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História Suor saiyajin cem por cento puro - Presos e libertos


Escrita por: Kah_

Notas do Autor


Boa madrugada!

Disse a alguma leitora que Bardock daria o ar da graça nesse episódio aí, mas isso não vai acontecer. Não ainda... Desculpem!

Sabem, gosto de opiniões sinceras sobre as coisas. Nada de bajulações nem falsas palavras; ao contrario de Cazuza, não sei se existem mentiras sinceras; e se existem, elas não me interessam muito não.
Estou dizendo isso porque, esses dias ouvi uma crítica muito interessante sobre minha fic e gostei do que ouvi, não por ser um elogio mas por ter soado tão sinceras as palavras da leitora.
Não vou dizer quem foi ou o que disse, mas quis escrever sobre isso.

Então, agora que sabem que amo conhecer seus pensamentos mais sinceros sobre a história que estou contando, fique bastante a vontade para comentar. Bom, se você quiser fazer isso!

Boa leitura ^^

Capítulo 32 - Presos e libertos


Apresentando:

- A esperança cheirando a queimado;
- As mãos que se dão;
- A volta ao calabouço.





_ Quem deve ter feito isso?_ falou angustiada, com as mãos na cabeça.
Bulma estava visivelmente chateada.

Não por menos, afinal, aquela nave foi feita com bastante esforço e investimento de tempo e tecnologia. Não tinha certeza se poderia refazê-la no planeta Vegeta. Aquela era a forma de voltarem para a casa. A única forma, aliás.

_Quem foi o responsável por isso? _ O príncipe vociferou para as pessoas aglomeradas no local. Nenhuma resposta. Apenas rostos assustados.

_Mas não está completamente destruída. _ Observou Gohan, levantando vôo e indo em direção à nave. _ Parece que o painel de controle não foi atingido.

Os outros sayajins voaram até lá quando, de supetão, o ultimo golpe contra a Hope II foi arremessado. Direto na parte frontal da nave.
O painel de controle “foi pelos ares” ao som de um “não” estridente vindo de Bulma.
Todos esconderam a vista da nuvem de fumaça que se fez por conta do golpe e depois disso, foi possível enxergar outros quatro sayajins planando no ar também.
Estava claro: o ataque partiu deles.

Acontece que aquilo se tratava do tal plano B que os sayajins falaram após a festa em comemoração a vitória contra o quase esquecido Freeza.
Se conseguissem destruir a nave do príncipe Vegeta, pensavam eles, não haveria como ele retornar para outro tempo.
E ao que parece, estavam certos. A Esperança estava destruída, e cheirando a queimado.

Apenas mais um detalhe nisso tudo, tirando o fato de a volta deles parecer estar cancelada, era realmente significativo: Nappa não estava entre os quatro.
Na verdade, ele estava escondido entre a pequena multidão que se fazia ali.

Vegeta gritou: _Que diabos vocês fizeram, seus miseráveis?

Foi Kapôto quem o respondeu:
_ Meu príncipe. Sei que agora parece algo imperdoável, mas depois irá nos agradecer por isso.

_Agradecer? _ Goku colocou-se na conversa, igualmente alterado._ Você acabou de destruir nossa única forma de voltar para casa! E ainda acha que vamos agradecer?

_ Ouça príncipe Vegeta. _ Kapôto voltou-se para ele. _ Nós jurávamos que vossa alteza aceitaria o convite de permanecer aqui em seu planeta natal para sempre, reinando com seu pai, o grande rei Vegeta, e fazendo os sayajins prosperarem como uma raça forte, importante e poderosa. _ Breve pausa. _ Mas não foi isso que o senhor escolheu... Então tivemos que achar uma maneira de...

_ De nos prender aqui! _ Gohan gritou indo para cima do sayajin. Vegeta o parou.

_Fique onde está Gohan. Eu resolvo isso.

O quarteto de sayajins traidores começou a ficar nervoso.
_Mas meu príncipe?

_Mas nada! Acaba de forjar um plano contra seu próprio príncipe. Mas nós daremos um jeito. Sairemos daqui de uma forma ou de outra... Quanto a vocês quatro... Já se considerem mortos.

_Não, por favor. _Kapoto e os outros três imploravam por suas vidas, trêmulos. _Não foi ideia
nossa, só seguimos ordens de... de ..._ Os olhos negros do sayajin tenso buscou Nappa na multidão. Procurou até encontrar. _ Dele, grande Vegeta, foi ele.

Vegeta nem deu ouvidos. Kapoto apontava para a multidão; não se podia distinguir quem era o mandante.
_ Foi ele... Foi Nap...

Vegeta lançou energia suficiente para acabar com os quatro de vez. Nem puderam terminar de falar. Choveu poeira sayajin em cima da multidão ali.

Bulma continuava choramingando.

_ Ouçam seus desgraçados! _ O príncipe voltou-se para todos. _ Eu sou Vegeta. Ninguém me obriga a nada. Se outro alguém tiver a audácia de me afrontar como aqueles quatro insetos, o resultado já foi mostrado à todos.

Ele desceu, seguido dos outros.
Vegeta foi saindo dali e os outros guerreiros Z o acompanharam.

_ ... A minha nave... A minha nave, Goku... _ Bulma chorava baixinho para o amigo, enquanto caminhava ao seu lado.

_ Vamos dar um jeito nisso, Bulma. Vamos sim.
Ele segurou firme em sua mão.



* * *




_ Por que a gente nunca pode participar dessas tais “conversas de gente grande”? _ Trunks recamava. _ Isso é um saco!

_É mesmo. Só quero ver como vamos fazer para voltarmos pra casa... _ Goten respondeu, triste.

Os meninos foram mandados para o quarto assim que todos retornaram ao castelo, a morada atual deles, agora.
Deitados na cama, de olhos fitos no teto e expressões desanimadas, conversavam sobre os últimos acontecimentos:
_ Esses sayjins são muito teimosos... Como puderam ter coragem disso, não é mesmo Trunks?

_ É, mas agora isso não importa. Estou preocupado em como vamos fazer pra voltar para a Terra; não quero morar nesse lugar horrível pra sempre.

_ Você ao menos teve sorte: sua família está aqui. O que vou fazer sem minha mamãe?!
Deram as mãos e continuaram a olhar para o alto e lamentar.



* * *




Vegeta, Bulma, Goku e Gohan estavam em uma sala ampla, que parecia um local para reunião ou algo do tipo por conta daquela mesa comprida e das muitas cadeiras, sem contar o símbolo dos sayajins em vermelho, pintado na parede atrás deles.

Discutiam sobre o que fazer.
_ Os sayajins são uma raça persistente em tudo. Fui ingênuo em não perceber nada. _ Vegeta falava, sentado em uma das cadeiras, fitando as próprias mãos, em cima da mesa de madeira escura e reluzente.

_ Mas foi tudo tão rápido. O pedido deles foi ainda ontem... Não teríamos o que suspeitar, eu acho. _ Goku disse.

_Ora, isso não importa agora, pessoal. A questão é como iremos voltar no tempo agora que o painel de controle foi destruído?_ Gohan questionou, voltando-se a Bulma. _ Existe alguma possibilidade de reconstruirmos a nave?

Bulma respondeu com a cabeça baixa e lutando para não chorar.
_ Acho que não, Gohan... Uma nave é algo fácil de mais de ser construída, mas um sistema que navega pelo tempo cronos é impossível, eu acho. Não há tecnologia do tipo capaz de fazer tal proeza aqui nesse planeta. Eu tenho alguns arquivos salvos da tecnologia de dobradura de tempo em outro computador... _Respirou fundo. _ Mas não todos. A maior parte deles estava no computador acoplado à nave que aqueles monstros destruíram na explosão.

_Maldição! _ Vegeta bateu com o punho fechado na mesa.

_Eu vou para o meu quarto. _Bulma disse, saindo do salão.

_Eu preciso ficar sozinho também... Preciso pensar um pouco depois de tudo isso. _ Goku, indo embora dali, para algum lugar.

Sobraram apenas Vegeta e Gohan no salão.
_ Responda-me senhor Vegeta: _Gohan começou. _ Como vai ser daqui pra frete?



* * *




Com as crianças em seu quarto, e Bulma também, com Gohan e Vegeta conversando no outro cômodo, Goku teve chance de fazer algo que estava o incomodado.
Falava sozinho:
_ Não posso deixar isso continuar... Ainda mais agora que vamos ter que ficar mais tempo aqui... Tenho que fazer alguma coisa...

Goku fechou os olhos, e concentrou-se.
Em sua mente, foi em busca de algum KI em um determinado lugar. Não encontrou nada.
_Droga! _Exclamou. _ Vou ter que ir até lá do modo convencional.

Goku caminhou até o quarto de Trunks e Goten. Abriu a porta:
_Meninos!
_ Humn?
_Preciso da ajuda de vocês.



* * *




_Tem certeza que quer entrar aí de novo papai?

Os sayajinzinhos juntos de Goku estavam diante do esconderijo secreto do castelo, a entrada da masmorra.
Goten continuou:
_... Eu não entro mais aí nem por nada!

_Eu também não senhor Goku. _ Trunks concordou. _ O que o senhor quer aí dentro?

_ Depois eu explico. Não precisam entrar comigo. Voltem ao quarto e não digam nada sobre isso a ninguém, ouviram bem?

_Sim senhor.

Os meninos foram saindo e Goku ficou ali, de pé, encarando aquela porta no chão.
Respirou fundo. Soltou o ar devagar. Sentiu um friozinho engraçado na boca do estomago. Puxou o trinco e a porta rangeu.
Goku desceu os degraus da escada profunda até o final do calabouço. Pisou no fundo daquele lugar horroroso e avistou logo de inicio a luzinha acesa no final do corredor.

Para não tomar um possível susto outra vez, tratou de se anunciar logo para quem pudesse ouvir que ele estava lá.
_Olá? _Gritou. _ Co-com licença...

Continuou andando.
Quando chegou frente à porta de grades enferrujadas e frias feito o vento do planeta Vegeta, Goku empurrou-a. Se o grito anterior do sayajin não fora ouvido por alguém, o ranger da porta com certeza foi.

Goku sabia que a próxima visão que teria ali, seria a tal mulher prisioneira, então tratou de preparar-se para a cena seguinte.
E assim aconteceu:
Ela estava num dos cantos da cela, encolhida, escrevendo alguma coisa no chão de terra, com a ponta do dedo indicador.
O sayajin pigarreou.

_ ...Sabia que voltaria aqui, menino.

_Sabia? Bom, é que eu não conseguiria deixar alguém preso num lugar assim tão horrível sem fazer nada.

_Sei... _ Ela sorriu um sorriso cansado e quase imperceptível.

Goku estava desconfortável naquela situação, não se sabia por quê. Era simples: ele deveria destruir facilmente as portas da cela, arrancar as algemas dos pulsos e pés da mulher e tirá-la de lá, com certa facilidade. Mas Goku estava parado na frente as grades da prisão, apenas fitando a mulher.

_ E então? _ A voz rouca perguntou e os olhos fundos, quase enterrados no rosto, voltaram-se para o sayajin estátua.

_Humn? Ah, desculpe. Eu posso tirá-la daí. A senhora quer?

_Não seja inocente agora, menino... Quem gostaria de permanecer num lugar desses?

_Tem razão. _ Respondeu, meio sem jeito.

Goku colocou ambas as mãos em duas barras de metal que soltaram ferrugem em seus dedos.
Fez pouca força e arrancou a porta da cela. A mulher não mudou sua postura: cabeça pendida para o chão, uma ponta de sorriso rachado, indicador riscando algo na terra.
À passos tímidos, o sayajin chegou-se perto dela; a tal, por sua vez, se levantou cambaleante.

Foi a primeira vez que Goku a olhou nos olhos.

Eles ficaram por alguns segundos se olhando; Goku tinha de abaixar a cabeça para fitá-la, ela tinha de levantar a cabeça. Estavam frente a frente.
A face da mulher parecia ser bonita, por baixo de toda aquela sujeira no rosto.
Parecia ter uns trinta anos, se é que essa contagem existe no planeta Vegeta.
Os cabelos negros e emaranhados pareciam limitar-se até os ombros.
Seus olhos eram fundos, mas muito expressivos; Eram negros e bastante brilhantes.
Sua boca era volumosa e como já dito, tinha leves rachaduras.

Eram dois lábios que sabiam de mais e há muito tempo estavam em silencio.

Quando se deu conta de que estavam ambos se encarando por algum tempo, Goku tratou logo de desviar a visão e buscar as mãos da mulher e, com cuidado e pedindo licença antes, quebrar suas algemas.
Fez o mesmo nos pés.
Quando tentou tirar também o que havia em seu pescoço, a mulher fez que não.

_Há mais alguém aqui em baixo? _ Ele perguntou.

_ Sim. Uma pessoa. Mas acho melhor deixá-la aí por enquanto.

_Não entendo...

_Vai entender depois.

Goku não discordou, embora sem entender o porquê de aquela mulher não permitir que ele fizesse o mesmo bem que fez a ela, à outra pessoa. Da mesma forma que não entendeu isso, também não compreendeu porque acatara seu pedido com tanta facilidade. É que parecia, na voz rouca e penetrante da mulher, que fazer aquilo era realmente o melhor.

_Deixe que as coisas aconteçam em seu próprio tempo. _ Ela concluiu.
E assim aconteceu. Quem quer que fosse o outro prisioneiro do calabouço dos sayajins, continuaria ali por mais tempo. Foi a sugestão de uma mulher de sombras; foi a decisão de um sayajin puro.

_ Agora vamos sair daqui, senhora. Esse lugar me dá arrepios!

Ela fez que sim. Goku lhe estendeu a mão e ela aceitou.
Antes de saírem de dentro da cela, agora sem grades, a mulher deu uma ultima olhadela para o que estava escrevendo no chão do cárcere.
Expressou um sorrisinho escondido no canto dos lábios ao ler o nome que seus dedos desenharam: “Kakarotto”.




CONTINUA...

Notas Finais


Até o próximo capítulo, e devo adiantar que Bardock estará nele!
;)


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