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História Summertime - Capítulo 5 - Frank


Escrita por: radfuhkiero

Notas do Autor


Oioi, quinta finalmente chegou, yeye !!!! Felizes??
Como estão? Espero que bem hauah
Bom, chegamos no capítulo 5 e sabe o que isso quer dizer? Bosta nenhuma, só falei isso para ter o que escrever aqui em cima.
Espero que gostem do capítulo, escrevi ele com muito carinho (como todos os outros)
Até lá embaixo e boa leitura s2


ps: Obrigada pelos novos favoritos e comentários, isso é muito importante pra mim, me incentiva a continuar a escrever essa história <3

Capítulo 5 - Capítulo 5 - Frank


   O sol ainda não aparecia no céu, mas eu já estava acordado e bem, bem desperto, graças a Gerard Way que além de não sair dos meus pensamentos durante o dia todo, tinha, na última noite, invadido meus sonhos…. Esse não era o primeiro sonho que eu havia tido com ele, e não seria o último, só que dessa vez foi muito mais intenso e real que os outros.

   Estávamos nós dois, em minha cama, ele me beijava cheio de desejo, vez ou outra prendia meu piercing entre seus dentes e eu apenas sabia ceder a todos os seus toques, deixava alguns gemidos fracos escaparem pelos lábios enquanto eu me entregava cada vez mais a ele. Lembro também de como seus cabelos estavam bagunçados, seus olhos totalmente brilhantes, da sensação de beijá-lo daquela forma e de como era bom sentir sua pele contra a minha.

   Tudo parecia perfeito até que, por algum motivo desconhecido, eu acordei e percebi que, novamente, tudo foi um sonho. Em todos os meus sonhos recentes ele estava presente, sempre estávamos juntos e felizes, mas, mesmo com essas semelhanças, as situações eram totalmente diferentes… Algumas vezes estávamos fazendo coisas banais, outras conversando seriamente, até mesmo nos beijando, mas nunca desse jeito tão… Íntimo.

   Voltar a dormir estava, com certeza, fora de cogitação, depois daquele sonho eu não conseguiria fechar meus olhos nem por um decreto sem que as imagens, tão sonhadas por mim, me atormentassem novamente. Tomar um banho gelado era a melhor opção, assim meu corpo e mente voltariam ao normal… Pelo menos eu esperava que isso acontecesse.

   Levantar-me da cama era o mais difícil, a preguiça parecia acorrentar-me ao colchão, mas tinha de criar coragem para enfrentar um novo dia. O caminho até o banheiro era curto, alguns pequenos passos e já era possível alcançar a porta entreaberta do cômodo. Assim que adentrei aquele pequeno espaço arranquei a camiseta que era grande demais e descia até um pouco abaixo de meu quadril, logo depois tirando minha boxer, igualmente escura, e a largando em um canto qualquer.

   A água gelada atingiu minhas costas assim que liguei o chuveiro e eu tive certeza de que tinha tomado a decisão certa, meu corpo foi relaxando gradativamente enquanto sentia o gelado em minhas costas, descendo e atingindo o chão com pouca força. O volume entre minhas pernas diminuía a cada minuto e eu agradecia mentalmente por não ter que me tocar pensando em Gerard, eu não sei como olharia para ele se tivesse me acalmado com a ajuda de minha mão… Não que ele fosse saber de alguma coisa só por me olhar, mas se eu já me sentia o maior idiota do mundo gostando de um cara que tinha conhecido há uma semana e meia, não sei como meu cérebro lidaria com aquilo. Eu não estava acostumado a sentir essas coisas. Eu nunca havia sentido algo parecido. Mas eu teria de aprender a lidar com meu coração, pois eu sabia, de algum jeito, que era inevitável.

   O banho continuava enquanto eu me deixava levar por algumas músicas de punk rock que me vinham à cabeça, eu cantava, dançava, fazia um show dentro daquele pequeno espaço. Música era minha segunda maior paixão, a primeira sem sombra de dúvidas eram os animais, eu poderia passar horas tocando guitarra, cantando ou apenas com meus fones de ouvido, tentando não prestar atenção em toda aquela bagunça em que eu me encontrava por dentro… Às vezes na calada da noite o barulho de toda aquela confusão se tornava tão alto que era muito para suportar e eu recorria a música, fones de ouvido no volume máximo, e eu finalmente conseguia me acalmar.

  Coloquei uma roupa qualquer que incluía minhas calças rasgadas no joelho e a primeira blusa limpa que eu encontrei em meu guarda-roupa, coloquei meu vans sujo, gasto e rabiscado, julgando-me pronto para sair de casa, mas como ainda era cedo eu me deixei cair em meu colchão novamente. Procurei meu celular entre as cobertas e o achei rapidamente, desbloqueei a tela e notei uma notificação no canto da mesma. A abri e me deparei com uma mensagem de Gerard.

   [Quarta-feira 9:49a.m.] Gerard: Bom dia, Frankie! Acordei com vontade do seu café ;) … Ontem esqueci de te falar uma coisa, enquanto nós subíamos as escadas, não pude deixar de notar que você tem uma bela bunda.

   Como ele tinha coragem de escrever uma coisa dessas essa hora da manhã?! Ele deveria saber que não se faz isso com alguém, principalmente com o pequeno Frank aqui, eu poderia morrer e a culpa seria toda dele.

   Minhas bochechas coraram de forma absurda, mas isso não conteve o sorriso sacana que surgia em meus lábios … Digitei a resposta rapidamente antes que a coragem sumisse e eu o deixasse mais uma vez sem respostas.

   [Quarta-feira 9:53a.m.] Frank: Bom dia, Gee! Qualquer dia podemos marcar para tomar mais um café… E, obrigado… Eu acho.

   Por segundos eu pensei em ser mais ousado, tentar entrar um pouco nas provocações dele, insinuar que minha “bela bunda” poderia ser dele a hora que ele quisesse, o que era a mais pura verdade, mas eu tinha vergonha e então apenas o enviei aquelas curtas palavras.

   Dez horas se aproximavam, eu teria de estar no trabalho em poucos minutos, me levantei apressadamente, ajeitando meus cabelos e saindo do quarto logo em seguida. Meu humor tinha se renovado com aquela mensagem… Eu tinha de admitir que mesmo constrangido eu adorava aquele jeito de Gerard, o jeito como ele era indiscreto com as palavras e olhares que me direcionava, isso me deixava louco.

   – Bom dia! – Coloquei apenas meu tronco para dentro da cozinha e acenei para meus pais, mas ambos me ignoraram e continuaram seus afazeres como se eu não existisse. O sorriso que eu tinha anteriormente em lábios, diminuiu e se tornou triste… Eu sabia que não era um ótimo filho e que não tinha muito contato ou agradava muito, mas isso não era motivo para ser ignorado.

   Decidi esquecer isso e ir trabalhar, meu dia havia começado bem e não seria minha relação conturbada com meus pais que estragaria isso, que o tornaria horrível mais uma vez, eu estava disposto a passar por cima dele e manter o otimismo. E fazia muito tempo que eu não agia assim… Talvez anos, mas eu tentaria chegar ao final do dia me sentindo bem, tentaria.

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   – Ray! E ai, cara? – Pulei nas costas de meu melhor amigo assim que avistei ele em frente ao pequeno mercado, por sorte ele conseguiu se equilibrar antes que nós dois fossemos parar no chão o que seria uma cena engraçada e um pouco dolorosa, mas, com certeza, nós dois riríamos como todas as vezes que alguma coisa do tipo acontecia.

    – Frank! – Ele me repreendeu e fez uma careta de dor enquanto eu passava a mão na lateral de seu corpo, onde, provavelmente, meu joelho havia atingido e onde mais tarde apareceria uma mancha arroxeada, “desculpa” exclamei realmente arrependido, achando que eu realmente havia o machucado – Tudo bem baixinho, não foi nada, no máximo vai ficar um pouco marcado, mas okay – bagunçou meus cabelos em um hábito que ele tinha de falar que estava tudo bem, que ele sabia que eu não tinha a intenção – Mas que animação toda é essa?!

   – Não é nada – tentei parecer casual, mas ele me olhou duvidoso, arqueando uma das sobrancelhas e como eu sabia que poderia contar tudo que eu quisesse a ele eu não hesitei em falar a verdade antes que ele perguntasse a segunda vez – É que… O Way me mandou uma mensagem hoje cedo… Isso me deixou… Alegre – a melhor parte de ter Ray como amigo era que eu poderia sempre ser eu mesmo que ele não me julgaria, ele era a única pessoa em quase vinte e um anos para quem e havia contado sobre minha sexualidade.

    – Eu sabia! – ele literalmente gritou, todas as pessoas que passavam por nós dirigiram seus olhares aos dois garotos estranhos parados em frente ao supermercado da cidade, “porra, fala mais baixo! Quer que a cidade inteira o escute?” falei um pouco irritado e ele apenas olhou feio para as pessoas que estavam ao nosso redor, instantaneamente elas voltaram a andar, fingindo que não prestavam mais atenção em nós – Tá, desculpa! – fez gesto de rendição e fiz sinal indicando que não tinha problema, que ele não tinha falado nada demais, então ele continuou a falar, só que dessa vez bem mais baixo e controlado – Eu sabia que tinha rolado um clima entre você e o Gerard! E vejamos só, meu amigo é uma garotinha apaixonada que fica com esse sorriso bobo só por causa de uma mensagem – eu tentei contra-argumentar, falar que eu não estava com “esse sorriso bobo” e ele apenas ria da minha cara. Em algum momento parei de discutir, pois percebi que sim, eu parecia um idiota sorrindo por causa da mensagem de Gerard – Tá, mas agora me fala o que ele fez para ganhar seu coraçãozinho tão rápido?

    – Ahh… Nada demais… Eu não te contei, mas domingo ele passou uma parte da tarde em minha casa, nós conversamos e ele foi legal e algumas vezes fofo – fiz uma pausa reparando na expressão indignada que Ray fez assim que eu falei que não tinha contado todos os fatos da minha vida a ele – Um pouco antes da partida dele, digamos que ele deu em cima de mim… Insinuou algumas coisas, apoiou a mão em um lugar arriscado demais, chegou muito perto, tipo muito perto mesmo – em algum momento da minha explicação eu comecei a perder o controle, falar rápido e minha respiração acelerava, então parei, respirei e continuei – E eu não sei como lidar com isso, Ray… Eu sempre soube que gosto de caras, já fiquei com alguns, mas nunca senti isso por alguém… Eu não estou apaixonado, mas eu sinto alguma coisa… E eu tenho medo, medo de me apaixonar e na verdade ele só estar querendo se divertir…

    – Espera, calma! – fui interrompido e ele pegou em meus ombros, finalmente conseguindo fazer com que eu parasse de falar e prestasse atenção nele – Primeiro: nunca pensei que iria te ver assim, e eu tenho que admitir que é muito engraçado… Segundo: Frank, se toca! Não tenha medo, você sente alguma coisa por ele, então vai atrás! Não fica aí se remoendo por causa disso… Só vai, com calma para não se jogar com tudo e acabar se quebrando, mas vai… Vai ser bom para você, okay?

    – Tá, vou tentar, eu juro – ele nada mais falou, apenas passou o braço por meus ombros e me guiou para dentro do mercado para começar as entediantes horas de trabalho.

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   Três da tarde, o movimento era fraco, muito fraco, mas isso era normal em uma quarta feira. Ray já tinha voltado para sua casa e me deixado lá sozinho… Tudo bem que ele tinha ficado horas a mais semana passada, cobrindo meu horário e trabalhando por dois. Por conta do estado em que meu rosto se encontrava  depois do fim de semana eu não tinha aparecido nos primeiros dias, então eu não reclamaria, era uma forma de agradecê-lo.

   Um pacote de chicletes estava dentro da minha boca, suprindo minha necessidade diária de doces e eu me distraía brincando com os cadarços sujos de meu tênis, sentado ao lado do caixa esperando alguém aparecer pedindo ajuda ou querendo pagar as compras. “Frank!” escutei, pulei em meu lugar por causa do susto que levei com meu nome sendo dito por uma voz que eu reconheceria até bem demais, pela voz de Gerard, ele caminhava calmamente em minha direção com as mãos escondidas em suas costas.

    – Oi, Gee – desviei meu olhar para ele e depois me movi tentando enxergar o que ele escondia, mas como ele era bem maior que eu isso era uma missão impossível, não contendo minha curiosidade decidi perguntar – … Ei… O que você tem aí?

    – Nossa, pensei que conseguiria esconder por um tempo – eu continuava a encarar ele com meus olhos curiosos e um pequeno bico infantil se formou em seus lábios, mas logo depois deu lugar a um lindo sorriso – Bom, eu estava passando por uma loja e vi isso… Lembrei de você e decidi comprar… Espero que goste!

    Uma miniatura de meu monstro favorito surgiu, um pequeno Frankenstein, fofo e muito bem feito, ele era incrível, eu com certeza o colocaria em um lugar de destaque em meu quarto… Mas como Gerard lembrava de que aquele era meu monstro que eu mais gostava? Eu só havia falado sobre isso brevemente no dia em que nos conhecemos, durante aquele pequeno jantar… Sem dúvida alguma Gerard era a segunda coisa mais incrível daquele estabelecimento. Esse pensamento fez minhas bochechas corarem e eu tirei meu olhar do homem à minha frente e olhei para o pequeno boneco, o pegando em mãos segundos depois.

   – Nossa Gee, isso é incrível! – eu provavelmente parecia uma criança empolgada com o novo brinquedo, mas, na verdade, por dentro eu era exatamente isso – Obrigado, eu amei! – sem ao menos pensar antes, pulei em seus braços e o abracei, arrepios me atingiram com tudo quando suas mãos passaram por minha cintura enquanto ele retribuía o ato, passeando com os dedos por minhas costas.

    – Que bom que gostou, Frankie… – falou baixinhos em meu ouvido e depois nos afastamos lentamente – Mas agora eu tenho que ir, só passei para te entregar isso.

    – Oh, okay … até qualquer dia – minha voz talvez tenha deixado transparecer meu descontentamento com sua partida, pois ele me encarou com aqueles olhos verdes.

    – Mas eu juro que volto algum dia desses, que tal? – sugeriu e eu apenas assenti sorrindo novamente – Agora, tchau pequeno!

    Antes que ele se virasse para ir embora eu me coloquei nas pontas dos pés e depositei um beijo delicado em sua face, ele não esperava por isso, seus olhos se mostravam surpresos e ele ficou algum tempo parado, olhando para mim, que já não o olhava por pura vergonha.

   Ele voltou a andar sem falar palavra alguma e eu fui para o lugar que antes estava sentado, mascando meus chicletes e brincando com os cadarços até meu expediente acabar.


Notas Finais


E então o que acharam? Esse capítulo foi digno da espera de uma semana?
... Yeps, foi isso, espero que tenham gostado e até a próxima quinta (gostei de postar durante as quintas)
Bjs pra vocês, coisinhas lindas do meu coração (tô melosa hoje, não? Huahaua)
Até 💜


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