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História Surrender ( SeongJoong ) - Como o infinito


Escrita por: supremacy_kingdom

Notas do Autor


「 Textão de último capítulo? Teremos, porém, no final! A dor no coração de marcar essa história como concluída... 🤧

A princípio, gostaria que vocês lessem todo o capítulo com muita atenção e que entendam que cada decisão que tomei desde o longo da história até aqui, não foi em vão. Algumas decisões foram bem difíceis, porém, necessárias.

O capítulo está enorme, por isso, desculpem. Não queria que ficasse uma leitura chata e cansativa, então espero que não tenha ficado.

Não esqueçam de olhar as notas finais, ok? Ah, e estamos de capa nova!

Músicas do capítulo: Say goodbye – Ha Yea Song (ato 1) ; Forgetting you – Davichi (ato2); Yours – Ella Handerson (ato3); The only reason – JP Cooper (ato4) 」




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Capítulo 14 - Como o infinito


Fanfic / Fanfiction Surrender ( SeongJoong ) - Como o infinito

CAPÍTULO XIII

╔════ ≪ •❈• ≫ ════╗

Como o infinito 


Cinco anos desde a partida de Wooyoung e muito havia mudado.

O tempo passou e as coisas se encaminharam de uma forma que Seonghwa se perguntava se estava preparado para lidar com aquela fase dos filhos, com a saudade que acumulava no peito e com a constante preocupação. 

Mas, certa vez, ouviu a sua mãe adotiva comentar: "criamos os filhos com muito amor, porque queremos que eles sejam amor, mas não os criamos para nós… eles são criados para o mundo. Todos temos nossa própria história para escrever, então, sempre chega um momento em que precisamos abrir as mãos para deixar que eles partam para semear esse amor".

Bom, era doloroso, mas era o certo.

Nesse período, Hongjoong recebeu a notícia de que seu pai havia finalmente falecido, o irmão o procurou para que voltasse ao seu reino, para que voltasse ao menos ao castelo, que havia explicado tudo e agora todos sabiam da verdade por trás do antigo rei. Todavia, o alfa negou. Mesmo que o mundo de um nobre pudesse ser mais luxuoso e cheio de mordomias e regalias, não era o que queria. Era uma vida cheia de correntes para prender a alta classe em mentiras, em uma vida de negócios e vazia. Tudo o que pediu foi que os deixasse viver em paz e seguros, nada mais. E assim foi feito. 

De qualquer maneira, os pequenos não estavam mais pequenos. Mingi estava com dezessete anos! Céus, ele era um jovem lindo, um ômega lindo. O garoto descobriu quando fez os seus quatorze anos e isso quase infartou Hongjoong, porque Yunho era um alfa! Ah, o moreno quase arrancou todos os cabelos do corpo ao imaginar que não teria como segurar o filho, porque Mingi estava tão interessado no Jeong quanto o Jeong nele. 

Seonghwa achava bonitinho, porque eles dois eram calminhos juntos, parecidos em seus jeitos e, principalmente, o mais velho supria um pouco aquele buraco que o irmão havia deixado. Sem contar que os pais de Yunho não eram pessoas ruins, pelo contrário, fizeram questão de se aproximar e de conhecê-los. Adoravam vim visitá-los para passarem a tarde assando carne e comendo, sempre traziam coisas diferentes para que experimentassem. Inclusive, quase morreu de vergonha quando Jongho comentou um "se for sempre ter isso na mesa, casem logo o Mingi com ele". Com quase treze anos na cara, a idade fazia Jongho virar um perigo, era como olhar Wooyoung em um outro corpo. 

O garotinho era um ômega, descobrindo a sua classe precocemente aos onze anos. E, como se não fosse piorar a situação, Kang Yeosang apareceu para ser o tormento diário. Seonghwa e Hongjoong entendiam bem o que os pais de San passaram, porque agora tinham um garoto sempre rondando seu filho, levando-o para passear e flertando com uma cara de pau gigantesca. 

Novos demais, mas havia ainda crianças que se casavam em compromisso de alianças aos dez, então não era incomum que grandes relacionamentos começassem tão cedo. 

Certo, o alfa da casa estava se preparando para aquela catástrofe – como ele costumava falar –, porque ele já imaginava que ter dois ômegas tão lindos quanto aqueles dois acarretaria em chuva de lobos interessados neles, mas também poderia ser perigoso, por isso ficava sempre atento e os proibia de ir longe demais. Não era uma possessividade ou uma superproteção exagerada, Seonghwa e Hongjoong já sabiam como funcionava, não queriam ter que esperar algo ruim acontecer. O rosado era a prova de que os lobos daquela sociedade não respeitavam um ômega que estivesse solteiro, os tratava como se fossem presas fáceis.

Ainda assim, continuaram seus dias em completa harmonia, vivendo enquanto observavam seus meninos crescerem saudáveis, generosos e lindos. 

Mas, naquele começo de tarde, muitas coisas mudaram.

─ Pare de andar de um lado para o outro, Hongie! – Seonghwa encarava aquela inquietação do alfa e ficava se sentindo da mesma maneira por conta da marca. ─ Me ajude a estender essas roupas molhadas. Ah, e tire o lençol de nossa cama, ainda está sujo de… – olhou de um lado para outro, pronto para cochichar. ─ … de seus rastros. 

Tudo isso era a preocupação com Mingi que havia ido dormir na casa dos pais de Yunho com ele. Hongjoong estava criando teorias sobre como convencê-lo a morar com o Jeong ali na casa, talvez construindo uma segunda. Poderia. Mas o rosado também não ajudava, porque em vez de dar uma força para terem um plano efetivo, ficava falando sobre netos. 

─ Se tivesse me ouvido, eu teria evitado de gozar em seu rosto. 

─ Ora! Cale-se! – o ômega jogou um pano úmido que tinha em mãos contra o rosto do marido, que riu tímido. ─ Quer que algum dos meninos chegue aqui e ouça essa pouca vergonha! Eu não preciso que saibam o que fazemos ou como fazemos! – jogou outro. ─ Desavergonhado!

Estavam prestes a discutir sobre todos já terem noção de "como se faziam bebês", mas foram pegos de surpresa. Aquele cheiro forte e quase cítrico invadiu o olfato dos dois. Era um perfume trazido pelos ventos daquele dia e era inconfundível. O peito do ômega apertou e o coração acelerou em um ritmo que pensou que morreria antes mesmo de-

─ Deveriam aprender a falar mais baixo… ainda mais sobre essas coisas. Vocês sabiam que parecem dois assanhados? 

¹Seonghwa nem mesmo teve forças para segurar o pano leve que estava em suas mãos, deixando-o escorregar por suas palmas e dedos, indo direto para o chão, completamente assustado. Os olhos automaticamente se encheram de lágrimas que pareciam estar guardadas para aquele momento em especial, para a volta do seu filho mais velho para casa e para os seus braços. 

Hongjoong era o único dos dois que estava de frente para o jovem homem alfa, arrepiado com a visão que tinha e inteiramente em choque com a aparição não sentida. Não sabia como, mas o garoto havia escondido seu cheiro característico muito bem. 

─ Woo…young…? – como se tivesse medo de estar alucinado e que sua voz o espantasse, o ômega perguntou aos sussurros.

Uma das mãos delicadas buscou por apoio ao agarrar às mãos do moreno ao seu lado, sentindo o aperto que ele dava, o apoio, aquele jeito mudo de dizer "estou aqui com você". Os pés foram se movendo, girando lentamente, enquanto os olhos permaneciam grudados em olhar para a grama verde, tremendo de ansiedade. Bastou que seu corpo ficasse inteiramente na mesma posição que a de Hongjoong,  para Seonghwa ir tomando coragem de levantar os orbes claros na direção do lobo. 

─ Eu voltei, pai. Eu prometi e voltei para casa, para vocês, e nunca mais irei partir... – a voz calma e o jeitinho de olhar, aquela mesma pintinha abaixo do olho esquerdo, tudo estava ali. ─ Nunca mais. 

Era o seu Wooyoung. 

─ Ah, céus, meu filho, é você! 

Seonghwa se soltou das mãos do alfa e correu na direção do moreno. 

Wooyoung voltou anos depois, mas voltou, estava ali, estava agora em seu abraço apertado, estava agora ali exalando seu cheiro tão saudoso diretamente para o nariz do pai que se esfregava buscando inalar o máximo possível daquele perfume. Aqueles cabelos negros agora estavam mais curtos, lindos, o fazia parecer um príncipe. O rosado não parava de tocá-lo, de apertá-lo, como se conferisse se ele era real, se todos os seus pedaços estavam ali, se ele estava mesmo podendo finalmente tirar aquela maldita angústia do peito. O seu filho estava vivo, estava bem e saudável, estava ali com ele. 

─ Deuses… Vo-Você voltou! – o choro dessa vez não era de profunda tristeza, era de felicidade e alívio. ─ Meu garoto… Meu amor… – soluçava ao chamar pelo mais novo. Afastou-se apenas o suficiente para agarrá-lo pelo rosto e admirá-lo de perto, cada traço e feição, cada parte que compunha o seu precioso filho. ─ Meu pequeno… Meu filho… – os polegares faziam carinho na pele macia. ─ Senti tanto a sua falta, tanto! Rezava todas as noites para que ficasse vivo, para que eu pudesse vê-lo antes da minha morte. Eu fui ouvido… Você está aqui!

Wooyoung apenas sorria e derramava as próprias lágrimas pelo rosto, incapaz de conseguir falar naquela hora. Todos os dias pensava em sua casa, nas terras em que foi criado com mais amor do que qualquer outro lugar. Pensava em seus irmãos que estariam crescendo, pensava em seu pai ômega que com certeza estaria preocupado e em seu pai alfa que deveria estar sustentando tudo pelo bem da família. Sonhava e sonhava mais vezes com o dia que poderia pôr os pés naquele lugar, no seu lugar. 

Mesmo que fugir tivesse sido a única solução, temia ainda por não estar presente, pois sabia que os pais de San iriam atrás dele. Mesmo que tivessem tido a sorte de encontrar um bom homem que os deu abrigo, que os alimentou, que lhes ensinou, que os deu um trabalho digno e tudo que precisavam para se sustentar, não teve uma noite que não olhasse para o céu e se questionasse sobre tudo. Inclusive, quando San pariu, Wooyoung entendeu de vez o conceito de como o amor de um pai funcionava, sobre o que tanto Seonghwa falava dias e mais dias. E foi então que se deu mais conta ainda de que ele nunca sequer cogitou em não vê-los como filhos – ele e  seus irmãos –, que o rosado sequer uma vez que fosse não mentia sobre todos os enormes sentimentos que dizia ter pelos três. 

Agora que tinha seu próprio filhote, notava que independente do sangue que corria em suas veias, o amor era amor, a sensação de fazer de tudo pela felicidade de outro ser, de querer apenas colocar sorrisos e de que entregaria a própria vida pela do filho era insubstituível e inconfundível. 

E por falar em filhos…

─ Quer conhecer os seus netos…? – Wooyoung deu um beijo longo na temporada do ômega e segurou em suas mãos. 

Os olhos de Seonghwa saíram do filho e observaram o ômega dele se aproximando. Ah… ele estava mesmo tentando ter dez filhotes, e pelo visto San não estava se incomodando em dá-los. Wooyoung não teve apenas um, e a prova estava no Choi, que vinha em uma carroça, se aproximando aos poucos guiando o cavalo e percebeu que ele estava buchudo, mesmo que a barriga ainda estivesse apenas com uma média elevação. Porém, na carroça havia mais três crianças de idades aparentemente próximas e um bebê pequeno no colo de um deles. 

─ Eles… Eles são…? 

O mais velho sequer conseguia terminar a frase. Estava em um misto de felicidade suprema e ao mesmo tempo estava pasmo. 

 ─ E você, pai? – olhou para Hongjoong que estava com os olhos vidrados em si. ─ Não me dá um abraço? Não estava com saudade do seu filho? Esteve esse tempo todo abusando do corpo do meu pai aqui à vontade, não é? Aproveitando que eu estava fora e- Ai! Por que me bateu?!

O rosado havia dado um tapa em seu braço, que estava até mesmo mais forte. 

─ Não mudou nada esses seus modos? Continua o mesmo depravado de língua solta! Céus, eu mereço que até mesmo neste momento você esteja se comportando da mesma maneira de quando tinha seus treze anos! Moleque atrevido! Isso lá é jeito de falar com o seu pai! Hongjoong, faça alguma coisa! 

Wooyoung não conseguiu fazer outra coisa a não ser sorrir e rir. Estava tão contente de finalmente estar em casa, de finalmente ter tudinho aquilo de volta. Ele precisava do ar daquele lugar, daquilo tudo! 

Ao saber do acidente fatal dos pais de San em um deslizamento, resolveu que seria a hora de voltar. Claro que San ficou triste e chorou, afinal, eram seus pais, mas Wooyoung só sentiu um alívio por não precisar mais sentir medo de ficar ao lado da sua família.

─ Onde estão Jongho e Mingi? Não os vi.

Hongjoong se aproximou e matou a saudade o abraçando, ambos conversaram por um bom tempo. Ainda perguntou se eles não tinham feito algum bebe nesse meio tempo, mas o pai negou, porém, não pareceu ser algo que abalasse eles. Já Seonghwa foi até o genro para ajudá-lo com a bagagem e para conhecer os pequenos. Ah, caramba, dois deles eram a cara exata de Wooyoung! Aliás, notou que eram gêmeos. Dois meninos. A garotinha era parecida com San e o bebê pequeno não dava para saber, mas parecia uma misturinha dos dois. 

─ Tem um na pancinha do papai San de novo... – a garotinha falou. ─ Eles fazem muitos bebês. Acho que o meu papai Woo ama muito, muito, muito o meu papai Sannie, por isso ele coloca um bocado de filhotinhos na barriga dele. Oi, eu sou Joonghwa, a primo… primogi… O que eu sou mesmo, papai San? 

O rosado paralisou. 

Ela tinha a personalidade do pai alfa e isso era inegável. Não tinha como esconder e como tentar dizer o contrário. Mesmo que fisicamente fosse parecida com o ômega, o jeito expansivo e falador era todo do alfa. E ainda tinha aquele nome…

─ Primogênita, meu bem. – riu e olhou para Seonghwa. ─  Wooyoung escolheu o nome dela… – San estava com os fios longos, batendo nos ombros, e estava radiante. ─ Ele queria lembrar-se sempre dos dois, em como o fizeram ser o alfa que se tornou, a ser feliz e a ficar ao meu lado. Mesmo que Wooyoung me ame e ame os filhos, você, acima de todos, teve, e terá sempre, o lugar mais especial em seu coração.

Seonghwa limpou a lágrima que desceu pela bochecha e sorriu. 

─ Posso segurá-la no colo? Quero muito segurá-la, San.

Óbvio que San não negou, muito pelo contrário, amou que o mais velho se afeiçoou aos próprios netos tão facilmente. Nem esperava diferente. Aquele ômega era em quem San se espelhava para ser um bom pai, era a pessoa que havia virado a base de referência. 

O bebê foi segurado por San e a pequena por Seonghwa. Ele não deixava de mostrar os dentes sorridentes. Bom, e nem a menina deixava de olhá-lo atentamente. 

─ Gosto de você – ela disse repentinamente ─ Acho que você é meu vovô. Você é meu vovô? Papai Wooyo não parava de falar no vocô do cabelo rosado e no outro vovô dele que era… era… – a lobinha tinha o dedo indicador contra a boca enquanto pensava e tentava se lembrar. ─  Lembrei! Papai Wooyo dizia que era o vovô tarado.

─ Joong! Céus... Já lhe disse para não imitar tudo que o seu pai alfa faz e muito menos repetir tudo o que ele diz! Não fale isso novamente. – San a repreendeu. ─ Hah, que vergonha. – estava corado e acanhado. ─ Sinto muito, Seonghwa. Peço que a perdoe... – se curvou brevemente. — Ela é impulsiva, tagarela e não pensa antes de falar, exatamente como o p-

─ Como o meu filho. – o mais velho acabou rindo. 

Pelo visto a sua vida continuaria sendo da mesma maneira de antes. Hongjoong chegou perto e falou com os gêmeos, que eram mais novos, segurou a bebê no colo e logo depois abraçou o filho ao saber da nova gestação do seu genro.

─ Acho que teremos que ampliar a casa para que todos caibam… – o alfa mais velho comentou. 

Porém, Wooyoung deu dois tapinhas no ombro do pai e deu uma ideia melhor:

─ Construiremos uma nova casa para que eu possa morar com meus filhos e marido. – estava bem convicto. ─  Aqui mesmo, uma pertinho da outra. Não pretendo dividir o mesmo teto, por mais que os ame. Preciso de privacidade, acredito que me entendam perfeitamente apenas por contarem os números de filhotes que tenho. – sorriu com malícia. 

San ficou vermelho, muito vermelho, ainda mais porque os olhos cheios de perversidade do seu alfa miraram diretamente seu corpo. Céus, morreria de tanta vergonha.

— E também estou crescido demais para vê-los em situações embaraçosas ou escutar algo entre meus pais. – completou.

— Wooyoung! – Seonghwa beliscou a costela do alfa. — O que os meus netos irão pensar? 

— Por que não podemos ficar com os vovôs? O que eles fazem?

Os adultos precisaram arrumar uma ótima distração para tirar o foco daquele enorme emaranhado de problemas. Joonghwa era bem curiosa e perspicaz, não podiam deixá-la pensando muito sobre o assunto.

[•••]

Quando Jongho voltou para casa, quase arrancou os braços do irmão de tanto abraçá-lo. Ficou enciumado com a presença de novas crianças na casa, pois agora não seria o mais novo. Entretanto, passou quando Wooyoung disse um "sempre será o meu pequeno e mais precioso irmão mais novo". O alfa ficou completamente feliz ao notar que já sabia a classe do irmão e que combinava com ele, entretanto, odiou quando o ouviu falar sobre Yeosang, o possível alfinha dele. Não acreditava que seu pequeno Jongie estava de namorico e ainda por cima… Hongjoong foi o único que pareceu compreendê-lo no momento. 

Contudo, nada, absolutamente nada, foi mais chocante do que ver Mingi. Uau, como ele estava extremamente belo e alto, mais alto que o próprio irmão mais velho, aliás. O reencontro dos dois foi repleto de muitos acontecimentos em si.  Primeiro foi recebido com um abraço caloroso, depois com xingamentos, levou um belo chute na canela e para piorar… quando Mingi correu e Wooyoung tentou ir atrás, teve um alfa praticamente do mesmo tamanho que Mingi, até um pouco maior, se metendo no meio e rosnando para si. 

Petulante! 

Rosnou de volta.

A sorte foi que Hongjoong se meteu no meio para acalmar os ânimos dos dois e explicar – não muito feliz – que o ômega seria marcado por Yunho e que os dois estavam oficialmente noivos. 

Wooyoung sentiu o peso do tempo distante, além do peso de ser o irmão mais velho e, ainda por cima, de dois ômegas. Sentia uma mistura de ciúmes, de vontade de protegê-los, de medo de serem magoados, ah, tantas coisas. 

─ Vamos todos jantar. – Seonghwa apareceu na porta da casa e quando um deles ia falando, continuou: ─ Isso não foi um pedido. Estou dizendo que vamos jantar e eu espero não ter que repetir uma segunda vez. 

Ele continuava o mesmo de sempre. 

─ Gostei do vovô Hwa, papai… – Joonghwa cochichou para San. 


━━━━❰・❉・❱━━━━


²Antigamente Jongho era uma coisinha pequena e com bochechas fofas, tão indefeso… Agora estava ali, após passar seu primeiro cio com o Yeosang, esperando um bebê! Céus! Seonghwa estava quase enlouquecendo com o filho desejando coisas aleatórias para comer. Igualmente jovem demais, com seus quase dezessete anos, o pequeno ômega estava prenho e deixando Hongjoong à beira de ter um passamento e morrer. Contudo, o Kang era um bom garoto, demonstrando sempre o seu enorme apreço pelo filho dos dois. 

─ Estou parecendo uma bola, mal consigo ver os meus pés! – Jongho reclamava para o irmão igualmente grávido. ─ Sua barriga é menor. Por que a sua barriga é menor? Você já reparou no tamanho que é o seu alfa e você?! Não acho justo que apenas a minha gravidez seja desta forma!

San ria do outro lado em pé enquanto amamentava o pequeno Hyunjin de sete meses, seu oitavo filhote. Jeno estava sendo insistentemente "tentado" a cada noite de amor que o ômega tinha nos braços de Wooyoung, que sempre enchia o útero do seu lobo. 

─ Talvez ela estique mais no final! – Mingi passava as mãos lentamente pelo volume de três meses. ─ Pequena ou grande, gosto de saber que aqui dentro está a maior prova do meu amor por Yunho. 

─ Não pensaria assim se fosse você. – Jongho o corrigiu. ─ Seria o mesmo que dizer que nosso pai não ama Hongjoong e vice-versa. Ou que não somos amados por ele por não termos esse vínculo. – o mais novo sorriu de repente. 

─ Você tem razão, Jongie. A maior prova de amor está em cada pequeno segundo que papai demonstra que seu coração é completamente cheio de bons sentimentos por nós… – o filho do meio suspirou e fechou os olhos. ─ Somos a prova do mais puro amor que existe e que existirá.

Como a família só crescia, construíram três casas em torno da dos pais, insistindo que não sairiam do lado deles de forma alguma. Simplesmente se amavam demais para querer criar raízes em terras distantes, até porque suas raízes nunca foram arrancadas dali. 

Primaveras passaram e mais crianças surgiram nas vidas daquela família tão diferente e tão única. 

Wooyoung enfim conseguiu alcançar sua vontade de ser pai de dez criaturinhas que não paravam quietas. San não reclamava, afinal, era louco por crianças. Jongho deu dois pequenos netos para os pais, cada um mais lindo do que o outro e incrivelmente fortes. Mingi era um poço de alegria, pois ele e Yunho preferiram ir devagar e tiveram apenas um bebê, grande como os pais e que possuía traços finos como os do ômega, mas também características fortes do outro lobo. 

Seonghwa e Hongjoong sorriam dia e noite, conseguiam apenas sentir a felicidade dos filhos, sentiam-se felizes por eles e automaticamente um pelo outro. Era como se qualquer desgraçada antes daquele momento nunca tivesse existido. A vida parecia ter dado um salto enorme, recomeçado quase do zero. E assim eles passavam seus dias, sempre unidos, observando seus filhos e netos brincando e rindo, a família que cada um construiu e também o jeito que eles permaneceram inseparáveis. Não tinham um vínculo sanguíneo, nenhum dos cinco, mas tinham uma ligação mais forte e totalmente inquebrável: o amor inigualável dentro do coração, algo grande e singelo. 

Ainda que os anos passassem, ainda que o casal estivesse envelhecendo aos poucos, que as marcas da idade fossem aparecendo e os corpos enfraquecendo, Hongjoong e Seonghwa estavam ali, juntos com aquele mesmo brilho nos olhos e a mesma paixão a cada gesto. 

Eles sabiam que, ainda que fechassem os olhos e nunca mais os abrisse e que nunca mais pudessem olhar um para o outro, aquele amor continuaria vivo, sendo passado por todas as gerações. 

Definitivamente, já tinham aceitado que um filho não viria. Não um filho diretamente dos dois. Talvez Seonghwa fosse mesmo infértil, talvez Hongjoong fosse, ou, quem sabe, talvez ambos. Talvez a vida tenha desejado que assim fosse. E foi nessa aceitação que eles continuaram sempre olhando em volta e reparando que nunca faltou nada, que eles já estavam completos, que aqueles três garotos antigamente órfãos e rejeitados pelas famílias, no fundo, sempre os pertenceram e por isso caíram em seus braços. Tiveram a certeza de que a sua família era formada por pequenos pedaços distintos que só se encaixavam ali.

─ Apesar dos anos… você continua o mesmo homem pelo o qual me apaixonei… – Hongjoong disse.

O alfa acariciava o rosto cansado de Seonghwa enquanto observavam as estrelas do lado de fora da casa onde apenas os dois dormiam agora. Os filhos estavam em suas próprias casas, provavelmente descansando do dia.

─ Acho que eu nunca seria capaz de oferecer meu amor para outro, porque precisava ser você, Seonghwa. 

O ômega sorriu e tocou a mão enrugadinha, fazendo um pequeno carinho.

─ Que bom que nada mudou nesses anos em seu coração… – deitou a cabeça no ombro do marido. ─ pois no meu, você sempre continuará sendo meu único e eterno amor, Hongjoong.

Os meninos reparavam em como os dois estavam ficando cada vez mais debilitados com a idade, mais indispostos, que os anos vividos estavam os afetando, por isso, aos poucos estavam se preparando para não tê-los mais ali.

 Era a triste realidade do tempo. 

Quando o dia chegou, quando o alfa e o ômega se olharam pela última vez naquele finalzinho de tarde, quando seus filhos se despediram com lágrimas nos olhos e um sorriso triste… Os pais sorriram com a sensação de dever cumprido, de vida bem vivida e sem arrependimentos. 

O lobo negro incompreendido tinha encontrado o amor. O ômega renegado tinha sido amado e também amou. 

Eles não acabariam. 

Kim Hongjoong e Park Seonghwa seriam eternos.





❰・❉・❱Opa, não acabou ainda! Volta aqui!❰・❉・❱





Porque a lenda dizia:

"Dois amantes com destinos ligados de maneira irreversível e infinita se encontrariam. Um lobo negro, poderoso, o mais temido em toda aquela Era, não poderia passar seus gênes, não poderia deixar seus rastros sobre a Terra. Não por apenas ser infértil, mas porque o ômega ao qual seu coração puro e apaixonado pertencia, também não podia procriar. 

O destino não foi tão cruel, ambos foram sim capazes de misturar o seu amor dentro de um ser.

O lobo alfa não precisou espalhar suas sementes e fazê-las crescer, ele apenas impulsionou o crescimento das "mudas" que já estavam naquele jardim, esse jardim que foi cuidado com tanto carinho pelo ômega que não podia gerar filhotes, mas que deu tudo de si por três crianças que acolheu com amor. 

O alfa deixou seu legado, passando os seus conhecimentos, a sua força, a sua honestidade, o seu calor, a sua hombridade e tudo que ele era para os seus filhos que não nasceram da barriga do seu ômega, mas sim do coração grande e afetuoso, do lobo de cabelos rosados, da criatura mais bondosa existente. 

Eles eram uma mistura que elevava a perfeição, talvez por isso não foram permitidos pelo destino de procriar".



─ E fim. Essa é a história! 

─ Mas, papai, então o lobo rosa é como… o senhor? 

─ Me sinto um velho de oitenta anos quando me chama de senhor… – o mais velho continuou fazendo carinho na cabeça no garotinho de fios claros, enquanto estavam sentados no puff enorme em frente à lareira e embrulhados em um grosso lençol. ─ Me chame apenas de pai ou de Hwa. – apertou o narizinho fino, brincando. ─ Sabe que não tenho besteira com isso, Mingi! 

O menino corou um pouco, balançou a cabeça afirmando e se aninhou mais ao corpo do mais velho, sentindo-se protegido pelo ômega.

─ Ah, Seonghwa, ele é fofo te chamando assim… 

³Os dois olharam imediatamente para a grande porta de entrada do outro lado da sala e sorriram. O alfa estava cheio de neve nos fios vermelhos e no sobretudo. Sempre que dava aquela horário no começo da noite ele aparecia voltando do trabalho. 

─ Oh! Já chegou do trabalho, amor? – o loiro se espreguiçou e se levantou devagar junto à criança. ─ Achei que ficaria na empresa até mais tarde.

─ Papai, Hong! – Mingi correu com seus pezinhos calçados na meia e os braços erguidos. ─ Senti saudade!

Hongjoong reiterou o sobretudo e o soltou no chão, ficando completamente livre das roupas sujas para pegar no colo o seu filho de seis anos. Ele era seu filho adotivo mais novo. O encheu de beijos e brincou com ele por alguns segundos de "avião", segurando-o pelos braços e girando-o. 

─ O que estavam fazendo? – continuou rindo ao que se aproximava do marido. ─ Onde estão Jongho e Wooyoung? 

─ Sabe que seu filho mais velho quase não pára mais em casa depois que começou a namorar com Yeosang. – deixou um beijo rápido nos lábios do esposo e o puxou pela mão livre para que fossem até o sofá. ─ Nada contra, mas sinto falta do meu Jongie aqui. 

Sentaram-se de lado, um de frente para o outro. 

─ Ele tá com o ômega dele, amor, mas deve voltar até o horário. Ele sempre obedece seus horários. – o alfa arqueou uma sobrancelha. 

─ E é bom obedecer mesmo, ou eu juro que puxo as orelhas do Jongho até ficarem roxas. – estreitou os olhos.

Mingi se soltou e foi atrás do copinho com leite quente, voltando e se sentando no colo do alfa, deitou um pouco a cabeça pequena no peitoral do pai e bebeu quietinho, mantendo os olhos vidrados nos dois lobos.

─ E o Woo, por que não tá aqui embaixo com vocês? – Hongjoong abraçou novamente o filho e ficou acalentando, como se estivesse o colocando para dormir.

─ O Woo-hyung tá lá em cima com o Sannie-hyung… – antes que Seonghwa conseguisse responder, o mais novo o fez e voltou a beber o leite.

─ Ah, eles estão estudando? – questionou, levando uma mão até encostar do ômega, brincando com a aliança no dedo dele. ─ Estão mesmo estudando? – cutucou a bochecha por dentro, algo que sempre fazia quando estava meio emburrado. ─ Sabe que aquele ômega é um sedutor, não sabe? E que Wooyoung provavelmente não vai resistir? San não me engana…

O loiro quis rir do marido. Nunca mudava. Ainda mais quando eles reencontravam as crianças muito cedo e se reecontravam na mesma sequência. Um papai muito ciumento e protetor, mas não de forma sufocante e tóxica. 

─ Sim, San está ajudando o Woo em matemática. – comentou. ─ Hongie, o Woo ainda é virgem e isso não é conversa pra gente ter na frente do Mingi.

─ Por que o Woo é virgem, papai?

Os dois mais velhos sentiram o sangue inteiro ir parar no rosto, além de arregalarem os olhos para aquilo. Oh, não, isso também nunca mudava. Sempre essa mania de boca aberta e de perguntas descontroladas. 

─ Meu Deus! Você tá vendo?! É por isso que a gente não fala dessas coisas na frente dele, Hongjoong. – o ômega ficou em pé e segurou o filho nos braços, caminhando e tendo o alfa no encalço. ─ Não é nada, amor. Não pode repetir isso, tá bom? É conversa entre adultos. – tentou persuadi-lo. 

─ Quando eu for adulto vou poder conversar sobre isso também? – novamente, perguntou inocentemente. 

─ É… Você vai, mas, por enquanto, não precisa. – falou rápido e entrou na cozinha, depositando-o em cima da ilha de mármore. 

Buscou alguns biscoitos, colocou em uma vasilha verdinha cheia de dinossauros e deu o copinho de fadinha com água morna. A melhor maneira de distrair Mingi era com comida, ainda mais se tivessem formatos lúdicos.

─ Amanhã vamos visitar o Yunnie, o que acha? – Hongjoong foi tirando o paletó, puxando a gravata e desabotoando os punhos da roupa social. 

─ Eba! Tô morrendo de saudade dele! Ele disse que ia me esperar para montar os legos novos. – o garotinho bateu palminhas e enfiou dois biscoitos de uma vez na boca, mastigando enquanto sorria com os olhinhos quase sumindo.

─ Já convidou ele pro seu aniversário semana que vem? – Seonghwa parou em frente à Hongjoong, sendo abraçado pela cintura. 

─ Foi o primeiro que chamei. É o único que importa mesmo. – o filho comentou. 

Os pais ficaram admirando o menininho lanchando bem à frente deles. Ele balançava as perninhas e prestava atenção nos diferentes formatos de bichinhos nos biscoitos.

─ Estava contando a história para Mingi? – o ruivo beijou o pescoço de Seonghwa, dando vários a mais perto da marca. 

─ Sim, aquela dos lobos que não podiam ter seus próprios bebês. – sorriu de uma maneira cúmplice. ─ Claro que certos detalhes eu pulei… Afinal, ele não tem idade para isso – falou bem baixinho. ─ e não precisa saber de forma inconsciente o que os pais faziam em outra vida.

De fato, os dois sempre acabavam contando a história, pois sempre recordavam dela quando tinham o primeiro beijo. A emoção de se reencontrar a cada novo período, de poderem reviver o seu amor, de poderem estar com seus filhotes… Nada no mundo inteiro iria superar aquilo. 

─ Eu gostei! O ômega e o alfa adotaram crianças, assim como você e o papai Hwa fizeram comigo e meus irmãos. Ah, e tinha um lobos com os mesmos nomes que os nossos, acredita?! Era legal! – Mingi se empolgou e falava como se estivesse comentando sobre algum filme novo que havia assistido.

─ Que bom que você gostou, Minnie… – afagou os fios do garoto, uma mania que não perdia nunca. ─ porque é uma história de amor muito grande. Amor de alfa para ômega, mas, também, amor de pai e filho.

─ Uhum… – piscou pensativo. ─ Igual a gente?

⁴O de cabelos loiros mordeu os lábios por impulso, segurando aquela vontadezinha boba de chorar. Estava sensível. Respondeu:

─ Igual a gente. 

Amavam esses momentos. Sabia que sempre seriam os únicos a manterem a antiga história, a primeira que tiverem juntos, na mente. Os garotos nunca tinham essas memórias, mas não afetava em nada, pois é como se estivessem esperando por eles a todo momento. 

Hongjoong e Seonghwa continuavam a não poder ter filhos, com o avanço da tecnologia e ciência, descobriram que não somente um era estéril, mas os dois. Todavia, isso se tornava irrelevante, ainda mais tendo seus três tesouros preciosos em seus braços de novo. 

─ Pai Seong, eu posso ir brincar com meus bonecos agora? E assistir desenho? 

─ Vai, meu amor. Ah, aproveita e pede pro Woo descer com o Sannie, vamos precisar de mais alguma ajudinha. Hoje é dia de pizza! 

O ômega desceu o filho do balcão, deu um beijinho na bochecha dele o viu sumir correndo para o andar superior. 

[•••]

─ Nunca vou me cansar daquela história… – o alfa, já banhado e trocado em roupas casuais, ajudava a colocar o tempero na massa. 

─ Nem eu, meu amor… Até porque, é a nossa história, da nossa primeira vida juntos, da primeira vez que construímos a nossa mesma família e escrevemos nossos mesmos caminhos… Vamos continuar nos encontrando sempre para viver esse amor e fazer novas histórias. – Seonghwa se afastou um pouco para colocar a segunda pizza no forno a lenha. Uma já estava pronta. 

─ Nós vamos… prometemos um ao outro sob a lua, Hwa. Nada vai nos separar. Seremos rendidos eternamente um ao outro. 

Hongjoong e Seonghwa olharam para o sofá da sala e viram seus filhos, viram como mesmo que centenas de anos passassem, mesmo que sempre precisassem se reencontrar, os cinco acabavam juntos e felizes. Não podiam ter filhos de sangue, nunca podiam, mas não os impedia de construir a família perfeita como na primeira vez. 

─ Você tá excitado… – o loiro sentiu bem algo o cutucando por trás em meio àquele abraço apertado.

─ Muito. – Hongjoong chupou-lhe a lateral do pescoço e depois lambeu.

─ Mas não é momento. – ômega precisou ser muito forte para não arfar alto e ceder aos impulsos.

─ Eu não mando no meu pau, Seonghwa.  – levemente roçou o quadril contra a bunda do outro. 

─ Mas eu sim. 

Era um fato. Seonghwa mandava em tudo. Mandava e era obedecido. 

─ Para agora de tentar me seduzir… "Seu alfa desavergonhado" – se desprendeu dos braços do marido e foi direto para a pia organizar algumas coisas.

O ruivo riu e arrumou o próprio pênis por dentro da calça moletom folgada, tentando uma boa posição para não ser tão chamativo. Voltou para onde o lindo homem de avental estava e se debruçou sobre a bancada, apoiando o cotovelo lá e a cabeça na mão. 

─ Por que você sempre acaba me chamando assim? – não parava de sorrir admirando a beleza de seu ômega.

─ Porque é o que você é, um alfa safado. – riu com a resposta. As bochechas coradinhas entregavam a timidez.

─ Errado. – sussurrou. ─ Eu sou um alfa apaixonado e que não consegue resistir ao ômega gostoso que tem.

─ Mais tarde eu uso aquela roupa pra você… – Seonghwa se deu por vencido, se debruçando sobre o balcão e chegando com o rosto bem perto do dele. ─ Mas, agora, quero que pare de me provocar e me ajude a levar a pizza de queijo para a mesa. 

Hongjoong concordou somente. Amava as nuances daquele homem que havia se casado e que, por Deus, sempre casaria e nunca se cansaria. 

─ Quem está com fome? 

Os mais novos ouviram a voz alta do pai ômega e imediatamente pararam de fazer tudo e responderam juntos:

─ Eu!

Mingi começou a organizar os brinquedos dentro da caixinha, já que o papai Hwa sempre dizia que assim que terminasse de brincar precisava deixar tudo exatamente como havia encontrado. Jongho, que estava de volta, o ajudou, enquanto Wooyoung foi na frente para ajudar com os talheres e porcelanas. 

─ Achei que iam subir pro quarto. – o mais velho sussurrou no ouvido de Seonghwa no instante em passou por ele um minuto depois. 

─ Jongho! – bateu com o pano no ombro do menino que riu. ─ Seu atrevido! 

─ O que eles iam fazer no quarto?

O ômega olhou para baixo e viu Mingi paradinho ao seu lado com os olhos vidrados em si. Quis arrancar os cabelos com toda aquela situação vergonhosa. 

─ Céus…

─ Brincar. – Wooyoung respondeu por cima, recebendo um olhar em negativa do pai. ─ O que foi?

─ Quero brincar também. – Mingi ficou animado.

─ Você tá muito novo pra brincar! – Hongjoong falou alto e levou a mão ao próprio peito, parecendo que iria morrer só de ouvir aquilo. 

─ Isso não faz sentido, sabe disso, né? – Wooyoung rolou os olhos e se sentou à mesa.

─ Você que começou a dizer que eles iam brincar. – o irmão mais velho o acusou.

─ Foi o que me veio à cabeça. – se defendeu. 

E uma pequena discussão iniciou ali. Não era incomum, mas não era ruim. Era apenas mais um pouco de tudo, um pouco do antigo misturado à um pouco do novo. Eles, no fundo, não deixavam de ser quem eram. 

─ Nossa família… – Seonghwa abraçou o marido de lado e olhou para os três comendo e exaltados na conversa. 

─ Nossa família… – Hongjoong o abraçou de volta e repetiu. 


Notas Finais


✅️PARA MAIS SEONGJOONG MINHAS: https://www.spiritfanfiction.com/listas/-seongjoong-supremacykingdom-7603723

✅️PARA MAIS ABO/OMEGAVERSO MINHAS: https://www.spiritfanfiction.com/listas/---9049550

✅️PARA MAIS MPREG MINHAS: https://www.spiritfanfiction.com/listas/--9049647

✅️PARA MAIS UNIVERSO ALTERNATIVO MINHAS: https://www.spiritfanfiction.com/listas/---9050654

Não sei se vocês de fato gostaram desse capítulo, mas, eu, como a pessoa que pensou ele em cada pequeno detalhe, amei.

Antes de mais nada, explicação do enredo final:
Sim, eles se encontram em reencarnações. Os SeongJoong sempre voltam a se reencontrar de uma maneira parecida com a do passado, eles sempre acabam não podendo ter filhos um com o outro e sempre acabam adotando os três garotos, que como vocês puderam ver, nem sempre vem na mesma ordem de idade. Eles se reconhecem com o tempo e acabam relembrando.

Por que eu não dei muito destaque para falar mais profundamente sobre a resolução do Hongjoong com a família? Porque não era o foco. E por que não deixei mais espaço para saber das vidas dos meninos? Porque também não era o foco. Claro, há uma possibilidade de bônus futuros, então, pode ser que vocês vejam mais sobre eles.

E a pergunta que não quer calar: porque não deixei os SeongJoong ter o tão sonhado bebê? Bom, eu sei que era algo muito esperado e sempre soube que poderia não repercutir de uma boa maneira, que vocês poderiam acabar saindo decepcionados, mas foi uma escolha feita desde a idealização do plot. Eu quis fugir de um final onde tudo se ajeita da forma que a gente quer, porque nós sabemos que nem sempre é assim. Eu quis mostrar pontos em tudo isso. O Seonghwa não precisou de fato ter em mãos aquilo que ele almejava, porque ele já tinha! Ele teve três filhos que amaram ele, que chegaram na vida dele e completaram tudo que ele precisava. Um bebê seria legal? Seria, mas acho que dizer que ele só seria de fato feliz caso tivesse um, acho que não. Ele sempre foi feliz tendo família dele que já estava completa de uma maneira diferente. Ele veio mostrar que amor ultrapassava qualquer limite e barreira, diferença ou imposições.

E, bom, não quero me prolongar em agradecimentos e despedidas, pois estou extremamente emocionada. Chorei revisando isso, mas com uma sensação enorme de dever cumprido. Também encerrei a trajetória deles com um sentimento enorme de gratidão por ter pessoas tão incríveis me acompanhando, eu, uma mera mortal que ama escrever o que vem na cabeça. Obrigada por fazerem meu dia se tornar menos pesado, por me acolherem, por me fazer sorrir quando do lado de cá tudo tende ao contrário. Sou muito agradecida por cada favorito, comentário, cada novo seguidor, cada pessoa que se dispõe a ler qualquer uma desses documentos que eu resolvi compartilhar aqui. Obrigada por me permitirem fazer parte de alguns minutos da vida de vocês e de alguns momentos.

Aos que se vão, espero vê-los algum dia novamente, sintam-se sempre bem-vindos e acolhidos, foi um prazer enorme ter vocês aqui. Aos que permanecem para continuar acompanhando alguma história, aguardem por atualizações e muito obrigada por continuarem aqui comigo.

Até breve! 💙🤸🏻‍♀️🌈

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