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História Sutilmente - Decisões


Escrita por: Arashi_Kishuu

Notas do Autor


Olá!!!
Gente... Que vergonha... Nem sei mais como pedir desculpas pela demora...
=(
Ainda estou sem computador e escrevendo e postando do meu serviço.
Espero que me perdoem e que continuem aqui comigo!!!
Coloquei no capitulo de hoje, um trecho de uma música que adoro e que acho que ilustra bem uma parte do capítulo... rsrsrs

Quero dedicar o capítulo especialmente para duas pessoas que não desistiram... Aphroditepiscis e _ShunXHyoga_
Um beijão pra vocês.

Obrigada a quem favoritou também!!
Agora chega de enrolar... Hehehehe

Até lá em baixo!!!!

Capítulo NÃO betado!!! Se tiver erros, me avisem que corrijo!!!!
Bjiins^^

Capítulo 19 - Decisões


No capítulo anterior...

“Shina havia saído em missão juntamente com Jabu de Unicórnio. Em meio a sua tristeza por não conseguir falar com Ikki e explicar o que realmente havia acontecido na festa de Saori, fazendo com que ela não fosse encontrá-lo, a amazona descobre que seu companheiro de missão possuía problemas bem parecidos com os seus e se assusta ao saber que passava uma impressão sobre si e suas ações, completamente diferente do modo como realmente agia.

Shun encontra com Hyoga e, ao contrário do que imaginou, tem uma agradável tarde com o loiro. Em meio a conversas e risadas, o cavaleiro de andrômeda percebe com pesar que o amor que sente pelo russo só aumenta a cada dia, porém isso não parece abalar sua convicção de que sua decisão de separar fora a mais correta. ”

 

 

Capítulo 19 – Decisões

 

I hear the echo of a promise I made (Ouço o eco de uma promessa que fiz)

When you're strong you can stand on your own ("Quando você é forte, pode seguir sozinho")

Those words grow distant as I look at your face (Mas essas palavras soam distante quando olho em seu rosto)

No, I don't wanna go it alone (Não, eu não quero seguir sozinho)

                                                                                                                                   (Forever – Kiss)

 

 

--------FLASHBACK ON--------

– Como tem coragem de me abandonar numa hora como essa?!

– Eiri, não diga bobagens! Você não estará sozinha.

– É claro que vou estar! – Grita exaltada – Serei uma mãe solteira! Acha certo o que está fazendo?

– Você não vai criar esse filho sozinha! E já conversamos sobre isso.

– Ah, não vou estar sozinha? – Pergunta com um tom de ironia – E ter um filho sem um marido o que é?!

– Você sabe que não há a menor possibilidade de ficarmos juntos. – Responde o cavaleiro de cisne, de olhos cerrados, massageando as têmporas – Sabe que é com o Shun que vou ficar.

– Ele nem quer ficar com você! – Exclama a loira – Mas eu quero... – Completa se aproximando devagar do ex, falando em um tom doce e calmo, enquanto segura sua mão – Você não é gay... Não é como ele...

– Não se atreva a falar do Shun. – Diz pausadamente, retirando devagar a mão da garota de cima da sua, enquanto a encara de forma seca. Eiri estremeceu com o olhar do russo. Poucas vezes o viu daquela maneira, sério, frio e porque não dizer... Perigoso. Sim, o cavaleiro de cisne lhe dirigiu um olhar ameaçador e ela soube imediatamente que estava na hora de recuar. Não poderia e nem queria se indispor ainda mais com ele. Não queria afastá-lo de vez. Mais do que depressa, resolveu mudar de tática. Se indignação não estava resolvendo, talvez um pouco de drama a ajudasse.

Baixou lentamente o olhar, fingindo arrependimento, e completou sussurrando:

– Desculpe... Não foi minha intensão.

Hyoga suspira cansado. Continuava sério e não tinha a menor intenção de consolar aquele súbito arrependimento da garota. Se irritava profundamente cada vez que a ouvia falar de Shun.

– É bom que você o aceite. – Responde friamente – Já que não temos mais nada para conversar, eu já vou indo.

Dirigindo-se até a porta do escritório onde conversavam no orfanato, o cavaleiro faz menção de sair. Porém, antes de ir, ele completa a encarando novamente.

– Segunda eu passo aqui pra te pegar e irmos juntos ao médico. Qualquer coisa, me ligue. – E sai sem se despedir, deixando para trás uma Eiri séria e pensativa.

--------FLASHBACK OFF--------

 

Lembrar-se do olhar irado de Eiri só fazia com que quisesse se afastar mais e mais da loira. Só não tomava essa atitude por causa do bebê. Jamais deixaria seu filho sozinho. Nunca.

Enquanto aguardava Eiri para irem a consulta médica, Hyoga observava Minu preparando o lanche da tarde das crianças. De repente, o russo se viu pensando acerca das atitudes de sua ex noiva. Desde quando a garota mudara tanto? Eiri sempre fora doce e gentil. Quando foi que deixou de ser? Será que o fato de ter sido possuída no passado pela deusa da discórdia, Éris, havia a deixado com algum tipo de sequela?

Sabia que era possível. O próprio Shun já havia lhe falado sobre isso. De como se sentia, as vezes, depois de ter sido possuído por Hades. Sentia uma estranha sensação de vazio e tristeza. Algumas vezes sentia um tipo de raiva, que o deixava angustiado e até sem paciência com o resto do mundo. Porém, Shun é um cavaleiro. E é a pessoa mais doce e bondosa que Hyoga já conhecera na vida. A forma como lida com todas essas confusões, essas “sequelas”, com certeza é bem diferente do modo como Eiri consegue lidar.

De pronto preocupou-se com o bebê. Teve medo de que a garota fosse capaz de fazer algo com a criança. Iria falar com Saori mais tarde, após a consulta. Sabia que ela poderia lhe ajudar de algum modo.

Decidido a proteger seu filho, o cavaleiro de cisne encara Minu por alguns segundos, antes de lhe pedir:

–Minu, posso lhe pedir um favor? – Falava calmamente, observando-a depositar as xícaras de plástico azuis usadas pelas crianças, de forma organizada em cima da cima.

– Claro, Hyoga. Pode falar.

– Gostaria que ficasse de olho na Eiri. – A garota o encara espantada, muito surpresa com o pedido. O cavaleiro de cisne, percebendo a reação da garota, apressa-se em continuar – Sei que são amigas, e por esse motivo não pediria isso a nenhuma outra pessoa. E não estou falando em espionar... – Diz sorrindo com certa preocupação – Estou pedindo para que tome conta dela, pra que ela fique bem e não se machuque. Me preocupo com ela... E com o bebê. E sei que já percebeu o quanto ela está... Diferente, mudada.

– Talvez ela tenha mudado com a gravidez, ou com o término do noivado...

– Ah Minu! – Exclama nervoso, interrompendo a garota – Você sabe muito bem que ela já estava assim bem antes disso. Não jogue a culpa em mim dessa maneira!

– Hyoga, eu não...

– Eu não tô pedindo nada de mais. Você sabe que ela mudou, não é? – Observa Minu concordar em silêncio, meneando a cabeça positivamente – Eu me preocupo de verdade com ela.

O cavaleiro levanta-se do lugar de onde estava sentado no refeitório e começa a ajudar a garota, apanhando de suas mãos uma imensa pilha de pratos de plástico azuis e os distribui pela grande mesa, onde as crianças logo comeriam. Minu continuou a organizar os lugares, ajeitando os talheres e guardanapos.

– Olha... Eu fico de olho. – Responde observando o loiro sorrir em resposta – Mas é só porque ela é minha amiga e quero o bem dela.

– Eu sei. – Sorri ternamente, depositando mais alguns pratos pela mesa – Também quero o bem dela. Não é porque terminamos que deixei de gostar dela, entende? – Minu sorri e confirma com a cabeça.

– Mas e você e o Shun? – Pergunta mudando de assunto, percebendo o cavaleiro suspirar pesadamente, deixando transparecer toda a tristeza que sentia.

– Não estamos nada bem... Na verdade, não estamos mais juntos. – Lamenta-se parando com o que fazia, parecendo pensar a respeito – Ele cismou com a história de que não quer separar uma família, que tenho que ficar com a Eiri... – Ele observa Minu sentar-se num dos bancos à sua frente, lhe encarando com pesar – Eu não sei o que fazer. Eu...

– Vamos? – Pergunta Eiri, interrompendo o discurso de Hyoga com sua chegada. Havia escutado atentamente a última parte daquela conversa. Então, eles continuavam mesmo separados? Sorrindo satisfeita, a garota se despede da amiga e sai acompanhada pelo cavaleiro.

Não conseguia parar de pensar no que escutara no refeitório do orfanato... “Se Shun acredita que Hyoga deve ficar comigo, quer dizer que não há a menor possibilidade deles voltarem! Está tudo dando certo!” – Sorri feliz, enquanto caminhava calmamente ao lado de Hyoga, articulando a melhor maneira de aproveitar essa chance que o cavaleiro de andrômeda estava lhe dando e reatar finalmente o seu noivado.

 

♥♥♥♥♥

 

– Você tem certeza do que está me pedindo? – Pergunta Saori, sentando-se na larga cadeira de couro marrom de seu escritório, observando com atenção a face do cavaleiro de andrômeda, que se encontrava sentado e ansioso, do outro lado da mesa.

– Eu tenho certeza.

– Isso é muito sério, Shun. Nós estamos falando de uma vida, uma criança. – Expõe a garota com seriedade – Não quer pensar melhor a respeito?

– Não precisa, Saori. Eu já pensei muito. – A encara com tranquilidade – Na verdade, eu estou pensando nisso há uns três anos. E eu já ponderei sobre tudo... Eu vou ser um bom pai.

– Não tenho dúvidas de que será. – Responde a deusa, sorrindo – Mas o que me preocupa é sua situação atual.

– Está falando do Hyoga? Porque se for, saiba que ele não tem nada a ver com essa decisão. Eu quero fazer isso com ou sem ele em minha vida.

– Entendo. – Continua o observando com atenção – Você sabe que esse será um processo longo e complicado...

– Eu sei disso. Preciso dar entrada na papelada, fazer o curso, depois passar pelas entrevistas... Terá toda uma investigação, por assim dizer. E só depois, se tudo der certo, vou ser encaminhado para a fila de adoção. Eu dei uma estudada em como funciona. E é por isso que vim falar contigo, pedir sua ajuda. – O cavaleiro de andrômeda levanta-se ansioso. Andando pela sala, ele para próximo a janela, encarando com um olhar apreensivo o grande jardim da mansão Kido – O grande problema é que... Juiz nenhum me daria a guarda de uma criança. Sou homem, solteiro, sou jovem, meu trabalho é totalmente fora dos padrões e sou homossexual. Que chance eu tenho, Saori? – Voltando-se novamente para ela, ele a encara com seriedade, concluindo seu raciocínio – Nenhuma.

– Shun...

– Mas eu sou capaz, Saori! – Exclama aproximando-se novamente da mesa onde a deusa continuava sentada à encará-lo – Eu sei que posso fazer isso... E eu quero muito! Eu tô pronto pra dar esse passo. – Shun silencia por alguns segundos, cerrando seus olhos. Suspirando pesadamente, ele volta a olhar a garota – Eu quero uma família. A minha própria família.

Olhando para seu mais gentil e afável cavaleiro, Saori sente como se algo apertasse em seu peito. Uma estranha empatia por seu amigo e por toda essa situação. Como não o entenderia? Ela mesma possuía a mesma vontade... A de ter uma vida. Pensou em Seiya e de como o cavaleiro lutou para que ficassem juntos, para que pudessem formar uma família. A sua família.

– Eu sei que está pronto. Assim como também sei que não é o tipo de pessoa que toma decisões importantes sem pensar.

– Eu nunca te pedi nada. E continuaria sem pedir se houvesse alguma chance pra mim... De eu conseguir sem ajuda. – Sussurra Shun suspirando pesadamente, dando a volta na mesa se aproximando ainda mais de Saori. Abaixando-se ao seu lado, ele a encara com sofreguidão – Eu não vou conseguir sem sua ajuda.

A garota o encara com preocupação. Aquilo seria complicado. Teria que usar de sua influência para tentar “facilitar” as coisas para que Shun tivesse uma chance. Cobraria favores, pediria outros, o que envolveria muito trabalho e conversas.

– Eu não estou pedindo pra que suborne ninguém. – Diz Shun de forma doce, com um leve sorriso nos lábios – Jamais te pediria isso. Só que eu preciso de você... De sua fundação. Pra atestar que tenho um trabalho normal, que tenho uma casa, que levo uma vida normal. Vou precisar omitir alguns fatos sobre mim... Você sabe. – Ele a encara com ainda mais esperança – E você pedindo para que alguém analise a minha ficha, tem muito mais peso do que se eu fizer o cadastro apenas.

– Eu entendi, Shun. – Ela o encara analítica.

A encarnação da deusa Atena levanta-se e calmamente anda pela sala, sendo seguida pelos olhos ansiosos de andrômeda. A garota parecia pensar. Pensar muito sobre tudo que ouvira. Ela sabia que ele seria um excelente pai, não tinha dúvidas. Ele é responsável, cuidadoso, carinhoso, educado, amoroso e muito gentil. Além de ter uma paciência quase infinita. Seu único receio era com relação à fase conturbada em que a vida de Shun se encontrava. Queria de todo coração que ele se acertasse com o cavaleiro de cisne, mas não poderia permitir que essa confusão envolvesse uma criança.

Sentando-se no grande sofá branco que compunha seu escritório e não mais em sua mesa, Saori parece relaxar um pouco, o que fez com que o coração de Shun acelerasse de forma desordenada, sentindo uma ansiedade mesclada a esperança crescer absurdamente.

– Sente-se. – Diz ela sorrindo, apontando o acento ao lado do seu. O cavaleiro obedece de imediato, acomodando-se de lado, para ficar de frente para Saori. Encarando-o, ela pergunta – A julgar por sua insistência e pressa, diga-me... Só pra saber, já pensou em alguma criança, não?

– Já... – A garota ia dizer algo, mas antes que o fizesse, Shun completa depressa – Eu sei que não é assim que funciona. Que tem uma fila, vão analisar os perfis... Mas posso ter esperanças né?

– Pode. – Sorri enquanto percebe os olhos de seu cavaleiro brilharem – E quem seria a criança? É do orfanato da Fundação não é?

– Sim. Ele se chama Alone.

­– O Alone? – Pergunta Saori certificando-se de que ouvira direito. Sempre achou o menino parecido com Shun. Era engraçado andrômeda querer justamente ele. Sorriu levemente com a coincidência, enquanto via o rapaz confirmar, meneando positivamente a cabeça.

Alone.

De repente, lembrou-se de algo que tornaria aquela adoção um pouco mais complexa.

– Shun, você sabe que o garoto tem uma irmã, não é?

– Sei sim. A Sasha.

– A lei não permite que sejam separados e...

– Eu gostaria de adotar os dois. – Interrompe, encarando a deusa – Jamais os separaria.

Saori encara o cavaleiro de andrômeda com ternura. Não esperava menos de Shun. Sorrindo com suavidade, ela toma uma das mãos do rapaz entre as suas.

– Eu vou lhe ajudar sim. E torço para que consiga os irmãos. – Sorrindo ainda mais, ela continua – Só me prometa que, independente de quem tenha a sorte de ser seu filho, fará essa criança muito feliz.

– Eu prometo! – Responde com alegria. Seus olhos se iluminaram tamanha emoção. Sentiu pela primeira vez em semanas, uma enorme felicidade invadir-lhe a alma. Talvez nem mesmo Saori soubesse o bem que estava fazendo a seu cavaleiro. Com a voz embargada e os olhos marejados, ele completa – Muito obrigada, Saori.

 

♥♥♥♥♥

 

Sentado na areia da praia, encarando o mar calmo e sem ondas daquele dia acinzentado, Ikki escuta pela décima vez a mensagem de áudio que recebera da amazona de cobra:

Ikki, sei que ta bravo comigo. Mas gostaria de conversar contigo... Explicar o que aconteceu. Non é possível que non queira me ouvir. Non faz isso... Io... Io te amo... – Um suspiro cansado é ouvido, antes da amazona continuar – Io non vou mais te incomodar. Essa é a última mensagem que te mando. Se quiser, sabe onde me encontrar.

E o áudio é encerrado.

Aquela foi realmente a última mensagem que Shina lhe enviou. Tão pouco tornou a ligar. Nada. Fazia quase duas semanas que a garota havia parado de tentar um contato.

O cavaleiro de fênix estava em dúvidas. Como ela poderia dizer que o amava e continuar fazendo essas coisas... O magoando, o deixando sozinho. Franzindo ainda mais o cenho, Ikki guarda seu celular no bolso do casaco e leva uma das mãos aos cabelos, como se o movimento pudesse trazer alguma solução para seu impasse.

Gostava de Shina. E muito.

Queria ficar com a amazona, mas parecia que tudo conspirava para que não dessem certo juntos.

– Maldita hora que decidimos fazer tudo escondido... Ideia idiota. – Sussurra sozinho.

Bufando nervoso, ele continua a pensar a respeito do que deveria fazer. Não tinha certeza se deveria insistir, engolir seu orgulho e ir atrás novamente da amazona. Essa seria uma boa ideia? Quantas vezes mais se magoaria se voltasse? Sua mente insistia para que desistisse da garota e continuasse como sempre foi, um cara livre, solitário, sem obrigações e laços que o prendam em algum lugar – com exceção de Shun, mas esse não conta. O irmão entendia seu jeito distante e até mesmo anti social de viver.

Por outro lado... Ikki a queria mais que a qualquer outra mulher. Sentia-se até um tanto idiota por já ter imaginado como seria viver com ela. Sentia falta da italiana. Da sua voz, do seu jeito, do seu cheiro, do seu corpo... Cobrindo o rosto com as mãos, Ikki sorri amargo. A amava de verdade.

Levantando-se, o cavaleiro bate as mãos em suas calças, retirando o excesso de areia que ali estava. Caminhando calmamente, sentindo o coração se acalmar, ele se dirige para fora da praia. Havia se decidido. E não importava o que acontecesse dali para frente, não voltaria atrás.

 

CONTINUA...


Notas Finais


Enfim, é isso!!!!
Espero que tenham gostado!!!
Bjins a todos os leitores!!!!


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