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História Swan Song - Dare to Dream - capítulo 78


Escrita por: _dreamer

Capítulo 166 - Dare to Dream - capítulo 78


Zayn POV’s

-Zayn. – Cath chamou – Viu a June por aí?

-Não vi não. – respondi calmamente, ignorando seu tom de voz completamente alarmado – Deve estar tramando contra você.

-Mas já está tarde. – Cath retrucou – Ela poderia até estar armando para mim, mas estaria aqui para dar risada da minha cara. Estou preocupada.

-Com o que exatamente? Ela é a June. Ela pode matar qualquer coisa que ameace ela, oras. – devolvi.

-Claro que poderia. – Cath revirou os olhos – Mas não nas condições em que estava. Ela estava muito mal. Mesmo que quisesse, ia acabar se machucando. Precisa me ajudar a encontrar ela!

Bufei completamente contrariado e me levantei. A briga com os meninos já servira para tirar meu humor durante toda a semana, e o fato de estar no mato sem ter o que comer apenas atenuava isso. Andei atrás de Cath enquanto ela ia em direção a outro conjunto completamente novo de barracas.

Cath puxou o primeiro cara que viu pela gola da blusa. Ele protestou, mas quando viu que era ela se calou.

-Oi? – Max perguntou me lançando um breve olhar de desprezo que eu devolvi com empenho.

-Viu a June por aí?

-Perdeu ela? – Max perguntou cético, porém sem olhar para Cath. Ele olhava para mim. Como se eu tivesse colocado June num saco de sabor carne e a jogado aos cães.

-Não perdi ela. – Cath respondeu de maneira fria – Eu não sou babá dela nem nada do tipo. Apenas pensei que poderia estar por aqui.

-Bom, aqui não está. – Max respondeu ainda me ignorando por completo.

-Certo obrigado por nada. – murmurei e Max revirou os olhos, me mostrando o dedo do meio. – Vem Cath, vamos perguntar para pessoas educadas.

-Escuta aqui... – Max disse já puxando minha blusa, mas Cath a arrancou de sua mão com agressividade.

-Não vão brigar. – ela rosnou e continuou a andar. Sem vontade de ficar ali encarando Max, segui-a. – Qual é seu problema com ele?

-Com quem?

-Max.

-Nada não...Coisa de macho. – respondi e Cath revirou os olhos, dando uma volta completa em todo o lugar. – June! June!

-June! – ajudei a gritar também. Harry saiu da barraca que dividia com Liam com a expressão confusa.

-O que ela fez?

-Sumiu! – Cath respondeu exasperada. – Não está em lugar nenhum. Essa garota...Ela quer me enlouquecer.

-June...Ela sumiu? – Harry perguntou em pânico, saindo aos tropeços da barraca. Pude ouvir Liam praguejar lá dentro.

Louis também apareceu, visto que estava na barraca ao lado e tinha ouvido parte da conversa. Liam também decidiu se levantar e logo nosso grupo inteiro, exceto a desaparecida, estava em pé no meio da noite.

-Pra onde ela iria? – Harry perguntou aflito.

-Olha, só tem um lugar onde ela pode estar. – Cath respondeu mordendo os lábios. – E não é lá muito agradável de se estar a noite.

Seus olhos imediatamente vacilaram para a floresta que se erguia com imponência logo atrás de nós, na direção do refeitório. Ela parecia completamente escura e sombria. Eu quase podia ver sombras se manifestando por ali. Não era um lugar no qual eu gostaria de entrar.

-Não vamos entrar ali, vamos? – perguntei, esperando e implorando desesperadamente que alguém me respondesse não, mas todos se olhavam com extrema coragem. – Ótimo, nada melhor pra unir um grupo do que uma garota desaparecida. Como não pensamos nisso antes?

Apesar do tom sarcástico, isso realmente estava dando certo. Todos pareciam unidos, embora June não estivesse realmente desaparecida. As vinte e quatro horas ainda não tinham se passado, ou seja, não podia ser considerada sumida. Mas eu via o desespero no olhar de todos, e sabia que se fosse para achar June, eles não hesitariam em entrar naquela floresta me arrastando junto – nem eu hesitaria se o assunto fosse sua segurança.

-Será que eles não podem nos ajudar? – Louis perguntou. Pela forma como disse ‘eles’, só poderia ser quem eu estava pensando. E contar com a ajuda deles numa tarefa que já era desagradável...

-Unindo o inútil ao desagradável. – comentei irônico e todos me olharam com seriedade. – Quis aliviar as coisas, desculpem.

-Temos que contar com alguém. – Harry disse determinado. – Mas como? Está escuro demais.

A única fonte de iluminação era a fogueira gigantesca, que iluminava praticamente o acampamento inteiro, mas afora isso, não havia mais nada. E já estava escuro. Eu via as grossas nuvens se formando acima de nós e sabia que não era coisa boa.

-Precisamos de lanternas se vamos mesmo entrar aí. – comentei apontando para a entrada da floresta. – Alguém tem uma aí?

Todos negaram com a cabeça, mas os olhos de Cath brilharam instintivamente.

-Bom, nós não temos, mas...Eu conheço alguém que pode ter.

[...]

-Não temos. – Nathan respondeu simplesmente. Bocó, isso é questão de vida ou morte. Não é para se tratar com essa simplicidade e cara de tapado.

-Foram confiscadas. – Tom corrigiu, observando-nos atentamente – E por que vocês vieram pedir nossa ajuda, permita-me saber.

-Olha, não viríamos aqui se tivéssemos escolha, colega. – deixei escapar.

-Não está sendo agradável para nós também. – Louis soltou e Cath o encarou, socando seu braço, assim como fez com o meu. Louis revirou os olhos, se balançando nervosamente.

-Minha amiga...Sua amiga. – ela disse se adiantando para Jay – Ela está correndo um grave perigo.

Jay imediatamente ergueu os olhos da fogueira que fitara com profundo interesse e encarou Cath atentamente, sem sequer piscar.

-Do que se trata?

-Ela sumiu tem um tempo. – Cath murmurou nervosamente.

-Isso é completamente normal. – Jay respondeu.

-Não para June. – Cath retrucou – Não sei se lembra, mas ela não estava em condições de andar. E ela ainda está abalada com todo o lance do lago, então...Nos ajudem, por favor.

Seus olhos foram direto aos amigos, outros integrantes da banda enquanto esperávamos pacientemente. Ou de maneira tão paciente quanto Louis e Harry conseguiam estar. Ouvia-se apenas o crepitar do fogo e nossas respirações aceleradas. Ninguém falava ninguém sequer se atrevia a piscar.

-Chamem Tina. – Max disse por fim.

-Então não vão nos ajudar? – Cath perguntou incrédula. Seus olhos se desviaram para Jay – Qual é...Ela é sua amiga também.

-Não a conheço. – Jay deu de ombros. – Ela é simpática e muito divertida, mas não vou ajudar. Isso é armação.

-Não é uma armação. – Louis rosnou, sendo imitado por Harry logo em seguida.

-Não nos rebaixaríamos a esse nível.

-Está nos chamando de ‘baixos’? – Nathan perguntou, estreitando os olhos perigosamente.

-Vou chamá-los de bundões! – respondi – Isso que vocês são. Uns belos duns bundões!

-Não se atreva. – Max se adiantou, mas Cath deu um berro agudo e surreal, que me fez encarar sua garganta, apenas para ter certeza de que ela não tinha estourado.

-Não querem ajudar, não ajudem. – Cath disse com raiva – Mas também não atrapalhem. Pelo menos emprestem as malditas lanternas.

-Foram confiscadas. – Siva respondeu, falando pela primeira vez.

-E onde estão?

[...]

-Essa é com certeza a idéia mais idiota que vocês já tiveram. – Cath sussurrou irritada.

Digamos que as lanternas infelizmente estavam na barraca de Tina, que a propósito ficava a uns quinhentos quilômetros de distancia das nossas e de toda a área confortável e iluminada do acampamento.

Tendo apenas a luz da lua como guia, avistei a tenda branca perfeitamente montada.

-E se eles mentiram? – Louis sussurrou nervoso.

-Temos que arriscar. – respondi num sopro e comecei a puxar o zíper devagar. Fez um barulho horrível. Senti todos se abaixarem no mesmo segundo, completamente assustados. – OK, com mais calma dessa vez.

Puxei o zíper o mais delicadamente que pude, sentindo-o ceder e descer com leveza e agilidade, sem fazer mais barulho nenhum. Eu não podia enxergar nada, mas Max tinha dito na ‘maletinha rosa com um unicórnio gay’. Isso devia ser fácil de achar.

Com a luz pálida e fraca da lua eu podia ver apenas a silhueta de Tina, completamente jogada na barraca. Entrei minimamente, colocando um pé sobre o espaço vazio entre suas pernas e me abaixando, tateando tudo ao meu alcance. Acabei encostando sem querer no braço de Tina.

-Quem...Quem é você?

-Você está sonhando. – respondi ao mesmo tempo que sentia todos lá fora prenderem a respiração – E eu sou seu, hm, fado madrinho.

-Meu fado...O quê?

-Durma que eu te trago um príncipe encantado. – murmurei completamente idiota.

-Tudo bem. – Tina respondeu sonhadora e fechou os olhos novamente. Todos soltaram o ar lá fora. Finalmente encontrei uma alça e a puxei. Pude sentir algo desenhado, um relevo estranho. Era essa. Tinha que ser.

-Consegui. – sussurrei, quase me jogando para fora da barraca de imediato. Respirei fundo e olhei para todos, que me encaravam com uma expressão divertida.

-Fado Madrinho? – Louis perguntou em tom de deboche e todos seguraram as risadinhas. Revirei os olhos.

-Concentração no que é importante. – sussurrei abrindo a bolsa e tirando cinco lanternas lá de dentro, todas personalizadas. Acendi a minha e entreguei as outras para eles.

Joguei a bolsa de volta, sem cuidado, na barraca de Tina e segui-os correndo de volta a base central do acampamento, desviando-me para o refeitório. June, você ainda vai matar todos os seus amigos.

[...] June Collins POV’s

Sequei brevemente as poucas lágrimas que ainda insistiam em cair e puxei minha manga um pouco mais para baixo. Escondi o pequeno objeto pontiagudo debaixo de diversas folhas e decidi fingir que tudo jamais acontecera. Seria bem melhor assim, embora a dor em meu peito agora se intensificasse.

Estava escuro o suficiente para eu mal enxergar o que estava bem a minha frente, mas se eu chegara até aqui, provavelmente conseguiria voltar, certo? Errado. Completamente errado.

As pedras, as arvores e os caminhos pareciam completamente os mesmo. A luz pálida da lua era uma pequena aliada, pois sem ela seria praticamente impossível se locomover na maldita floresta, mas mesmo assim não era suficiente.

Meu estomago roncou como um animal feroz, lembrando-me que eu não tinha comido nada o dia inteiro e ainda sofrido um pequeno trauma durante a tarde, fruto da pequena lesão nada grave no tornozelo. Bom, eu esperava que não fosse grave.

Quando finalmente achei que tivesse vendo o caminho para casa, percebi que era só uma ilusão. Eu estava mais perdida ainda. E me distanciara suficientemente da maldita trilha apenas para conseguir me perder ainda mais e tropeçar a cada cinco segundos. E começava a sentir frio.

-Cara, por que será que eu sempre me ferro? – murmurei para mim mesma, me culpando mentalmente por ser tão retardada ao ponto de me ferrar imensamente em apenas um dia.

Porém, obtive uma resposta.

-Não é óbvio? Porque você merece. – Louis respondeu com um sorriso cínico.

-Louis? – perguntei num misto de animação e alivio, mas ele tinha desaparecido. – O que quer dizer com ‘você merece’?

-É bem óbvio, não? – dessa vez, foi Harry quem perguntou. Seu sorriso cruel formava uma careta de desprezo. – Você não vale o chão que pisa.

-O quê? – murmurei já rouca por ouvir aquela voz que eu tanto amava me dizer coisas tão absurdamente cruéis daquela maneira. 

-É, June...Você merece tudo de ruim que acontece com você. – Louis disse se juntado a Harry, ambos com sorrisos assustadores, com os lábios arreganhados acima dos dentes.

-Vocês não...Eu...

-Ficar com dois caras ao mesmo tempo? Tsc, tsc. – Harry disse em desaprovação, olhando suas próprias unhas. – Isso é coisa de puta, June.

-Não imagino que seja. – Louis respondeu. – Putas não desenvolvem sentimentos e se dizem ‘confusas’. – Louis debochou.

-Parem! – gritei, colocando as mãos nas orelhas, me recusando a ouvir.

-June, você arrumou tudo isso. – Louis riu – Podia ter escolhido não ser uma vadia, mas...

-Ela é uma puta. E é isso que putas fazem. – Harry riu também – Acho que já pode nos mandar a conta.

-Queremos pular para a próxima.

-Depravada, vadia, puta... – Harry pensou por um momento – Não citei algo?

-Biscate, prostituta de terceira categoria? – Louis sugeriu.

-Não, não. – implorei, com as mãos fazendo cada vez mais pressão nos ouvidos. – Parem.

-Você nos fez sofrer, June. – Harry rosnou – Nada mais digno que nos fazermos o mesmo.

-Eu...- gaguejei, sem forças para continuar.

-Eu, eu, eu... – Louis repetiu, em tom debochado – Você só pensa em você, garota. Não importa quantas pessoas use, sempre consegue o que quer.

-Isso é mentira. – berrei tentando avançar para ele. Seu sorriso confiante não vacilou.

-Escuta aqui, vadia. – Harry avançou – Você apenas está tendo o que merece, por tudo.

-Isso mesmo, sua puta. – Louis enfatizou.

-Parem. – gritei, fechando os olhos com força. Eles não podiam ser reais. Porém, quando abri os olhos, eles continuavam ali me encarando com afinco.

-June, você nos fez sofrer, nos fez brigar... – Harry riu debochado.

-Mas isso vai acabar essa noite. – Louis completou – Vamos acertar nossas contas com você.

-Não. – recuei, vendo os dois com expressões homicidas vindo em minha direção. Eles pareciam ferver de raiva. – Não, por favor, parem.

-Ora, você ainda não sofreu nada. – Louis disse se deliciando de meu desespero.

-Parem! Fiquem longe de mim. Não, por favor, não! – gritei, recuando em direção ao caminho em que vim anteriormente. Tropecei na raiz gigantesca de uma arvore que se projetava para fora da terra e cai no chão, ainda enxergando aqueles dois rostos homicidas e assustadores cada vez mais próximos. Coloquei uma mão no rosto em desespero, berrando para que parassem, e então tudo ficou negro novamente.

 



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