História SwanQueen- Um amor de desafios - Você prometeu estar ao meu lado

Regina, Zelena, Snow e David estavam estáticos.

Regina- O que...

Emma se levanta rapidamente.

Emma- O que está acontecendo?

David ajuda Regina ficar de pé.

Emma estava com uma expressão raivosa.

Snow- Filha.

Emma- Eu tava em coma é isso?

Regina olhava pra Emma chocada.

David- Emma, fica calma.

Emma- Eu não vou me acalmar enquanto eu não souber o que aconteceu.

A voz da loira era grosseira e prepotente.

Snow- Até onde você lembra?

Emma- Você usou aquela magia pra mandar a Evil Queen embora.

Regina- Não lembra-se de mais nada? De...De mim?

Emma- Do que eu deveria lembrar? Que você sempre nos arrasta pra algo ruim? Eu tenho certeza que eu ter acordado assim é culpa sua.

Snow- Emma!

A mãe a repreende.

Regina se sente ferida com as palavras da salvadora.

David- Emma, a Regina não tem nada a ver com o que aconteceu?

Emma- E o que aconteceu?

O olhar de Emma estava na barriga de Regina.

Regina- Emma, eu...

Emma- Deve estar feliz não é?

Regina- Por que está dizendo isso?

Emma- Está aí toda feliz carregando o filho de alguém, enquanto eu tô ferrada outra vez.

Zelena- Olha aqui salvadora, não interessa pelo o que está passando.

Regina- Zelena, por favor.

Zelena- Minha irmã não tem culpa das merdas que acontecem com você.

Emma- Merdas? Essa mulher sempre dá um jeito de ferrar com tudo.

Regina- Para com isso Emma. Eu não...

Emma- Parem de olhar pra mim e me expliquem que merda tá acontecendo?

Os quatro se olhavam, mas não conseguiam explicar o que Emma queria.

Emma- Que inferno aconteceu?

David- Uma maldição.

Emma- Maldição? Mas nós lembramos quem somos. Que tipo de maldição é essa?

Snow- Que...(olha pra Regina e pra Zelena) Que fez você esquecer algumas coisas.

Emma- Tipo o quê? Ela...

A loira olha pra Regina e fecha ainda mais a cara.

Emma- Pelo tamanho dessa barriga, eu perdi meses da minha memória.

David- Exatamente.

Emma- O que eu perdi?

Antes que Snow abrisse sua boca, a voz de Regina invade os ouvidos de todos.

Regina- Nada demais.

Era uma voz trêmula insegura e sofrida.

Snow- Regina você...

Regina- Por favor!

O olhar de sofrimento para sogra, fez os outros atenderem seu pedido.

Emma- É do ladrãozinho?

Regina- O quê?

Emma- Está carregando um filho daquele ladrãozinho que você tinha tanto orgulho?

Zelena parte pra cima da salvadora, mas David a segura.

Regina sobe as escadas chorando.

Zelena- Agradeça a seu pai por ele estar aqui ou você não estaria viva agora.

Emma- Acha que eu tenho medo de você?

Zelena- Deveria ter. Pois ao contrário da minha irmã, eu posso te fazer sofrer tanto, que você imploraria pela morte.

Zelena se solta de David e sobe as escadas apressada.

Snow- Como você pôde ter sido tão cruel com a Regina?

Emma- EU cruel? Como ainda pode defender essa mulher Snow?

Snow- Emma aconteceu coisas que...

Emma- O que aconteceu?

Snow se cala.

Emma- Quer saber? Eu não me interesso mais.

A loira sai da casa de Zelena e os pais a acompanha.

Snow- Espera Emma.

Emma- Cadê o Hook?

Os encantados se olham apreensivos.

Dentro do quarto, Regina chorava.

Regina- Isso não pode estar acontecendo.

Zelena- Fica calma Regina.

Regina- Eu não acredito nisso.

As lagrimas desciam sem controle.

Zelena- Vamos desfazer o feitiço.

Regina- Como? Você mesma sabe o quanto é difícil reverter maldição de memoria.

Zelena se cala.

Regina- Eu não posso acreditar Zelena. Depois de tanto sofrimento pra ter ela, agora acontece isso? Eu não me conformo.

Zelena- Quem sabe um choque de realidade? Mostre fotos, mensagem que vocês trocaram e...

Regina- Não.

Enxuga as lágrimas.

Regina- Não posso fazer isso com ela. Se eu forçar e ela surtar, a memoria dela pode simplesmente entrar em colapso e nunca mais se lembrar de nada.

Zelena- mas...

Regina- Zelena, eu jamais sacrificaria a Emma dessa forma. Eu a amo e...

A morena alisa a barriga enquanto chora.

Zelena- Eu vou fazer um.

Zelena sai do quarto e deixa Regina pra trás desolada.

Regina- Meu amor, por favor, volta pra mim.

Uma hora depois.

Emma- Como isso aconteceu?

A loira olhava pra o tumulo quase  sem identificação.

David- O coração dele foi arrancado.

Emma- Quem fez isso?

A salvadora fala entre os dentes.

David- Ainda não sabemos e...

Emma- Como assim não sabemos? Foi a Regina.

David- Não Emma, ela...

Emma- Quem mais você conhece aqui, que adora arrancar corações?

David- Não foi a Regina. Ela estava...

Emma- Onde ela estava na hora que ele morreu?

David- Ela estava em casa.

Emma- Ela diz que estava, mas sabemos muito bem que ela mente.

David- Ela não mentiu. Ela estava em casa quando isso aconteceu.

Emma- Quem pode comprovar isso? Você?

David- Não. Você.

Emma encara o pai pela primeira vez.

David- Quando o Hook foi assassinado, a Regina estava em casa e você estava com ela.

Emma- O que eu estava fazendo na casa dela as 6 da manhã?

David não responde.

Emma- Mas que merda que tá acontecendo com vocês? Sempre que eu faço uma pergunta, vocês ignoram.

David- Pra o seu bem, é melhor você não saber.

Emma- Tinha acontecido alguma coisa com o Henry?  Eu só vejo essa situação hipotética que me levaria a casa daquela bruxa às 6 da manhã.

David- Para de chamar ela assim.

A voz de David é firme e autoritária.

Emma- Não acredito. Você também? Vai se voltar contra mim pra defender ela?

David- Regina merece defesa. Não a chame assim. Quando recuperar a memoria você vai se arrepender.

O xerife sai e deixa Emma confusa.

A salvadora chega a sua casa e encontra seu filho sentado na poltrona.

Emma- E aí garoto? Tudo bem?

Henry a abraça.

Henry- Você tá bem?

Emma- Eu estou. E você?

Henry- Mais uma maldição. Já estou me acostumando.

A loira se senta no sofá e Henry a acompanha.

Emma- Quem te contou?

Henry- A minha mãe Regina.

Emma- Sei.

Henry-Mãe, você não lembra mesmo de nada?

Emma nega e Henry a encara com tristeza.

Emma- Não se preocupe. Eu tô bem.

Henry- Vamos descobrir um jeito de quebrar essa maldição.

Emma- Por que só eu? Porque a Regina fez uma coisa dessas?

Henry- Não foi a minha mãe.

Emma- Henry, quem mais aqui ia me querer sem memória? Sinceramente a Regina passou dos limites dessa vez e...

Henry- Não foi a minha mãe.

O jovem fala firme.

Emma- Fica calmo garoto.

Henry- Não. Não posso me acalmar. Emma, a minha mãe seria a ultima pessoa nesse mundo que tiraria a sua memoria. Ela mais do que ninguém iria querer que você lembrasse dos últimos meses.

Emma- Por quê?

Henry- Porque foram os melhores meses da nossa família.

Emma- Como assim?

Henry- Olha, eu vou respeitar o pedido da minha mãe e não confundir você.

Emma- A Regina pediu isso?

Henry- Olha mãe, eu sei que nesse momento você está muito confusa, mas eu te peço uma coisa: Não magoe a minha mãe, do contrário quando você recobrar a memória vai se arrepender. E dessa vez eu não sei se a minha mãe Regina será capaz de te perdoar.

O jovem sai deixando Emma completamente perdida em pensamento

Regina havia se isolado e passou o dia todo trancada no quarto.

Anoitece.

Oliver ajudava Regina a caminhar até o centro da sede da assembleia.

A morena caminhava com a cabeça baixa.

Oliver a ajuda a se sentar.

Oliver-Tem certeza?

Regina confirma.

As pessoas a olhavam com total expectativa.

Todos estavam curiosos pra saber a razão que a prefeita havia convocado tal reunião de emergência.

As palavras estavam na cabeça da rainha, mas sentia seus lábios receosos por deixar as palavras saírem.

Oliver- Se quiser...

Regina- Não. Eu falo.

Oliver confirma e se senta.

Regina- Em primeiro lugar, eu gostaria de agradecer a presença de todos vocês.

A voz da morena denotava todo os seu cansaço.

Regina- Acho que vocês já sabem o que aconteceu com a Emma.

Várias pessoas começam a falar entre si.

Regina- Por favor. Me escutem!

As pessoas a olhavam com pena.

Regina- Eu chamei vocês aqui por que vou fazer um dos pedidos mais difíceis que eu já fiz na minha vida.

A morena engole a seco e sente as lagrimas banhando seu rosto.

Regina- Eu sei que vocês querem a Emma de volta. Eu também quero. Com todo o meu coração, mas...

As lágrimas eram constantes.

Regina-Não falem de mim pra ela.

As pessoas se olhavam confusas.

Regina- Eu...

A morena soluça e as pessoas se compadecem.

Zelena senta ao lado de Regina e a abraça.

Regina- Não falem de mim pra Emma. Por favor! Ela...(enxuga as lágrimas)...Ela está muito confusa e se o pior acontecer, as memorias sumirão e ela jamais lembrará dos últimos meses ou anos.

Leroy- Mas ela não pode ficar sem saber de nada majestade.

Regina- Ela precisa lembrar sozinha.

Zelena- Regina, isso pode levar muito tempo.

Regina- Eu sei.

Tenta enxugar as lágrimas outra vez.

Regina- Mas eu jamais sacrificaria a Emma. Então eu peço, por favor, não pressionem a Emma. Não tentem reativar as memorias dela ou isso pode ter graves consequências.

Ruby- Ela não lembra mesmo que te ama?

A frase de Ruby faz o coração de Regina se estraçalhar.

Regina- Eu não sei.

A voz de Regina estava baixa.

Regina- Eu posso contar com a compreensão de vocês?

Todos concordam.

Regina- Obrigada.

E num sussurro a morena finaliza a reunião. Ela sai amparada pela irmã e pelo amigo.

Anoitece.

Regina estava deitada em sua cama, abraçada a um urso de pelúcia.

Zelena- Come um pouco Regina.

A morena não respondia.

Zelena- Precisa se alimentar. A Emma não vai gostar de saber que você não está cuidando bem da pipoquinha dela.

As lágrimas eram silenciosas e constantes.

Zelena- Tudo bem. Eu vou deixar a bandeja aqui e você come um pouquinho daqui a pouco tá bem?

A ruiva sai do quarto e encontra Oliver e Snow.

Snow-Então?

Zelena- Ela não quer nada. Ela nem está respondendo.

Oliver- Ela precisa comer.

Zelena- Não podemos forçar Purpurina.

Oliver- Podemos sim Espantalho de milharal.

Snow- Vamos parar com isso.

Zelena e Oliver se olham.

Snow- Estamos todos tensos. Regina precisa de tranquilidade.

Oliver- É algo que não cabe na vida da minha amiga.

Zelena- Snow tem razão, mesmo que a gente fique trocando essas farpinhas lights, precisamos nos concentrar na minha irmã.

Oliver- Precisamos agir Zelena. Hoje a Regina não comeu nada. Só chorou agarrada aquele ursinho.

Snow- O que podemos fazer?

Os três se olham.

No outro dia Regina estava no hospital com Oliver.

Regina- Tem alguma coisa errada.

Oliver- Não tem nada de errado.

Regina- Ela não tá se mexendo Oliver. Passei a noite sentindo cólicas.

Oliver- Vamos ver o que o médico vai dizer.

Oliver tentava passar tranquilidade, mas já não tinha tanta certeza de que estava tudo bem.

Regina havia passado a noite sentindo fortes cólicas e sua pressão oscilava com frequência.

Whale examina a morena.

Regina- O que está acontecendo?

Whale- O bebê está bem, mas...

Regina- Mas o quê Whale?

Whale- Ela está numa posição que não deveria estar.

Regina- Ah meu Deus!

Whale- Em duas semanas você vai completar nove meses. Nessa etapa da gestação, a sua filha já devia estar na posição adequada pra o nascimento.

Regina respirava fundo enquanto pensava na loira.

‘por que você não tá aqui Emma?’

Oliver- E o que podemos fazer?

Whale- Se o bebê não tomar a posição correta, partiremos pra uma cesariana.

Regina- Mas...

Whale- Não se preocupe por antecipação. Olha Regina, tem casos que poucas horas antes do parto o bebê vai pra posição correta. Eu sei que o que está acontecendo com a Emma é terrível, mas procure se manter calma pela sua filha. Vai dar tudo certo.

Regina confirma com a cabeça, mas não estava satisfeita com as palavras do médico.

Eles estavam na porta do hospital.

Oliver- O que acha de irmos a lanchonete? Lembra que é tradição? Depois de uma consulta saímos pra comer.

Regina- Eu quero ir pra casa e...

A morena para de falar e Oliver entende porquê.

Emma estava recostada a sua viatura, enquanto Lily estava bem próxima segurando um sorvete. A conversa por parte da filha de Malévola parecia provocativa e Regina conhecia bem aquele sorriso nos lábios de Emma. A loira estava gostando!

Oliver- Regina, vamos...

Regina se aproxima das duas.

Lily- Bom dia prefeita.

Regina- Posso falar com você Emma?

Lily- Nossa que educação.

Regina- Não brinque comigo senhorita Paige. Você não tem ideia do que eu sou capaz de fazer.

Lily sai com um sorriso de deboche.

Oliver fica afastado.

Emma- Você não muda né prefeita? Sempre mandando ou ameaçando nas pessoas e colocando medo em todos.

Regina- Emma, o que está acontecendo com você?

Emma- O que está acontecendo comigo? Como pode me fazer essa pergunta? Eu tô passando por mais uma merda na minha vida por sua causa.

Regina- Eu não tenho nada a ver com isso Emma. Acredita em mim.

Emma- Não. Eu não acredito em você. Sua vida sempre foi cercada por mentiras e eu tenho certeza que isso que está acontecendo comigo é culpa sua. Eu odeio você Regina.

Regina- Você pode pensar o que quiser, mas eu não tenho culpa do que aconteceu. A pessoa que fez isso com você estava aqui agora, quase se esfregando em você.

Emma- A Lily? Está me dizendo que a Lily seria capaz de fazer isso comigo?

Regina- Exatamente.

Emma- Ela não teria motivos pra isso. Ela me disse que foi a Malévola.

Regina- Ela e a mãe estão juntas nisso.

Emma- Além do mais, ela não estava se esfregando em mim, mas se estivesse, isso não seria da sua conta prefeita.

Regina- Você...Vocês estão...

Emma- Como eu disse, isso não é da sua conta. Devia se preocupar em encontrar o pai do seu filho.

Regina- O quê?

Emma- Bom, pelos meus cálculos, não é do Robin.

A morena engole a seco.

Emma- Ui. Toquei na ferida? Já sei! Ou não sabe quem é o pai?

A loira abre um sorriso de deboche, mas logo é desfeito.

Regina havia acertado o rosto da salvadora com força.

Emma alisa o rosto enquanto encara a morena com raiva.

Regina- Esse filho é meu. Só meu! Ela não vai precisar da outra ma...do pai. Porque eu vou dar o maior amor do mundo pra o meu filho e ele vai conhecer o amor através de mim. E eu darei tanto amor a ele, que ele jamais sentirá falta da...do pai. Você jamais chegará perto do meu filho.

A morena da às costas e Oliver a acompanha.

As palavras causam uma reação entranha na salvadora.

Lily- Esquece ela.

Emma- Nossa, que susto.

Lily- O que acha de darmos uma volta?

A loira encara Lily por alguns segundos.

Emma- Claro. Por que não?

Saem dali juntas.

Uma hora depois.

No quarto da morena, Regina olhava algumas roupas no closet.

Zelena- Eu não acho uma boa ideia Regina.

Regina- Eu não estou pedindo a sua opinião.

Zelena- Como pode fugir assim? Cadê a mulher firme que eu tentei derrotar?

Regina- Ela morreu junto com a Evil Queen.

Zelena- Regina, a Emma...

Regina- Eu não quero ouvir mais nada Zelena. Assim que minha filha nascer eu vou embora dessa maldita cidade. Quero esquecer tudo que aconteceu e me dedicar somente aos meus filhos.

Zelena- E eu? E a Robin?

Regina- Você tem a Belle. E vai me visitar sempre que quiser.

Zelena- Você está sendo egoísta.

Regina- Estou. Pela primeira vez em muito tempo eu estou sendo egoísta. Acha mesmo que eu mereço ficar aqui assistindo isso?

Zelena- Não vai ser pra sempre minha irmã.

Regina- E como sabe disso? Ela pode passar semanas, meses...A vida toda sem lembrar de mim ou dos nossos filhos. Eu não vou suportar Zelena. Não quero passar os primeiros momentos da minha filha assim. Eu criei o Henry assustada. Vivia tensa por medo dessas pessoas descobrissem a maldição e tirassem o Henry de mim. Não quero passar por isso outra vez. Minha filha não merece isso. Eu também não mereço.

Zelena- Regina...

Regina- Não Zelena. Minha decisão está tomada!

Zelena a encara.

Regina- Por favor, respeite a minha vontade.

A ruiva das às costas e sai apressada.

Emma estava sentada em seu sofá, tentando desbloquear o próprio celular.

O que mais intrigava a loira era a imagem de bloqueio.

Uma foto de Regina e Henry sorrindo.

O garoto estava abraçado a mãe e a barriga de Regina exposta com um desenho de carinha feliz, marcada com batom.

Emma- Que merda. Eu não acredito que o Henry colocou essa foto dele com aquela bruxa no meu celular.

A salvadora tentava pela milésima vez acertar a combinação da sua senha, quando Zelena invade a casa.

Zelena- Que merda você fez?

A ruiva joga Emma contra a parede e a loira cai.

Emma- Você enlouqueceu?

Tenta se levantar, mas a ruiva a prende na parede.

Emma- Me soltaaa.

Zelena- O que disse pra ela?

Emma- O que disse pra quem?

Zelena- Pra minha irmã. O que disse pra ela?

Emma- Ai, a rainha má precisa que a irmãzinha venha defender ela?

Zelena a joga pra o outro lado da sala e Emma fica caída no chão.

Zelena- Como pode não se lembrar dela?

Emma- Eu lembro. Lembro que ela destruiu vidas, incluindo a minha.

Zelena- Sua imbecil, tudo que a Regina tem feito depois que você pisou nessa maldita cidade, foi tentar se afastar de você. Te protegeu e protegeu a sua família. Se sacrificou por você e pelo seu filho quando te mandou pra Nova York. Te deu novas lembranças pra que você não sofresse se lembrando da sua família.

Emma- O quê?

Zelena- Tá surpresa salvadora? A pessoa que mais precisa de apoio nesse momento, está grávida, prestes a dar a luz e você não perde a oportunidade de feri-la sua hipócrita. Deveria ser um momento feliz na vida dela Emma. É a primeira vez que Regina fica grávida e você está tornando esse momento, que deveria ser especial, o mais doloroso possível. E com essa sua arrogância a fez tomar uma atitude egoísta.

Emma- Do que está falando?

Zelena-Você não merece saber.

A ruiva vai saindo, mas Emma a impede.

Emma- Fala de uma vez.

Zelena- Ela vai embora sua imbecil. Minha irmã está tão assustada com você e com toda essa merda que está te acompanhando, que ela decidiu ir embora com o bebê. Então, parabéns. Conseguiu destruir a felicidade de muita gente.

A ruiva se solta e vai embora.

Emma estava em transe.

Se senta em seu sofá e tenta refletir tudo que acabara de saber.

Henry estava sentado na cama enquanto afaga os cabelos de Regina que estava deitada em seu colo.

Henry- Tenta ficar calma mãe.

Regina- Em toda a minha vida, eu nunca me senti com o coração tão quebrado Henry. Ela olhou pra mim com ódio no olhar.

Henry- Mãe, a Emma vai se lembrar. Esse comportamento não é da Emma. Isso faz parte da maldição.

Regina- E se não for? Se ela me odiar mesmo? Se aquilo que vivemos foi apenas paixão e agora ela...

Henry- Mãe, não deixa essa maldição te confundir. Você sabe como as coisas funcionam.

Regina fica calada.

Henry- O que acha de lancharmos? Eu vou preparar um sanduiche e um suco bem gostoso. O que acha?

Regina- Não. Eu prometi a Zelena que iriamos jantar com ela.

Henry- Sério?

Regina- Sim. Vai se aprontar.

Os dois se arrumam e seguem pra casa de Zelena.

Emma estava em seu fusca, olhando pra o seu celular.

Emma- Maldita senha.

Alguns flashes invadem a cabeça a loira.

Regina- Swan, me solta.

Emma- Não vou te soltar minha rainha.

Emma sacode  cabeça tentando ordenar sua memoria.

Na casa de Zelena o jantar parecia fúnebre.

Oliver- Gente, pelo amor de Deus, vamos ao menos conversar?

Belle- Isso mesmo Oliver, vamos conversar sobre algo alegre.

Zelena- Sim. Ainda não acredito que vai embora da cidade Regina.

A morena a encara.

Henry- O quê?

Belle- Não era isso que eu tinha em mente Zelena.

Henry- Mãe?

Regina- Henry, eu realmente não quero falar sobre isso agora?

Zelena- Não acredito que não contou a seu próprio filho.

Regina- Fica fora disso Zelena. Foi pra isso que me chamou aqui? Pra me expor e tentar me convencer a ficar? Fique sabendo que não funcionou. Com licença.

A morena sai da mesa e vai seguindo pra sala.

Zelena- Regina, me escuta.

Regina se vira e encara a irmã.

Zelena- Regina, você precisa lutar por ela.

Regina- Você não entende.

Zelena- O que eu não entendo? Que você quer fugir?

Regina- Eu não tenho mais forças Zelena, não tenho mais forças pra lutar.

Zelena se cala.

Regina- Eu estou muito cansada de tudo isso. Eu não vou suportar vê a Emma com a Lily. Elas estão se aproximando. A Lily faz questão de estar ao lado dela, confundindo a mente da Emma.

Zelena- Você pode reagir. Juntas! Podemos criar uma maldição e...

Regina- Eu não vou fazer nada disso. Você enlouqueceu?

Zelena- Eu só não quero te perder outra vez Regina.

Regina sente a tristeza de Zelena e a abraça.

As irmãs ficam um bom tempo chorando juntas.

Uma hora depois a morena já estava em casa.

Regina acorda sentindo cólicas.

Regina- Meu amor, aguenta mais um pouco. Não é a hora ainda.

Respira fundo algumas vezes e sente as cólicas sumindo.

Oliver- Trouxe um lanchinho.

Entra no quarto com uma bandeja.

Regina-Obrigada Oliver.

Oliver- Como está se sentindo?

Regina- Não sei.

Oliver- Vamos alimentar a minha afilhada?

Regina abre um pequeno sorriso.

Oliver- Ih. Tá sorrindo? Gostei. Olha, o Henry tá com a Violet e vai direto pra casa dos avós assim que terminar de se esfregar nela.

Regina- Oliver.

Oliver- Ai Regina,  o que acha que eles fazer?

Regina revira os olhos.

Oliver- Eu estou brincando. Tentando te animar.

Regina- Tudo bem. Mas evite usar meu filho e as intimidades deles pra isso.

Oliver- Tá bem.

Regina- Posso te pedir um favor?

Oliver- O que é?

Regina- Vai comprar as minhas vitaminas.

Oliver- Regina, eu não vou deixar você sozinha.

Regina- Oliver, você só vai pegar minhas vitaminas na farmácia.

Oliver- E por que não ligamos pra eles entregarem?

Regina- Eles não fazem entregas aqui.

Oliver- Mas...

Regina- Ollie.

Oliver- Tudo bem. Eu vou e volto rápido.

Beija a testa da amiga e sai.

Poucos minutos depois alguém bate a porta.

Regina vem abrir a porta.

Regina- Perdeu a chave Ollie?

Abre a porta.

Malévola- Não.

Regina- O que você quer?

Malévola- Regina, eu...

Regina- Como ainda tem coragem de vir até a minha casa e falar comigo?

Malévola- Regina, me escuta. Eu não fiz aquilo com a salvadora.

Regina- Sei.

Malévola- É a verdade.

Regina- Você acha mesmo que depois de tudo que aconteceu, eu acreditaria em você?

Malévola- Quando eu vi a foto da sua filha, aquilo mexeu comigo. Eu desisti!

Regina revira os olhos.

Malévola- Foi a Lily. Ela quem usou a poção.

Regina- Era pra isso que queria o coração do Hook não é? Sabia que ele amava a Emma e que me odiava. Sabia que usar  o coração dele, causaria um conflito na cabeça dela. Que ela absorveria todo o sentimento daquele coração.

Malévola- Sim. Eu sabia de tudo isso! Minha intenção era confundir a Emma e aos poucos ganhar a sua confiança, mas depois da nossa conversa, isso mudou.

Regina- Então quer dizer que você se comoveu com a minha filha. Me poupa Malévola. Eu não sou imbecil.

Malévola- Sei que não acredita em mim, mas é a verdade. Lily está cega pela Emma e essa maldição caiu como uma luva.

Regina- O que quer dizer?

Malévola engole a seco.

Regina-Fala.

Malévola- Essa maldição confunde a cabeça da salvadora. Mas não só a cabeça. O coração dela está dividido entre o ódio que o pirata sentia por você e o amor que ele sentia por ela.

Regina- E assim ela passa a me odiar.

Malévola- Sim. O ódio que ela está sentindo não é dela, mas do pirata. Quando você a beijou, é como se o seu amor por ela invadisse o coração e transformasse a Emma numa pessoa fria e odiosa.

Regina- Igual ao Hook.

Malévola- Por isso ela não lembra-se de você. Por isso ela está te tratando com desprezo. Era o sentimento do Hook por você.

Regina sorri.

Regina- Ela...Ela não me odeia.

Malévola- Não. Ela não te odeia.

Regina- Por que está fazendo isso? Por que está me dizendo essas coisas?

Malévola- Eu devia isso a você Regina. Depois de tudo, depois da nossa conversa lá na prefeitura, eu achei que lhe devia isso.

A morena abraça a amiga.

Malévola- Eu sinto muito.

Regina- Obrigada Malévola.

Malévola- Eu não tive a intenção de machucar sua filha.

Regina- Eu sei.

As duas se separam.

Regina- Como desfaço essa maldição?

Malévola- A Emma precisa acreditar. Acreditar no amor verdadeiro. Só assim será quebrada essa maldição.

Regina- Foi mesmo a Lily?

Malévola- Foi. Eu juro! Eu pedi que ela me entregasse a poção e ela me enganou.

Regina- Malévola, precisamos cuidar da sua filha.

Malévola- Eu sei. Mas eu te peço, não a ataque. Deixa que eu resolva com ela.

Regina- O que pretende fazer?

Malévola- Vou tirar a magia dela. Lily não tem maturidade pra ter magia.

As duas continuam conversando por um bom tempo.

No outro dia.

As irmãs se falavam ao telefone.

Zelena- O que você precisa é respirar um pouco de ar puro.

Regina- É. Eu sei. Acho que vou até o haras.

Zelena- Eu vou também. Eu passo aí pra te buscar.

Regina- Nos encontramos lá.

Zelena- Não.

Regina- Relaxa Zelena. Eu estou bem.

Zelena- Regina.

Regina- O Oliver está com o Henry. Eu vou ligar e vamos todos pra lá.

Zelena- Tudo bem. Até mais tarde.

Regina- Até.

A morena se apronta.

Tenta ligar pra Henry e pra Oliver, mas a ligação nunca se completava.

Veste um vestidinho solto, uma sandália rasteirinha, entra no carro e segue pra o haras.

Zelena- Belle, vem aqui rápido.

Belle- O que foi?

Zelena- A Robin tá com febre. Muita febre.

As duas se apressam e correm pra o hospital com a menina.

Já perto do haras Regina sente uma forte dor na barriga. Fazendo-a frear bruscamente.

Regina- Ah meu Deus.

Outra dor lhe atinge fazendo-a gritar.

Regina- Não...Por favor, agora não.

Mais uma dor lhe atinge.

Emma estava na porta da mansão.

Emma- Por que essa casa me atrai tanto?

A loira da a volta na casa e entra pela cozinha.

A salvadora andava pela casa como se reconhecesse cada pedacinho.

Na cozinha havia uma caneca onde dizia: Amo minhas mãe.

Vai seguindo pela casa e sobe as escadas.

Cada canto lhe parecia familiar.

A mão no corrimão lhe fazia ter flashes.

Regina- Emma, você vai me derrubar.

Emma- Não vou. Confia em mim.

Emma se recompõe e continua pela casa.

Para na porta do quarto de Henry, vasculha algumas coisas.

Sai e vai até um outro quarto.

Era o quarto do bebê.

Era todo lilás e rosa.

Emma- É uma menina.

Mesmo sem entender o porquê aquele quarto lhe trazia paz.

O berço estava montado. O quarto todo decorados.

Ursinhos de pelúcias pelo quarto.

Era um quarto encantador.

Perto do berço havia uma fotografia de Regina grávida.

A morena tinha um lindo sorriso.

De repente uma numeração vem a sua mente.

Emma tira seu celular do bolso e digita a senha.

O celular se desbloqueia.

A loira corre pra seus arquivos.

Na sua galeria haviam diversas fotos.

Emma não acreditava nas imagens.

Regina deitada em seu colo.

Regina rindo, enquanto estava montada em suas costas.

Regina com o nariz sujo de chantilly enquanto fazia careta.

Regina abraçada a Emma.

O corpo e a cabeça de Emma explodiam a cada imagem que surgia.

Emma- Mas o que é isso?

Uma foto surge e faz Emma cair ajoelhada.

Regina estava de pé, com a barriga exposta. Emma estava ajoelhada enquanto beijava a barriga da morena.

A legenda dizia:

Mamães ansiosas

Diversos flashes explodiam na cabeça da loira.

Ela não sabia o que era real ou o que era fruto da maldição, mas iria confrontar Regina mais uma vez.

Digita o numero da morena. Mas logo escuta o toque de celular. Segue o toque e o encontra em cima da cama, onde Regina havia o esquecido.

A loira desliga e tenta ligar pra Henry.

O celular de Regina começa a tocar e na tela surge o nome de Zelena.

Emma- Zelena?

Zelena- Emma?

Emma- Cadê ela?

Zelena- O que está fazendo com o celular da minha irmã?

Emma- Ela o esqueceu. Onde está a Regina?

Zelena- Combinamos de ir ao haras, mas...

Antes de ouvir a explicação a loira sai correndo pra seu carro.

Dentro carro, Regina se contorcia de dor.

Regina- Ah meu Deus...Não é possível que ninguém passe aqui. Eu não posso acreditar que vou ter minha filha aqui...Sozinha.

A dor aumentava a cada minuto.

Regina- Ahhhhh....Emma, por favor...Ahhh você me prometeu que estaria aiiii...Que estaria ao meu lado...Ahhhh.

Emma vê de longe o carro de Regina e acelera.

Ao descer já escuta os gritos da morena.

Emma- O que...

Regina- Aiii...Graças a Deus.

Emma- O que...

Regina- Por favor, eu sei que...Eu que você tá confusa, mas...Ahhhhh...Me ajuda...

Emma abre a porta do carro e ajuda Regina a descer.

Emma- Vem. Vou te colocar no banco carona.

Regina sente uma forte pressão e de repente se sente molhada.

Regina- A bolsa estourou.

Emma- Vamos logo.

Regina- AHhh... Não vai dar tempo...

Emma- Mas...

Regina solta um grito agonizante.

Emma- Vem aqui.

A loira coloca Regina na parte de trás do carro.

Regina- Tá nascendo...Não vai dar tempo...Ahhh.

Emma tira a calcinha de Regina.

Emma- Tudo bem...Eu tô aqui...Faz força.

Regina gritava.

Emma- Vai...Faz força.

Regina respira cachorrinho e faz força.

Emma estava aflita. Mas mesmo em meio a tanta confusão se sentia ligada a Regina àquele momento.

Emma- Eu já tô vendo...Mais um pouco.

A loira tira a jaqueta.

Emma- Mais um pouco Regina.

A loira segura firme a mão de Regina.

Emma- Você consegue.

Regina sente força nas palavras de Emma, reúne toda a sua força e empurra.

Regina-Ahhhhhhh.

Emma sorri ao ver e ouvir sua filha pela primeira vez.

O choro da menina invade o ouvido das duas.

Emma envolve a filha em sua jaqueta.

Regina sorri ao ver a menina nos braços de Emma.

Regina- Ela...Ela tá bem?

Emma-  Ela tá perfeita e...Ah meu Deus ela é linda.

Sem entender como, Emma sente seu rosto ser tomado por uma energia, forçando-a a beijar aquele pequeno ser indefeso.

Ela alisa o rosto da pequena e quando seus lábios tocam a menina, uma forte energia passa por ela, por Regina e pela inocente em seus braços.

Emma sente a emoção lhe invadir.

Regina- Emma?

Emma sorri pra Regina e olha pra menina em seus braços outra vez.

A loira chorava de emoção , olhando pra menina.

Regina escuta o sussurro de salvadora.

Emma- Valentina!