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História Surreal (Klaus e Caroline) - Capítulo 14


Escrita por: OliverLestrange

Notas do Autor


Boa Leitura!

Capítulo 14 - Capítulo 14


Pov. Caroline.
A semana seguinte passou em um piscar de olhos e quando me dei conta era véspera de ano novo e eu estava muito, muito atrasada. Eu ia em direção à loja que Marie trabalhava cortando as ruas nova iorquinas em alta velocidade e torcendo para não ser parada por nenhum guarda.
Normalmente eu não comprava roupa alguma para passar a virada de ano, não acreditava em toda aquela superstição idiota, mas um convite de Klaus, o qual mudou totalmente os meus planos de ir a times square assistir a bola descer, mudou totalmente o que havia planejado e me fez perceber que eu não tinha uma roupa nada adequada para a ocasião.
Estacionei em frente à loja de Marie tendo consciência que lidaria com a multa do paquímetro no próximo ano, meu pensamento viajando para Klaus inconscientemente. 
Flash Back On.
- Eu deveria arrancar seu coração e fazer você engoli-lo. - disse furiosa andando passos à frente do loiro, ele havia ido me buscar no trabalho e sem dúvida alguma Jenifer nos importou com sua irritável presença.
- Não deveria ser tão cruel, eu apenas respondi o que ela me perguntava. - me virei bruscamente fazendo que nosso corpos se chocassem.
- Por pura educação, não é mesmo? - arqueei a sobrancelha - Você tem o grande dom de me irritar e sabe fazer isso muito bem, dando mole para ela na minha frente...
- Você fica tão linda quando está com ciúmes, vindo de você nem chega a ser assustador. - seus olhos brilharam quando ele passou seu braço pela minha cintura e me puxou ao seu encontro.
- Não há ninguém aqui com ciúme se você quer saber. - agora foi a vez dele de arquear a sobrancelha com o mais puro deboche.
- Tenho certeza que não. - nada mais saiu por meus lábios, a não ser um suspiro de prazer ao seu beijada ardosamente por ele. - Será que sempre vou ter que te calar assim?
- Eu não ligaria. - murmurei para mim mesma, mas ele ouviu - Quer dizer - pigarreei nervosa, não era pra ele saber que eu tinha o perdoado assim tão fácil - Não se atreva a fazer isso novamente. 
- Com licença, jovens. - ao virarmos nos deparamos com uma senhora de idade avançada que possuia uma câmera em mãos - Vocês formam um casal de namorados muito bonito, poderia fotografar? - ela perguntou cordialmente da forma mais simpática que poderia ter perguntado. 
- Não somos namorados. - respondi habilmente e Klaus fechou a cara em uma carranca, por dentro sorri satisfeita - Mas é lógico que poderia nos fotografar, nunca diria não a uma senhora tão doce. - sorri radiante para ela.
- Muito obrigada querida. - ela segurou minha mão por um momento - Você me parece ser tão bela por dentro, quanto por fora. 
Não sei porque, mas aquilo me deixou de olhos marejados, eu realmente estava com as emoções um pouco alteradas demais.
- Então - Klaus pigarreou atrás de nós - Podemos tirar essa foto logo? 
- Klaus, não seja mau educado! - o censurei com os olhos furiosos, e olhei para a senhora pedindo desculpas.
- Não se preocupe, essa juventude é realmente muito apressada. - ela disse apontando a câmera para nós.
Klaus me puxou para ele enquanto eu ainda ria do comentário da senhora, ela chamou Klaus de jovem, Klaus era aproximadamente mil anos mais velho que ela. 
- Ficou excelente. - ela comemorou radiante. 
- Você já tirou? - perguntei boquiaberta, nem havia percebido, na verdade nem o "click" da câmera eu cheguei a ouvir.
- Podemos ver? - Klaus pediu e aquilo sem dúvidas me surpreendeu, ele ainda estava com os braços envoltos no meu corpo e eu também não havia percebido.
A mulher estendeu a câmera digital e lá eu me vi envolvida no abraço protetor de Klaus, eu ria alegremente como se tivessem me dito a coisa mais engraçada do mundo todo. Já o loiro, bem, ele me olhava de uma forma cativante, como jamais eu vi alguém me olhar, para ser sincera, de uma forma que jamais vi um homem olhar para uma mulher, ele tinha um brilho nos olhos como se venerasse minha existência, como se eu fosse a coisa mais preciosa do mundo. E eu me senti amada.
- Devo ir. - a senhora disse me tirando do devaneio e pegando a câmera de minhas mãos, sem dizer mais nada ela sumiu quando virou a esquina e eu fiquei pensativa com o que acabei de perceber.
- Você está bem? - Klaus perguntou. 
- Nunca mais me deixe gritar com você. - o abracei de repente da forma mais apertada que já abracei alguém.
- Não sou louco de ser contrário a você. - ele sussurrou em meus ouvidos. 
- Deveria ser, prometo que não vou matá-lo. - falei sorrindo enquanto nossos lábios se encontravam. 
Flash back Off.

- Você arrumou o melhor namorado do mundo. - Marie disse animada - Mesmo lhe mandando aqui justo no fim do meu expediente. 
- Me desculpe por isso. - bufei.
- Tudo bem, ele me deu um extra. - ela me deu uma piscadela.
- Não acredito que você aceitou suborno! - fingi estar incrédula. 
- Quando se é vendedora, deve-se ser esperta. - ela riu enquanto pegava a caixa do vestido que Klaus comprou para mim.
- Não sei se deveria confiar no gosto dele. - menti, claro que eu deveria confiar, ele já havia me presenteado com dois vestidos e confesso que foram os melhores que eu já tive.
- Deveria sim. - ela disse tirando o vestido da caixa e estendendo a mim. - Experimente. 
Como uma criança que acabara de ganhar um brinquedo novo, eu praticamente corri com o vestido até o provador e eu o experimentei.
- Como ficou? - Marie perguntou virada de costas para mim, parecia estar anotando algo em um caderno.
- Não sei, fui a um provador sem espelhos e nem ao menos percebi. - suspirei.
- Deixe-me ver antes que você mesmo ve... - Marie se virou e ficou boquiaberta, pensei primeiramente que estava ridícula ou até mesmo estranha, mas os olhos delas brilhavam e ela sorria.
- Você está me assustando, eu quero ver... - corri para a frente do espelho, meus lábios se separando quando suspirei de satisfação, aquele vestido ficou perfeito.
- Esse vestido já foi de uma famosa. - Marie comentou com importância. 
- Taylor Swift. - falei - Já vi ela usando. - me virei para Marie enquanto passava a mão pelo vestido - Como ele veio parar aqui? 
- Os famosos sempre usam a roupa uma só vez e descartam, felizmente minha chefe conseguiu adquirir, saiba que terei um começo de ano feliz com a comissão que Klaus me arrumou - ela sorriu - Foi bastante caro. 
- Não sei se eu deveria aceitar isso. 
- Deve sim - ela parecia desesperada - Eu estou feliz, minha chefe está feliz, ele está feliz, todo mundo está feliz e você está fabulosa!  - ela falou rapidamente me dando uma grande vontade de rir.
- Então pela felicidade geral, vou levá-lo. - ri da cara de alívio que ela fez. 
Acabei esperando até Marie fechar a loja para lhe dar uma carona para a casa. Fiquei do lado de fora enquanto ela terminava de conferir os estoques, eu olhava a sacola da loja onde estava meu vestido, sonhando acordada com ele. Se eu pudesse me apaixonar por um vestido, seria por aquele. 
A neve já havia diminuído consideravelmente comparado com a nevasca de uma semana atrás, ouvi o típico barulho de uma corrida vampiresca e olhei através dos vidros do carro, não encontrando nada. Nada, a não ser as diversas pessoas que passavam na rua, esperei mais alguns instantes para ver se escutava novamente, porém nada aconteceu. 
Claro que poderia ser somente um vampiro perdido em Nova York, às vezes eu ouvia vários andando por aí. 
Olhei fixamente para uma enorme árvore do outro lado da rua, e parecia que havia uma silhueta atrás dela, ela olhava diretamente para mim, a escuridão que a cobria não deixava-me perceber se era um homem ou uma mulher. 
- Carol. - alguém bateu no vidro do banco dos passageiros, pulei em meu próprio banco olhando Marie me olhando com um sorriso divertido. - Desculpe. 
- Sem problemas. - falei abrindo a porta para ela.
- Você tinha que ver sua cara. - Marie ria enquanto se arrumava no banco e passava o cinto de segurança por seu tronco.
- Engraçadinha... - acompanhei seu riso enquanto ligava o carro e ia em direção a Romney Halls, não antes de deixar Marie em seu modesto apartamento no centro.
- Me deseje sorte. - gritei quando Marie estava indo em direção ao hall do prédio.
- Boa sorte! Você ficou linda com ele! - ela gritou de volta e esperei que finalmente entrasse para poder ir para a casa.
Me arrumei rapidamente e coloquei o vestido em meu corpo, eu teria de usar um sobretudo para mascarar o fato de que eu não sentia o mínimo frio. Quando faltavam cerca de duas horas para os fogos, eu descia as escadas do meu prédio para encontrar um Klaus de terno a minha espera.
- Não faça essa cara para mim. - disse me aproximando dele.
- Como não fazer? Acho que não vou conseguir tirar os olhos de você a noite toda. - ele segurou meu antebraço e me puxou para ele, roubando um delicado beijo.
- Isso é um problema? - perguntei com a respiração entrecortada.
- Não para mim. - ele sorriu.
Eu o amava.
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Chegamos a uma mansão iluminada com luzes coloridas em sua faixada totalmente branca, de vez em quando, essas luzes formavam um "Feliz Ano Novo" e eu sorria, sempre fui fã de muitas luzes.  Me sentia uma criança boba enquanto Klus me guiava para dentro do grande salão de festas, eu sequer sabia de quem era essa festa.
- Acho que eu deveria ter me arrumado mais. - disse enquanto observava os convidados, as mulheres usando elegantes vestidos.
- Você está perfeita. - ele falou sorrindo e entrelaçou sua mão com a minha.
- Afinal, de quem é essa festa? - sussurre apertando forte sua mão.
- Um amigo meu de longa data, posteriormente vocês serão apresentados. - ele sorriu para alguém que acenou para ele com a cabeça.
- Estou um pouco nervosa... - sussurrei em seu ouvido e ele passou as mãos por minha cintura.
- Não tem porque, você está comigo amor. 
Estar com ele bastava para que eu me sentisse segura.
Mas algo naquela noite mudaria isso para sempre.


Notas Finais


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