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História Superando Traumas. - Chaelisa - Festa de aniversário.


Escrita por: Aquela_Garota_

Notas do Autor


Boa leitura e espero que gostem.

Capítulo 58 - Festa de aniversário.


Park Chaeyoung pov.

Ao longo da semana escutamos inúmeras vezes minha amiga falando da Jennie, de como ela era bonita, atraente e que trocaram alguns olhares pelos corredores. Só que ela precisava de um empurrãozinho maior, bem maior.

Hoje vamos ao shopping comprar as roupas para amanhã, quer dizer, eu vou ajudar as duas, pois já tenho roupa para amanhã. Então achei que esse seria o momento perfeito para agir e ajudar minha amiga.

Meio que espiei a Jennie ao longo do dia e a esperei ficar sozinha no banheiro. Porque esse era o único jeito de ter uma conversa sem minha amiga ver.

— Eu vou mandar a real, Kim Jisoo é uma pessoa muito lenta e se depender dela só vai falar com você daqui há uns três meses. Ela me ajudou com a Lisa e eu quero dar o mesmo empurrão. - Eu falei.

— Então ela está mesmo interessada? - Confirmei. - Pensei que tivesse sido coisa da minha cabeça, mas sabia que ela estava me olhando no café.

— Ela também disse que te viu nos corredores, mas nunca vai ter coragem de chegar até você, a menos que sinta que deve fazer isso. Eu nem mesmo sei como ela acenou hoje cedo. - A Jisoo só acenou para a Jennie hoje mais cedo, nem sequer teve coragem de trocar outra palavra fora um oi.

— Então eu vou ter que dar o primeiro passo? - E todos os outros.

— Creio que sim, mas acho que ela já deu o primeiro passo acenando hoje, o próximo vai ser falar com você e eu acho que isso pode acontecer na festa. E sobre você estar perguntando sobre ela por aí, ninguém na faculdade sabe tão bem da Jisoo quanto eu, a Lisa ou a Internet. Como já deve saber minha amiga tem um livro publicado e tem algumas coisas dela na internet por conta disso, da uma pesquisada.

— Eu meio que já pesquisei e a Irene me emprestou o livro que ela tem, não encontrei ele online. - Nossa, ela está bem mais adiantada quando pensei.

— Tem uma livraria no shopping que vende ele e por coincidência vamos ao shopping daqui a pouco, talvez você consiga vê-la por lá, caso queira comprar ainda hoje

— Qual shopping?

— O que fica a quatro quadras daqui, na avenida principal e em frente a vários restaurantes. Estaremos na loja 4B, caso queira aparecer sem querer.

— Acho que sei onde fica e irei dar um jeito de aparecer sem querer, obrigada pela ajuda.

— De nada e vê se não conta isso a ela, okay?

— Okay, prometo que não vou contar nada.

Pronto, agora só teremos que esperar que elas se encontrem no shopping e que as coisas evoluam na festa, com um empurrãozinho do destino, ou melhor dizendo, com um empurrãozinho meu e da minha namorada.

(...)

Ela apareceu e minha amiga teve o maior papo com ela, Jennie até fez cara de quem não sabia que estávamos ali. O que foi muito muito bom e uma prova de que ela sabe guardar segredos.


Lalisa Manoban pov.

Ela estava com uma mão escorada na parede, pernas levemente abertas e sua mão se movimentava um pouco. Eu sabia exatamente o que estava fazendo. Não pensei em nada a não ser tirar toda minha roupa e ir até lá. Uma das minhas mãos foi para o seio dela, comecei a beijar o pescoço e mesmo assim ela não parava. Mas eu queria tocá-la, então deslizei minha mão sobre o braço da minha namorada, até tocar na mão direita e trocá-la por a minha.

A mão dela veio até a minha, que estava massageando o seio e logo mais gemidos ecoaram por todo o banheiro.

Só parei de tocá-la quando me certifiquei de que estava saciada. Mas assim que se virou me colocou na parede, se ajoelhando bem na minha frente e usando a boca para fazer o que acabei de fazer com ela. Sua língua percorria por meu íntimo, me levando ao que parecia ser um orgasmo logo pela manhã. E foi exatamente isso que aconteceu, um maravilhoso orgasmo.

Minha namorada subiu passando a língua nos próprios lábios, como se tivesse comido alguma coisa que restasse vestígios no canto da boca.

— Feliz aniversário, Lili.

Foi isso que ela disse antes de me beijar e ligar o chuveiro, deixando com que nossos corpos fossem banhados com a água quente. As suas mãos bobas fizeram parte do banho, assim como os beijos nada inocentes e os sorrisos que ela deixava escapar.

O banho foi longo, assim como o suposto disperdicio de agua quye tivemos, mas foda-se, hoje é meu aniversario e esse foi o melhor banho que tivemos juntas em semanas.

Quando trocamos de roupa já eram quase dez horas da amanhã e nem sequer havíamos tomado café ainda. E ainda teríamos que fazer, o que demoraria um século.

Depois de secar o cabelo no secador, minha namorada surgiu no banheiro, colocando as mãos sobre meus olhos e me arrastando para fora dali sem dizer uma única palavra, a não ser “cuidado” e “por aqui”

— Pronta? - Ela perguntou.

— Sim, estou pronta.

Aquela foi a deixa para que ela tirasse as mãos dos meus olhos, fazendo com que eu me deparasse com o que eu poderia jurar ser um banquete. Uma mesa repleta de coisas que gosto, composta por pão, pedaços de bolo, panquecas, café, frutas e um bolinho recheado com chocolate, que ela sabe que amo.

— Nossa, acordou a que horas? - Perguntei.

— Cedo, queria preparar isso para você. - Ela disse e eu virei para olhá-la, para beijá-la e abraçá-la como forma de agradecimento. 

— Você sabe que não precisava disso, não sabe? 

— Sei, mas é seu aniversário e eu amo te agradar.

— Ama?

— Sim, eu amo. Assim como eu amo você.

E aquele foi mais um dos vários beijos que demos só hoje, seguido por uma café da manhã incrivelmente delicioso e vários elogios da minha parte.

Depois de tudo ela nem sequer me deixou lavar os pratos, e eu queria, já que ela fez tudo sozinha e nem pediu minha ajuda ou me acordou. Mas consegui ao menos arrumar a cama e levar os pratos até ela, o que foi bem pouco e ao mesmo tempo a única coisa que eu poderia fazer. ou melhor dizendo, que a minha namorada cabeça dura me deixaria fazer.

Quando os pratos foram lavados, nós duas fomos para o sofá. Ela colocou um filme para assistirmos, enquanto ela não tinha que ir ajudar a Jisoo e as pessoas não chegam para me ajudar com a festa. 

— Você pretende beber muito hoje a noite?

Eu sabia o peso daquela frase e o porque ela estava perguntando isso, o medo de ficar comigo na cama quando estou bêbada ainda existe. Mesmo após um ano e meio de relacionamento.

Eu não me incomodo com isso, pois esse é um trauma dela, algo que nunca pode mudar e que a torna única, apesar do motivo que causou isso não ser nada bom.

— Eu vou beber, mas não muito.

— Então não pretende ficar bêbada ou levemente alcoolizada?

— Não pretendo ficar bêbada, você ainda vai poder dormir comigo hoje.

— Não foi por isso que perguntei, tenho muitas surpresas para você ao longo desse dia e queria que o final do dia fosse encerrado com chave de ouro.

— Quais surpresas?

— Bom, além da promessa de me comportar.

— Isso só será surpresa se você conseguir, amor.

— Eu vou conseguir me comportar, mesmo. - Porque será que duvido muito disso? - Continuando, a roupa que escolhi só para você, o seu presente de aniversário que escondi e que por acaso eu te vi vasculhando minha bolsa para saber onde estava, eu… eu quero te dizer uma coisa.

— Uma coisa? - Me virei para olhá-la, já que minha visão estava o tempo todo no filme. - O que quer me dizer?

— Uma coisa.

— Rosé.

— Só uma coisa, você vai descobrir.

Ela parecia com medo ou nervosa. 

Minha namorada ficou mais contida durante os últimos oito meses, ela não fala muito sobre o que está a incomodando, fora o ciúmes que fica bem óbvio, mas ela não é tão aberta quanto antes. Não fala sobre seus sentimentos e ficou mais durona do que quando nos conhecemos. Ela até as vezes diz que me ama e que gosta de ficar comigo, passou a demonstrar mais e não dizer, me traz rosas quase todo final de semana e quando não nos vemos muito durante a semana, ela manda entregar as rosas, junto a um bilhete de "Estou com saudades de estar com você".

Só que já faz um tempo que ela me enrola para dizer alguma coisa, sempre me olha por alguns instantes e depois desvia o olhar, dizendo que não era nada, mas eu sabia que ela queria muito me dizer alguma coisa e talvez seja hoje esse dia.

(...)

Quando ela foi embora, algumas pessoas já haviam chegado, então ela enrolou um pouco para sair e até a vi conversando com a Suga, aposto que para deixá-lo de olho nas coisas. Park Chaeyoung nunca vai ser discreta ou vai conseguir me enganar.

Yeri, Nayeon, Suga e Seulgi vieram me ajudar, com a decoração, com a comida e com todos os pequenos detalhes da festa.

Quando tudo ficou arrumado fui tomar banho e os outros foram para casa. E nesse momento senti falta dela, pois estar sozinha em casa não é a mesma coisa quando eu sei que ela está por perto, mas precisamos nos certificar que minha amiga vai vir e a Rosé se tornou mais autoritária que eu, quando o assunto é a Jisoo.

Assim que terminei de me arrumar algumas pessoas foram chegando, sendo o primeiro deles o Suga, o que só provou ainda mais o meu palpite de que ele está me vigiando.

Cumprimeitei cada um dos meus convidados, até mesmo a Son Chaeyoung, que foi convidada apenas porque estava perto da Mina, minha amiga e atual namorada da Son, infelizmente mais uma vítima e essa eu sei que não vou conseguir fazer nada.

Eu precisava ir ao banheiro, então fui usar o do meu quarto para ter mais privacidade. E depois de usá-lo me sentei na cama, mandei mensagem para a Chaeyoung, mas logo escutei alguém batendo na porta.

— Pode entrar.

Logo logo a Rosé surgiu, vestindo uma saia preta, um cropped preto mesclado em verde azul e preto, tudo em tons escuros, além do casaquinho de transparente preto. Que a tornava extremamente linda.

— Nossa. - Ela fechou a porta e passou a me olhar de cima a baixo, mordendo o canto do lábio inferior. - Isso ficou melhor do que eu pensei que ficaria.

Calça boca de sino, uma blusa preta que mostra metade da minha barriga e uma camisa xadrez, exatamente o que eu disse a ela que queria vestir e exatamente o que ela escolheu para que eu vestisse, já que a dou total permissão para me ajudar com roupas.

— Você está linda. - Eu falei, colocando os braços sobre o pescoço dela e a beijando. - Não, muito, muito gata.

— Então se imagine tirando tudo isso mais tarde.

Ela me beijou com pressa, me levando até a cama e me jogando ali, sem desgrudar o corpo do meu. Aos poucos os beijos foram transferidos para o meu pescoço e eu já sabia no que isso iria dar.

— Amor, tem uma festa rolando lá fora. - Eu falei.

— Eu sei, só serão alguns minutinhos.

Alguns minutinhos poderiam durar toda a festa, então já que ela vai querer se aproveitar do meu corpo e não me deixar sair daqui antes de conseguir o que quer, porque não posso me aproveitar primeiro? Dei um jeito de ficar por cima dela, beijando sua clavícula e sem querer querendo deixando uma marca ali, que poderia ser coberta com a roupa, mas que significaria muito mais tarde.

— Liz, será que podemos conversar?

— Agora? - Me afastei para olhá-la, notando um olhar de preocupação no rosto da minha namorada.

— Sim, não sei quando eu vou conseguir fazer isso outra vez.

— Okay.

Sai de cima dela e me sentei na cama, assim como ela também fez.

Inesperadamente, Rosé segurou em minha mão direita, beijando o anel de compromisso que ela me deu há um ano, exatamente no dia do meu aniversário e após um leve questionamento do porque não tínhamos um anel ainda.

— Eu… - Ela coçou a cabeça. - Nunca sei exatamente o que te dizer, eu.. eu meio que.. quero te dizer uma coisa há um tempo e..

Park Chaeyoung gaguejando e não sendo direta, algo bem raro e que quase nunca vejo.

— Amor. - Acariciei o rosto dela, fazendo-a me olhar com mais atenção. - Não precisa dizer nada se não estiver pronta.

— É que é difícil, muito difícil.

— Eu sei que é difícil.

Ela me enrolou por mais algum tempo, tentou andar pelo quarto, mas isso também não funcionou, depois deitou na cama e para acalmá-la a dei selinhos demorados, que ela fez questão de tornar em beijos lentos e depois apressados, depois passou a usar a mão acariciando todo meu corpo e por fim dirigindo os lábios quentes para o meu pescoço, mais uma vez, só que conseguindo o que quer, me marcar.

— Pronto, seu presente de aniversário.

— Sua...

— Sim, só minha e de mais ninguém.

Pronto começou, eu sabia que ela não iria andar tão na linha quanto pensei, instantes depois até usou a justificativa de que eu precisava ser marcada e que precisavam ver que eu tenho dona, sendo que ela sabe muito bem que eu mando nela e não o contrário.

Sai do quarto com um pouco de raiva, mas não muita, só queria me livrar de todo aquele grude e pegação.

— JISOOOoo …. Droga, fiz isso de novo. - Ela estava conversando com a Jennie e eu as atrapalhei mais uma vez nessa semana. Fiz isso no shopping e agora de novo. 

Bati em minha testa para amenizar a culpa. Se eu estragar isso nunca vou me perdoar.

—  Onde você tava? A Rosé te encontrou? - Jisoo perguntou.

— Ela fez pior…- Mostrei meu pescoço, que agora deve estar bem roxo.- Ela disse que eu deveria ser marcada. Isso é um descaso com a minha cara, ficou me enrolando um tempão e ainda fez isso.

As duas estavam se segurando para não rir, o que provou serem perfeitas uma para a outra.

— Isso é por que não foi com vocês. - Eu falei, fazendo um biquinho e esfregando o pescoço, mesmo sabendo que isso não vai sumir assim do nada.

— Ela tava te enrolando com o que? - Jisoo perguntou, se mostrando curiosa com isso.

— Disse que tinha algo para me dizer, mas toda vez parava ou começava a gaguejar. Só tava querendo me prender lá. - De início não parecia, mas depois foi isso que passei a pensar, que só queria me prender dentro do quarto.

— Ela tem algo para te dizer, tenha paciência. - Jisoo disse.

— E você não fez nada com ela? - Jennie perguntou.

— Claro que fiz, em um lugar escondido. - Maldito momento em que pensei em fazer ali e não no pescoço. - Aí depois ela pensou que aqui seria um lugar maravilhoso.

Apesar da música alta pude escutar as risadinhas da minha namorada chegando. 

Que cretina, que baita filha da puta. 

Tadinha da minha sogra, ela não mereceu isso.

— Já mostrou o meu presente? - Rosé perguntou.

— Eu deveria ter feito pior em você, sabia? - Falei.

— Me processa então. - Eu bem que poderia fazer isso, mas o caso não seria nada interessante para levar ao tribunal.

Acho que só para aliviar a situação, beijou minha bochecha, mas lá no fundo deve saber que isso vai ter volta. 

— Você deveria ir cumprimentar seus convidados, ficou sumida a festa inteira.- Jisoo disse, em meio a algumas risadas.

Bom, ela tinha razão, minha namorada me prendeu no quarto e não falei com as outras pessoas ou aproveitei a festa.

Juntei minha raiva, aquele chupão e sai dali.

Meu cunhado milagrosamente apareceu, mas sem o namorado, o que rendeu alguns olhares para ele, pois é um desconhecido para a maioria do pessoal, quer dizer, todo o pessoal menos eu, Jisoo, Suga e a Seulgi. Logo fiz questão de apresentá-lo a algumas pessoas, já que a irmã nunca faria isso e nem sequer fez companhia a ele na festa.

Quando voltei para falar com ela e dar o troco, vi uma cena bem “Uou” diante dos meus olhos. Acontece que minha amiga estava dançando com a Jennie, algo bem sensual e bem raro de ser visto, já que a Jisoo é bem constituída e sem atitude. 

Aquilo só significava uma coisa, ela realmente gosta da Jennie e terei que mexer os pauzinhos para que elas ao menos se beijem no final da noite.

Dei sinal ao Suga, que desligou a música e anunciou que estava na hora do parabéns.

O som de todos cantando parabéns parecia bem mais alto do que quando a música estava tocando, pois mostrava o certo entusiasmo por aquele momento. 

Assoprei as velinhas que estavam em cima do bolo, fazendo um pedido antes de soprá-las.

Desejei fazê-la feliz, livrá-la de todos os traumas que ainda tem e que um dia possa se sentir livre de todas aquelas péssimas memorias do estupro e da ex. Era isso que eu desejava, um pedido de todo coração e que eu espero muito realizar. 

— O primeiro pedaço vai para alguém que tornou todos os meus dias um pouco mais felizes. Para alguém que me fez perceber que posso ser sim feliz em um relacionamento. E que eu tive absoluta certeza que a amava desde o primeiro beijo, só era cabeça dura demais para admitir isso. - Se ela fosse de chorar na frente de outras pessoas, juro que estaria se desmorando agora, mas pude ver seus lindos olhos lacrimejando um pouquinho. - O primeiro pedaço vai para a minha namorada cabeça dura e ciumenta.

A entreguei o pedaço de bolo recém partido, sendo enchida por beijos e um eu te amo dito em um sussurro, que foi retribuído em mesmo tom.


Notas Finais


Até o próximo capítulo.


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