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História Sweet - Fall.


Escrita por: Kawaii-senpai

Capítulo 3 - Fall.


Aiko estava mais do que vermelho, sua face estava ardendo, e as orelhas estavam quentes, estava perfeitamente parecido com um tomate. Não conseguia se mexer e estava com as costas absolutamente grudadas na cadeira, o suor frio começou a aparecer nas palmas de suas mãos, e ele sentiu o estômago revirar.

-Aiko-kun? Tudo bem?- Nara falou preocupada.

Aiko olhava para Akira como se este pudesse ler seus pensamentos. Queria gritar e sair correndo dali, o quão idiota ele era? O que iriam pensar a respeito dele com uma coisa dessas?

-A-Aiko-chan -Akira colocou a mão no ombro de Aiko, e este se arrepiou por completo.

-Gwahh!-Aiko levantou da dadeira empurrando Akira para o lado e saiu correndo.

Estava passando na fileira de bancas quando enroscou o pé em uma mesa e foi de encontro ao chão com um baque.

-Aiko-chan! –Akira já estava indo ao seu encontro.

Ele levantou olhando em volta, Nara o olhava perplexa, ele sabia que ela devia estar achando seu comportamento completamente sem lógica e totalmente inadequado. Rude. Algumas pessoas davam risadinhas. Ele levantou e saiu da sala o mais rápido que pôde, não podia encarar mais aquelas pessoas.

-AIKO-CHAN! Espera!

Aiko correu olhando pro chão, queria chorar. Que vergonha!  O sinal tocou e todos entraram nas salas, mas ele continuou correndo, estava perto de um dos pátios do colégio, quando tropeçou nos próprios pés, e caiu um lance de escada. Soltou alguns gritos abafados enquanto caia. Sentiu uma pancada forte na cabeça, uma dor aguda no tornozelo que fez as lágrimas em seus olhos transbordarem.

No final da escada, ficou estatelado no chão.

-Eh, você está bem?  -Aiko ouviu uma voz vindo de algum lugar próximo a ele.

-Gwannh...- Aiko gemeu baixo, segurando o braço, tinha caído com o peso do próprio corpo todo em cima daquele braço, mas sentia ainda mais dor no tornozelo e na parte de trás da cabeça. Como podia ser tão desastrado?

-Ei, é você, o garoto que não olha por onde anda.

Aiko olhou pra cima, mordeu o lábio inferior com força, seu tornozelo doía muito. Ficou ainda mais surpreso ao ver garoto de cabelo branco estava parado a sua frente, o olhando com cara de tédio, com uma das sobrancelhas erguidas em tom de divertimento.

Aiko foi levantar, mas a dor que sentiu no tornozelo foi mais forte do que ele esperava, então simplesmente desmontou. Teria caído  novamente, mas foi firmemente segurado pelo garoto de cabelo branco, que foi surpreendentemente rápido.

-Ei! Cuidado, sua vida é cair e bater nas pessoas? –Ele o segurava de um jeito firme, mas que não o machucava.

-M-Me solte! – Aiko  sentia uma lágrima escorrer pela bochecha, odiava ser visto chorando. Sentia um misto de vergonha e dor.

-Não. Vou te levar na enfermaria. Vamos.

Aiko se debateu, mas o outro não esboçou reação, apenas o continuou segurando, do mesmo jeito firme.  Aiko encarou o rapaz com raiva e este respondeu com um olhar de tédio, quase como se dissesse “terminou com o chilique?”. Aiko voltou a face para o chão, os olhos cerrados com força e  passou o braço por cima do ombro do maior, cada passo que tentava dar era doloroso.

-Aiko!! –Alguém gritou das escadas. Aiko sentiu o coração errar uma batida, que humilhante.

Logo apareceram os representantes da sala, Aiko corou desviando o olhar para o chão.

-Aiko-chan, o que aconteceu?! –Akira parou quase tropeçando, por causa de velocidade em que vinha. O olhou de cima a baixo.

-Seu amigo desastrado se jogou da escada. –Respondeu o maior.

-Huh? E-Eu não me joguei! –Protestou Aiko. Queria manter pelo menos um resto de sua dignidade intacta.

-Tanto faz, estou levando ele para a enfermaria, vocês deviam -

-Pode deixar conosco, Takeshi-kun. - Senji  se dirigiu ao grisalho.

-Não precisa, eu vou leva-lo, tenho aula vaga, vocês, voltem pra sala. –Takeshi falou de um jeito simples e direto, ele não iria ser convencido.

Aiko trincou os dentes, o quão inútil e frágil ele era! Mordeu a própria língua pra não começar a chorar de verdade na frente deles.

-Hai. Ele tem razão –A ruiva respondeu com seu tom autoritário –Akira, Senji, vamos. –Nara virou e colocou o pé no primeiro degrau da escada.

O irmão a seguiu, depois de dar uma última olhada para o pé de Aiko. Akira ficou mais um momento, lançando o mesmo olhar que lançara a Aiko no dia anterior, só que desta vez para Takeshi, e depois seguiu os amigos, os punhos fortemente cerrados.

-Tsc...

-N-Não precisa me ajudar! Eu já disse!- Falou isso olhando pro chão. –Aiko disse isso, mas em vez de tentar se soltar, apertou mais o ombro do outro. Se sentia mal.

-Cara, você é teimoso! Eu não vou, se eu te soltar você vai cair no chão e eu não vou te carregar, então anda logo.

Aiko corou, continuou sem protestar, apenas alguns gemidos por causa da dor que sentia no tornozelo. Andaram, por corredores e subiram escadas, a enfermaria parecia que estava em outra cidade.

-Nhanh... –Aiko se esforçava pra não choramingar, mas era impossível. Onde diabos estava a enfermaria?

-Temos que subir mais essas escadas...- Ele olhou pensativo para as escadas. Aiko já estava com o tornozelo latejando.- Hm, vamos.

-Eh! O-o que você está fazendo?!  -Takeshi pegou Aiko e colocou nas costas. Aiko se segurou firme. –Me solta! Eu não vou –

-Você não vai aguentar. Não reclame.

Ele subiu as escadas com Aiko nas costas, e este olhava para os degraus extremamente vermelho, por que estava o ajudando tanto?

-Chegamos.

Eles pararam em frente a uma porta branca com uma janelinha e uma plaquinha onde se lia “Enfermaria” Aiko deu graças a Deus por finalmente terem chegado. Takeshi colocou Aiko no chão com delicadeza e destreza.

-A-Arigatou-Aiko fitava o chão, o pé levantado, com o braço ainda em volta do pescoço do outro.

-Por nada- ele abriu a porta e colocou Aiko sentado em uma cadeira, a enfermeira veio perguntar o que acontecera.

-Bom, até, eu tenho aula, agora. –Takeshi se virou e saiu da sala sem dizer mais nada.

Aiko nunca ficara tão envergonhado e confuso em toda sua vida.

-A-Até.

 

~~~~~~~

-Nii-san!! O que houve!?-Foi a primeira coisa que Aiko ouviu ao chegar em casa com o tornozelo enfaixado.

-Nada, Nita, eu caí...

-Caiu?-Ela o puxou pra sentar-Como assim “caiu”?

-Caindo, ué. –Ele realmente não estava com vontade de dizer o que acontecera. Se falasse que tinha caído da escada ela perguntaria por que ele estava distraído na escada, então ele tinha que dizer que estava correndo, ela ia perguntar o porque de ele estar correndo e ele ia ter que dizer que estava correndo para fugir de Akira porque estava com vergonha, e ela ia perguntar com vergonha de que, e isso o levaria a contar o sonho que tivera, e aquilo tudo estava fora de cogitação. –Eu caí.

-Não me venha com essa de “caindo”!

-E o que você quer que eu diga? –Ele olhou para o chão, corado, meio receoso.

-Ahhh, onii-san!  O que o papai vai dizer quando vir seu pé desse jeito?! –Ela colocou as mãos na cabeça.

-P-papai? Ele -

-Ele chegou hoje... Está no quarto, dormindo. Disse que a viajem foi bastante cansativa. -Ela olhou pra baixo.

Eram raras as ocasiões em que o pai de Aiko estava em casa, ele trabalhava muito, e viajava muito também. Ele era um homem muito severo e rígido. Aiko havia puxado um pouco de sua aparência, os cabelos castanhos e revoltados (mas os do pai eram severamente controlados), olhos castanhos. O pai sempre esperou muito de Aiko, então sempre havia muita tensão quando este estava em casa.

Aiko repuxou a gola da camisa, como se esta, de repente tivesse ficado mais apertada e o estivesse sufocando.

-Ah. Bem, acho melhor eu... Eu...  –Ele tentava raciocinar. Se seu pai perguntasse o que havia acontecido...

-Aiko? –Um homem alto, forte e com olhar severo apareceu ao pé das escadas.

Aiko engoliu em seco.


Notas Finais


gostaram? Não gostaram? Ta melhor? Ta pior? Me digam, onegaiiii T-T


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