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História Swan Song - Capitulo 9


Escrita por: Ilove_swansong e _dreamer

Capítulo 9 - Capitulo 9


POV`S Harry

 

Tive um sonho muito bom. A Ally me beijava nele. Sei lá, foi muito real, eu praticamente senti o beijo dela. Ouvi-a dizer “Me desculpa Hazza”. Decidi levantar. Liam estava quase enfiando os pés dele na minha cara.

 

–Caramba Liam. – empurrei seus pés pra longe e ele acordou.

 

–Ahn, onde é que agente ta mesmo? – ele perguntou sonolento.

 

A sala estava com todas as persianas fechadas, então estava tudo escuro. Tirei o celular do bolso pra criar luz. Doze chamadas perdidas do Simon? Que medo.

 

–Gente acorda. – gritei.

 

Louis demorou um pouco, mas acordou. Niall, que estava morrendo de fome, acordou assim que gritei comida. Pulei em cima de Zayn.

 

–Caramba, Harry. O que você ta fazendo? Me arrependo de ter salvado sua vida ontem. – ele reclamou.

 

–Verifiquem seus celulares.

 

–Pra que mesmo Harold? – Louis perguntou – CARAMBA, SETE CHAMADAS PERDIDAS DE SIMON! O QUE TA ACONTECENDO?

 

–No meu tem vinte. – Niall comentou.

 

–No meu tem só trinta e sete. Hm. Fiquei com um medo agora. – Liam disse desligando o celular.

 

–Hm, ele só me ligou duas vezes. – comentou Zayn.

 

Um frio me tomou. Ele tinha ligado pra gente, perai que não sou ótimo em matemática.

 

–Louis. – apelei pro meu gênio de plantão.

 

–Sim?

 

–Quanto dá doze mais sete mais vinte mais trinta e sete mais dois?

 

–Oitenta e um. – Louis nem precisou de um minuto pra responder.

 

–Simon nos ligou oitenta e uma vezes? O que será que ele quer? – perguntei assustado.

 

–Devíamos ligar de volta. – comentou Liam.

 

–Já que você teve a idéia, você liga. – comentou Niall.

 

Liam nos olhou assustado.

 

–Você é o pai do One Direction. – dei de ombros.

 

–Você é o responsável por nós. – Louis tacou seu celular em Liam.

 

Ele nos olhou nervoso e enfim discou o numero de Simon.

 

–Coloca na viva-voz. – sussurrei.

 

Ouvi o celular chamar. Juntamos nossas cabeças ao redor do celular.

 

Simon atendeu.

 

–ONDE É QUE VOCES PASSARAM A NOITE? – todos saímos imediatamente de perto do celular.

 

Já começou berrando. Estávamos indo mal.

 

–Num hotel. – Liam respondeu calmamente. Era mais ou menos verdade.

 

–Sério Payne? POIS NÃO É O QUE A MIDIA ESTÁ DIZENDO! – ele berrou mais ainda. Parecia muito irritado.

 

Olhamos-nos confusos.

 

–Como assim Simon? Não estamos entendendo.

 

–PASSARAM A NOITE NUM QUARTO DE HOTEL COM UMA GAROTA?UMA DESCONHECIDA?

 

Agora Liam estava com os olhos arregalados.

 

–Não é desconhecida. – falei no bocal do celular, empurrando Liam.

 

–Como é que mídia ta sabendo disso? – Liam perguntou, voltando ao celular.

 

–Algumas fotos de “certas pessoas” descendo de andaime pela lateral de um prédio e invadindo uma cobertura do hotel London Palace CAÍRAM NA INTERNET! E tinha fotos de longo alcance em que aparecia uma garota. – ele disse furioso – E mais, ainda a entrevistaram quando saiu do prédio!

 

–Ela saiu daqui? – perguntou Zayn baixinho pra mim.

 

–Acho que sim. Nem imagino o que os repórteres perguntaram. – sussurrei pra ele que confirmou com um aceno de cabeça.

 

–E o que ela disse? – Liam perguntou nervoso.

 

–Ela negou tudo. Eu vi ao vivo. Infelizmente a mídia esta inventando sua própria história sobre isso, editando todas as respostas que ela deu. Isso está criando uma bola de neve. – ele parecia cansado, a essa hora da manhã.

 

–O que quer que façamos? – Liam perguntou assustado. – Ela é nossa amiga.

 

–Segundo a mídia, ela é uma prostituta de luxo que está tendo caso com vocês cinco ao mesmo tempo. – ele disse nervoso.

 

–Como é que é? – Liam quase gritou no telefone. Todos nos estávamos atônitos demais, não sabíamos o que fazer isso nunca tinha acontecido antes.

 

–Ela não é! É só nossa amiga, pelo amor de deus. – Liam disse puxando os cabelos com força. Ele estava mesmo muito nervoso.

 

–Já marquei uma entrevista numa rádio segunda-feira. Vocês vão explicar essa historia antes que vire uma avalanche de problemas.

 

–Vamos Simon.

 

–Eu tenho que ir. Pensem bem no que vão dizer amanhã.

 

–Vamos pensar. – disse Liam.

 

–Tchau meninos.

 

–Tchau Simon. – dissemos os cinco juntos.

 

Ele desligou.

 

–Merda. – Liam tacou o celular no chão.

 

–Ow, Payne, não desconta no meu celular. – Louis protestou, mas não estava bravo de verdade. Nem se preocupou em pegar o celular do chão, e ainda pisou em cima dele ao se levantar e começar a andar pela sala.

 

–O que ela vai pensar? Já tentou me matar só por que encostei no piano dela. Quando souber que todos estão achando que ela é uma prostituta de luxo, ai sim ela vai pirar. – comentei.

 

–Vai querer nos torturar. – disse Zayn triste.

 

–Eu gosto dela.

 

Olhei pra ele.

 

–Tá, mas aonde isso vem ao assunto Niall? – perguntei.

 

–Não vou me afastar de uma pessoa de quem gosto e que não quer nada de mim por causa disso tudo que ta acontecendo – ele deu de ombros.

 

–Como assim? – perguntei. Liam, Zayn e Louis também pareciam bastante confusos.

 

–Oras gente, pensem bem. Todas as garotas que tentam se aproximar da gente ultimamente só querem algo em troca. Não querem saber quem somos ou o que sentimos, nem nos fazer rir. Só querem ir às festas a que vamos e conhecer as pessoas que conhecemos. Elas são falsas. Mas a Ally não. Ela foi sincera desde aquele momento no avião, principalmente sobre me achar sexy, e parecia realmente querer ser nossa amiga. Ela tentou matar o Harry, mas claro ela tinha motivos. Ela tentou matar o Liam, claro tínhamos mentido. Não percebem? Mesmo tendo mentido pra ela, ela nos perdoou...

 

–Mais ou menos. – interrompi. – Ainda não tenho certeza.

 

–Sei que não somos exatamente amigos dela, mas a vida esta me dando uma chance de ter uma pessoa maravilhosa ao meu lado, como amiga, e quero aproveitar isso mais que tudo. Se vocês não quiserem, tudo bem, mas eu vou ficar. – Eu so tinha visto Niall fazer discursos lindos e poéticos sobre a comida do Nandos e aquilo realmente me surpreendeu.

 

–Bom, eu acho que você tem razão. – falei – Acho que quero muito ser amigo dela.

 

–Nós também. – disseram Liam, Louis e Zayn. Incrível como banda grande às vezes tem telepatia.

 

–Eu to com fome. –Niall reclamou. Dei uma risada e fui até a geladeira.

 

–Aqui não tem nada. – comentei e ele revirou os olhos e colocou as mãos no pescoço como se fosse morrer.

 

–Ei, ele disse que ela foi entrevistada assim que saiu daqui não foi? – perguntou Liam.

 

–Verdade, já tinha esquecido. – falei – Onde será que ela foi?

 

–Tomara que ainda não saiba das noticias. – Zayn comentou e todos nós, silenciosamente, concordamos.

 

–Acho que já estão servindo o Buffet no hotel. – falei pra descontrair. – Vamos até lá?

 

–Opa, é pra já. – Niall veio correndo.

 

Tentei abrir a porta. Nada. Tentei mais uma vez.

 

–Cara! Péssima noticia.

 

–Que foi? – Zayn perguntou.

 

–Estamos trancados.

Ally Cunha POV`s

 

Apesar daqueles fotógrafos e repórteres sem noção, eu estava curtindo bastante meu passeio em Londres. Dei uma olhada em alguns restaurantes, até decidir que realmente precisava de uma guia.

 

–Hey, você ai com blusa de coruja. – ouvi uma voz de garota chamar.

 

Acho que não tinha mais ninguém com uma blusa tão descolada como a minha então me virei. Uma garota morena, um pouco mais baixa que eu, veio em minha direção.

 

–Sim?

 

–Deixou cair. – ela me entregou minha carteira de identidade. Vai, anta, perde a identificação no seu primeiro passeio por Londres.

 

–Valeu.

 

–Não tem de que. –ela deu um sorriso.

 

–Sério, muito obrigado, sem você eu estaria completamente perdida. – disse e ela riu.

 

–Você fala de um jeito estranho. Você é da Califórnia né? Desculpa, vi sua identidade.

 

–Aham. – disse rindo. Eu ainda lembrava o sol forte, mas era uma lembrança muito estranha pra se ter em Londres. – Por quê?

 

–Achei que as pessoas da Califórnia fossem bronzeadas. – ela deu de ombros e eu ri.

 

–Acho que foi por isso que decidi sair de lá. – dei de ombros também e nós rimos.

 

–Se eu morasse na cidade da fama, jamais iria querer ir embora.

 

–Los Angeles? – perguntei.

 

–É, tipo, Hollywood está lá. Aposto que você deve conhecer um monte de famosos. – ela disse ajeitando os cabelos.

 

–Aham. – confirmei – Eu sempre invadia os camarins com a minha amiga. Isso sem contar nas inúmeras vezes que cruzamos com eles na praia ou no shopping. É engraçado, eles fingindo que são normais.

 

–Deve ser. – ela soltou uma risada – E não perde tempo não é?

 

–Como assim? – perguntei sem entender.

 

–Ah nada, nem nos apresentamos ainda. Sou Anna. Anna Gilbert. – ela me deu um sorriso.

 

–Cynthia Cunha, mas pode me chamar de Ally. – estendi a mão, em vez disso, ela gritou e começou a pular. – Ta louca garota?

 

–É você mesmo! Eu não tinha certeza! – ela começou a rir e a me rodear – Mas é. Nossa não perde tempo mesmo.

 

–De que porcaria você ta falando? – perguntei mais alto dessa vez, ela se assustou.

 

–Temperamento forte, ein?

 

–Coisa de americano – dei de ombros – Agora fala, por que eu não perco tempo?

 

–Já ta dormindo com o One Direction, que isso menina. – ela disse espantada e rindo.

 

–Como é que é? – perguntei assustada.

 

–Ora, toda Londres já sabe que você passou a noite com o One Direction. – ela riu.

 

Fiquei totalmente sem entender.

 

–Como é que você...

 

–A entrevista claro. Choquei com as coisas que você disse menina. Mas achei bastante engraçado também. Até baixei no meu celular.

 

Fiquei tonta. Como assim toda Londres? E como assim a entrevista? Nela eu afirmava concretamente não ter nada com os meninos.

 

–Posso ver?

 

–Claro. – ela me passou o celular que estava carregando o vídeo.

 

–Cynthia Cunha está tendo algum caso com algum dos Direction?

 

–É claro que sim! – era a hora que eu quase gritei! Eles editaram!

 

–Ou com todos eles?

 

–É muito difícil de entender? – eu respondi.

 

–Quais foram os programas da madrugada?

 

– Foi uma briga – eu respondi.

 

–Então é tudo muito sério?

 

–Claro que sim, estamos tendo um caso. – eu respondi.

 

A tela ficou preta. Era essa a entrevista que arruinaria minha vida. Meu deus, eu estava sendo vista como uma prostituta de luxo, o que o pessoal do The Woman in White pensaria? Quem deixaria uma prostituta tocar num teatro tão famoso de Londres? Tive que controlar as lágrimas. Entreguei o celular para Anna que me olhava um pouco curiosa. Fiquei de cabeça baixa. Eu nunca tocaria na Broadway, eu nunca realizaria meu sonho, eu me sentia a maior fracassada do mundo. Era isso, eu ia morrer sem deixar o canto dos cisnes, ia morrer como a idiota que eu fui à vida inteira. Fraca, sempre fraca. Agora as lágrimas saiam. Agradeci por não usar maquiagem.

 

–Onde tem um mercado por aqui? – perguntei pra Anna.

 

–Ahn, tem um logo ali. – ela apontou pra esquerda.

 

–Valeu. – respondi e sai andando.

 

–Ei, quer companhia? – sim, era isso que eu mais queria. Uma pessoa com quem eu pudesse conversar e fazer compras ao mesmo tempo. Uma amiga.

 

–Sério? Quer mesmo fazer companhia pra prostituta de Londres?

 

–Claro. – ela riu. -Mas acho melhor pegar seu carro, não quer voltar pra casa carregando mil e uma sacolas, ou quer?

 

Dei uma risada e concordei. Limpei as lágrimas.

 

–Vou pro hotel ver se meu carro já chegou. Opa!Como vou entrar? Os fotógrafos e repórteres ainda devem estar lá.

 

–Eu os distraio, e você entra. – ela deu de ombros. Dei um grande sorriso.

 

Chegamos lá e lá estavam eles. Seria bem difícil, mas Anna deu um jeito.

 

–Hey, tudo bem? Então, vocês estão esperando o One Direction sair? – ela perguntou pros paparazzi.

 

Acreditar ou não numa garota de dezessete anos? Eles decidiram que sim e continuaram a escutar.

 

–Bom, eles saíram no cenouramovel do Louis, pela lateral do prédio. – ela apontou pra lateral esquerda: eu sairia do estacionamento pela da direita – E foram, estão todos dizendo não sei se é verdade, pro outro endereço de Cynthia Cunha. Inclusive, acho que foi isso que ela postou no twitter.

 

Eles saíram correndo e perguntaram pra ela qual era o meu outro endereço. Ela disse que ficava pra esquerda e eles entraram na van, não sem antes agradecerem a Anna, e partiram pra esquerda numa busca desesperada. Dei um sorriso pra ela. Eu estava escondida atrás de umas latas de lixo.

 

Entrei correndo no prédio. Graças a deus era a recepcionista simpática em quem eu não tinha cuspido café, ainda.

 

–Sra. Cunha. – ela disse toda alegre.

 

–Meu carro. – falei ofegante.

 

–Sim, chegou hoje, como ficou sabendo? – dei de ombros e ela riu e me levou até o estacionamento. Anna me esperava na calçada.

 

–Sua mãe mandou a chave também. – ela me deu minha chave que tinha o símbolo da Ferrari pendurado.

 

–Muito obrigado.

 

Fomos descendo até o estacionamento úmido. Nem pensei em destrancar os meninos. Eles que ficassem lá de castigo por acabar com meus sonhos. Se ficassem com fome, azar.

 

–Filhinho, mamãe ta de volta. – disse numa voz infantil pro meu carro.

 

–O portão é sensível à aproximação. Vai abrir assim que você estiver a dez metros dele.

 

–Muito obrigado. – agradeci educadamente e ela acenou com a cabeça.

 

Sai com o carro e tenho uma baita surpresa: Os paparazzi estão de volta! E de boca aberta. Anna também. Abaixei o vidro automático e acenei pra ela. Anna entrou no carro de boca aberta e fizemos questão de sorrir para os fotógrafos. Acho que eles nunca viram uma Ferrari antes. Sai com o carro fazendo questão de acelerar.

 

–Tá a fim de fazer compras fora da cidade? Não quero ser seguida. – perguntei.

 

–Nossa, estou super afim.

 

Acelerei com a Ferrari. As pessoas por quem eu passava na rua olhavam maravilhadas. No sinal vermelho, alguns se atreviam a tirar fotos tocando no carro.

 

–Pra que cidade vamos?

 

–Que tal Oxford? Tem um shopping incrível lá.

 

–Quanto tempo demora pra chegar lá? – perguntei.

 

–De ônibus? Uma hora e meia, agora num carro que corre na formula um? Devemos chegar a uma meia hora.

 

Demos risada e eu acelerei no rumo que ela me apontava. Em poucos segundos estávamos na estrada. Curtindo como duas adolescentes normais. Sem me preocupar se eu era a prostituta de luxo, uma fracassada ou se iria morrer em questões de semanas. Naquele momento eu me sentia livre e acelerei ainda mais o carro.

 


 



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