1. Spirit Fanfics >
  2. Suor saiyajin cem por cento puro >
  3. De volta a Terra

História Suor saiyajin cem por cento puro - De volta a Terra


Escrita por: Kah_

Notas do Autor


Boa tarde, galera.
Postando mais um cap. para vocês.
Os últimos acontecimentos foram difíceis de digerir, não foram?
Alguns leitores não curtiram muito a morte de Vegeta, mas lembram que desde o início eu havia comentado que um cadáver da família Briefs voltaria para a Terra em uma nave HOPE?
Pois é... estava destinado! Hehehe'
Na verdade, eu gosto muito de começar uma histórinha bem no começo e só terminá-la capítulos depois; tipo o caso das estrelas amarelas. Não sei se alguém notou isso, mas enfim...!

Bom, gostaria de saber o que estão achando da fic, desse desfecho.
Então deixem o feedback tão importante para os leitores no final, ok?
Boa leitura a todos.

Até mais ;D

Capítulo 55 - De volta a Terra


 

 

 

Apresentando:

- Um lugar de descanso;

- Um adeus a Akemi;

- Um futuro incerto.

 

 

Do alto do céu, a muitos pés do chão ainda, o senhor Briefs começava a compreender a visão dos pontinhos que enxergava de início.

Havia duas pessoas deitadas no chão, ele percebeu primeiro... Mais três ajoelhadas, e parecia que tinham mais duas de pé.

O velhinho gelou quando conseguiu ver que uma das pessoas no chão era sua filha Bulma; ajeitou os óculos para ter certeza.  Não foi diferente quando percebeu seu genro Vegeta, também caído. “Será que estão mortos?” foi o primeiro pensamento dele.

_Claro que não _ disse a si mesmo em voz alta. _ Quem mataria Bulma e Vegeta justo nesse planeta? _ Ele sorriu por um segundo, mas em seguida ficou sério. Poderia haver alguém capaz disso?

Quando a nave foi se aproximando mais e mais, o senhor Briefs viu uma mulher que ainda não conhecia apoiando a cabeça de Bulma em seu colo. Usava um vestido da própria Bulma e de longe, parecia triste.

Depois, conseguiu notar Trunks chorando; da mesma forma notou Goten.

E por fim, viu Gohan, que começava a subir aos céus em seu encontro.

Imediatamente, o senhor Briefs acionou a abertura de uma porta lateral que permitiu a entrada de Gohan à nave.

_ Olá, meu rapaz! _ Cumprimentou-o feliz. _ É bom vê-lo assim, são e salvo!

_Senhor Briefs, só vim aqui lhe adiantar que as coisas não estão muito boas lá em baixo. É bom o senhor se preparar.

_ Aconteceu algo com Bulma?

_Com Bulma não... Foi o Vegeta.

Diante dessas palavras e do semblante sério que raramente o senhor Briefs via na face de Gohan, o velho cientista potencializou ainda mais as turbinas da nave levantando mais e mais poeira e se aproximando totalmente do chão. Aterrissou em uma área mais a frente de todos e saiu correndo com Gohan até onde os outros estavam.

_ Ó céus! _ Exclamou ele.

Ao vê-lo, Trunks saiu em sua direção e se jogou nos braços do velhinho que admirava boquiaberto a cena de Vegeta desacordado, tão pálido que parecia não ter mais um pingo de sangue em seu corpo.

_ O meu pai está morto, vovô! _ Disse Trunks, chorando e levantando a cabecinha para o velhinho mudo a sua frente. _ Ele foi morto por alguém. Não sabemos quem!

_ O que houve, Goku? _ Foi a primeira pergunta do senhor Briefs ao sayajin ajoelhado no chão, todo sujo de sangue. Do sangue de Vegeta e de seu próprio sangue.

Goku não lhe deu resposta.

_ Quem fez isso com Vegeta?

Goku simplesmente começou a se levantar, endireitou-se e com cuidado pegou o corpo de Vegeta no colo. Os demais abriram espaço para ele.

_ Senhor Briefs, _ Goku iniciou firme _ me ajude a colocá-lo na nave.

E foi andando sem esperar resposta.

_Sim, sim. _ O velhinho começou a andar a passos rápidos atrás de Goku. _ Trunks, vá ver sua mãe.

Imediatamente, Trunks correu de volta até os outros.

_ Fique tranquilo, criança  _ disse Akemi, tentando acalmar os olhos assustados de Trunks. _ Ela está bem, só está desacordada, creio que não suportou ver o final disso tudo.

Gohan caminhou até eles também e colocou Bulma em seus braços.

_ Leve-a para a nave. Deixe que ela acorde por conta própria, está bem? No tempo certo.

Gohan fez que sim para o que Akemi sujeriu.

_Adeus e, por favor, cuide-se! _ Exclamou o jovem, olhando fundo nos olhos da mulher misteriosa que conhecera em Vegetasei. E assim, seco, sem cerimônia, Gohan deu as costas. _ Vamos meninos.

Goten e Trunks abraçaram Akemi que afagou os cabelos de ambos.

_ Vocês são dois meninos muito especiais. E ainda vão viver muitas aventuras por aí. Agora vão, e fiquem bem!

Eles a olharam com os olhos tristes e molhadas e se foram, correndo atrás de Gohan.

***

 

_ Abra a porta da nave, por favor, senhor Briefs.

_ Sim, filho.

O pai de Bulma estava tenso diante da seriedade de Goku. Ele começou a digitar uma longa senha num dispositivo na parede espelhada da nave. Lutava para seus dedos pararem de tremer e ele conseguir terminar, é que o vermelho gritante que Vegeta se tornara quase que embaçava as vistas do cientista e o deixava trêmulo. No fim, ele conseguiu.

“Acesso à abertura da entrada principal, aceita” foi o que disse uma voz feminina e robótica que veio de dentro da nave.

Aos poucos uma rampa de entrada foi descendo até tocar o chão. Goku entrou com o corpo de Vegeta.

_ O senhor tem algum contato com a Terra nesse momento? _ Perguntou o sayajin.

_ Sim, deixei alguém pronto para contato a qualquer instante.

_ Então faça isso o mais rápido possível.

_ Sim!

O velhinho saiu correndo em busca da sala de comando da nova HOPE enquanto Goku também desaparecia nave à dentro.

Ele procurava um lugar de descanso para Vegeta.

Havia um salão, no último andar da nave, cuja porta não precisava de senha para ser acionada e começou a se abriu assim que Goku passou perto dela. Ele entrou lá. A luz do cômodo acendeu automaticamente.

Quando a luz clareou todo o local, Goku contemplou aquele cômodo: Era amplo, com paredes e piso brancos. Havia uma janela imensa que tomava toda uma parede da nave e mostrava tudo lá fora sem que ninguém pudesse ver o que se passava em seu interior. Goku olhou em volta. Era tudo muito claro e tranquilo.

_ Para que será que serve esse salão?_ Ele questionou. _ Bom, pelo menos parece ser um bom lugar para você descansar por enquanto, não acha?

E colocou o corpo de Vegeta no chão gelado daquele salão, perto da grande janela. Preocupou-se no início em encontrar um acento cômodo para seu amigo, mas para que? Afinal, Vegeta encontra-se morto.

Mas não para sempre. Era a esperança de Goku.

Assim que ele saiu do lugar percebeu a luz se apagando e a porta se fechou lentamente atrás dele.

_Descanse...

 Depois disso, Goku correu apressadamente de volta ao local onde conseguia sentir o KI apreensivo do senhor Briefs. Era uma sala de comando maior que a anterior, na nave que fora destruída pelos sayajins, mas parecida com qualquer sala desse tipo: diversos monitores ligados nas paredes, muitas mesas com incontáveis botões, luzes piscando, números correndo nas telas de computador. Aquilo o deixava um pouco tonto.

_ Conseguiu fazer contato com a Terra, senhor Briefs?

_ Sim, estou aguardando resposta, mas está demorando um pouco.

_  E o que pode ter acontecido para ninguém responder seu chamado? _ Goku começou a ficar aflito.

_ Eu não sei! _ O cientista respondeu mais aflito ainda. _ Deixei Chichi responsável por isso!

_ Chichi? Ai meu Deus, justo ela?!

* **

 

Uma luz vermelha piscando coordenadamente; um “bip” ritmado e constante soando e vindo da sala onde o velhinho cientista costumava trabalhar;   uma mulher correndo pelos corredores e adentrando o cômodo feito louca, tentando lembrar qual era o botão certo.

_ Qual deles? Qual deles?

Chichi tentou meia dúzia de botões até conseguir encontrar o exato. Pensou que poderia enlouquecer com aquela sirene alta que só cessou depois que ela apertou o botão certo. Ela respirou um “ufa” aliviada e depois voltou a ficar apreensiva esperando a estática e a imagem distorcida na grande TV – a janela entre ela e sua família - sumirem e enfim poder ver a figura completa do pai de Bulma que trazia em seu rosto um olhar um tanto assustado.

_ Oh Chichi, que bom que nos atendeu!

E antes de Chichi perguntar por ele, Goku tomou a frente do velhinho.

_ Chichi, reúna as esferas do dragão o quanto antes, entendeu? Chame os outros para ajudá-la e reúna as esferas!

A esposa percebeu o esposo nervoso, com ansiedade estampada no rosto. E depois disso, percebeu o ferimento que Goku tinha em seu lado.

_ Goku, você está ferido!

Só aí Goku voltou a sentir a dor de seu corte lateral, no instante em que Chichi o notou. Aquela dor fina e cortante retornou para atormentá-lo.

_ Apenas faça o que eu disse. Estarei aí com você em breve.

E assim, Goku saiu da sala, deixando Chichi berrando do outro lado do universo.

O sayajin precisava sair da nave mais uma vez e tocar o solo do planeta Vegeta uma última vez. Ele cruzou com seus filhos, Trunks e Bulma, que ainda estava desacordada.

_ Não vou demorar, Gohan. Peça ao senhor Briefs que ligue as turbinas da nave.

Gohan fez que sim e embarcou junto com os outros.

Goku foi andando em direção a Akemi, que sabia que estaria ali fora o esperando para despedir-se.

Goku colocou-se diante dela, a mulher que conhecera nos calabouços escuros do castelo sayajin, que de início parecia um fantasma, mas que agora era alguém que ele gostaria de levar consigo de volta a Terra.

_ Não precisa dizer isso, Kakarotto. Você sabe que meu lugar é aqui _ disse Akemi assustando Goku, e depois fazendo-o sorrir.

_ Você me assusta às vezes. Como sabia que eu estava pensando nisso? _ E depois dessa frase, seu sorriso sumiu. _ Esse sempre foi o fim previsto em seus sonhos?

_ Sim.

_ Eu não consegui esquecer as palavras que você me disse naquela manhã em que conversamos. Quando você revelou que eu...

_ Que você seria exatamente igual ao Vegeta que se revelou aqui se tivesse crescido neste planeta _ completou ela com a verdade que Goku não quis aceitar naquela manhã em que caminharam e nem naquele momento atual. _Kakarotto, eu sei que não tirou isso da cabeça e que foi isso que o fez cogitar a possibilidade de matar Vegeta.

_ Sim. Foi isso e outros motivos mais. _ Goku pausou. _ Meu pai. Quando Vegeta o machucou, eu quis vê-lo morto. Mas agora...

_ Não se culpe, Kakarotto. Você não o matou. O próprio rei Vegeta o fez. _ Goku admirou-se, não sabia até então do porquê de Vegeta ter morrido daquele jeito em sua frente.  Akemi prosseguiu: _ O rei Vegeta percebeu que matando o príncipe desse planeta, mataria o Vegeta que veio do futuro roubar-lhe o trono. Mas não foi só o rei que matou seu amigo.

_Não?

_ Não. O próprio Vegeta matou a si mesmo. Seu orgulho e desejo de vingança não couberam no peito e acabaram por explodir seu coração. Ele era obstinado demais.

_ Vegeta é um bom homem, um sayajin orgulhoso, mas um bom homem. Eu acredito nisso.

  _ Eu sei que acredita. _ Akemi pegou uma das mãos de Goku e trouxe para perto do rosto. _ Você superou minhas expectativas. Pensei que mataria Vegeta se igualando a raça maldita dos sayajins... Mas não. _ Ela fez uma breve pausa. _ Você me fez ver algo que nenhum sonho meu nem visão me mostraram até agora: um sayajin justo. Diferente dos outros. Puro de coração. Não sabia que isso era possível, sabe? Bondade mesmo em meio a tanto poder e orgulho. Eu lhe agradeço. _ E depois beijou sua mão.

_ Foi um prazer conhecê-la também. Infelizmente, acho que você não vai existir mais quando voltarmos para a Terra... Bom, isso se o futuro não tiver sido alterado, ou simplesmente começar a mudar quando pisarmos na Terra novamente. Sabe, isso me preocupa um pouco, sim, porque se tudo isso aconteceu num planeta que não existe mais, talvez as coisas lá...

Akemi sorriu gentilmente a Goku:

_ Shiiii! _ ela fez sinal de silêncio com os dedos. _ Não se preocupe ainda. Não se preocupe nem com a Terra, nem comigo. A verdade Kakarotto, é que quando você e os outros voltaram para cá, abriram uma janela alternativa em meu mundo e me deram a oportunidade de ver um novo fim para minha história. Afinal, _ Akemi fez um gesto de abrir os braços _ eu estou aqui, livre, respirando o ar dessa manhã! Quanto ao seu futuro na Terra, vou rezar para que fique bem.

As turbinas da nave HOPE III começaram a fazer barulho. Goku abraçou Akemi.

_ Preciso ir. Adeus.

_ Vá em paz, Kakarotto.

Akemi disse adeus a Goku selando seus lábios com um beijo leve e amigável.

Goku se assustou de início, não esperava um beijo de Akemi. Depois simplesmente se virou, andou uns passos e acenou para a alienígena que serviu de cola para todos os pedaços daquela história maluca que aconteceu em um planeta ressuscitado.

Goku entrou na nave e ela levantou voo. O planeta Vegeta ficou para trás sem nenhum sayajin do lugar vindo se despedir dos guerreiros poderosos que conheceram, mostrando mais uma vez a Goku que não eram um povo nem um pouco parecido com o seu povo, o da Terra.

_ Tanto tempo aqui _ sussurrou ele lá do alto _ e eu não tive a chance de conhecê-la...

_ Nada será como antes... _ sussurrou ela lá de baixo, antes de desaparecer. 

Goku e os outros estavam indo rumo ao planeta azul, deixando o planeta vermelho em suas lembranças e trazendo consigo a dúvida de um futuro que agora era mais incerto que nunca.

Nada seria como antes?

 

 

 


Notas Finais


Se gostou do que leu, deixe seu comentário, favorite!
Se não gostou, me diga porque também. Ora, não dá para agradar a todos!

;)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...