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História Summer Love - Stay away from me.


Escrita por: mwrcy

Notas do Autor


boa leituraaaa
se preparem pra mais um tombo

Capítulo 23 - Stay away from me.


— Eu não acredito que ele fez isso. Que babaca!

Victoria está tão perplexa quanto eu. Assim que Jack foi embora, eu liguei pra ela imediatamente. Precisava de uma amiga no momento. Agora nós estamos no meu quarto, enquanto eu conto tudo o que aconteceu. Com todos os detalhes possíveis.

— O pior é que não to chateada com a situação, e sim porque ele mentiu pra mim. Nós já conversamos tanto sobre isso, e ele continua fazendo a mesma coisa. Sempre as mesmas besteiras. Tô cansada.

— Você tá totalmente certa. Jack às vezes parece criança, já passou da hora dele amadurecer. O cara tem vinte anos.

— É, parece que eles não amadurecem nunca.

— E como você tá se sentindo com isso tudo?

— Não sei, amiga. Tô muito chateada, de verdade. Fico pensando se ele ainda gosta da Lola, deve gostar, porque eu disse que o amo e ele não respondeu de volta, então com certeza ele ainda sente algo por...

— Espera, espera. — Vic me interrompe. — Você disse que o ama? Como assim? 

Ela está com o queixo caído.

— É, disse. 

— Uau. É a primeira vez que vejo uma garota dizer “te amo” primeiro.

Sinto meu peito apertar.

— Então você acha que fiz besteira? Não era pra eu ter falado?

— Não sei, na verdade. Acho que se você o ama, tem que contar sim. Mas ao mesmo tempo, é um pouco arriscado. Eu, por exemplo, esperei o Johnson falar primeiro, mesmo já o amando. E o Jack é complicado, né? Você mesma diz. Não tem boa relação com os pais, não teve um namoro bom, então pode ser que ele tenha travado, algo assim.

Não falo nada. Apenas respiro fundo. 

Não sei o que pensar, sinceramente. Meu coração está doendo, eu nunca senti isso antes. Então é assim que o amor é? Tipo, dor? Porque se for, não estou preparada pra isso.

Jack Gilinsky POV:

Estou arrasado. De verdade. 

Nunca levei fora de uma garota, e com a Bea, não só levei um fora, como ela terminou comigo. Tipo, terminou tudo comigo.

Eu mereço. Sou um idiota. Não falei que a amava, deixei Lola ficar com a sua pulseira e ainda menti pra ela. Fiz três merdas em apenas vinte e quatro horas. Não espero mais nada vindo de mim.

Estou na casa do Samuel. Aparentemente, todo mundo já sabe. Vai levar questões de segundos até Johnson me achar e acabar com a minha vida. E juro que não vou reclamar se ele fizer isso. Tô me sentindo um merda.

— Calma, cara, deixa ela esfriar a cabeça e depois vocês conversam direito.

— Não, Samuel, ela deixou bem claro que terminou comigo e que não tem mais volta.

— Elas sempre falam isso, mas relaxa, tem volta sim. Não é como se você fez a pior coisa do mundo. — Nate comenta. 

— Eu menti pra ela, Nate. E ela preza muito lealdade. Fiz merda, tenho que aceitar e lidar com isso.

— E o que você vai fazer?

— Não sei. — desabo no sofá e suspiro fundo.

Lembro da briga que tivemos. Nunca senti meu coração ficar tão apertado daquele jeito. Ver que eu a machuquei, que ela chorou por causa de mim, me faz sentir péssimo. Não era essa minha intenção, nunca foi. Eu só queria consertar as coisas sem que ela soubesse, mas é claro que Lola se aproveitaria da situação. Odeio essa garota com todas as minhas forças.

Escuto uma campainha na porta. Me estremeço quando Samuel atende e é o Johnson que aparece. Ele parte pra cima de mim e segura minha gola da camisa.

— O que você fez?

— Calma, cara. Sai de cima dele. — Samuel o puxa pelo braço.

— Vou acabar com a sua raça, Gilinsky!

— Johnson, pelo amor de Deus, respira. — Nate tenta ajudar.

O loiro faz o que eles pedem. Ele suspira fundo e me olha com um olhar assassino. Nunca o vi desse jeito.

— É a minha irmã mais nova, cara!

— Eu sei. — respondo, calmo. — E eu me importo muito com ela.

— Ah, se importa? Se importa tanto que a traiu?

— Eu não traí.

— Ele não traiu, Johnson. Eu estava lá, posso te garantir que eles não se beijaram. Eu vi tudo com meus próprios olhos. A Lola só pegou a pulseira e foi embora. — Samuel me defende.

Johnson segura a cabeça entre as mãos.

— Por que? Por que você deixou isso acontecer?

Bufo.

— Eu não sei, tá legal? Fui um imbecil, sei disso, não precisa ficar me lembrando. Agora eu só quero consertar o meu erro.

— Legal, então. Espero que você conserte, senão as coisas vão piorar. — ele diz. — Está pronto?

Engulo um suspiro, porque sei exatamente onde ele quer chegar.

— Vamos acabar logo com isso.

Nate franze o cenho.

— Do que estão falando?

Fico de pé, frente a frente com Johnson.

Quando ele estala os dedos da mão direita, os meninos parecem compreender.

— Você vai bater nele? — Samuel se mete no meio. — Isso é ridículo! De jeito nenhum!

— Gilinsky conhece o nosso acordo. Ele quebrou as regras. Então...

Ele está certo. Existe um acordo. Quando Johnson descobriu que eu e Bea estávamos juntos, ele me chamou pra conversar. Ele me fez prometer não machucar ela, e que se eu descumprisse a promessa, ele iria me bater. Entendo, irmão protetor e tals. Eu aceitei o acordo, porque na minha cabeça, eu nunca ia machucar a Bea, mas acabou acontecendo.

Johnson estala os dedos da mão esquerda.

— Vocês não precisam fazer isso. Já somos grandinho demais pra ficar nessa palhaçada.

— Relaxa, tá tudo bem. Acordo é acordo. Não vai ser nada de...

O filho da puta não me dá um soco. 

Ele me dá uma joelhada no saco.

Caio feito uma pedra, vendo estrelas enquanto sinto a dor revirar meu intestino. Me contorço no chão e aperto o saco, tentando recuperar o fôlego. Porra, isso dói pra caralho.

— Babaca. — murmuro, com um olhar acusador pra Johnson.

— Você merece.

É, mereço mesmo.

Mas agora o meu foco é: reconquistar a Bea.

Beatrice Parker POV:

No outro dia, eu resolvo ir à praia a fim de surfar. Faz tempo que não surfo. Desde que comecei a me relacionar com o Jack, pra ser exata. Mas agora que não estamos mais juntos, e que eu preciso me sentir em paz, tenho que ir. O mar é minha calmaria.

Ao chegar na praia, vejo que não tem ninguém. Até porque são sete horas da manhã, provavelmente só eu estou acordada nessa cidade. Até as ruas estão vazias. 

Vou para o mar. Ele está calmo. Estou com a barriga apoiada na prancha e com as mãos, eu me guio pela água. Ai, que sensação de paz. Sério mesmo, meu coração está mais leve agora. 

Percebo que vai fazer uma onda e corro atrás dela. Mas, para o meu azar, ela acaba quebrando e eu caio. 

Droga. Que saco.

Fico mais alguns minutos no mar, até que resolvo sair. Com meu cabelo pingando, e minha pele salgada, eu caminho na areia e coloco a prancha de volta no píer. Estou prestes a ir embora, mas escuto alguém gritar meu nome. Me viro. É o Trevor.

Ah, ótimo. As coisas não podem piorar.

— Oi.

— Oi.

— Eu procurei você esse final de semana, mas não achei.

— É, eu estava viajando. 

— Voltou hoje?

— Ontem.

— Entendi. — ele diz. Um silêncio paira no ar. — Queria me desculpar pela forma que te tratei na sua casa outro dia. Não tenho direito de falar sobre seu relacionamento com Jack, e também não posso te forçar a querer voltar para o trabalho. Você...

— Tá tudo bem. — o interrompo. — Pra ser sincera, você estava certo.

— Como assim?

— Bom, Jack é um babaca, e partiu meu coração. Nós terminamos. — assim que falo isso, Trevor arregala os olhos. — E eu não deveria ter pedido demissão, estava estressada e acabei agindo por impulso. Também não deveria ter me afastado de você, gosto da sua amizade, apesar de tudo o que aconteceu.

— Nossa... eu... 

Trevor gagueja. 

Por que todo mundo se surpreende quando eu falo que Jack e eu terminamos? Vic não acreditou, papai ficou abismado, precisei repetir três vezes para Johnson, e agora Trevor está sem o que falar. 

— Sinto muito pelo o que aconteceu.

— Não sinta, eu estou bem.

É claro que não estou bem. Nada bem. Mas vou ficar.

— Se eu puder fazer alguma coisa pra você se sentir melhor... me fala, ok?

— Ok. Obrigada. — dou um sorriso de lado, sem mostrar os dentes. — Vou voltar pra casa. Mas foi bom ver você.

— Foi. Te vejo por aí, então. 

Trevor se aproxima pra me abraçar. Sinto seu cheiro nas minhas narinas, mas não é o mesmo cheiro que do Jack. Uma frustração sobe em mim. Não tem comparação. Nenhuma pessoa é do mesmo nível que ele. E quando Trevor desfaz o abraço, me encara, e sela nossos lábios rapidamente, eu o empurro no mesmo segundo.

— Que isso? Ficou maluco? — pergunto, enfurecida.

— Desculpa, eu... eu senti que devia fazer isso.

Argh. Por que homem é assim? Que saco, sério. A mulher não pode mostrar um momento vulnerável que eles querem se aproveitar.

— Pois sentiu errado. Não era pra você ter feito isso.

— Eu sei, me desculpa.

— Que seja. — reviro os olhos. — Tchau, Trevor.

Saio dali mais irritada ainda. Chego em casa, tomo um banho e fico o resto do meu dia trancada no meu quarto.

(...)

Está de noite. Papai está mercado, e Johnson com a Victoria em algum lugar por aí, e eu ainda estou no meu quarto, desde cedo. Passei a tarde toda maratonando The Vampire Diaries, enquanto  comia pipoca. Pelo visto, o resto das minhas férias vão se basear nisso. Estou ao máximo tentando evitar a me encontrar com Gilinsky.

Por falar nele, o garoto não desiste. Meu celular apita de cinco em cinco minutos. Ora é mensagem de texto, ora é ligação. Até que resolvo desligar meu celular, pra ele se tocar e parar de me perturbar de vez. 

Mas parece que ele é sem noção mesmo. Porque logo depois, ouço a campainha da casa tocar. Me recuso a acreditar que é ele, sério mesmo. Se for, sou capaz de cometer um homicídio.

Abro a porta e me deparo com o mesmo. Por um segundo, sinto meu coração se acelerar. Ele é lindo e charmoso, como sempre foi. Mas estamos terminados, não posso ter recaída.

— Qual a parte que você não entendeu que eu não quero conversar com você? — cruzo os braços.

— Você não pode me evitar pra sempre. Nós precisamos conversar.

— Mas nós já conversamos. — falo, como se fosse óbvio.

— Bea, por favor, não complique as coisas.

Suspiro fundo.

— Jack, o que você quer conversar? Porque sinceramente, nada que você for falar, pode mudar minha decisão.

— Você não pensou numa possibilidade de me perdoar? — seu tom é esperançoso. 

— Não.

Ele abaixa a cabeça, triste.

— O que eu posso fazer pra isso acontecer?

— Meu Deus... — passo a mão pelos meus cabelos e olho pra cima. — Jack, como que você me pergunta uma coisa dessa? Sério? Perdoar não é tão fácil assim. E mesmo se te perdoasse, isso não significa que iremos voltar. Por que acha que vou fazer isso?

— Porque você me ama. — ele diz, e eu reviro os olhos. — Porque pessoas cometem erros. Eu cometi um erro, e vou cometer muito mais. Porque não sou perfeito, mas estou pronto pra admitir isso e querer mudar.

— Você diz sobre mudar há muito tempo, mas não faz por onde. Parece que estamos sempre voltando pra estaca zero. 

— Mas eu prometo que dessa vez vai ser diferente. — ele se aproxima, e coloca suas mãos no meu pescoço. Sinto um arrepio. — Eu prometo, Bea. Só me dá mais uma chance.

Ele inclina a cabeça, e umedece os lábios.

Eu recuo, imediatamente.

— Qual o problema de vocês homens hoje em dia? — pergunto, irritada. — Qualquer coisa é motivo pra beijo. Vocês acham que me beijando, eu vou acabar cedendo e ficando com vocês. — ele franze o cenho. — Pois bem, eu não vou. Parem de tentar me beijar!

Fecho a boca na mesma hora. Não, eu não acabei de falar isso em voz alta. Mas, pela forma como os olhos de Jack se arregalam e ele cerra os dentes, sei que falei. Minha dor de cabeça se multiplica por dez, e minha vontade é de dar um tapa na minha própria cara.

— Quem... quem te beijou? — ele pergunta, ofegante, como se tivesse acabado de correr uma maratona.

— Ninguém.

— Beatrice. — ele rosna. — Quem te beijou?

— Trevor. — admito.

— Você tá brincando comigo, né? Está... está falando sério?

— Ele tentou, mas eu o empurrei na hora. Não foi nada demais, nem senti a boca dele direito, eu...

— Mas que porra! — ele grita. — Você termina comigo e no outro dia está nos braços daquele cara? E ainda se beijam?

— Não foi bem assim. Eu estava na praia, ele apareceu, e... — dou uma pausa. — Quer saber? Eu não te devo explicações. Já falei que eu o impedi, se não quiser acreditar, não acredite. Não posso fazer nada.

— Uau... você é inacreditável. Não acredito que fez isso. E ainda me trata como se eu fosse um lixo.

— Nós não estamos mais juntos, Jack.

Ele balança a cabeça negativamente várias vezes. Por fim, me olha profundamente nos olhos e diz:

— Quer saber? Você tem razão. E, para a sua informação, enquanto você estava beijando o babaca do Trevor, eu estava transando com a Lola.

Eu estava transando com a Lola. Eu estava transando com a Lola. Eu estava transando com a Lola. Eu estava transando com a Lola. Eu estava transando com a Lola. Eu estava transando com a Lola. Eu estava transando com a Lola. Eu estava transando com a Lola. 

As palavras de Jack ecoam na minha cabeça sem parar. Sinto minha pressão cair, de novo. Estou imóvel, minha respiração está falha. Levo um tempo pra ingerir essa informação. 

Sem mais nem menos, dou um tapa na sua cara.

— Fique longe de mim. — digo, pausadamente.

E então, fecho a porta.


Notas Finais


ai gnt amo um dramakkkkkkkkkkkkkk
espero que tenham gostado
me digam oq acharam pfv!!!
vou tentar postar o mais rapido possivel, to ansiosa pra escrever o proximo cap
ate maissss amores
bjs


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