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História Surreal (Klaus e Caroline) - Capítulo 10


Escrita por: OliverLestrange

Notas do Autor


Boa Leitura <3

Capítulo 10 - Capítulo 10


Pov. Caroline.

Despertar de bom humor pela manhã era muito raro para mim, mas naquele dia as coisas pareciam bem quando abri meus olhos. Pena que o sorriso gentil em meu rosto não durou muito tempo, já que Jenifer, a secretaria do sr. Smith faria de tudo para tirá-lo do meu rosto.
- Está atrasada. - falou ríspida me encarando de braços cruzados na porta da sala de seu chefe, já que minha sala era inapropriada para um temporário cargo de chefona como aquele. - Pensei que teria que esperar a madame me dar a honra de sua companhia a manhã toda.
- E um bom dia para você também, Jenifer. - forcei um sorriso atravessando a porta da sala que ela havia aberto. 
- Então - ignorou totalmente meu comentário e prosseguiu - Smith decidiu deixar você no comando nessas duas semanas, como você já sabia, e foi uma novidade ainda maior tanto para mim quanto para você, ele ceder a sala dele já que não fez isso para ninguém antes. - ela suspirou abrindo as cortinas e deixando mais vivas as paredes brancas e o carpete azul - Serei sua assistente durante esse tempo e ajudarei nas tarefas corriqueiras sem, é claro, realizar todo o trabalho sozinha. 
- Como se eu tivesse lhe pedido isso. - disse num falso tom educado enquanto a encarava parar diante de mim.
- Aqui está sua agenda, há instruções que ele deixou especialmente para você. - ela praticamente jogou o pequeno caderno em minhas mãos e se virou para sair, antes que fechasse definitivamente a porta se virou - Temos prazos a cumprir, então se tiver marcado de ir ver a mamãe no natal, eu sinto muito... - o falso tom de pesar me irritou principalmente pelo sorriso de deboche que deu antes de sermos separadas pela porta.
- Vão ser duas longas, longas, semanas. - suspirei me jogando na cadeira estofada atrás da mesa de escritório.
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A semana se passou rapidamente, eu observava a preparação das festas natalinas através da tv ou ao vivo enquanto dirigia para o trabalho, meu coração estava apertado por não estar decorando a casa com a mamãe. Subir na carreira exigia grandes sacrifícios e eles estavam sendo cobrados agora.
Em plena véspera de natal estava havendo uma forte nevasca que cobria ainda mais de branco a tumultuada Nova Iorque, que agora não parecia tão cheia assim, devido ao fato de que as pessoas estavam abrigadas pelo frio intenso dentro de suas confortáveis casas. E como se já não bastasse o trabalho me sufocar, eu não poder estar com minha mãe e amigos, agora meu namorado também resolveu me dar um gelo.
Klaus não atendia minhas ligações e muito menos respondia minhas mensagens, era como se tivesse sumido do mapa e se esqueceu que agora tínhamos algo. Depois de três incansáveis dias, resolvi que era melhor parar de tentar, ele apareceria quando enfim quisesse. Mas no fundo, eu odiava admitir que estava muito preocupada, sempre haviam pessoas tentando derrubá-lo... Me dava medo.
E tinha Jenifer, a pessoa mais difícil de lidar que eu já encontrei em toda a minha vida, no segundo dia em meu cargo de chefe a garota andou com um bloco de anotações atrás de mim o dia todo, dizendo que Smith tinha lhe pedido para anotar todos os meus passos. E parecia que ela tinha levado ao pé da letra. Tirando o fato de a garota ser extremamente irritante e desnecessária, fazendo comentário inoportunos, principalmente quando percebeu que Klaus me ignorava, comentando que talvez houvesse uma traição envolvida.
- Já chega. - fechei o notebook de súbito, fazendo o barulho se propagar pela sala vazia, pelo prédio vazio. Eu cheguei ao ponto de fazer hora extra em plena véspera de natal, era o cúmulo!
Esfreguei meus olhos e soltei um longo suspiro enquanto me levantava em busca do meu casaco, ouvia o vento gélido do lado de fora, a neve provavelmente estava alta e eu teria muita sorte se conseguisse chegar em casa hoje. Mas eu me negava a passar no natal neste lugar, absolutamente sozinha.
Quando entrei no carro, não havia mais nenhum em todo o estacionamento e com minha antiga paranoia de estar sendo seguida me fazia ficar olhando para trás de três em três segundos. Destravei o carro e entrei ligando o aquecedor de imediato e evitando que o carro congelasse de vez.
- Olá, amor. - a voz que veio do meu lado me fez saltar no lugar e fazer algo impensável, levantar meu punho pra desferir um soco. - Calma! - disse o homem sorrindo, mas de olhos arregalados devido ao meu ato, ambos olhávamos sua mão segurando meu punho fechado a cerca de cinco centímetros de sua face.
- Você ficou maluco? - eu gritei irritada recuperando o fôlego - Klaus, você não pode invadir o carro das pessoas assim! Eu nem sequer sei como você entrou aqui...
- Foi ao mesmo tempo que você. - ele sorriu enquanto eu só conseguia imaginar mil formas de bater nele. - Vamos sair para beber algo? 
- Eu sou uma piada para você? - disse após soltar um riso de escárnio - Você literalmente sumiu por dias, não respondeu a nenhuma das minha formas de contato e de repente você aparece aqui, invadindo meu carro como um marginal, e me chama para beber algo como se nada tivesse acontecido, como se fossemos duas senhoras prontas para beber chá? 
- Uau, você está irritada. - ele disse sem tirar o sorriso do rosto - Me desculpe por ter sumido, ocorreram alguns problemas, mas não foram nada demais.
- Nada demais? Você sumiu do mapa e não foi nada demais... Eu aceito beber algo com você sim, mas você irá me contar tudo sobre esse seu sumiço. - disse me virando para frente e ligando o carro - Eu fiquei muito preocupada.
- Ei, respira Carol. - Klaus colocou sua mão sobre a minha que se prendia firmemente ao volante - Eu estou aqui agora. - eu olhei para nossas mãos e depois voltei meu olhar para encarar as iris azuis. 
- Idiota. - avancei para seus lábios num beijo urgente, expressando a saudade que sentíamos um do outro, foi pouco tempo, mas parecia uma eternidade. O beijo foi breve, porque eu ainda estava brava com ele e enquanto dirigia para o bar mais próximo logo após descobrir que meu carro conseguiria atravessar a nevasca, ainda podia sentir o gosto de menta de sua boca.
- O que vai querer? - ele perguntou à mim quando nos sentamos em uma mesa do pequeno bar solitário.
- Um chope. - respondi e ele se virou para o garçom realizando o pedido - Por que você sumiu? - perguntei assim que o homem foi buscar nossos pedidos.
- Haviam alguns assuntos pendentes que eu precisava resolver com urgência, longe daqui. - ele evitava meu olhar.
- Quais?
- Eu não sei se deveria te dizer, não quero te puxar para o meio disso. - falou incerto.
- Ei! - pus minha mão sobre a sua - Você pode me contar qualquer coisa, sabe disso e não sei se percebeu, mas quando eu disse que aceitava ficar com você, eu automaticamente fiquei no meio disso.
- Algumas bruxas estão tentando matar meus irmãos, não sei como, mas elas conseguiram estacas de carvalho branco e eu ouvi boatos de que Finn e Ester estão de volta. - engoli em seco, aquilo era impossível, eles já haviam morrido há muito tempo.
- Klaus... Isso é muito perigoso. - eu disse apertando sua mão forte - Ester tentou te matar no passado...
- Eu sei, por isso sumi por tanto tempo. Mas no fim acabamos com as bruxas e queimando as estacas que restavam, não encontramos nada que provasse que Ester e fim realmente voltaram, eu espero que as coisas permaneçam assim. - nos mantivemos calados enquanto o garçom nos servia e só depois do primeiro gole de chope foi que Klaus tornou a falar - Você não ia para Mystic Falls passar o feriado com sua mãe?
- Houve um imprevisto, vulgo meu trabalho infernal, e quando vi estava na empresa faltando apenas quatro horas para o feriado.
- Ficará sozinha certo? - ele perguntou e eu confirmei com a cabeça - Eu passarei com você.
Sorri genuinamente enquanto ele se arcava na mesa pra me roubar um beijo.
- Você me desculpa por não te contar? - ele segurava a lateral do meu rosto, mantendo os olhos fechados.
- É claro que sim, peço que também me desculpe por ser idiota, é que eu não gosto de mentiras. - disse enquanto me afastava dele. 
Começamos a conversar sobre coisas aleatórias e não pude deixar de perceber que enquanto conversávamos, um homem não desviava os olhos de mim, mas toda vez que eu retribuía o olhar, ele desviava. Decidi não dizer nada a Klaus, provavelmente ele se irritaria e nosso encontro acabaria em um grande desastre sangrento.
Depois de muitos risos e seis copos de chope, Klaus pediu a conta para irmos embora e aquele maldito homem ainda estava me olhando, e parecia que havia conquistado confiança o suficiente para sequer disfarçar.
- Vou ao banheiro, me espera? - Klaus perguntou.
- Claro, vai lá. - ele beijou minha bochecha - Te espero lá fora. - avisei antes que ele entrasse no banheiro.
Ao sair notei a pouca quantidade de pessoas na rua, já nos aproximávamos da meia noite.
- Ei bonitinha. - o homem que estava me observava do lado de dentro apareceu segundo meu braço com propriedade.
- Me solta! - ordenei, mas ele não o fez e começou a me arrastar para o cruzamento escuro que tinha convenientemente ao lado do bar.
Eu poderia muito bem ter me livrado dele rapidamente, mas eu queria me divertir um pouco e livrar o mundo de um homem babaca e odiável como aquele. Como eu já previa, o asqueroso me pressionou contra a parede, tratando de segurar meus braços e utilizar sua boca para lamber meu pescoço. Nojento. Ele desceu a mão para pegando em meu bumbum e o apertou fortemente, ok, aquilo já era demais.
Sem qualquer aviso, joguei-o com força no chão, o barulho de suas costas batendo no concreto ecoando pela viela escura. 
- O que você é? - ele perguntou aterrorizado observando meus olhos enegrecidos e as veias se espalhando abaixo de meus olhos.
- Sua redenção. - sorri debochada segurando seu braço de modo que o quebrasse, o grito dele era agoniante - Que foi? Não é tão divertido estar do outro lado da história, não acha?
Eu me alimentei até que o homem desmaiasse, e mesmo que meu desejo vingativo quisesse que ele morresse ali naquele cruzamento, não permiti. Assim, acabei lhe dando meu sangue e o deixei jogado lá com escoriações e um braço estranhamento quebrado.
Levei um susto quando ouvi palmas vindas da lateral do bar.
- Uau, você é cruel senhorita. Precisa mesmo ter quebrado o braço dele? - ele perguntou enquanto eu me aproximava.
- Aquilo foi pouco, muito pouco. - sorri recebendo um beijo dele, uma mistura que eu gostava, sangue e menta.


Notas Finais


E ai gostaram?
Até breve!


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