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História Summertime - Capítulo 9 - Frank


Escrita por: radfuhkiero

Notas do Autor


BOM DIA AMORES!!!
Como vão??? Eu espero que bem <3
Aqui estamos nós com mais um capítulo! O nono capítulo... Será que até o décimo nós conseguimos chegar em 30 favoritos? O que acham???
BOMM e falando de favoritos, OBRIGADA PELOS FAVORITOS NOVOS E PELOS COMENTÁRIOS MARAVILINDO DOS CAPÍTULOS ANTERIORES! Sério, eles são muito importantes pra mim é eu, sem querer, acabei esquecendo de agradecer semana passada :(
Mas voltando, será que conseguimos "comemorar" os 30 favoritos junto com o décimo capítulo? Eu espero que sim (eu não me importaria te ultrapassar os 30 hauahahhaha) <3
Vou parar de falar e deixar vocês lerem asse capítulozinho novo que está muito bonitinho
Beijos, boa leitura e até lá embaixo <3

Capítulo 9 - Capítulo 9 - Frank


    Meu plano de tomar um banho quente e depois dormir tinha falhado miseravelmente na segunda fase, já tinha amanhecido e a única coisa que eu não havia feito era dormir. Gastei horas e mais horas revirando na cama, tentando fechar meus olhos e cair na inconsciência, mas ressaltando, eu não conseguia, simplesmente não conseguia.


   As imagens de Gerard e eu atracados em seu sofá vinham a minha mente a cada minuto, eu só não revia essa imagem mais vezes do que a da expressão de confusão do mais velho… E isso me matava, eu não queria ter feito aquilo com ele e, para piorar, o Way não cansava de tentar me ligar e mandar mensagens, tentando saber o que tinha acontecido para agir daquele jeito, mas eu ignorava todas por ainda não ter coragem de falar com ele. O que mais fazia com que eu me sentisse culpado eram suas mensagens de desculpas, dezenas dessas chegavam a todo instante, era horrível saber que ele estava se sentindo responsável por uma merda que havia cometido.


   O celular ao meu lado começou, mais uma vez, a tocar e, mais uma vez, eu recusei a ligação antes mesmo que eu pudesse pensar em atender e esclarecer tudo aquilo. Que ótimo! Além de eu ser idiota eu era covarde! De repente mais uma mensagem chegou e eu a abri, eu conseguia ignorar chamadas, mas não conseguia ficar sem ler suas mensagens que nunca eram respondidas… Em meio as novas mensagens uma me chamou atenção, não tinha nada de muito diferente das outras, eram apenas palavras para que eu respondesse ele, mas entre elas estava aquele apelido um tanto cômico que ele havia criado pra mim há alguns dias. Pequeno coelhinho. Tenho que admitir que assim que o vi eu sorri, simplesmente sorri, porque mesmo eu negando eu havia gostado, era muito mais carinhoso do que qualquer coisa que meu pai já tinha me falado.


   A mesma mensagem fez com que uma ideia viesse a minha mente, eu iria ir até Gerard, pediria desculpas por fugir e esclarecer o que aconteceu no dia anterior em sua casa. Eu sabia que a esse horário ele ainda não estava na escola, faltavam pelo menos três horas para que sua aula começasse e por isso eu iria até sua casa, agora… Sim, ainda era cedo, mas suas mensagens denunciavam que dormir era a última coisa que ele queria no momento. Então coloquei as mesmas roupas do dia anterior, elas ainda se encontravam jogadas em qualquer canto do quarto. Peguei minhas chaves, meus cigarros e me apressei para sair de casa e ir em encontro a Gerard.


   Alguns passos e eu já estava na escada, descendo os degraus com o maior cuidado possível para que ninguém acordasse, indo um pé de cada vez, tentando não causar ruídos altos demais. Cheguei no andar inferior sem problema algum e logo me apressei para a entrada da casa. Logo que abri a porta e vi que o dia se encontrava lindo… Me senti um pouco mais esperançoso com isso, talvez o dia não fosse ser tão ruim quanto eu imaginava, principalmente se o Way aceitasse minhas desculpas.


   As ruas ainda estavam um pouco escuras, não se passavam das cinco e meia da manhã, os postes de luz já tinham se apagado e o sol ainda estava um tanto fraco. A brisa calma era realmente muito reconfortante, um tanto gélida, mas os pequenos raios ensolarados já começavam a me esquentar junto a caminhada calma que eu exercia. Passei todo o pequeno caminho reparando nesses detalhes e quando dei por mim eu já estava em frente a residência dos Ways. Apertei a campainha antes que qualquer pensamento que me fizesse sentir vontade de desistir aparecesse, eu sei que esse ato impensado poderia acordar Donna, mas eu precisava falar com seu filho, com ela adormecida ou não.


   – Frank?! – Ele me olhou assustado e confuso, mas eu o entendia, se eu estivesse em seu lugar eu com certeza teria a mesma reação. Olhando-o dessa forma o sentimento de culpa voltava, começava como uma pequena pontada e do nada eu já estava sendo consumido por essa sensação ruim. Desviei meu olhar para o chão, eu não sabia ao certo como começar a me desculpar, mas eu teria de começar porque se não, talvez, ele fechasse a porta na minha cara… Se eu fosse ele eu fecharia a porta na minha cara – Quer entrar? – questionou-me um pouco receoso e dando um passo para o lado com a intenção de me dar espaço para adentrar o pequeno hall.


   – Oh… Claro… Obrigado – tentei ao máximo não olhar para ele, mas eu não conseguia parar de observar as reações dele mesmo que discretamente, andei devagar até o lado do mais velho e lá parei, esperando alguma reação dele. Mas ele não fez nada, apenas encostou a porta e continuou a fitar o chão, então eu decidi começar a falar, como eu não tinha um discurso pronto, o que viesse a minha cabeça – Gee… Eu não queria ter saído daquele jeito ontem, eu juro… Mas eu simplesmente entrei em pânico, eu não sei, eu só me assustei… Não esperava que fosse tudo tão rápido, eu não estou preparado para isso, mesmo querendo muito! – Depois de soltar essas impensadas palavras eu conclui por mim mesmo que eu era horrível com esse tipo de coisa e que eu deveria ter esperado mais um pouco para vir atrás, mas como eu já tinha começado a falar achei melhor continuar e concluir meu pedido de desculpas totalmente desajeitado – Você me perdoa?


   – … Então quer dizer que você não fugiu porque eu te beijei? – Ele falou essas palavras parecendo bem mais aliviado e eu sorri, apenas sorri, pois eu sabia, eu sentia, que isso era uma resposta positiva para minha pergunta… Uma resposta um tanto diferenciada, mas que ainda assim trouxe suspiros aliviados para nós dois.


   Como sua frase veio em forma de questionamento ele precisava, também, de respostas… E há maneira melhor de responder do que com atos? Acho que não, então eu simplesmente me coloquei nas pontas dos pés e selei nossos lábios em um toque calmo e cheio de carinho. Me mantive alguns segundos prolongando o toque e depois me afastei, dei no máximo dois passos para trás e continuei a fitar ele. Gerard ainda tinha uma expressão um tanto confusa, mas não é por isso que um sorriso deixou de surgir em seus lábios enquanto ele abria aquela imensidão verde que ele chama de olhos.


   – Respondi sua pergunta? – Perguntei baixinho, prendendo meu lábio entre os dentes, tentando esconder um sorriso tímido que teimava em surgir.


   Senti seus dedos gélidos tocando minhas bochechas e depois me puxando para mais perto de si, juntando nossas bocas novamente, mas dessa vez sua língua adentrou minha boca antes que eu pudesse sequer pensar no que estava acontecendo. Nossas línguas se chocavam em total desespero, ele explorava cada canto da minha boca, massacrava meus lábios com pequenas mordidas e me deixava totalmente sem fôlego para continuar com aquilo, mas, mesmo assim, nós não paramos… Não por enquanto.


   Em um impulso rápido ele me prensou contra a parede mais próxima, aproveitando para passear com suas mãos por minha cintura, se agarrando em minhas laterais e vez ou outra chegando a minha bunda onde depositava pequenos apertos. E eu agarrava sua camisa e o puxava para mais perto, me apoiando em seus ombros para me manter na ponta dos pés, facilitando nossos movimentos.


   – Gerard! – Nos afastamos assim que escutamos a voz surpresa de Donna, ela tinha uma das mão sobre a boca, tentando conter sua surpresa por nos encontrar daquele jeito, tão cedo em uma quinta feira – Oh, meu Deus… Me desculpem garotos, eu escutei a campainha e vim ver quem era… – Ela nos olhava um tanto chocada enquanto processava a imagem a sua frente.


   – Mãe… Há quanto tempo a senhora está aqui? – Gerard tentava urgentemente arrumar seus cabelos, a bagunça que eu tinha feito nos mesmos era tanta que eu não sabia se ele conseguiria cumprir seu objetivo sem um pente e um espelho. Eu também não deveria estar muito diferente, eu sentia meus lábios inchados por conta das diversas mordidas depositadas no local, mas como era impossível de esconder esse local de Donna eu apenas tentava não encará-la de volta.


   – Não há muito, querido – respondeu simples antes de começar a rir baixinho, e eu sinceramente não sabia o motivo de seu riso, não tinha nada de engraçado naquilo… Pelo menos não pra mim – Bom, eu vou para a cozinha fazer o café e aproveitar para deixar os dois terminarem o que estavam fazendo – no mesmo instante em que falou isso ela começou a se mover até o cômodo ao lado, mas parou para assim concluir sua fala – Frank, você está convidado a se juntar a nós e não adianta negar – corei, é claro que minha intenção era de me despedir de Gerard, dessa vez da maneira certa, e não olhar para sua mãe por um bom tempo.


   – Claro – aceitei sem relutar pois eu sabia que não poderia fugir daquilo, eu conhecia Donna o suficiente para saber que ela era insistente e que não deixaria eu sair por aquela porta até ela achar que eu deva sair.


   Com isso ela adentrou a cozinha, cantarolando alguma música dos anos setenta que provavelmente já havia feito muito sucesso na época, mas que agora era totalmente desconhecida pela maioria. Então, novamente, sozinhos estávamos e Gerard decidiu seguir o “concelho” de seu mãe pois, assim se certificou que não éramos vistos por ela, ele me puxou para mais um beijo.


   Dessa vez o contato era mais calmo e controlado, ele acariciava minha língua devagar enquanto acolhia meu pequeno corpo entre seus braços e eu quase desfalecia ali mesmo, se eu não estivesse sendo sustentado por ele eu com certeza iria para o chão em menos de alguns segundos. Eu não estava acostumado, e talvez nunca me acostumaria, com as sensações que ele me causava, era algo inexplicável. Era impossível não sorrir durante o beijo, enquanto ele sugava meus lábios com mais avidez do que anteriormente e eu tentava corresponder a altura, o puxando para mais perto num convite silencioso para que ele voltasse a adentrar minha boca com rapidez e tomasse de volta o total controle de nosso movimentos.


   Nos afastamos calmamente e com os pulmões já ardendo pela falta de oxigênio, eu selava nossos lábios vezes seguidas arrancando uma risada anasalada do homem à minha frente. Ele só voltou a olhar diretamente em meus olhos quando já estávamos totalmente separados e eu me perdi naqueles orbes verde-oliva que eu tanto gostava, elas também demonstravam todo o seu alívio, mas isso logo desapareceu quando ele voltou a falar.


   – Se não foi pelo beijo, por quê você fugiu? – É claro que eu me senti desconfortável com a pergunta, mas eu iria respondê-lo, ele já tinha se aberto tanto comigo na noite anterior que eu não podia deixar de fazer o mesmo.


   – É que, Gee… Quando eu tive meu primeiro e único namorado de verdade, ele me obrigou a transar com ele – era totalmente desconfortável falar sobre isso, principalmente porque enquanto as palavras saíam eu lembrava daquele nojento me tocando, mas eu não me deixaria levar apenas por memórias, isso já havia passado e isso o que importava   – Não foi algo bom, muito pelo contrário, eu odiei, mas… Mas isso não foi o que mais me machucou, sabe? – Ele não me respondeu absolutamente nada, ele apenas se manteve em silêncio esperando com que eu terminasse de contar minha desilusão amorosa – O que me machucou de verdade é que depois disso ele simplesmente fingiu que não me conhecia, que era o senhor super-hétero que desprezava pessoas como eu, pessoas como nós – “Mas você iria continuar com ele depois do que ele te fez?” agora foi a vez dele de perguntar, ele parecia meio chocado com o que eu tinha falado, mas é assim que as coisas funcionam, nem sempre a realidade é fácil de ser digerida – Não! De jeito nenhum! Mas é uma merda se sentir um lixo descartável, porque foi exatamente assim que eu me senti, um pedaço de carne que foi usado e depois jogado no lixo – o tom de minha voz era totalmente amargurado, as palavras chegavam a sair até um tanto tremidas enquanto eu falava –… Aí, ontem, quando você tentou ir um pouco mais a frente eu me assustei, foi isso, eu ainda não estou preparado para me entregar assim para outro alguém!


   – Frankie, meu deus… Por que você não denunciou esse cara? – Sua pergunta era carregada de preocupação, mas a resposta não era algo que eu queria falar, mas como eu tinha começado eu terminaria.


   – Eu não falei nada porque o caso se tornaria público e meu pai não pode saber, Gee! Ele é a porra de um filho da puta homofóbico, se ele souber de algo eu estou morto! – Ao contrário do que eu achei que ele faria ele simplesmente me abraçou, passou seus braços por meu tronco e me acolheu com carinho, depositando pequenos beijinhos em minha cabeça.


   – Entendo que você tem medo Frankie, mas saiba que eu nunca faria nada para te machucar, eu vou respeitar teu tempo, não tenho pressa… Só quero que você confie em mim, okay? Quando você se sentir pronto eu vou estar aqui, esperando – ele falou se referindo a parte anterior em que havíamos falado sobre eu me entregar para alguém – E sobre seu pai… Você pode fugir comigo quando você quiser – olhou dentro de meus olhos enquanto falava essas últimas palavras, seu tom poderia ser brincalhão, mas eu sabia que no fundo ele falava sério.


   Depois disso nos afastamos e fomos a cozinha, onde um café da manha farto de panquecas estava servido em cima da mesa onde tínhamos jantado no dia em que nos conhecemos/reencontramos. A refeição foi regada de risadas e conversas sem noção nenhuma, mas foi a coisa mais especial que eu fazia em dias, eu realmente me sentia acolhido entre eles.


   Na hora do expediente de Gerard nós fomos juntos até a entrada da casa, me despedi de Donna e a senhora rapidamente adentrou a casa novamente, deixando nós dois sozinhos do lado exterior da casa.


   – Depois eu te mando uma mensagem – depositou um selinho leve em mim e se afastou novamente, ajeitando o cabelo e pronto para seguir seu caminho até o colégio da cidade – Até, namorado – ele falou sorrindo e quase me matando ali mesmo, eu não estava pronto para escutar aquelas palavras, mas não pude deixar de me sentir radiante com elas.


   – Até, namorado – respondi, já caminhando pra minha casa onde eu trocaria de roupa para ir ao trabalho, utilizando o mesmo adjetivo que ele, totalmente radiante.


Notas Finais


YOU CAN RUN AWAY WITH ME
ANYTIME YOU WANT
hauahahah desculpa gente, eu tive chance de colocar isso na fic e não pude deixar de usá-la
É ENTÃO? O QUE ACHARAM??? Como já sabem, eu vou amar se vocês comentarem <3
Eu fiquei meio em dúvida sobre o final desse capítulo, pensando tipo "será que não está indo rápido demais?" mas eu decidi deixar assim mesmo... Me falem se está okay ou não, combinado?
Bom, qualquer coisa/duvida/opinião podem vir falar comigo, deixar um comentário, mandar uma mensagem, o que acham?
Como sempre, bye bebês e, até o próximo! <3


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