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História Summer Love - Connection.


Escrita por: mwrcy

Notas do Autor


oiii meus amores, td bem? pois eu to mt feliz, semana passada eu participei de uma live junto com o SAMMY djasdhjadhjsadf eu surtei mt qd ele aceitou a minha solicitação
enfim, desculpa um pouco a demora
mas recompensei com esse cap, espero que gostem!!

Capítulo 3 - Connection.


No outro dia eu acordo cedo e mais disposta. Faço toda a minha higiene matinal, dou uma faxina impecável na casa - visto que dois homens moram nesse lugar e parece mais um muquifo porque eles não arrumam nada - tomo café da manhã e resolvo ir à praia sozinha pois Johnson e Steve ainda estão dormindo. 

São nove horas da manhã. A praia está totalmente vazia. Geralmente começa a encher por volta do meio dia, horário onde os jovens começam a acordar. Assim que piso na areia gelada, eu respiro fundo e começo a andar olhando para o horizonte. O mar está leve e calmo, eu posso ver de longe alguns surfistas na água. Automaticamente me lembro de Jack falando que haviam pranchas no píer e que qualquer um poderia usar. 

Caminho até o píer e pego uma prancha rosa e branca. Volto para o lugar que estava e respiro fundo novamente. Eu não surfava tinha três anos, quando papai foi embora eu tive um bloqueio mental e parei de fazer tudo o que eu gostava, e o surf estava incluso nisso. Mas cá estou eu, passando as férias na casa dele, de frente para o mar e segurando uma prancha. Por que não? 

Ignoro meus pensamentos e sigo em frente. Sinto minha pele arrepiar assim que entro em contato com a água gelada. Coloco a prancha na minha frente e me monto nela, ficando deitada. Com as mãos, eu fui me guiando, até ir para o fundo do mar. 

É uma sensação indescritível. Depois de anos, eu finalmente estou sentindo essa emoção novamente. O mar sempre foi a minha calmaria, eu me sinto em paz nesse lugar. Estou sorrindo feito boba enquanto nado. Foi quando eu percebo que ia fazer uma onda, e sem nem pensar duas vezes, vou atrás dela. 

Me levanto na prancha e passo pela onda, me fazendo dar uns dribles e ter alcançado até o final, sem cair. Começo a comemorar comigo mesma, pois mesmo depois de anos, eu continuo a mesma coisa. Não tinha desaprendido. 

Fico mais alguns minutos no mar e depois resolvo sair. Só então vejo que tinham algumas crianças em fileira na areia junto com alguns adultos, imagino que sejam professores porque todos estão usando uniforme. Sorrio com aquilo e continuo andando a fim de ir embora, até alguém me chamar.

— Hey! — eu me viro pra certificar quem é.

Um garoto alto, loiro, dos olhos verdes e com um sorriso perfeito se aproxima de mim. Noto que ele tem um piercing no canto da boca. Seu corpo é normal, não é musculoso, mas também não é tão magro. Ele está com o mesmo uniforme, provável que seja um professor também.

— O que você fez lá no mar foi incrível. Você surfa muito bem! — ele comenta. Não sabia que eles estavam me observando.

— Obrigada. — eu dou um sorriso.

— Acho que nunca te vi por aqui. É nova na cidade ou está somente passando as férias?

— Estou passando as férias. Cheguei tem dois dias.

— Legal. A propósito, eu sou o Trevor. — ele estende a mão em forma de cumprimento. 

— Beatrice. — aperto sua mão.

— Nós damos aula de surf para as crianças. — Trevor fala apontando para trás. — Eu e meu pai trabalhamos e preservamos o ambiente aqui na praia. Inclusive, nós estamos abrindo vagas de emprego para salva vidas e professores também. Se você estiver de bobeira e quiser se juntar ao time...

Uau. Fácil assim?

— Ahm... claro! Por que não? Só preciso conversar com meu pai sobre isso, mas eu te aviso qualquer coisa.

— Ótimo! — responde. — Bom, eu tenho que voltar, mas foi um prazer te conhecer, Bea. Espero te ver mais vezes. — ele pisca o olho esquerdo pra mim.

Trevor volta para as crianças e eu fico o observando por alguns segundos. Ele está levando uma menina para o mar ensinando-a surfar. Acho graça daquilo e balanço a cabeça em forma de negação aos meus pensamentos. Me viro e volto a andar, finalmente saindo da praia e indo pra casa.

Assim que chego, vou direto procurar o meu pai, no qual está no seu quarto mexendo no computador. Ele me olha assustado pela forma que entrei vagarosamente, dava pra perceber que eu estou abafada. A real é que eu não consigo parar de sorrir. 

— Oi, bom dia pra você também. — ele ri. — Onde estava? Você sumiu hoje de manhã. — eu continuo olhando pra ele feito boba. — Ok... — ele me olha desconfiado. — O que aconteceu? 

— Eu... eu surfei hoje.

Ele arregala os olhos.

— Sério? — assinto, sorrindo. — Uau, isso é... ótimo. Meu Deus, que bom. E como foi?

— Como se nunca tivesse parado. 

— Eu realmente fico feliz por você. — papai fala, tirando seu óculos de grau. Ele estava escrevendo alguma coisa no seu computador. — Fico feliz por saber que você está... se enturmando e voltando a fazer as coisas que gosta. Sua mãe estaria orgulhosa. — dou um sorriso de lado. — Em falar nisso, você está tendo contato com ela?

— Na verdade, não. Eu quase não mexo no celular. Mas vou ligar hoje. Eu prometo.

— Liga mesmo, não esquece.

— Bom, era só isso mesmo. O que você está fazendo?

Tento puxar assunto, e me sento ao seu lado. Ele se surpreende, até eu me surpreendo. Estou tentando conversar com ele? Tipo, estou sendo gentil? 

— Ah, coisas de trabalho... — ele responde.

Me lembro do menino hoje mais cedo, Trevor. 

— Por falar em trabalho, hoje eu conheci um menino que me ofereceu um emprego na praia. Ele disse que eu podia ajudar como professora de surf para as crianças ou salva vidas. Eles tão precisando de gente.

— Isso é bom. Se eu fosse você, aceitava. Além de ganhar dinheiro, é uma coisa que você gosta de fazer, certo?

— Certo. 

Nós conversamos mais sobre alguns assuntos e depois eu fui para o meu quarto a fim de tomar um banho. Soube que o Johnson está na casa de algum dos meninos, e que ele viria me buscar pois está tendo um churrasco lá. Apesar de não comer, opto por ir. Socializar faz bem.

Coloco uma roupa bem simples; uma saia jeans com alguns rasgos e uma blusa branca de manga. Vou para os acessórios e coloco alguns cordões junto com uma pulseira e relógio. Calço meu chinelo da Adidas e pego uma bolsa para guardar os meus pertences. Borrifo perfume pelo meu corpo todo e me olho para o espelho, verificando se estou bonita. Jogo o meu cabelo para o lado e ajeito a minha roupa.

Ouço uma buzina e franzo o cenho na hora. Desde quando o Johnson dirige? 

Termino de me arrumar e saio do quarto. Pego as chaves que estão em cima da mesa e quando abro a porta, dou de cara com uma Range Rover branca, o que faz meu queixo cair, ainda mais pelo fato de quem está dentro daquele carro. 

— Você não é o Johnson. — falo assim que entrei no veículo.

— É, eu sou mais bonito. — Gilinsky responde e eu reviro os olhos. — Ele pediu pra eu te buscar.

— Se eu soubesse disso, teria pego um ônibus. 

Ouch. Minha companhia é tão ruim assim?

— Não, não é isso. É que não precisava ter saído de lá só pra me buscar.

— Mas eu não estava lá. Estava me arrumando em casa quando Johnson me mandou mensagem.

— Ah, sim. Entendi.

— Até fiquei surpreso com isso. Pensei que achasse os meninos babacas e que não gostasse da presença deles.

— Ainda acho. Todos vocês. Mas estou a fim de me divertir, algum problema pra você?

— Nenhum, gata. 

— Então, pronto. E para de me chamar de gata.

— Quer que eu te chame de feia? 

O encaro. Ele está rindo.

— Ok, desculpa, vou parar. Você não tem senso de humor.

— Eu tenho, sim. Você que não tem.

Jack murmura alguma coisa e dá a partida. As janelas estão abertas, o que faz meu cabelo voar na velocidade que ele dirige. Eu olho a paisagem enquanto estou com a cabeça encostada, sentindo uma vibe boa. Foi quando Jack liga a rádio e o som das guitarras e do baixo machuca meus ouvidos. Está no volume máximo. Meu Deus, esse menino é louco.

— Você pode baixar o som, por favor? — peço.

Esperava que ele fosse me contrariar, mas para a minha surpresa, Jack abaixa o volume.

— Essa música é horrível. 

Ele dá uma risada e começa a batucar no volante.

— Não é, não. Mas adoraria saber o que você considera música boa. 

— Bom, eu gosto de One Direction.

— Ah sim, claro. — ele comenta, dando uma risadinha.

O encaro sabendo que ele está sendo debochado. Eu preciso defender minha banda favorita.

— E qual o problema? São supertalentosos, e as músicas deles são maravilhosas.

— Sim, eles têm talento. Para fazer as pessoas dormirem. 

Quando dou um tapa em seu ombro, ele finge uma careta de dor e dá uma risada. 

— Qual é, você gosta de banda morta. Faz quanto tempo que eles se separaram?

— Cinco anos. Mas pra sua informação, eles não se separaram, apenas entraram em hiatus. Tenho fé que eles vão voltar um dia.

— Ah, claro. Espera sentada.

Pretendo dar mais um tapa nele, mas não faço. Apenas ignoro seu comentário. Não demora muito para chegarmos na casa do Samuel. Mas me surpreendo quando vejo que não havia apenas os meninos, como vários adolescentes naquela casa, seja por fora ou por dentro.

Todos os olhares foram direcionados para mim e Gilinsky assim que saímos do carro, o que me faz querer enfiar meu rosto num buraco. Tento ao máximo não olhar para as pessoas, focando apenas em entrar naquela porta. 

A casa é enorme por dentro. Haviam vários andares, nós paramos no terceiro, o último, onde tem uma cobertura gigante. Uma piscina grande com várias pessoas dentro, outras na churrasqueira, e outras dançando e bebendo. Johnson e os meninos definitivamente estão na parte de dançar e beber. 

— Bea! — Johnson fala assim que me vê. Ele se aproxima de mim e me abraça. Nate e Samuel fazem o mesmo. 

— Vou pegar bebida. Vai querer? — Gilinsky pergunta pra mim.

— Eu não bebo. 

— Por que eu não estou surpreso? — ele arqueia as sobrancelhas. Jack entra na multidão, e some da minha vista.

— Sério? Não vai se divertir? — Johnson pergunta.

— Eu não preciso beber pra me divertir. — falei rindo. 

— Tá certa! A Bea é mais nova e consegue ser mais responsável que a gente. — Nate fala me abraçando de lado. Ele está fedendo a álcool e maconha, obviamente está chapado.

Esse cheiro começa a me dar tonturas, me fazendo lembrar de coisas que eu não queria. Do meu passado.

Me envolvi com bebida e maconha com catorze anos. Estava naquela fase depressiva onde meu pai e meu irmão tinham me abandonado e achei que a solução era me drogar. O problema é que eu fazia isso todos os dias, tinha virado minha rotina, até que a minha mãe descobriu e me colocou num psicólogo. É nítido que o motivo da minha rebeldia era que eu não estava conseguindo lidar com os problemas da minha família. E depois de muita terapia, eu consegui largar os vícios, só não tinha conseguido perdoar o meu pai. Até chegar aqui.

Saio do transe e engulo em seco.

Goosebumps do Travis Scott em forma de remix começa a ecoar pela casa, o que faz todo mundo festejar. Os meninos estão dançando como se não houvessem o amanhã, e eu decido dançar junto com eles. Gilinsky não está com a gente, e também não me preocupo em saber onde está, pois a vibe naquele momento está muito boa, e eu só quero que não acabe. 

(...)

Eu nem reparo nas horas que passam voando naquela tarde. Cheguei aqui eram quase meio dia, e meu relógio marca quatro horas da tarde. O que eu mais fiz foi comer salgadinho e beber água e refrigerante. Foi quando me deu uma vontade enorme de fazer xixi.

— Sammy, onde fica o banheiro? — pergunto me aproximando dele.

— Tem que descer, fica no primeiro andar. — ele diz.

Vou passando pelas pessoas até descer as escadas. É engraçado ver que eu sou a única sóbria nesse lugar, pois todo mundo está bem alterado. Vejo várias pessoas passando vergonha, e me pergunto se elas vão lembrar disso no dia seguinte.

 Acho o banheiro pelo corredor e entro no mesmo. Faço o que tenho que fazer, lavo as minhas mãos e saio. É no exato momento que dou de cara com o Gilinsky. Nossos corpos se esbarram, ele praticamente cai em cima de mim. E eu o seguro.

— Jack?

Ótimo. Ele está bêbado, tão bêbado que não consegue andar. Nem falar. Nem abrir os olhos.

— Eu preciso sair daqui. — ele diz, com as palavras emboladas.

Franzo o cenho.

Jack sai de cima de mim e continua andando, só que pra fora de casa. Estranho mais ainda, e decido segui-lo. 

— Pra onde você está indo? — pergunto, seguindo seus passos.

— Longe daqui. Não posso ficar na mesma casa que ela. — ele responde, pegando sua chave do carro no bolso. Jack deixa cair no chão e pega novamente. 

— Ela quem? — pergunto novamente. Jack liga o carro, e quando ele está prestes a entrar no veículo, eu o impeço, pegando a chave.  — Você não vai dirigir desse jeito!

 — Me devolve isso, Bea. — ele diz, tentando pegar da minha mão.

— Deixa eu pelo menos dirigir! — insisto.

— E desde quando você sabe dirigir?

— Eu sei o básico.

— Você vai matar a gente.

— Não, não vou. Já dirigi algumas vezes, especificamente pra deixar colegas meus bêbados em casa.

Ele bufa. Gilinsky dá a volta e entra pelo banco da carona. E eu entro também.

— Onde fica a sua casa? — pergunto, ligando o carro e colocando as mãos no volante.

— Não, eu não quero ir pra casa. Não quero que os meus pais me vejam bêbado.

— Mas você é maior de idade.

— Você não entenderia. — ele diz, encostando a cabeça na janela.

— Posso tentar entender. — Jack não me responde. — Ok... então pra onde nós vamos?

— Apenas... apenas dirija, ok? É difícil? — ele é grosseiro.

Jack está irritado, mas por quê? Quem ele não queria ver? De quem ele queria ficar longe? Será que a Lola está  nessa casa? É a única resposta plausível pra isso.

Dou a partida. O caminho todo foi em silêncio, por um momento até achei que Jack está dormindo, e deixei assim, não queria incomodá-lo. Já eu, estou desesperada. Seguia um caminho reto, não sabendo onde estava, apenas dirigia. 

— Vira essa direita. — a voz de Jack me fez dar um pulo de susto. Ok, então ele está acordado.

Faço o que ele manda e em seguida, entramos numa estrada de cascalho. O único som que ouvimos é o das pedrinhas sendo amassadas pelos pneus. De repente me dou conta que estamos no meio do nada. Começo a ficar nervosa. Estamos a sós, realmente sozinhos. Não há carros, nem construções, nem nada por perto.

— Jack, que lugar é esse?

— Continua dirigindo, estamos chegando.

Depois de rodar mais ou menos um quilômetro e meio, eu paro o carro. Observo aquele lugar com cautela. Havia mato, árvore e planta. Com certeza é um lugar agradável e sereno. Mas por que estamos aqui?

Jack sai do carro, e percebo que seu corpo ainda está  um pouco mole. Eu respiro fundo e fecho os olhos, tentando não surtar. No que eu me meti? Por que eu estou aqui com ele?

Decido não falar mais nada, ele está bêbado e não vale a pena discuti com gente assim. Apenas o sigo, e alguns minutos depois, chegamos á beira de um córrego, na verdade mais para um rio. Não faço ideia de qual seja, mas parece bem fundo.

Sem dizer nada, Gilinsky tira a camiseta preta. Meus olhos percorrem seu abdômen definido e eu tento ao máximo desviar o olhar, mas é impossível. Até que ele começa a tirar seu tênis. 

Espera...

— Você vai entrar nisso? — questiono, apontando pra água.

— Sim. — ele responde, desabotoando sua calça, e eu arregalo os olhos.

Não sei se fico assustada com o fato dele tá se despindo ou porque ele vai entrar nesse rio. Bêbado. Qual a probabilidade de dar merda?

— Jack, você ficou maluco? Primeiro que você não sabe o que tem nesse rio, e segundo que você está bêbado! Por favor, não faz isso. Não quero que aconteça nenhuma besteira do tipo algum bicho puxar seu pé, ou você se afogar e desaparecer.

— Relaxa, eu venho pra cá desde quando era criança. A água é limpinha, dá até pra ver o fundo. E não, não tem nenhum bicho.

Ah, claro. Me convenceu muito.

— Não vai entrar? — ele pergunta. Nessa altura, Jack está apenas de cueca preta, bem justa por sinal. O seu corpo é extremamente bonito, parece uma escultura. 

— Não. — respondo.

— Você não é nada divertida. Azar o seu.

Jack pula na água. Ele começa a nadar e boiar como se fosse uma criança. Céus, por que pessoas bêbadas são tão chatas? E irresponsáveis?

— A água está quentinha, você não sabe o que está perdendo!

Suspiro fundo. Me aproximo e sento na beirada. Fico o encarando enquanto ele se diverte.

— Não vai me contar o que aconteceu lá na festa? — pergunto e seu sorriso se murcha.

— Lola. — ele responde curto e grosso.

— Ela fez alguma coisa? 

— Eu não quero falar sobre isso. É só que... a gente brigou, como sempre. Mesmo separados, a gente consegue brigar. — ele ri nasalado. — Mas eu estou bem. Só precisava de um tempo.

— Tem certeza?

— Sim, claro. Como eu disse, não sinto mais nada por ela, mas infelizmente sou obrigado a vê-la o tempo todo, sabe? Cidade pequena, pessoas conhecidas... enfim, só quero sair daqui logo. 

— Mas não foi você que me disse que eu estaria passando as férias no melhor lugar do mundo? — arqueio as sobrancelhas e ele gargalha. E que risada gostosa. 

— Foi pra te animar. — ele confessa.

— Quer saber? Eu vou entrar. — falo me referindo ao rio. Jack se surpreende, mas logo comemora. — Posso usar sua blusa? 

Não quero ficar de sutiã e calcinha na frente dele, a minha vergonha não permite.

— Pode.

—  Tudo bem, mas você tem que se virar. 

— Sério isso? — ele ri. Antes que eu protestasse, ele se vira, me respeitando.

Ok, o mínimo.

Me troco rápido. E aqui estou eu, com a blusa do Gilinsky — que é mais um vestido pra mim — e com seu cheiro impregnado no meu corpo. Quando ele se vira, arregala os olhos e me analisa de cima pra baixo. Naquele momento, eu sinto uma conexão estranha com ele, nossos olhares são profundo um com o outro, é como se estivéssemos hipnotizados. Mas logo lembro que ele está bêbado, e que pode não ser real essa conexão.

Me sento na beirada de novo e fecho bem as pernas para ele não ver a minha calcinha. Ele percebe e sorri pra mim ao estender as mãos. Jack me agarra pelas pernas, e eu sinto meu corpo se arrepiar. Só espero que ele não perceba isso.

Gilinsky me segura pela cintura e me põe na água, que está morninha e produz uma sensação agradável contra a minha pele quente. Ele me solta, e fico em pé dentro do rio. Nós começamos a nadar para o fundo. Só então percebo que a camiseta fica inflada por causa da água que entra por baixo. Levo um susto e a puxo de volta, o que faz Jack rir.

— Você podia tirar isso de uma vez. — ele diz, me provocando.

— Ah, claro. Vou ficar de sutiã na sua frente, sim.

— Não seria uma má ideia.

— Idiota. — jogo água nele. Ele arqueia as sobrancelhas e faz uma cara do tipo ''Não acredito que você jogou água em mim!''.

Jack estende seu braço comprido, me enlaça pela cintura e me puxa para baixo. Levo imediatamente a mão ao nariz. Quando voltamos a superfície, Jack caí na gargalhada, o que me faz rir também.

— É sério que você tampa o nariz quando mergulha?

— É automático, não consigo controlar. — me defendo.

Ele fica debochando de mim e eu me movo a direção dele, ignorando o fato da camiseta não parar de subir, e tento enfiar sua cabeça na água, o que falho miseravelmente, visto que Jack é o dobro do meu tamanho. Obviamente ele não afunda e então começa a rir ainda mais, mostrando todos os seus lindos dentes brancos.

Gilinsky tenta me agarrar para me derrubar, mas eu acabo envolvendo sua cintura com as minhas coxas, sem me dar conta no que estou fazendo. Um suspiro de susto escapa de seus lábios. 

— Desculpa. — murmuro, e tiro as pernas dele.

— Tudo bem, eu gosto. — ele diz, agarrando as minhas pernas e colocando elas de volta na sua cintura.

A eletricidade que existe entre nós aparece, e mais forte do que nunca. Nossos rostos estão próximos, eu observo cada detalhe do seu perfil, e deduzo que ele esteja fazendo o mesmo. Minha respiração está falha. Nunca me senti tão conectada assim com ninguém. Não consigo parar de encará-lo. Droga, ele é tão bonito. 

Mas está bêbado. Sinto seu hálito de cerveja e o clima quebra na hora.

— Eu acho melhor irmos embora. 

Jack está imóvel. Sua feição é de frustrado. Eu também estou. Por um momento, senti vontade de beijá-lo, mas não posso fazer isso. Não agora.

— De repente o efeito do álcool sumiu. 

Jack diz, e não sei decifrar se ele está bravo ou chateado. Mas ele sai de perto de mim e sobe para o píer. Eu suspiro fundo e subo também. O silêncio é perturbador, estamos sem graça. Há dois minutos atrás, eu estava sentindo uma conexão enorme, mas agora estou me sentindo constrangida. Até demais.

Jack jura que agora está sóbrio, e eu não discuto, nem falo nada. Nós entramos no carro e ele me leva de volta pra casa. O caminho foi todo em silêncio, apenas a música da rádio ecoa nos nossos ouvidos.


Notas Finais


eaiii, oq acharam? comentem o que estao achando pfv. o feedback de vcs eh mt importante pra mim!!!
até maisss, bjs


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