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História Summer Love - Gone.


Escrita por: mwrcy

Notas do Autor


ja vou logo pedindo pra vcs se preparem com esse capitulo e por favor POR FAVOR não me matem!!!!!

Capítulo 33 - Gone.


— Ele estava com câncer esse tempo todo e você não me falou nada? — pergunto totalmente histérica, enquanto estamos no seu carro a caminho de volta para o meu pai.

— Calma, meninas, sem estresse, por favor. — Mark diz, tentando nos tranquilizar.

— Sem estresse? — pergunto indignada. — Meu pai está morrendo!

— Não, não está. Ele vai ficar bem. — minha mãe responde e, em seguida, respira fundo. — Ele não queria que você soubesse. Não queria que você fosse passar as férias na casa dele por pena. Eu apenas fiz a vontade do seu pai. Sei que foi uma atitude egoísta, mas... 

— Ainda bem que você sabe. — a interrompo. — E não fala comigo, por favor. Apenas dirija rápido. 

Um silêncio paira no ar, e permanece assim. 

Minha mente está uma confusão. Eu não sei se choro, ou se fico estressada. Só sei que preciso chegar no hospital logo. Preciso ver o meu pai. Preciso saber se ele vai ficar bem.

(...)

Muito tempo depois, quando Mark estaciona o carro na garagem do hospital, ainda estou chorando. Passei a viagem toda imaginando como seria se meu pai morresse. É inevitável não pensar nisso. E, meu Deus, meu coração nunca doeu tanto assim. Não quero que ele morra. Quero ele comigo. Pra sempre. Nunca pensei que precisaria tanto dele assim.

Limpo os olhos o melhor que posso, mas minha maquiagem borrada suja meu rosto todo. Droga, nunca uso essas coisas, e agora que estou usando, tô parecendo uma palhaça.

Corro direto, mesmo sem saber pra onde estou correndo. Estou desesperada. Meus olhos rolam por vários lugares, e não consigo achar nada. Me aproximo de um balcão, e vejo uma jovem mexendo no computador. Ela deve ser a recepcionista. 

— Com licença, eu preciso da sua ajuda, por favor. É urgente. — digo, em um tom abafado.

— Pois não?

— Preciso saber onde se encontra Steve Parker. 

— Ok. Espera um minuto que vou verificar. — e então, ela começa a procurar o nome na lista. 

Minha mãe e Mark conseguem me alcançar. Eles falam alguma coisa, mas não presto atenção. Parece que estou no meu próprio mundo. Apenas pensando no meu pai.

— Ele está em cirurgia agora. 

— Ai, meu Deus. — lágrimas começam a cair novamente no meu rosto. — Onde podemos aguardar?

— Pelo que eu vi, ele está no segundo andar. Então vocês podem subir, virar a direita e aguardarem por ali. Vai ter um médico atendendo vocês.

— Tudo bem. Obrigada. 

Volto a correr, mas sinto minha mãe segurando meu pulso.

— Filha, você...

— Não. — eu me solto. — Eu disse pra você não falar comigo. 

— Mas...

— Qual é o seu problema? Você me odeia tanto assim? — grito. À esse altura, algumas pessoas ao redor estão nos encarando. — Me mandar passar as férias com meu pai, fazer com que eu me reaproxime dele, pra depois eu o perder de novo?

Agora minha mãe está chorando também. Ótimo.

— Kim, deixa ela ir. — Mark tenta consolar sua esposa.

Ela assente. 

Quando chego ao perspectivo lugar que a recepcionista disse, vejo rostos conhecidos. Conhecidos até demais. 

Victoria, Johnson, Samuel, Nate, Grace e Jack. 

Grace nem conhece meu pai, mas aposto que está aqui apenas para mandar energias positivas. 

Meu coração para por um segundo quando meu olhar se encontra com o Jack. Ele é o mais próximo de mim. Então, sem pensar no que estou fazendo, praticamente me jogo em cima dele, envolvendo-o com os braços. 

Jack dá um passo pra trás, sem dúvidas surpreso pela demonstração de carinho, mas logo depois, ele passa seus braços em torno de mim e me deixa chorar em sua blusa.

Abraçá-lo pela primeira vez em uma eternidade é melhor do que eu poderia tentar descrever. Estava com saudade desse abraço. É o único lugar que me sinto segura. E sentir seu cheiro me tranquiliza. Eu precisava disso, pelo menos agora.

— Ele vai ficar bem, Bea. Eu prometo. — Jack sussurra no meu ouvido. Eu apenas faço que sim com a cabeça.

Percebo que estamos há um tempo abraçados, então eu saio de cima dele, apesar de não querer. O resto do pessoal está nos encarando, e por um segundo, o clima fica constrangedor. Mas, em seguida, Vic se levanta e se move na minha direção, me abraçando.

— Onde você estava? Fiquei preocupada. 

— Eu... — gaguejo. Não sei o que responder. — Vocês sabem como meu pai está? — pergunto, mudando de assunto.

— Faz uma hora que ele está na cirurgia. Só isso que sabemos. — Johnson responde.

— Você sabia disso?

— Não. — meu irmão nega. — Pelo visto ele estava escondendo da gente esse tempo todo.

— Por quê ele fez isso? Foi tão egoísta. — eu lamento. 

— Medo, talvez. — Samuel dá de ombros. 

— Não justifica, cara. Steve deveria ter contado. — Nate responde, e Grace concorda. — Agora estamos aqui. Preocupados. Enquanto tudo isso poderia ter evitado. Quero dizer, será que ele tratou o câncer desde o início? Ou deixou piorar?

Perguntas que não obtém respostas. Infelizmente.

Me sento ao lado de Johnson e seguro sua mão, forte. Ele suspira fundo e encara Vic, que assente com a cabeça. 

— Sei que não é o melhor momento agora, mas temos uma notícia pra dar pra você. O resto do pessoal já sabe e... — meu irmão gagueja. Ele não consegue terminar a frase.

— Eu estou grávida. — Vic responde por ele. — Johnson e eu teremos um bebê. 

Meu queixo cai. Meus olhos se arregalam. Meu coração para de bater.

— Você o quê? — ainda estou chocada. 

— É isso aí.

— Meu Deus! — coloco as mãos na boca. — Parabéns, eu acho? — semicerro os olhos. Não sei se isso é bom ou ruim pra eles, já que os dois são jovens. Mas eu estou feliz. — Pelo menos uma notícia boa. 

— Pois, é. 

Diante disso, um médico sai de uma sala e se aproxima de nós. Imagino que seja o mesmo médico que está atendendo meu pai. Ao mesmo tempo, Mark e Kim aparecem. Eu volto a ficar nervosa. Por favor que ele esteja bem. Por favor que ele esteja bem. Por favor que ele esteja bem.

— A cirurgia ocorreu de forma tranquila e correta. Steve está de repouso agora. — quando ele fala isso, eu suspiro de alívio. — Mas ele está cansado, portanto está dormindo. Vocês podem visitá-lo quando o mesmo acordar.

— Muito obrigada. — abraço o médico, que se surpreende. — Você salvou o meu pai. Muito obrigada. 

— Esse é o meu trabalho. — ele sorri amigável.

O médico conversou com a minha mãe sobre o que eles fizeram na cirurgia, de forma detalhada, enquanto eu e o pessoal estamos comemorando o fato do meu pai estar bem. 

— Eu falei que ia dar tudo certo, não falei? — Jack chama a minha atenção.

— É. — sorri de lado.

Estamos brigados, mas de alguma forma, estamos nos dando bem agora. Não estou com raiva dele, ou algo do tipo. Minha única preocupação no momento é o meu pai.

— Podemos conversar? 

Eu arqueio as sobrancelhas.

— Hm, sim, claro. O que foi? 

— Então... — Jack senta na cadeira, e eu faço o mesmo. — Eu vou embora hoje.

— Como é? — arregalo os olhos.

Sei que ele ia embora um dia, mas levei um choque ao saber que seria hoje. 

— Conversei com meus pais e eles concordaram que quanto mais rápido, melhor. Preciso resolver as coisas da minha matrícula e... 

Sua voz começa a virar um eco na minha cabeça. 

E voltamos a estaca zero. Sinto as lágrimas queimarem os meus olhos, estou lutando muito pra não chorar. Mas é impossível. Impossível porque Jack — o homem da minha vida — está indo embora. E tenho certeza que hoje é a última vez que vou vê-lo. Até porque Jack vai pra Nova York, que fica do outro lado do país, e só Deus sabe quando vai ficar lá. Ou seja, nós acabamos. Realmente acabamos. Tudo não se passou de um amor de verão.

— Na verdade, já era pra eu ter ido embora. Mas assim que soube do Steve, vim correndo pra cá. Precisava saber se ele ia ficar bem. Se você ia ficar bem.

Não encontro forças pra falar. Isso com certeza me abalou de uma forma inexplicável. 

Hoje eu só recebi notícias bombásticas. Meu pai tem câncer, Victoria está grávida, meu irmão vai ser pai, eu vou ser tia. E Jack está partindo. 

Como ainda não desmaiei de nervoso? 

— Fala alguma coisa, por favor. — ele sussurra, de cabeça baixa. 

— Bom... — suspiro fundo. — Foi o que você me disse ontem. Nós dois sabíamos que esse dia ia chegar, só estávamos evitando o inevitável.

Jack erga o olhar pra mim.

— Então é isso? Essa foi a nossa história? 

Droga. Uma lágrima acaba escapando no meu rosto.

— Parece que sim. — dou de ombros. 

— Certo... — ele diz. — Eu vou sentir sua falta.

— Ah, por favor, não faça com que isso pareça uma despedida.

— Mas é, Bea.

Eu o encaro.

Quero falar tantas coisas para Jack. Quero insistir mais uma vez. Posso estar sendo egoísta, mas não quero que ele vá embora. Quero que ele fique aqui comigo, porque eu preciso dele mais do que nunca. Estou passando pela pior fase da minha vida, e quero o amor da minha vida ao meu lado. Me apoiando. Me ajudando. Me incentivando. Como ele sempre fez. Preciso do meu porto seguro. 

Mas não é isso que eu faço.

— Então, adeus, Jack.

Estou prestes a me levantar pra sair daquele lugar, me trancar em uma sala e chorar, mas Jack me puxa para um abraço apertado. Suas mãos vão parar no meu pescoço.

— Eu não acredito que você vá me esperar um dia, mas espero que sim. — ele diz, encarando nos meus olhos. — Se duas pessoas são feitas pra ficar juntas, eventualmente acharão o caminho de volta. E eu prometo, Bea, que se a gente se achar novamente, eu vou ser o cara certo pra você. Eu vou estar pronto pra você. 

— Você realmente acredita nisso?

— Sim. É claro que sim.

Dou um sorriso de lado, sem emoção. Também quero acreditar, mas não consigo. Só em vida de filme que essas coisas acontecem. A vida real não é assim.

(...)

Jack foi embora porque o voo dele era daqui há uma hora. Foi uma morte dolorosa ter que vê-lo partir. A pior coisa foi a despedida. O grupo todo se abraçando, declarações, choradeiras e risadas. Da minha parte, foi só choro. Inclusive, Victoria e Johnson decidiram que eu e ele iríamos ser os padrinhos do seu bebê. Ou seja, eu literalmente só chorei. Pareci uma criança chorona. Além de tia, vou ser madrinha.

Notícia boa: finalmente o meu pai acordou. Portanto, concordamos em ir dois de cada para visitá-lo. Primeiro, fui eu e Johnson. Quando o vi, a primeira coisa que fiz foi voar em cima dele para abraçá-lo, e depois brigar com ele por causa do seu egoísmo. Depois de ouvir seu ponto de vista, eu o entendi, mesmo não concordando.

Ficamos quase duas horas ali conversando. Steve chorou muito ao saber que vai ser avô, o mesmo já estava falando sobre o que faria com seu neto, e tudo mais. Até o médico nos chamar atenção, pedindo para que nos retirássemos. Apesar do meu pai estar bem, ele precisava descansar. Isso incluía: não falar muito, e não fazer esforço.

Nós voltamos pra casa. Mark e minha mãe estavam com a gente para dar suporte e tudo mais, mesmo eu achando desnecessário a presença deles.

Os pais de Victoria não reagiram muito bem à notícia da gravidez da sua filha. E, ao invés de a apoiarem, simplesmente tiraram a casa dela. E cortaram a sua mesada também. Ou seja, ela está na rua. Mas sendo específica: morando conosco. Johnson agora vai ter que se virar pra arranjar um emprego e sustentar os três.

O clima tá muito tenso pra todo mundo. De fato, estamos vivendo a pior fase da vida. Mas sei que vamos superar isso. 

Foi quando aquilo aconteceu. Aquilo que mudou a minha vida de cabeça pra baixo.

Estava de noite, eu estava quase caindo no sono, quando a minha mãe abriu a porta do meu quarto vagarosamente e eu pulei de susto. Ao ver seu rosto cheio de lágrimas e seu peito batendo fortemente, eu imaginei o que tinha acontecido.

Meu pai teve um ataque cardíaco e acabou morrendo.


Notas Finais


AAAAAAAAAAA :(((( desculpa por isso gnt mas eu PRECISAVA fazer isso acontecer, faz parte da historiaaaaaa :( qm me conhece sabe q eu amo uns dramas nas fics
espero que tenham gostado
comentam pfv falando sobre oq acharam
lembrando q o feedback de vcs eh importante pra mim!!!
ate mais, meus amores


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