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História Summerboy - Capítulo 8 - Stairs


Escrita por: JohnCortez

Notas do Autor


Conheceremos aqui uma versão adulta de Bianca, linda e advogadíssima. :D

Capítulo 8 - Capítulo 8 - Stairs


Fanfic / Fanfiction Summerboy - Capítulo 8 - Stairs

“Sometimes, you might start a fight, but I’m happy pretending we’re alright”
Summerboy Lady Gaga

 

Já se completavam três dias que não via nem falava com Nico, ele ficou realmente chateado com o que viu naquele dia.

     Apesar de não termos assumido nenhum tipo de compromisso eu sabia que ambos queríamos isso, mesmo que fosse difícil.

     Não o encontrava em nenhum lugar onde passei. Com certeza eu era a ultima pessoa que ele queria ver, então estava me evitando.

     Não posso julga-lo, acho que faria a mesma coisa. Ficaria por um bom tempo sem sair de casa. Casa. Casa? Casa é claro!

     Cruzei muitas ruas tentando me lembrar do caminho que Nico tinha feito no dia do luau. Errei muitas, muitas vezes, mas desistir não era uma opção. Depois de milhares de tentativas falhas e acabar me perdendo inúmeras vezes encontrei sua casa. Paredes azuis, arbustos em um cuidadoso formato quadrado. Sim, encontrei. Atravessei o caminho de pedras no chão. Lembrei-me de Nico me apoiando enquanto eu estava naquele estado lamentável.

     Bati na porta duas vezes, em seguida escutei barulho de saltos no chão, eles ficavam mais altos, a maçaneta girou-se, eu respirei fundo.

     – Pois não?

Disse uma mulher elegante me encarando. Ela trajava roupas escuras e um sapato cinza, esse que fazia barulho e anunciou a sua aproximação. Seus cabelos pretos amarrados em um rabo de cavalo alto e olhos escuros, não tanto quanto os de Nico. Certamente era Bianca, a irmã dele.

     – Com licença, Bianca di Angelo?

     – Sou eu mesma, e você quem é? – ela disse com um sorriso amigável.

     – Sou Percy, Percy Jackson.

     – Ah sim, Percy. – seu sorriso transformou-se em uma feição tensa. – Nico havia me dito que você poderia aparecer.

     – Ele está? Eu poderia falar com ele?

     – Olha, Percy, eu não tenho certeza se devo permitir que você fale com ele. Nico está um tanto...

     – Eu sei que ele não deve querer me ver, e com razão. Eu cometi um erro e tenho consciência disso, mas eu queria me desculpar.

     Ela olhou para o teto por alguns segundos, o único som que se ouvia eram os seus sapatos batendo repetidas vezes no chão como se pensasse a respeito do que fazer, suspirou.

     – Ele vai me odiar por isso. – eu arqueei uma sobrancelha esperando a resposta. – Tudo bem, você pode falar com ele. – ela afastou-se para que eu entrasse.

     – Obrigado.

     – Disponha. Será que poderia dizer a ele que eu tive que sair mais cedo para o escritório?

     – Claro. ­– respondi assentindo.

     – Agradecida. Ele está no quarto dormindo. – pegou sua bolsa em cima de uma poltrona. – Foi um prazer, Percy.

     – Igualmente. – respondi.

     Bianca saiu e fechou a porta. Olhei em volta respirando fundo outra vez.

     – Vamos lá, Perseu. – disse para mim mesmo.

     Segui rumo à escada. Subi-a lentamente procurando fazer o menor ruído possível, assim que cheguei ao ultimo degrau olhei para a direita, vi a porta do quarto de Nico entreaberta. Contei passos até chegar ao outro lado, abri a porta ainda mais devagar temendo que ela fizesse algum barulho.

     Pude ver Nico deitado em sua cama, envolvido em um edredom branco, dormia profundamente.

     Andei até a cama onde sentei ao seu lado.

     – Me perdoe. – eu falei baixo quase como um sussurro acarinhando seu rosto.

     Infelizmente todo esse clima foi interrompido quando meu celular começou a gritar avisando que alguém fazia uma ligação bastante inconveniente para o meu número, saltei da cama procurando pelo aparelho nos bolsos da calça, quando finalmente consegui silencia-lo já era tarde.

     – Percy? O que você está fazendo aqui? – Nico gritou quase tão alto quanto o meu celular.

     – Nico, eu preciso conversar com você.

     – Eu sabia que a Bianca ia deixar você subir, aquela vaca. – ele bufou. – Não temos nada a conversar, Jackson. Por favor, saia do meu quarto, saia da minha casa.

     – Eu não vou a lugar nenhum, Di Angelo, sem antes conversarmos.

     – Já disse que não há o que conversar. – ele gritou ainda mais alto, colocou as mãos em minhas costas me empurrando para fora do quarto.

     – Para com isso, Nico. Não adianta fingir que não se importa porque eu sei que você se importa tanto quanto eu.

     – Você não sabe de nada, nada. – ele continuou me empurrando para o corredor.

     – Nico, será que você pode tentar me escutar? – quando chegamos frente à escada eu parei e me virei para ele.

     – Não, eu não posso. – ele empurrou meu ombro.

     Talvez Nico tivesse se esquecido de que eu estava de costas para escada, e que não era aconselhável empurrar pessoas em circunstâncias como essas. Sim, ele se esqueceu, e com seu empurrão eu acabei me desequilibrando. Resultado? Desci rolando escada a baixo.

     – Pelos Deuses! Percy, você se machucou? – ele desceu as escadas em desespero assim que atingi o chão.

     Foi apenas isso que consegui ouvir.

...

    

     Abri meus olhos com dificuldade, a claridade dificultava, mas com êxito meus olhos focaram em um rosto me olhando de cima, era Nico com os olhos carregados de lagrimas. Eu estava deitado sobre uma cama e minha cabeça estava apoiada em seu colo

     – Percy? – Nico esfregou a mão nos olhos.

     – Nico? O que aconteceu?

     – Você desmaiou.

     – Como? – coloquei a mão na testa e percebi um ferimento nela. – A escada. Nico você me jogou da escada!

     – Não, eu não fiz intencionalmente. Além disso, a culpa é sua! – Nico se levantou rapidamente. Eu ergui o corpo me mantendo sentado.

     – Minha culpa? Você que quase me matou.

     – Está me chamando de assassino? E a culpa é sua sim, se tivesse saído voluntariamente isso não teria acontecido. – ele revirou os olhos e colocou a mão na minha testa analisando o ferimento.

     – Nico, eu só vim aqui esclarecer as coisas. Será que você pode me ouvir?

     – Você não tem que justificar nada, Percy. Não somos namorados.

     – Eu sei que não somos, mas eu preciso falar isso.

     – Você esta com um machucado, não é o momento para isso, Jackson.

     – Eu estou bem. – falei e afastei suas mãos da minha testa. – Nico isso é o de menos para mim. Ficar sem você dói mais do que isso.

     – Palavras melosas não vão me convencer, Percy. – ele cruzou os braços. – Eu estou magoado com você sim, mas isso não importa, não temos nada.

     – Você esta dizendo que não temos nada?

     – Você beijou o Luke!

     – Eu não queria beijar o Luke! Não foi uma atitude minha.

     – Ele não beijou sozinho. – Nico começara a se enfurecer.

     – Eu sei disso, por isso eu vim te procurar. Eu tenho culpa.

     – Não me interessa. Não quero saber.

     – Você diz que não temos nada e depois age como se fossemos casados. Nico eu não estou entendendo mais nada.

     – Porque eu gosto de você seu idiota, eu gosto muito. – ele gritou.

     – Então será que você pode me perdoar?

     – Jackson, eu disse que suas palavras não me convencem.

     – Nico, para de agir assim. Acha que se não quisesse nada com você eu teria vindo até aqui para ser jogado de uma escada e ainda assim pedir desculpas?

     – Você está dizendo que quer ter algo comigo?

     Eu fiquei sem saber o que responder. Era obvio que eu queria, mas isso era impossível, eu não ficaria para sempre. Além disso, prender Nico a um relacionamento era injusto sabendo que logo eu iria embora.

     – É claro que sim, claro que eu quero, mas você sabe que as coisas não são tão simples assim. – respondi. Nico suspirou e assentiu.

     – Percy, não vamos perder mais tempo. Eu não quero brigar, vamos aproveitar cada segundo que tivermos. – sorriu.

     – Eu estou de acordo. – sorri de volta.

     Nico abriu uma gaveta de sua escrivaninha e tirou de lá um curativo, colocou-o na minha testa.

     Ele sentou entre minhas pernas e encostou a cabeça no meu ombro.

     – Eu estava com saudades. – falei em seu ouvido.

     – Pois eu não estava. – ele respondeu sorrindo.

     Rimos baixo. Nico virou-se para mim, roçou o nariz pelo meu pescoço, beijou meu queixo e canto da minha boca, eu completei unindo nossos lábios. Ele deslizou as mãos por dentro da minha blusa. Eu segurava pelos glúteos mantendo seu corpo colado ao meu. Bom, vocês já sabem como isso acaba.

     Nico junto a mim outra vez, era o que eu precisava. Me sentia inteiro outra vez.


Notas Finais


Dois capítulos para o final...
Comentem leitores, quero saber da opinião de vocês. O que estão achando da historia?


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