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História Surgindo das Cinzas - Seria um sonho?


Escrita por: TheDetroitRA9

Notas do Autor


Hey, meu povo! Tudo bom com vocês? Quem esqueceu que tinha uma fanfic pra atualizar? Pois é, eu mesma. Desculpem por isso! Esse é o primeiro capítulo com a presença de Ronda Rousey! Aproveitem!

Capítulo 5 - Seria um sonho?


Acordei um pouco menos disposta que o normal. Hoje iria para a primeira "entrevista" de adoção e eu não estava muito animada, apesar de tudo. Coloquei uma calça jeans preta, uma blusa da Grifinória e uma casaco preto com capuz de zíper.

Lindsay já havia acordado e estava ouvindo música com os fones de ouvido. Desci da cama de cima e disse para ela:

- Ei, Linds! Tudo bem?- ela tira um dos fones.

- Tudo e você?

- Também! Hoje começam as entrevistas...

- Eu sei...- ela disse com um ar tristonho.

- Ei! Não fica triste!

- Como não ficar! Você é morena dos olhos verdes! Só existem 3% de pessoas assim no mundo! Todos querem alguém assim! Você vai ser adotada logo!... e eu vou ficar aqui...- ela disse começando a ficar com raiva.

- Ei! Calma, Linds...

- Calma nada! Eu sou loira dos olhos azuis. Poucas pessoas dão essa combinação! É um saco!

- Lindsay! Olha essa sua boca! Você é loira dos olhos azuis nos Estados Unidos! Logo alguém vai te adotar, basta querer...

- Mas eu não quero! Você é bonita, Lexa! Vai ser adotada num estante!

- E você é super feia.- ironizo- Você se acha feia, Lindsay? Pois eu te digo que você não é!

- De qualquer jeito...

- Ei! Olha para mim!- eu sento ao lado dela.- Basta querer. Escute seu coração, Lindsay. O que ele diz? Diz para ficar ou para ir?

- Meu coração... diz para eu ir, mas eu não quero...

- Nós podemos ser surpreendidos. A vida é uma caixinha de surpresas.

- Certo... eu vou tentar.

Eu fiz a passagem para o outro lado e ela estava pronta para o lado lá. Dei um abraço forte nela, quando bateram na porta. Eu abri e era uma funcionária do orfanato.

- Alexandria Patterson?

- Eu.

- Lindsay Williams?

- Eu.- ela diz de trás de mim.

- Chegou a hora de vocês duas serem entrevistadas.

- Certo... Linds, te vejo depois?

- Sim.- nos abraçamos e somos direcionadas cada uma para uma sala de entrevistas. Coloco o capuz e entro na sala a passos curtos e receosos. Me direciono para uma cadeira, eu deveria esperar a pessoa, que logo chegaria. Coloquei o capuz um pouco para trás para que meu rosto ficasse visível. Arrumo minha postura e coloco os braços em cima da mesa. Bato os dedos na mesa em sincronia. Uma coisa que eu aprendi passando esse tempo todo no orfanato era ter paciência. Acho que sou uma das pessoas mais pacientes do mundo. Olho para frente e vejo um grande espelho, que atravessava a sala inteira, mas não dei a mínima e voltei minha atenção para meu interior e comecei a ver minhas lembranças.

Lembrei que eu via várias séries policiais com meus pais e lembro das cenas de interrogatório em que o acusado ficava numa sala de frente para o espelho... Merda! Eu já saquei agora! Eles estão do lado de lá do espelho. Isso é um tipo de teste? Eu me arrisco e dou uma risada e aceno para o espelho dizendo:

- Oi, pra você do outro lado do espelho!

Segundos depois, uma porta se abre e eu vejo uma mulher, morena com uma prancheta nas mãos e óculos pendendo na ponta do nariz, com uma expressão pasma entrar e dizer:

- Você foi a primeira nesse orfanato a fazer isso! Como você sabia que ela está ali?- a mulher me pergunta incrédula e com um olhar de admiração. Dou uma risada nasal e digo:

- Um bom mágico jamais revela seus segredos, certo?- dou um sorriso de lado retribuído por ela.

- Você é esperta garota!

- Obrigada.

- Bom, eu vou chamá-la agora.

- Certo. Obrigada de novo!

A mulher saiu da sala e eu voltei a fazer meus batuquinhos na mesa, quando a porta se abre e eu percebo uma mulher loira agradecer a mulher da prancheta e entrar na sala, se sentando na minha frente e quando eu levanto o olhar, não pude conter minha cara de espanto e um certo "pinote" para trás. Ela estava ali. Olhos verdes azulados, cabelos loiros e um sorriso no rosto. Ronda Rousey na minha frente.

- Oi!- ela diz. Ela parece animada, mas nervosa.

- Oi...- digo ainda em choque e sorrio de lado.

- Bom, vou me apresentar. Meu nome é Ronda. E o seu?

- Eu me chamo Alexandria, mas pode me chamar de Lexa.

- Certo, Lexa, você tem algum hobbie?- ela coloca as mãos em cima da mesa e posso claramente ver a tatuagem com o símbolo do judô no pulso. É engraçado o jeito que ela pronuncia o meu nome. Sai mais como Leksa.

- Sim, eu gosto bastante de ler, desenhar e antes de vir para cá eu fazia judô... realmente gosto de judô, mas tive que vir pra cá e como consequência eu tive que parar o esporte.

- Você gosta de judô, certo?- ela pergunta com um sorriso sincero no rosto.

- Na verdade de lutas em geral, sabe? Também já fui capoeirista, mas mudei de cidade e não tinha capoeira, então... então eu comecei com o judô e me apaixonei pelo esporte assim que pisei no tatame pela primeira vez.

- Bom, então acho que você vai gostar de mim, sabe porque?

Eu nego com a cabeça, mas eu já sabia o porquê da pergunta dela.

- Bom, eu também sou judoca! Sou faixa preta- eu resolvo a cortar.

- 4º Dan.- eu digo sem pensar.

- Como você sabe?- ela pergunta sorrindo de nervoso e mexendo os dedos.

- Fácil, eu fiz um calculo rápido na cabeça, pois a maioria das pessoas começam o judô com 11 anos e então eu fiz o calculo a partir de 11 anos e descobri que daria 4º Dan.

- Você é boa, hein menina!

- Obrigada.- mexo um pouco na manga da minha blusa. O mais engraçado é que ela não percebeu que eu sabia a idade dela.

- Então...você disse que gostava de ler, certo? Quais livros você já leu?

- Vários.- eu rio de lado.- São realmente vários! Nesses dois anos que fiquei aqui eu li 20 livros!

- Uou!- ela se assusta pela quantidade.- Como você leu tudo isso?

- Tinha tempo de sobra.- dou de ombros.

- Bom, eles- ela se refere aos funcionários do orfanato- me falaram sobre você e sobre seu grupo...

- Trikru.

- Isso! Trikru! Me disseram que você são uns demônios aqui dentro... isso é verdade?

- Bem... Eles me apelidaram de "The Devil" e eu só sou o "demônio" quando eu quero, sabe, as vezes me enchem o saco que chega a um ponto... a um ponto Miesha Tate, as vezes e...

- Pera aí! O que você disse?

- Um ponto Miesha Tate...?- digo meio sem entender.

- Você conhece a Miesha?

- Sim, eu já algumas lutas daquela idiota. Acho que nunca vi um lutador mais egocêntrico! Deus que me livre!- Ronda ri com meu comentário.

- Concordo com você, Lexa.

- Continuando... quando eu quero, eu apronto, mas eu posso ser um anjinho também, pergunte a Clarke. Pergunte a ela quem as consolou nos dias difíceis, nos momentos difíceis e sempre esteve ao lado dela desde que chegou a este orfanato.

- Clarke?- ela levanta uma sobrancelha.

- Sim, ela é minha amiga e dividimos o quarto desde que chegamos.

- Ah! Claro! Clarke... então você só é o demônio porque está aqui?- a expressão dela volta ao normal.

- Meio que isso... sinto falta dos meus pais, mesmo que já tenham se passado dois anos, mas eu decidi que seria melhor sair desse orfanato em uma nova família do que sozinha aos 18 anos sem saber o que fazer e acabar indo para o mundo das drogas e bebidas. Acho melhor eu fazer parte de mais uma família do que tirar a honra de uma, certo?

- Sábias palavras, Lexa.- Ronda sorri para mim.

- Obrigada.

- Então... como era sua vida antes de vir para cá?

- Bem...- eu solto um suspiro e tiro o capuz.- eu... tinha uma condição financeira melhor que de muito gente, pois sou uma Griffin Woods, e meus pais, Gustus e Emori, eram sempre presentes apesar das viagens e tudo mais. Viajava bastante e durante muito tempo, mas eu sempre estudava sozinha por prazer, sim eu sou nerd, sempre gostei de estudar.- ela sorri.- Na minha casa, tinha uma ajudante que foi como uma segunda mãe para mim, a Anya. E o meu motorista, Titus, sempre foi um bom amigo para mim... tive alguns amigos na escola, mas não muitos. Perdi o contato com todos... depois meus pais sofreram o acidente e morreram e eu vim para cá.

- Você costumava ser feliz?

- Sim e muito...- eu abaixo minha cabeça levemente e começo a olhar para minhas mãos, quando percebo um movimento na cadeira de Ronda e ela vem até mim e agacha ao meu lado, colocando uma de suas mãos na minha coxa.

- Ei, desculpa, eu não queria...

- Não é culpa sua, Ronda. A saudade vai ficar presente no meu coração eternamente, pois tem um lugar especial para os dois, mas as pessoas ao meu redor podem me ajudar a diminuir essa dor... na verdade, já diminuíram... e muito.- eu digo olhando para o espelho e vejo duas lágrimas escorrendo de meus olhos e eu logo as limpo com as costas da mão.

- Eu sei como é... uma parte dessa dor.- dessa vez ela abaixa a cabeça ganhando minha atenção.

- Como assim?- pergunto apesar de saber a resposta.

- Eu perdi meu pai aos meus oito anos de idade e o que você disse é verdade... a dor permanece, mas as pessoas ao nosso redor diminuem essa dor.- ela levanta o olhar e uma lágrima escorria pelos lindos olhos azuis e eu, rapidamente a limpo do rosto dela com o polegar.

- Parece que nos entendemos um pouco, certo?- eu sorrio de lado e ela retribui.

- Parece que sim, Lexa.

- 3...2...

- O que você...?

- 1.- na hora que eu digo isso a porta se abre e a mulher da prancheta entra na sala, fazendo com que Ronda entendesse o que eu estava fazendo e levantasse soltando um suspiro.

- Alexandria.- a mulher diz.

- Eu.

- Vá comandar seu grupo e digam para que eles saiam da rede e parem de modificar o site do orfanato.

- Como queira, Coração de Gelo.- respondo me levantando da cadeira.

- Lexa Heda, Comandante dos Trikru, seu grupo está em Polis.

- Do que a chamou?- Ronda pergunta.

- Lexa Heda, significa Comandante Lexa, porque?- eu respondo.

- Não, só achei estranho o respeito pela comandante de um grupo de arteiros.- Ronda ri e eu saio da sala e vou direto a Polis.

Entro no quarto e digo:

- Alec? Eliza? Clarke?

- Estamos aqui, Comandante!- as três respondem a uma só voz.

- Conseguiram o que queriam?

- Sim! Conseguimos alterar a lista e colocamos algumas pessoas para cada um dos Trikru.

- Bom!... Agora, saiam da rede delas antes que percebam que fizeram isso.

- Como foi, Lexa?- pergunta Clarke se levantando.

- Bom... sem contar que fui entrevistada pela Ronda fucking Rousey, tudo ótimo!

- Você o que?

- Exatamente! E você como foi?- pego um copo de água na mesinha e começo a bebê-lo.

- Eu fui entrevistada por Nina Ansaroff e Amanda Nunes.- toda a água saiu da minha boca como um chafariz. Eu acabei molhando Clarke toda.

- O QUE?!

- Obrigada por me molhar, estava com calor.- ela limpa o rosto.- Você ouviu! Nós nos demos bem! Amanda disse que quer conquistar o cinturão de Ronda algum dia.

- Nem em sonho! E pra sua informação, eu e Ronda, nos demos muito bem!

- Ah, é?! Bom, parece que se eu e você formos adotadas... ficaremos de lados opostos.

- Sim...

- Mas a amizade perdurará!

- Sim!- nós nos abraçamos e sorrimos, pois um sonho estava se realizando.


Notas Finais


Então, povo bonito? Gostaram? Comentem!


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