizemos nada demais?

Era inacreditável.

Nossos pais chegaram no colégio ao mesmo tempo, na verdade a mãe do Jimin hyung veio sozinha, já a minha estava acompanhada de Junseok.

Assim que eu olhei para a minha mãe entrando na sala do diretor, imediatamente percebi que ela estava bem nervosa.

Céus, aquilo tudo era tão incômodo...

— Filho, o Yusheng não pode vir pois viajou a trabalho.

— Tudo bem mãe. — O hyung respondeu.

— Diretor Cho, você pode explicar melhor o motivo de ter ligado para nós? — A mãe do Jimin perguntou. — Eu realmente não entendi muito bem essa situação.

— Realmente não era necessário ter ligado para vocês, senhora Yang. — Explicou o diretor. — Isso é algo que seria facilmente discutido aqui, mas o seu filho insistiu para que eu ligasse.

— Eu pedi para que explicasse o motivo da ligação, não o motivo de não precisar ter ligado! — A senhora Yang disse em um tom de voz firme.

— Certo. — Ele ajeitou os óculos. — Alguns alunos estão incomodados por estarem na mesma sala que Park Jimin e Jeon Jungkook pelo fato dos dois serem um casal, então eu chamei os dois até aqui para conversar até que um deles decidisse se mudar para uma outra turma, que no caso, é o terceiro "c".

— Como mãe eu obviamente gostaria de saber o que está acontecendo na vida escolar do meu filho e você ainda diz que não era necessário ter ligado para nós sendo que pagamos por essa escola? — Perguntou a minha mãe. — Os dois estiveram na mesma sala durante todos esses meses, porque decidiram reclamar sobre isso faltando pouco tempo para o fim do ano letivo?

— E o mais engraçado é que nunca escondemos o fato de sermos um casal, é claro que às vezes recebemos olhares atravessados, mas nunca vieram de fato até nós para dizerem que estavam incomodados. — Jimin disse, ainda mantendo uma postura séria. — E vou repetir, diretor Cho, eu e o Jungkook nunca fizemos nada demais na escola.

— Eu entendo o quanto isso é chato, senhor Park Jimin, mas eu não posso fazer nada se os outros alunos estão incomodados.

— Que tal ensinar um pouco de respeito aos seus alunos? — Junseok entrou na conversa.

Uma nova discussão se iniciou após essa fala de Junseok, eles falavam sobre respeito, sobre o fato de pagarem a escola, sobre o fato de sermos ótimos alunos.

Eu já não aguentava mais estar ali, eu estava surtando mentalmente e só queria ir para a minha casa, ficar trancado no meu quarto o dia todo.

Estava odiando todo aquele papo furado do diretor Cho. Estava odiando ver o quanto Jimin, a senhora Yang, a minha mãe e o Junseok estavam estressados por causa daquela situação.

Eu estava me sentindo péssimo, odiava aquela escola e odiava todos aqueles alunos chatos, eu só queria ser feliz ao lado do Jimin hyung sem ter essas pessoas ao nosso redor para encherem o nosso saco todos os dias.

Eu só queria que aquilo tudo passasse.

Por isso tomei uma decisão séria.

Eu iria me mudar para a turma "c" e resolver aquilo tudo de uma vez.

— Eu sou contra qualquer um dos dois mudarem de sala. — Disse a senhora Yang.

— Eu também. — A minha mãe concordou.

— Senhoras, por favor entendam que eu só estou fazendo isso para que não ocorra futuras situações desnecessárias.

— Essa é a minha palavra final, diretor Cho.

— Senhora Yang, eu vou repetir-

— Já chega disso! — Cortei o diretor. — Eu vou me mudar para a turma "c", feliz?

Todos me encararam.

Jimin hyung negou.

— Eu não aceito isso.

— Já me decidi, hyung.

— Deixa que eu mudo, então. — Ele insistiu.

— Não, Jimin. — Neguei com a cabeça. — Você fica na sala com os seus melhores amigos e eu vou pra sala dos hyungs da banda.

— Jungkook...

— Eu já tomei uma decisão.

— Isso não é justo. — Jimin olhou para o diretor. — Nós fizemos trabalhos em grupo e Jungkook ajudou bastante, o que você pretende fazer em relação a isso?

— Pode ficar tranquilo que eu irei conversar com os professores, senhor Park.

— Assunto encerrado? — Perguntei. — Quero ir pra casa, não aguento mais essa escola.

— Sim, vocês já podem ir.

Nós nos levantamos das cadeiras, e antes que pudéssemos sair da sala do diretor, a senhora Yang parou na metade do caminho.

— Ah diretor Cho, só pra você saber, no próximo ano eu não vou permitir que o Chenle estude nessa escola que não respeitou o irmão e o amigo dele. — Ela colocou os óculos escuros. — Eu espero nunca mais receber uma ligação dessa escola, sua cara me deixa enojada.

Minha sogra saiu sem esperar qualquer resposta do diretor e nós a seguimos pelos corredores da escola.

Nossos amigos imediatamente vieram nos perguntar sobre o que havia acontecido, mas Jimin hyung apenas disse que iria explicar melhor depois e que primeiro queria ter um momento a sós comigo.

Chenle foi embora junto com a senhora Yang e antes de entrar no carro do Jimin, eu me despedi da minha mãe e de Junseok dizendo que iria para casa depois de conversar com o hyung.

A princípio, Jimin apenas dirigiu em silêncio, às vezes mudando a estação de rádio quando começava alguma música que ele não gostava ou não conhecia. Já eu apenas olhava pela janela, sem saber ao certo o que deveria dizer.

Foi uma manhã muito chata, então talvez ele apenas quisesse dirigir por aí comigo ao seu lado sem que precisássemos dizer qualquer coisa, e eu tive a confirmação disso quando ele deu várias voltas repetidamente pelo mesmo bairro.

Jimin só parou o carro quando chegamos em uma rua próxima a da minha casa, ele estacionou o veículo embaixo de uma árvore e manteve as mãos no volante quando finalmente olhou para mim.

Ele parecia chateado e aquilo obviamente me deixou triste.

Enquanto eu o observava, me lembrei de uma conversa que eu e Jimin tivemos no dia em que fomos visitar a universidade, depois que Moon Jiwoon veio me atormentar.

O hyung conversou comigo, disse para confiarmos no amor que sentíamos um pelo outro e que iríamos passar por todas as dificuldades juntos.

Desde então aquilo nunca havia saído da minha cabeça.

Foi então que eu percebi que precisava dizer alguma coisa.

— Primeiro de tudo, me desculpe por não ter dito quase nada lá na sala do diretor. — Eu disse com sinceridade. — Eu nunca tinha passado por aquilo, então eu não soube o que dizer, eu sou um inútil.

— Tá tudo bem, eu entendo. — Ele suspirou. — E você não precisa se desculpar por nada, o que aconteceu hoje não foi culpa sua, você não é inútil.

— Você está triste?

— Estou sim, não vou mentir pra você, Jungkook.

Toquei o rosto do Jimin com delicadeza.

— Hyung, você lembra de uma vez em que conversamos e você disse para "confiarmos no nosso amor e passar por todas as dificuldades juntos"? — Perguntei e Jimin assentiu. — Eu sei que foi meio impossível não se sentir mal com aquela conversa com o diretor, Jimin, mas eu pensei nesse dia em que eu e você conversamos e percebi o quanto as suas palavras foram suficientes para me deixar bem, eu não quero que você fique triste pelo que aconteceu hoje, por isso estou repetindo elas. — Acariciei a sua bochecha. — Eu acho que devemos confiar mais uma vez no nosso amor, vamos passar por todas essas merdas juntos e nos manter firmes nesta escola até o dia em que a gente se formar, depois não vamos mais ter que nos preocupar com essas pessoas babacas.

— Tá bom.

— Você é o amor da minha vida, eu enfrentaria todo tipo de coisa só para estar junto com você.

— Eu também.

Percebi que ele estava com uma expressão chorosa em seu rosto.

Ah, meu amorzinho...

— Vem aqui, Jimin.

Tirei o cinto de segurança e abri os braços para ele, Jimin imediatamente veio se sentar em meu colo e me abraçou, escondendo o seu rostinho no meu pescoço.

Então ele começou a chorar.

Senti o meu uniforme um pouquinho úmido devido às suas lágrimas, mas não me importei nenhum pouquinho com isso, apenas o abracei com mais força e acariciei os seus cabelos macios.

— Meu bem, não era pra você chorar.

— Desculpa, eu estava me segurando. — Ele fungou. — Eu só queria que essas pessoas nos deixassem em paz.

— Você pode olhar para mim? — Ele me encarou e eu levei as minhas mãos até o seu rosto para limpar as suas lágrimas. — Não chora, eu não te falei que em breve nós não vamos mais ter que nos preocupar com essas pessoas?

— Sim.

— Estamos cada vez mais perto disso, só temos que aguentar mais um pouquinho.

— Tudo bem.

— Eu amo você, tá?

— Eu te amo, Jungkook. — Nós nos abraçamos mais uma vez. — Obrigado.

Eu confesso que não queria ter que mudar de sala, queria continuar estudando junto com o Jimin hyung e com os outros, mas a única parte ruim é que eu não iria estar sozinho, já que Yoongi, Namjoon e Hobi estudavam na turma "c".

Eu estava mais tranquilo, afinal os meus amigos estariam comigo.

— Esse diretor filho da puta fez o quê? — Seokjin hyung perguntou.

Mais tarde, eu e o Jimin nos reunimos com os nossos amigos na casa do Hobi hyung, afinal devíamos explicações para eles sobre o que havia acontecido na sala do diretor.

Nossos amigos ficaram obviamente surpresos e revoltados com a situação.

Bom, era impossível não ficar assim.

— Porra, não faz sentido. — Disse Yoongi. — Vocês não andam nem de mãos dadas na escola, esses putos estão incomodados com vocês sentando perto um do outro?

— Pois é. — Seulgi concordou. — Não acredito que fizeram isso com vocês, sinto muito amigos.

— Tá tudo bem. — Disse o Jimin hyung. — Pelo menos ele não vai estar sozinho.

— Pode deixar que nós vamos cuidar dele. — Namjoon sorriu. — Não vou deixar esse pestinha se meter em confusão.

— Por favor hyung, fica de olho nesse garoto encrenqueiro.

Franzi o cenho.

— Eu sou encrenqueiro, Jimin?

— Sim.

— Quando eu fui encrenqueiro?

Ele me encarou.

— Você e seu espírito competitivo na aula de educação física, nem venha tentar negar.

— Ele tem razão. — Seulgi concordou.

— Oi?

— É verdade, Jungkook. — Taehyung também concordou.

— Nossa, obrigado amigos. — Brinquei como se estivesse ressentido e todos sorriram.

— O jantar está pronto, galerinha. — Disse a mãe de Hoseok e então fomos todos para a cozinha.

Começamos a comer enquanto ouvíamos Jimin contando sobre a vez em que eu quase briguei com um garoto na aula de educação física por causa de um jogo de xadrez.

Talvez ele tivesse razão sobre eu ser encrenqueiro.

Só talvez.

— Por que essa cara, algum bicho te mordeu? — Taehyung perguntou para o Seokjin hyung.

Só então percebemos que ele estava sério até demais.

— Vocês não tem ideia do quão puto eu estou agora.

— Ué, o que foi? — Perguntei.

— O que o diretor fez com vocês dois... — Jin suspirou. — Eu tenho que fazer algo a respeito, isso não vai ficar assim.

— Como assim, Jin?

— Eu vou convocar uma reunião do grêmio estudantil com os demais alunos da escola sem o conhecimento do diretor, quero conversar sobre a situação de vocês.

— Hyung. — Jimin o chamou. — Eu entendo que você queira ajudar, mas você não pode fazer isso.

— Por que? Eu sou o presidente do grêmio.

— E se o diretor descobrir e fizer alguma coisa com você?

— Ele vai saber uma hora ou outra.

— Você está se arriscando demais.

— Eu não me importo, eu só quero ajudar os meus melhores amigos.

— Se quiser ajuda estou aqui. — Disse Hobi.

— Também quero ajudar. — Seulgi se prontificou.

Seokjin nos contou o que estava planejando fazer e isso fez Jimin ficar ainda mais preocupado pois seria realmente algo arriscado.

Se o diretor descobrisse e não aprovasse, o hyung poderia realmente se dar mal, mas ele continuou dizendo que não se importava e que queria nos ajudar.

Eu realmente apreciava o que o Seokjin hyung estava disposto a fazer por nós, mas se fosse trazer problemas para ele eu preferia que não fizesse.

Porém sabíamos de uma coisa, quando Seokjin colocava uma ideia na cabeça, era realmente impossível fazer com que ele desistisse.

— Pronto, agora você está um gato. — Sussurei para o Tony assim que terminei de enxugar os seus pelos. — Ah, putz, você já é um.

Minha mãe riu.

— Já enxuguei a Pepper, agora os dois estão cheirosos.

— Obrigado pela ajuda, mãe.

— Por nada. — Ela se levantou. — Vai precisar de ajuda pra mais alguma coisa?

— Não, obrigado. — Sorri. — Vou tomar um banho, depois deitar e ouvir música.

— Então vou te deixar sozinho. — Ela beijou a minha testa. — E vê se não pega no sono, senão você não vai conseguir dormir a noite e vai acordar tarde de novo.

Era sábado e eu havia acordado uma e meia da tarde, por isso que ela estava implicando comigo.

Quando eu acordei fui almoçar e depois fui dar um banho nos gatos com a ajuda da minha mãe, já que eu estava meio lento desde a hora que eu acordei.

Assim que ela saiu do meu quarto, tirei as minhas roupas e fui tomar um banho para tentar me despertar de vez, mas não adiantou de nada pois continuei sonolento.

Depois de me enxugar e vestir roupas confortáveis, eu peguei o meu walkman, uma fita aleatória e me deitei na cama, já ouvindo os primeiros acordes de "Day tripper" dos Beatles.

Não adiantou nada a minha mãe falar para eu não pegar no sono, pois rapidinho comecei a cochilar, mas estava naquele estado de "dormindo mas meio acordado". Senti um gato tomando de conta do travesseiro em que eu estava deitado, aquele provavelmente era o Tony, e o outro gato que eu jurava ser a Pepper deitou na ponta da cama.

Então eu peguei no sono mesmo.

Até tive um sonho onde eu estava na casa de praia em Pohang com o Jimin hyung e uma bebê muito bonitinha que eu chamava de irmãzinha. Eu segurava a menina no colo e o hyung estava agarrado ao meu braço enquanto caminhávamos pela areia fofa.

Estávamos muito felizes.

Aconteceu mais algumas coisas no sonho, porém eu não consegui me lembrar depois, só sei que quando estávamos chegando nas barraquinhas de comida, eu acordei de repente com o fone de ouvido sendo tirado da minha orelha e levei um susto ao ver Chenle, Yoongi e Seokjin ali.

Porra... Do nada?

— Estava sonhando? — Jin hyung perguntou.

— Sim, e foi um sonho bom, mas vocês atrapalharam. — Me sentei na cama e me espreguicei. — Que horas são? E o que estão fazendo aqui?

— São quase seis da tarde. — Chenle respondeu. — E estamos aqui pra te arrumar para um encontro.

— Encontro? Não marquei nada com o Jimin hoje. — Acariciei os pelos de Pepper.

— Mas nós marcamos. — Yoongi respondeu. — Vai tomar um banho, seu fedido.

— Eu já tomei banho. — Levantei.

— Toma de novo. — Jin me empurrou até a porta do banheiro. — Enquanto isso, nós iremos escolher a sua roupa.

— Eu realmente não estou entendendo. — Falei. — Um encontro do nada? O que vocês estão aprontando?

— Você vai saber depois que tomar a porra do banho. — Yoongi me empurrou para dentro do banheiro e fechou a porta. — E vê se lava esse cabelo, tá parecendo um ninho de passarinho. — Gritou.

Sério, o que estava acontecendo?

Eu fiz o que eles estavam mandando, apesar de não estar entendendo nada. Tomei um banho, lavei o meu cabelo e o meu corpo, me empenhando em ficar cheirosinho já que iria me encontrar com o Jimin.

Quando terminei e me enrolei na toalha, abri a porta e eles me entregaram as roupas.

— Se veste no banheiro mesmo, não queremos te ver pelado, seria uma visão desagradável pra gente. — Disse o Chenle.

Olhei para as peças de roupa.

— Não vou vestir isso.

— Claro que vai. — Disse Jin.

— Claro que não.

Aquelas roupas ficavam no fundo do meu armário e eu nunca vestia elas, eram roupas que a minha mãe considerava bonitas para jovens da minha idade.

Não eram feias, eram roupas sociais que, sinceramente, não faziam o meu estilo.

— Jungkook, pelo menos tem a paleta de cores que você usa normalmente. — O hyung tentou me convencer.

— Seokjin, isso não combina comigo. — Olhei para o Yoongi e em seguida para o Chenle. — Por favor hyung e pirralho, digam para ele que eu não visto essas coisas.

— Eu soube que o Jimin está se empenhando muito em se arrumar, ele vai ficar muito lindo. — Chenle pegou as roupas. — É uma pena que o namorado dele não quer fazer o mesmo.

Suspirei.

— Me dá isso.

Assim que eu fechei a porta do banheiro novamente, olhei para as roupas.

"Droga", pensei.

Mas se o Jimin hyung estava se empenhando em ficar bonito para mim, eu deveria fazer o mesmo por ele e foi por isso que eu comecei a vestir as roupas.

Ao terminar, me olhei no espelho e comecei a rir.

Roupas sociais definitivamente não faziam o meu estilo.

— Uau, olha só pra isso. — Jin hyung disse, parecendo animado. — Vou arrumar o seu cabelo e os meninos vão explicar o que está acontecendo.

Eu sentei na cadeira da minha escrivaninha que o hyung tinha puxado para o meio do quarto, então ele começou a pentear os meus cabelos.

— Podem falar? — Pedi.

— Esses últimos dias foram difíceis para você e para o Jimin, vocês tiveram que lidar com o cuzão do Moon Jiwoon, souberam do plano nojento dele com o Jackson e você ainda teve que mudar de sala por causa dos idiotas lá da escola. — Yoongi disse. — Então nós, seus melhores amigos, preparamos uma surpresa para vocês dois.

Arregalei os olhos.

— É sério?

— Sim. — Chenle sorriu. — Vocês tem que se divertir um pouquinho.

— Eu não sei nem o que dizer, obrigado gente.

— Não precisa agradecer. — Jin ligou o secador. — Vocês só têm que aproveitar o que planejamos.

Seokjin hyung secou os meus cabelos e os penteou, depois ficou indeciso sobre o que fazer já que eles estavam longos e meio rebeldes. Então Yoongi deu a ideia de fazer um coque meio bagunçado, Jin foi contra a ideia no início, mas depois gostou do resultado.

Em seguida eu calcei os meus sapatos socias e passei um perfume que o Yoongi havia escolhido.

— Certo. — Jin falou assim que me viu pronto. - Você está bonitão.

— E agora?

— Vamos buscar ele. — Saímos do meu quarto.

— Minha nossa. — Disse a minha mãe assim que me viu. — Eu sabia que você iria ficar lindo com essas roupas.

— Obrigado mãe. — Cocei a minha nuca.

Ela sorriu.

— Se divirta com o seu amorzinho.

— Eu vou. — Deixei um beijo no topo da cabeça dela, então saí de casa com os hyungs e com o pirralho. — Por que o carro do Jimin tá ali? — Perguntei.

— Ele me emprestou pra vir até aqui. — Jin falou ao se aproximar do carro. — Serei o seu motorista até chegar na casa dele.

— Tá bom. — Sorri.

Yoongi e Chenle disseram que iriam voltar a pé, então só eu e o Seokjin entramos no carro, o hyung deu a partida e começou a dirigir em direção a casa do Jimin.

Então eu me senti ansioso.

Será que o Jimin estava se sentindo assim também?

Comecei a pensar em como ele estaria vestido, como ele havia arrumado o cabelo e qual perfume ele estaria usando.

De repente o caminho até a sua casa pareceu bem longo, mas isso estava acontecendo provavelmente por causa da vontade absurda que eu estava de vê-lo.

Tentei me distrair conversando com o Seokjin, e quando eu menos esperei, paramos em frente a casa do Jimin.

Senti o meu coração acelerado, principalmente quando o Jin pediu para eu ir buscar o meu namorado.

Saí do carro e fui até a porta da casa, respirando fundo antes de ir tocar a campainha.

A porta foi aberta no mesmo instante, então eu o vi.

Jimin estava usando camisa social branca, calça preta, sapatos bem polidos, os cabelos loiros estavam perfeitamente arrumados e partidos ao meio. Senti o cheirinho cítrico de um de seus perfumes favoritos assim que ele se aproximou para me abraçar.

Eu obviamente retribui, deixando um beijo demorado em sua bochecha e outro em seus lábios.

— Que bom que chegou, eu estava tão ansioso pra te ver. — Ele sussurrou.

— Eu também.

— Nossos amigos são incríveis, não são?

— São sim. — Sorri.

Jin apareceu do nosso lado ao mesmo tempo em que Taehyung saiu da casa do hyung.

— Certo, garotos, essa é a programação do seu encontro. — Tae entregou um papel para Jimin e eu me aproximei para olhar.

NOITE ROMÂNTICA DE JIMIN E JUNGKOOK

1° Jantar no "Le Petit Célestin";

2° Um momento romântico no "Roller Disco";

3° Uma voltinha pelo parque "Hangang";

4° Passar a noite juntos na casa do Jungkook (sim, tem que ser lá, não façam perguntas).

— Passar a noite na minha casa? — Franzi o cenho.

— Sem perguntas sobre isso. — Taehyung disse. — Sobre o restaurante, fizemos a reserva, os pedidos e já pagamos, então vocês só precisam dizer os seus nomes ao chegarem lá.

— Aqui estão as entradas para o Roller Disco, saibam que eu consegui falar com os donos para tocarem algumas músicas românticas, então aproveitem. — Jin hyung me entregou as entradas.

— Não deixem de passar no parque "Hangang". — Tae entregou um folheto. — Lá está tendo um tal de "show de luzes", está todo decoradinho e romântico.

— Ok. — Jimin sorriu. — Nós já vamos.

— Se divirtam! — Tae falou.

— Obrigado hyungs. — Sorri.

Eu e Jimin caminhamos até o carro e eu abri a porta do motorista para ele, assim que o hyung entrou, eu fui para o lado do carona e entrei também.

— Eles reservaram um restaurante francês. — O hyung começou a dirigir. — Estamos chiques, Jungkookie.

— Por isso me fizeram vestir essas roupas.

Jimin riu.

— Você está lindo, anjo.

— Você também, hyung.

Nós ficamos em silêncio durante todo o caminho, aproveitando a companhia um do outro e curtindo a música desconhecida que tocava na rádio.

Jimin segurou a minha mão quando paramos em um sinal vermelho, eu deixei um beijo no dorso da sua mão e sorrimos um para o outro.

Meu namorado estava lindo demais, e aquele sorriso simplesmente me deixava sem fôlego.

Céus...

Existe algo mais bonito que Park Jimin nesse vasto universo?

A resposta é não.

Não existe!

A beleza de Park Jimin superava a de qualquer obra de arte. Ele superava facilmente as sete maravilhas do mundo, seja do antigo ou do moderno.

Jimin sabia como me deixar completamente rendido por ele, e era como eu estava naquele momento.

Quando o meu amor estacionou o carro em frente ao restaurante, nós nos encaramos.

Até a fachada do lugar era chique.

Nós saímos do carro e assim que entramos no estabelecimento, fomos até a recepcionista.

— Boa noite rapazes, já fizeram a reserva?

— Já sim. — Jimin respondeu.

— Nomes, por favor.

— Park Jimin e Jeon Jungkook.

— Podem me acompanhar. — Ela sorriu. — Já fizeram os pedidos, né?

— Já sim.

— Sentem-se e fiquem à vontade, o pedido não vai demorar para chegar já que foi feito com antecedência. —Ela indicou a mesa. — Querem alguma coisa para beber?

— Acho que agora não. — Jimin sorriu. — Muito obrigado.

— Qualquer coisa chamem o garçom. — A moça sorriu, então se afastou da mesa.

Jimin riu quando ficamos sozinhos.

— O que foi? — Perguntei.

— Esses lugares chiques são estranhos.

— Tem razão. — Também ri.

— Amor?

— Hm?

— Você fica bem de roupa social. — Ele disse. — Mas não faz o seu estilo.

— Eu sei, hyung. — Sorri. — Eles me obrigaram.

— Eu gosto mais de como você se veste normalmente, mas não posso negar que você ficou muito lindo com essa roupa.

— E você está perfeito, como sempre. — Elogiei. — Fiquei tão ansioso pra te ver que até comecei a imaginar como você estaria.

— Eu fiz o mesmo. — Ele riu. — Como foi o seu dia, querido?

— Eu só dormi, hyung. — Coloquei as minhas mãos por cima das suas na mesa. — E o seu?

Jimin me explicou que o seu dia havia sido cansativo pois a loja estava cheia já que estavam em período de promoção, disse que trabalhou tanto que Heechul até prometeu um aumento de salário.

Eu contei para ele sobre o sonho que tive de nós dois com a minha irmã em Pohang, ele adorou e até disse que achou fofo. Prometemos tornar esse sonho real quando ela nascesse, e eu mal podia esperar para que este dia chegasse.

Como a moça havia dito, o pedido não demorou para chegar.

E já que era um restaurante chique, começamos pelo prato de entrada, onde foi servido "croissants" acompanhados de manteiga e patês. Já o prato principal foi um tal de "canard à l'orange" e estava realmente muito bom, nossos amigos mandaram bem na escolha do pedido.

Aquele tipo de restaurante não era o que eu e Jimin estávamos acostumados a frequentar, mas nós estávamos realmente gostando do ambiente e das comidas que estavam sendo servidas. Além disso, as pessoas que nos atenderam foram super legais.

Eu e Jimin aproveitamos o jantar enquanto ouvíamos um músico tocando piano ali.

Por último, tivemos "dacquoise" servido na sobremesa.

Não preciso nem dizer que estava muito bom.

Aquela noite estava incrível.

Nós realmente gostamos bastante do restaurante.

— Eu nunca comi tão bem. — Disse o hyung assim que entramos no carro.

— Tenho que concordar. — Coloquei o cinto de segurança. — Esse restaurante pode ser bom, mas com certeza ele perde pro da minha mãe.

— Óbvio que sim. — Jimin concordou. — A comida da sogrinha é a melhor.

Eu sorri.

— Bebê. — Peguei o papel onde Taehyung escreveu a programação do nosso encontro. — Segundo a programação, a nossa próxima parada é no Roller Disco.

— Ok. — Ele ligou o carro. — Você sabe andar de patins?

— Acho que sou o melhor nisso.

— Quando chegarmos lá, eu vou te mostrar quem é o melhor. — Jimin sorriu.

Roller Disco é uma discoteca que tem uma pista de patinação onde podemos dançar enquanto usamos patins. Eu só tinha visto aquilo na TV, então era a minha primeira vez em um lugar como aquele.

Assim que chegamos na rua, pude ver uma fachada bem grande onde estava escrito "Roller Disco" em letras neon.

Era realmente um lugar que chamava bastante atenção.

Nós fomos para a fila depois que o Jimin hyung estacionou o carro, foi então que percebemos que as roupas que estávamos vestindo não eram adequadas para o local.

— Putz grila, nossas roupas estão bem frufrus comparadas com as dos outros.

Eu ri.

— Estão mesmo, hyung.

— Eu não me importo. — Ele desabotoou os primeiros botões de sua camisa. — Pelo menos vamos nos divertir.

Enquanto esperávamos a nossa vez na fila, eu e o hyung fizemos suposições sobre a vida dos outros. Por exemplo, tinha uma moça lá acompanhada de dois rapazes, nós supomos que ela gostava de um deles, mas o que ela não sabia era que eles eram um casal.

Eram tantas suposições boas que eu simplesmente não conseguia parar de rir.

Jimin era muito bom em criar histórias sobre os outros.

Quando chegou a nossa vez na fila, mostramos os ingressos e a nossa entrada foi permitida. Então o hyung me levou direto para o local onde iríamos escolher um patins.

O Roller Disco era ainda mais colorido por dentro, as pessoas patinavam e dançavam com alegria.

Estava tocando "Dancing Queen" do ABBA desde o momento em que havíamos chegado.

— Que cor de patins você vai querer? — Jimin perguntou.

— Preto.

— Eu também.

Jimin informou para a moça o número que a gente calçava e pediu os patins pretos.

Guardamos os nossos sapatos e sentamos em um dos banquinhos para nos calçar.

O hyung foi rápido em se calçar, pois logo ele estava em pé.

— Vem. — Ele estendeu as mãos para mim assim que eu terminei de me calçar.

Segurei as suas mãos e me levantei com a sua ajuda.

— Obrigado, meu bem. — Falei.

Fomos de mãos dadas até a pista.

A princípio, eu e Jimin só ficamos andando pela pista observando as pessoas dançarem e se divertirem.

Ele me puxou para dançar e eu apenas acompanhei os seus passos, finalmente entendo o que Jimin quis dizer quando falou "quando chegarmos lá eu vou te mostrar quem é o melhor".

Jimin era realmente incrível, ele se movia com os patins graciosamente pela pista. Dançava, cantava e ainda me puxava para dançar junto.

Como o Seokjin hyung havia informado, eles realmente tocaram algumas músicas românticas.

Era meio difícil dançar agarradinhos com os patins, então eu e Jimin apenas aproveitamos as músicas de mãos dadas, patinando por toda a pista.

Fomos buscar refrigerante quando voltaram a tocar músicas animadas, mas quando começou a tocar Beatles, eu e Jimin logo voltamos para a pista, dançando e cantando com muita animação.

It's been a hard day's night, and I've been workin' like a dog, it's been a hard day's night I should be sleepin' like a log, but when I get home to you, I find the things that you do, you make me feel alright. — Cantamos juntos.

Eu não sabia nem como agradecer aos nossos amigos pela noite incrível que prepararam para nós.

Mas ainda faltava o parque "Hangang".

Eu e Jimin saímos do Roller Disco quando ficamos cansados de tanto dançar, mas estávamos tão empolgados que durante o caminho até o parque não parávamos de falar sobre os momentos que tivemos juntos lá.

Foi tão legal.

Quando chegamos ao parque, eu e Jimin ficamos impressionados ao ver o quanto estava bonito.

O parque estava todo decorado com luzes de várias cores diferentes, e em um pequeno cartaz que estava na entrada do local estava escrito "sejam bem-vindos ao show das luzes".

Como estava a noite, o movimento estava pouco, então eu e Jimin ficamos à vontade para andar de mãos dadas pelo parque, observando as lindas luzes coloridas.

— Que lindo. — Jimin disse. — Tem até na ponte.

— É realmente muito lindo.

Jimin parou no meio do caminho e segurou o meu rosto.

— As luzes deixam os seus olhinhos ainda mais brilhantes. — Ele sorriu. — É fofo.

— Você é fofo. — Apertei as bochechas dele.

— Jungkook, vamos até a ponte?

— Ok.

Eu o segui até lá, e assim que chegamos, nos apoiamos na grade e observamos o rio Han.

A noite estava muito bonita, o céu escuro estava cheio de estrelas.

— Eu estou tão feliz. — Ele disse, desviando os olhos do rio para mim. — Eu amei esse encontro.

— Aconteceram coisas bem chatas esses dias, então acho que a gente precisava se divertir assim.

— Sim. — Ele sorriu. — Temos que agradecer aos nossos amigos.

— Podemos pagar um lanche para eles qualquer dia desses.

— Ok, acho que eles iriam gostar disso.

Jimin se encostou na grade, ficando de frente para mim e levou as suas mãos até a gola da minha camisa, puxando-me para mais perto dele e abraçando o meu pescoço quando já estávamos bem próximos, eu abracei a sua cintura e o encarei por alguns minutinhos, logo focando os meus olhos em seus lábios cheinhos, que naquele momento pareciam ainda mais chamativos.

— Eu estava doido pra te beijar. — Jimin sussurrou. — Desde o momento em que você apareceu na porta da minha casa.

Eu sorri.

— Isso é tudo o que eu mais quero agora.

— E está esperando o quê, hein?

Decidi não responder mais nada, fechei os olhos e apenas beijei-o, suspirando ao finalmente ter a sua boca em contato com a minha.

Seus lábios macios tocaram os meus de forma quente e calma, levei as minhas mãos até a sua cintura, pressionando o meu corpo contra o seu. As mãos de Jimin subiram em direção aos meus cabelos, puxando os fios devagar enquanto pedia passagem com a língua, a qual eu obviamente cedi, explorando a sua boca e deixando ele fazer o mesmo com a minha, intensificando ainda mais o nosso beijo.

Nossos lábios se moviam em uma sincronia perfeita, como sempre fizeram.

O beijo foi ficando ainda mais rápido, mas no momento era ele quem ditava o ritmo. Eu correspondia, movendo a minha língua contra a sua, sugando e mordendo devagar os seus lábios, puxando o seu corpo ainda mais contra o meu.

— Porra, eu sou louco por você. — Sussurrei ao separar os nossos lábios por causa da falta de ar.

Jimin me beijou novamente, beijos delicados e envolventes que me faziam perder o ar e querer mais.

— Anjo, o último item da programação é ir pra sua casa.

Não foi uma pergunta, mas eu respondi.

— É sim.

— Eu quero você. — Ele me encarou. — Vamos fazer amor.

Aquelas palavras foram o suficiente para me atiçar.

Talvez essa fosse a sua intenção ao dizê-las.

— Vamos para casa.

Céus... Por que tínhamos que estar logo em um parque?

Fomos para o carro tão rápido que nem vimos o restante do "show das luzes".

O caminho para casa parecia uma tortura, eu não via a hora de chegar logo para ter Jimin em meus braços, eu o queria tanto naquele momento que chegava a ser insuportável. Até agradeci mentalmente porque o trânsito não estava ruim mesmo sendo uma noite de sábado.

Quando o hyung estacionou em frente a minha casa, fomos mais rápidos que o flash ao sairmos do carro. Eu peguei as chaves com Junseok no restaurante e então finalmente subimos as escadas.

Assim que destranquei a porta, coloquei as chaves na estante da sala e segurei a mão de Jimin, levando-o para o meu quarto.

Mas parei na porta assim que entramos.

— Putz grila. — Jimin riu.

O quarto estava escuro, mas havia uns pisca-pisca que surgiram não sei de onde iluminando todo o local.

E o mais brega de tudo, minha cama estava toda arrumada e haviam pétalas de rosas formando um coração em cima.

No meio do coração haviam três pacotes de camisinha.

— Eu só não vou dizer nada sobre isso porque eles se empenharam para que o nosso encontro fosse incrível. — Falei.

O hyung foi até a cama e desfez o coração jogando as pétalas no chão, em seguida pegou os três pacotinhos e os colocou em cima da minha escrivaninha.

— Melhor assim?

— Melhor. — Tranquei a porta do quarto.

Jimin voltou a se aproximar, levando as suas mãos até os botões da minha camisa e abrindo-os um por um. Assim que terminou, seus braços envolveram o meu pescoço, então ele me beijou.

Nossas línguas se encontraram novamente e eu senti meu corpo inteiro se arrepiar.

Porra, era tão bom.

Eu o beijava com urgência, afundando os meus dedos nos fios loiros dos seus cabelos e saboreando o gosto docinho dos seus lábios enquanto caminhávamos em passos cegos até a cama.

Aos poucos fomos nos livrando de cada peça de roupa, toquei o seu corpo do jeitinho que ele gostava, beijei cada partezinha de sua pele macia, ouvindo os sons maravilhosos dos seus gemidos.

Então fizemos amor, nós nos tocamos e nos beijamos com carinho, movíamos os nossos corpos juntos, soltando suspiros e gemidos baixinhos de prazer.

Tentamos uma posição diferente, dessa vez com o Jimin por cima de mim, apoiando as suas mãos em meu peito enquanto controlava os movimentos, e foi tão gostoso ao ponto de nos fazer chegar ao orgasmo. Chegamos a fazer sexo mais uma vez nessa mesma posição, e quando gozamos novamente, o corpo cansado de Jimin caiu por cima do meu.

Eu o abracei e ficamos em silêncio enquanto tentávamos recuperar o fôlego.

Depois de alguns minutos senti os dedos de Jimin deslizando pelo meu peitoral, deixei um beijo demorado no topo de sua cabeça e senti o cheirinho dos seus cabelos.

— Você me deixou esgotado. — Ele sussurrou.

Eu ri.

— Você fez o mesmo comigo. — Eu lhe dei mais alguns beijinhos. — Mas é bom fazer isso com você.

— Eu concordo. — Ele bocejou. — Haa, agora eu só quero dormir. — Ele me deu um selinho e se deitou ao meu lado. — Vem aqui me abraçar.

Eu cobri os nossos corpos com o lençol, então deitei em seu peito, o abraçando com força.

— Dorme bem, meu amor. — Sussurrei.

— Você também, Jungkookie.

No dia seguinte, acordei ainda agarradinho ao Jimin.

Ele estava dormindo de um jeitinho tão lindo que eu me esforcei ao máximo para levantar e não acordá-lo, afinal o meu amorzinho merecia um pouco de descanso.

Fui até o banheiro e tomei um banho demorado, assim que terminei, vesti uma roupa confortável e destranquei a porta do quarto, saindo de lá e vendo que a minha mãe estava na cozinha, lendo um livro de receitas.

— Bom dia, flor do dia. — Ela disse.

— Bom dia, mãe. — Abri a geladeira e peguei uma garrafa de água, colocando num copo e tomando logo em seguida. — Junseok ainda não acordou?

— Ele foi passar o dia com a mãe dele. — Ela sorriu. — E o Jimin?

— Dormindo feito um anjinho.

— Vai tomar café da manhã agora ou vai esperar por ele?

— Vou esperar.

— Então vou fazer umas panquecas pra vocês.

— Vou ajudar. — Abri os armários para pegar os ingredientes.

Enquanto fazíamos o café da manhã, minha mãe perguntava sobre o que nós gostaríamos de comer no almoço, eu sugeri para que fizéssemos a comida favorita de Jimin e ela aceitou, dizendo que gostaria de agradar o seu genro.

Depois de ajudá-la com as panquecas, fui até o meu quarto para pegar um disco legal para ouvirmos música e assim que entrei, encontrei Jimin já de banho tomado, ajeitando os seus cabelos em frente ao espelho.

Eu o abracei por trás e depositei um beijo em seu pescoço.

— Bom dia, amor da minha vida. — Sussurrei

— Bom dia. — Ele sorriu. — Dormiu bem?

— Sim, muito bem e você?

— Eu também, Jungkook.

Nos encaramos através do espelho, o sorriso em seu rosto se manteve enquanto os seus olhos estavam focados nos meus.

— Por que está sorrindo? — Perguntei.

— Porque eu gosto de estar com você.

Deixei um beijo em seu pescoço.

— Por que você é tão lindo, hein? Agora fiquei com vontade de te contar uma coisa.

— O quê? — Ele franziu o cenho.

— Eu escrevi uma música sobre você, Jimin.

Vi os seus olhinhos ficarem arregalados.

— Sobre mim?

— Sim, lembra que eu disse que iríamos tocar uma música autoral no festival? — Perguntei e Jimin assentiu. — Será essa música.

— Putz grila, agora estou ansioso para ouvir.

Eu ri.

— O festival está próximo, então você logo vai poder ouvir, meu bem.

— Meu deus. — Ele sorriu. — Eu te inspirei a escrever uma música.

— Não apenas uma.

— Tem mais?

— Claro.

— Putz grila.

— Meu bem, no dia do festival você pode me encontrar atrás do palco depois da nossa apresentação? Eu quero te beijar assim que terminar de cantar a música que escrevi pra você.

— Eu estarei lá, meu amor.

Eu o virei de frente para mim.

— Você não quer me dar um beijinho agora?

— Só um?

— Pensando bem, quero um milhão de beijos.

— Bobinho. — Jimin sorriu, então me beijou.

Aquele beijo só não durou muito tempo pois minha mãe logo nos chamou para tomar café da manhã.

As panquecas estavam incríveis e nós conversamos sobre coisas aleatórias com a mamãe enquanto comíamos. Ela estava curiosa sobre o nosso encontro da noite anterior e nós contamos tudo, ocultando somente a parte das coisas que fizemos em meu quarto.

Minha mãe respondeu algumas perguntas de Jimin sobre a sua gestação e quando aquele assunto chegou ao fim, ela iniciou uma conversa sobre o que havia acontecido na sala do diretor.

Ela disse para fazermos aquelas pessoas de merda engolirem seu preconceito nojento.

Sim, minha mãe usou essas palavras e ainda completou dizendo "mandem todos para a casa do caralho".

Eu e Jimin demos boas risadas, pois a minha mãe era tão fofa que nem parecia que falava palavrão. Mas obviamente iríamos seguir os conselhos dela.

Tivemos uma manhã agradável com a minha mãe, decidimos ficar na sala ouvindo um disco do Queen com ela enquanto conversávamos.

— Meninos, posso perguntar uma coisa?

— Claro, mãe.

— Eu acho lindo quando vocês falam sobre ter um futuro, que vão se casar e viver juntos, é realmente incrível ver o quanto vocês se amam, e me desculpem por falar isso, mas... — Ela deu uma pausa, então desviou os seus olhos para as suas mãos pousadas em seu colo. — Nunca vi casamento entre dois homens e nem sei se isso é permitido, o que pretendem fazer sobre isso?

Eu e Jimin nos encaramos.

Realmente naquela época não existia casamento entre dois homens e até hoje em dia, casamento de pessoas do mesmo sexo não são legalmente reconhecidos na Coreia do Sul.

Eu estava pronto para responder a pergunta da minha mãe, mas como se tivesse lido a minha mente, Jimin se aproximou dela e segurou as suas mãos.

— Estar ao lado do Jungkook é o suficiente, sogrinha.

Minha mãe o encarou e Jimin sorriu.

Eu me aproximei dos dois.

— Só precisamos amar um ao outro, mamãe.

Ela sorriu.

— Bom, é isso que importa, meus bebês. — Ela abraçou nós dois. — Afinal de contas é só um papel.

E como sempre, minha mãe tinha razão, era apenas um papel.

Mas eu não posso esconder que ainda espero pelo dia em que eu e Jimin poderemos finalmente oficializar a nossa união.



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