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História Sweet Black Coffee - Macchiato


Escrita por: bonjourtk

Notas do Autor


oi piticos!

voltei hoje em homenagem ao nosso aniversariante seoklindo, que aparece bastantinho no cap de hoje. eu amo ele 🥺

bom, espero que vocês aproveitem o capítulo e não tenho muito o que enrolar nas notas hoje kkkkkk

olhem as notinhas finais.

perdoem os errinhos e boa leitura!

Capítulo 3 - Macchiato


Fanfic / Fanfiction Sweet Black Coffee - Macchiato

— chapter 3. Macchiato

 

Jeongguk estava sentado confortavelmente no tapete da sala, aguardando as poucas horas que restavam para às 17, horário escolhido para ir à Exposição de Artes. O sofá poderia ser uma opção mais viável, porém Binnie se interessou em morder a barra de sua calça desde o momento em que se levantou e o tirou da cama também. Acabou sentando no chão para brincar com o cachorrinho e o tapete felpudo lhe acolheu tão bem que ficou com preguiça de levantar-se depois. 

Ouviu o celular apitar e se arrependeu de tê-lo largado na outra extremidade do estofado. Observou a irmã deitada ali próxima e não hesitou em pedir sua ajuda.

— Heejin, pega meu celular, por favor? — a Jeon 3 anos mais nova tirou os olhos negros semelhantes aos seus do livro de palavras cruzadas que completava e agiu com indiferença.

— Sem tempo, irmão. Sem coragem de me mover também. — respondeu zombeteira. 

— Vai logo, garota! — esbravejou e ela apenas pegou o aparelho, rindo e lendo a conversa no visor antes de, de fato, entregá-lo ao dono. 

Florzinho, tenho uma boa notícia. — forçou uma voz fina ao ler a mensagem enquanto o irmão mais velho estendia as mãos para ter o objeto de imediato. — Vou te chamar assim agora. 

— Não vai. Ai, cachorro! — encarou Binnie em descontamento ao que recebeu uma mordida quando o mesmo tentou puxar sua meia. O trouxe para seu colo. — Fica aqui, doguinho. Dorme. 

— Não quero, florzinho. — e novamente veio Heejin com o timbre agudo e forçado. 

— Dorme você também. — jogou uma almofada que repousava junto de seu corpo na caçula e sorriu ao acertá-la. A irmã podia ser atrevida e insolente, mas era sua caixinha de segredos e tinha muito carinho por ela. Ajudavam um ao outro quando não estavam discutindo a posse do controle da TV. 

Enfim calmo e com seu celular em mãos, leu as mensagens que descobriu virem de seu amigo perturbado e aspirante a médico. 

 

Jin hyung:

Florzinho 

Tenho uma boa notícia 


 

Florzinho: 

Oi hyung

Qual é a boa notícia? 


 

Jin hyung:

Você terá minha incrível presença no seu coiso lá


 

Florzinho:

Que coiso? 

 

 

Jin hyung:

A Exposição de Artes 

Vou com você 


 

Florzinho:

Mesmo? 

(^。^)


 

Jin hyung:

Mesmo

É que minha mãe fica preocupada quando o Taehyung passa muito tempo desaparecido

Ela não conhece os amigos dele e como o Tae mora sozinho e ‘tá sempre trabalhando ela acha ele solitário e tals 

Os dias que ele dorme lá em casa são o auge da vida dela, como você deve ter percebido

Só que tem duas semanas que ele não vem e ele disse que não vai lá essa semana também kkkkkk 

Aí ela me mandou resolver isso e sair com ele ou sei lá 

E como você já ia hoje vou te acompanhar e arrastar ele junto


 

Florzinho: 

Entendi

Então você só vai por interesses 

 

Jin hyung:

Mas eu vou ^ - ^

Fique muito feliz, que nem eu estou agora que a minha mãezinha parou de cair em cima de mim com esse assunto 

‘Tava dando rugas já e eu sou jovem demais para ter rugas 


 

Florzinho: 

Seu primo não está incomodado que eu vou também?


 

Jin hyung:

Quem liga ‘pra opinião dele? 

E claro que não, você é tão fofinho, não tem como não gostar de você 


 

Florzinho:

Sei


 

Jin hyung:

É verdade, além de que se vocês virarem amiguinhos a minha mãe vai te amar eternamente 

Ela confia muito em você 


 

Florzinho: 

Eu nem sei o que conversar com ele


 

Jin hyung:

Mas não conversaram no dia da biblioteca?


 

Florzinho:

Foi coisa de 5 minutos, hyung 


 

Jin hyung:

Não importa, eu estarei lá e as pessoas ficam tão lisonjeadas quando eu ‘tô por perto que duvido que ele vá ser chato 


 

Florzinho:

Pouco modesto


 

Jin hyung:

Sou 

Mas me diz florzinho, que horas você vai? 


 

Florzinho: 

Às 17h 


 

Jin hyung:

Então nos vemos lá


 

Quando o horário se aproximou, começou a se arrumar. Vestiu sua calça preta justinha, uma camiseta e sua jaqueta jeans branca com detalhes escuros. Colocou argolas prateadas nos furos das orelhas e passou um perfume doce com essência de baunilha. Sem esquecer, é claro, sua fiel e escudeira bota. 

O caminho até o local onde ocorreria a Exposição não pareceu tão longo, ao menos não reparou enquanto ouvia música tranquilamente no táxi. Somente saiu de seu estado de serenidade interior quando chegou a seu destino e pagou o motorista. À medida que abriu a porta e sentiu a brisa fria bagunçando seus cabelos, começou a sentir-se inquieto. 

Não havia combinado onde encontraria Seokjin, e levando em conta os 10 minutinhos de atraso constatou que teria de procurá-lo. Procurar ele e seu primo que até o momento o Jeon não sabia dizer se gostou ou não de ser informado da presença. Não queria que ficasse um clima ruim, mas já se via conversando apenas com seu hyung e sentindo-se estranho por não ter assunto com o outro. Não era comum a si sair com pessoas com quem não possui intimidade. 

Em meio a um último suspiro, se dirigiu à entrada do lugar e tratou de enviar um recado avisando a Seokjin que chegou. Surpreendeu-se com uma mão em suas costas. 

— Gukkie, oi. — o amigo de cabelos castanhos o chamou sorrindo para si. Ele o estava esperando em frente à bilheteria e ergueu as mãos para lhe entregar um tíquete. — Comprei sua entrada. Assim você não fica tristinho por eu ter recusado vir com você e ter vindo só por essa peste aqui. — indicou o primo que logo ganhou as íris do mais novo ali. 

Ele um usava boné com argolinhas na aba, jaqueta de couro preta com um sticker de tigre na região do peito, calça também preta e tinha nos pés o que Jeongguk chamaria de sapatos de velhinho bem encerados. A roupa cobria todas as tatuagens. Seu estilo era legal, admitia. No entanto, a cara fechada ainda o deixava com um pé atrás.

— Mas se você quer saber, ainda preferia não ter vindo. Se esse cabeça oca tivesse ido nos visitar nada disso aconteceria. — continuou o desabafo e Taehyung rolou os olhos. 

— A gente ainda vai sair no soco. — murmurou áspero, lembrando o Jeon como era exatamente o timbre de sua voz. 

— Não fala essas coisas na frente do meu ‘saeng, você vai se comportar hoje, coisa feia. — empurrou levemente o ombro envolto pelo couro preto e voltou sua atenção ao moreno, ainda com as entradas em mãos. — Enfim, você perdoa o hyung, Gukkie? 

— Ah… Perdôo. — finalmente pegou o papelzinho carimbado. Se dirigiu ao ruivo e buscou soar polido. — Oi…

Não conseguia fazer melhor que isso, não ainda. 

— Oi, Jeongguk. — respondeu no mesmo tom e Jin lhe lançou um olhar gentil, dizendo mudamente que tudo ficaria bem.

Os três se dirigiram ao balcão onde recolhiam os tíquetes e por fim entraram. No instante em que o Jeon pôs os pés no grande lugar já viu se encantado. As paredes brancas e o ambiente aberto davam um ar criativo e em um piscar de olhos se interessou por uma primeira obra. 

Enquanto caminhavam, percebeu que havia uma seção com arte interativa e tecnológica e também um terraço que prontamente contou que queria ir. Seokjin não parecia enxergar o evento com a mesma empolgação do amigo mais novo, mas admitia que nele haviam certas coisas que prendiam a atenção. 

Já Taehyung, bem, ele parecia fazer uma interpretação mais reclusa e silenciosa, perdia bons minutos captando cada detalhe. Portou-se da forma como imaginou que se portaria após o comentário feito na biblioteca; quieto e compenetrado. Antes que se desse conta o Kim já tinha sacado uma câmera profissional da mochila que nem mesmo notou que ele usava e começado a fotografar as composições que gostou mais. 

Pensou em ir um pouquinho na frente para não atrapalhá-lo ou ficar no reflexo do vidro que protegia o painel sendo fotografado, contudo, previamente a um mero passo teve seu braço agarrado por Seokjin. 

— Tae, tira uma foto nossa. — pediu, simplesmente indo contra tudo que seu dongsaeng planejava. Achou bonito o conjunto de figuras dispostas na parede e queria uma lembrança. O primo já estava com aquela câmera monstra mesmo, por que não? 

Taehyung concordou e assim o outro Kim foi se posicionar, arrastando o menor consigo. 

— Vai Gukkie, sorri bem lindão. — exigiu, passando seu braço por sobre os ombros acanhados. Jeongguk encolheu-se minimamente, mas tentou atender às condições do mais velho.

A foto foi tirada e o Kim de fios vermelhos riu fracamente ao chamá-los para ver.  

— Jin, você é horroroso. — mostrou a fotografia onde o primo saíra com os olhos bem abertos e uma feição energética. Analisou bem Jeongguk e segurou outra risada com o sorrisinho engraçado que estampava seu rosto. — E tão chato que nem seus amigos gostam de você. Olha a cara dele, é nítido que foi obrigado a tirar a foto. 

Os três continuaram observando e o moreno riu baixinho, recebendo um fuzilar furioso do amigo. 

— Jeongguk! — o repreendeu durante o riso. — Eu venho com você nos seus passeios de gente culta, compro sua entrada e é assim que você me retribui? 

— Desculpa, hyung. Fiquei tímido. — esboçou um semblante arrependido bem convincente, coisa que ajudou a amenizar a situação.

— Isso é tudo culpa sua, vai ser nosso fotógrafo particular de agora em diante! — bradou para o familiar. Taehyung, por outro lado, apenas fez pouco caso e sorriu de lado. 

— ‘Tá bom. 

A princípio o Jeon não entendeu o motivo que o levou a aceitar tão facilmente, porém com as 5 fotografias seguintes, nas quais Seokjin foi retratado em momentos que não se encontrava preparado, compreendeu. Tinha seu hyung piscando, com a boca aberta, se mexendo; ele parecia realmente desmoralizado no visor da câmera. 

— Taehyung eu vou te bater. — articulou irritadiço enquanto o alvo de suas ameaças somente externava sorrisos sacanas. — Você está fazendo de propósito. 

— Pior que não, olha aqui. — trouxe a máquina fotográfica para seu campo de visão e indicou o moreno nas imagens. — O Jeongguk saiu bem em todas. Você que é feio e despreparado mesmo.

— Kim Taehyung! — sacudiu seus ombros de maneira agressiva. 

— Sai, louco. — tirou as mãos do primo de si, tomando cuidado com a câmera e levando seus orbes para o Jeon risonho. — Fala ‘pra ele, Jeongguk. A culpa não é minha se ele nasceu tosco.

O moreno partiu os lábios para responder, sendo impedido por Seokjin em meio ao ato. 

— Não ouse responder. — esbravejou em sua direção também. — Você vai tirar outra, ruivo de farmácia. E vai tirar uma boa, sem gracinha ‘pra cima de mim. 

— Como eu sou muito generoso e você já me deve um salário depois de tanta foto, eu vou. Espero ser bem recompensado. — impôs enquanto andava para longe deles. Mais uma vez posaram para o de pele dourada e foram fotografados. 

O sorriso do mais novo era natural porque, sinceramente, estava se divertindo com a troca de farpas entre os dois familiares. E Seokjin saiu sem nenhuma falha proposital por parte do outro, o resultado finalmente foi de seu agrado.

— Até que enfim. Eu já estava começando a achar que você que não tem talento com câmeras, porque não conseguir retratar uma obra de arte como eu é muita falta de técnica mesmo. — dera dois tapinhas nas costas cobertas por couro.

— Você é muito imbecil. — retornou, sendo abraçado de lado.

Continuaram passeando pelo local, o Kim ruivo finalmente tendo paz e Jeongguk ainda a admirar cada coisinha interessante que lhe aparecia. Seokjin vinha atrás, conversando com ambos e lançando algumas provocações ao parente. 

Tudo seguia tranquilamente, até que o mais velho dos três parou bruscamente.

— Meu Deus, gente. A minha ex ‘tá aqui. — articulou parecendo um pateta e Jeongguk olhou em volta, procurando a mulher em questão. 

— Onde? — após o breve questionamento pensou em como seria o comportamento do Kim de fios castanhos diante daquilo. Talvez ele e Taehyung tivessem que o ajudar a se esconder. 

— Ali. — apontou discretamente com a cabeça para a mulher de fios castanhos escuros, posicionada próxima a uma janela. — Vou falar com ela. 

— Você vai falar com ela? — Taehyung indagou em descrença e o Jeon parecia tão confuso quanto. 

— É, vou sim. — sua feição se encheu de determinação. 

— Mas hyung… — e não teve chance de terminar a frase pois o acastanhado saiu andando em passos decididos, deixando-o sozinho com o outro Kim. 

Piscou atordoado e encarou o indivíduo de roupas pretas e tatuagens ocultas, ele tinha uma careta no rosto e então devolveu o olhar para si. A única reação que conseguiu expressar foi um repuxar de lábios embaraçado, ainda sem crer que fora abandonado pelo amigo. 

Taehyung manteve a carranca. 

— Espero que essa careta seja ‘pra ele. — tentou dizer algo decente após amplos segundos calado. 

— Claro que é, ele é trouxa. 

— Então você não vai sair andando? — criou coragem para perguntar, porque na verdade era isso que pensava. Não sabia ao certo como agir agora e imaginou outrem indo embora. 

— Não sou tão rude. — sorriu contido. — Só um pouco. E relaxa, eu já disse que não tenho nada contra você. 

Jeongguk juntou mais uma porção de coragem e tentou, como ele dissera, relaxar. 

— Nesse caso, tudo bem se terminarmos juntos? Não acho que o hyung vá voltar rápido… 

— Tudo. E se você ficar muito emocionado, sei lá,— zombou, recordando-se do que o moreno dissera no outro dia. — e quiser tirar outra foto, pode falar. Vai ‘pro meu salário mesmo… 

— Respeita minha emoção. — cobrou com certo humor na voz. Se sentia menos alvoroçado com a confirmação de que poderiam seguir na companhia um do outro. — E eu era um simples figurante nas fotos, quem vai te pagar é o Jin hyung. 

O Kim deu de ombros e andaram juntos até a próxima obra, em silêncio. Surpreendentemente, aquilo não incomodou Jeongguk como ele esperava. Até que estava um silêncio confortável. Não parecia forçado, era apenas Taehyung sendo ele mesmo e fotografando os trabalhos que achava legais. 

Cada vez que Jeongguk era cativado por algo, se continha. A vontade de comentar e tirar foto se fazia presente, mas não queria incomodar o Kim, então apenas avançava quietinho. Permaneceu assim até chegarem na parte do terraço, lá não fora capaz de resistir. O cenário era airoso, haviam plantas postas dentro de vasos adornados e uma quantidade considerável de penduricalhos com luzinhas. As esculturas elaboradas formavam uma fila. Não conseguiu evitar um sorriso fechado e pequenino e, ao fitar o mais velho, seus olhinhos brilhando foram mais do que o necessário para que ele entendesse o que o Jeon desejava internamente. 

— Tudo bem, vai lá… — Taehyung se pronunciou e indicou uma área no espaço onde a iluminação era boa.

Obedeceu, andando até o lugar em passos vacilantes e parando perto de algumas plantinhas. A ficha caiu, suas bochechas aquecendo levemente ao ter a câmera focada exclusivamente em si. Um risinho nervoso escapou por seus lábios e logo o primeiro flash foi disparado.

— Ei, eu não estava preparado! — reclamou, se escondendo com as próprias palmas. Mais alguns flashes soaram e constatou estar na mira das afrontas do outro. — Taehyung! 

Ele finalmente parou, lhe olhando com uma feição divertida. 

— Então fique preparado. 

— Okay, espera um pouco. — respirou fundo. Precisava concentrar-se para não sair igual o  melhor amigo. 

— O que foi? 

— Muita pressão. Estou tentando não sair como o Jin hyung ou com a cara forçada de antes.

— Ficou tímido de novo? — perguntou enquanto via as fotografias tiradas segundos atrás. Nas duas últimas o moreno parecia uma verdadeira pimentinha. 

— Não, deve ser impressão sua… — rebateu, ainda que fosse a mais pura verdade. Com a companhia de Seokjin foi tão descontraído, já sozinho ficava um tanto desconcertado. Buscou não pensar muito e apenas parar em uma pose. 

— Então vai, está pronto? — Jeongguk penteou o cabelo com os dedos, arrumou a postura e enfim assentiu. 

Taehyung focou em sua imagem e bateu três fotos. Notou o brilho delicado que as pequenas luzes davam na pele clara e no cabelo que mesmo tendo sido arrumado há instantes, já estava com os fios apontando em diferentes direções. O vento naquele espaço era mais encorpado e fazia as madeixas cobrirem os olhos grandinhos. Jeon tentou conter aquilo, mas parecia impossível. 

Desistindo, voltou para perto daquele que batera as fotos. Ele aproximou a câmera de si para que pudesse enxergar e ao ver ficou meio dividido quanto ao resultado. Nas primeiras fotos sua face foi coberta pelas mãos e foram as que particularmente gostou mais. Nas últimas, o cabelo esvoaçado e oscilante comprometeu a beleza do cenário e da fotografia em si.

— Poxa, esse vento veio na hora errada.

— Achei espontâneo. — Jeongguk o fitou, avistando pela primeira vez algumas pintinhas em seu rosto. Aquilo foi o mais próximo que chegou dele desde que se conheceram e concluiu que gostava de aparência alheia. 

Tinha esse hábito de encarar as pessoas por mais tempo do que deveria, agradecendo internamente pelo outro não ter reparado.

— Essa aqui está bem legal. — e finalmente sua atenção retornou ao visor da máquina fotográfica. Taehyung estava falando de uma foto em que saíra de olhos fechados, o canto de seus lábios repuxando. — E essa. — então mostrou uma onde saíra com a maior cara de louco, como nas imagens antes feitas de Seokjin. 

— Apaga essa. — pediu no tempo que o Kim ia voltando a clicar na setinha que passava as imagens. — Posso ver as com o Jin de novo? — ele consentiu e voltou mais um pouco. Seu hyung era mesmo uma figura, as fotos com ele estavam cômicas. Ao visualizar cada uma delas, lembrou-se do real motivo para estarem ali e sua curiosidade falou mais alto. — Por que você não foi visitá-los?

— Hm? 

— Na casa da Sohy. O hyung me disse que você não vai lá há duas semanas. 

— Ah, eu estava ocupado. E o Jin ‘tava muito chato enchendo meu saco. — Jeongguk sorriu com a fala alheia. — Ele nunca faz isso com você? 

— Na verdade, eu acho que de todos os nossos amigos eu sou o mais privilegiado. 

— Você é do tipo meigo com quem ele não mexe? — era esquisito intitular assim, porém Seokjin lhe tratava tão bem que não tinha como negar. Eles tinham uma amizade carinhosa e pacífica. 

— Quase isso. 

— Entendi. Bom, somos mais do tipo que sai na porrada mesmo. E às vezes ele inventa de me abraçar. 

— Deu para perceber, mas também acho legal esse tipo de amizade. 

— Prisão é o nome certo. 

— Ah, sério? Eu gosto do hyung. 

Taehyung soltou o ar pela boca. 

— Eu gosto também, mas você não sabe disso. Se ele perguntar algo você diz que eu acho ele tosco e infantil. — lançou-lhe uma piscadinha e foi inevitável para Jeongguk não sorrir mais, de modo a deixar que as maçãs de seu rosto ganhassem destaque. 

— Segredo então. — moveu os dedos na frente dos lábios imitando o movimento de um zíper. — Mas, você tirou tantas fotos, não quer que eu tire uma sua? 

— Não precisa, gosto mais de tirar a foto do que de ser fotografado. — disse simples, mas aquilo não pareceu suficiente para o menor. 

— Uma só? — o de fios carmim fitara bem as íris pretinhas, acabando por ceder. 

— Okay.

Taehyung entregou a câmera e se dirigiu até o parapeito do terraço. Lá ele virou o rosto para o lado e rendeu um bom retrato de perfil, como se analisasse uma estátua qualquer.

— Que sério. Não tem nem um sorrisinho? 

O de fios vermelhos negou e com isso Jeongguk se aproximou do murete, apoiando-se ali também. Devolveu a câmera. 

— O que achou? — indagou curioso devido à expressão absorta do Kim. 

— Cenário bem trabalhado, protagonista 3/10, enredo médio. 

— O quê? — não compreendera se a fala se tratava de uma brincadeira ou uma crítica real à sua fotinha amadora. 

— Nada, a foto ficou boa. — proferiu por fim. 

O silêncio que se instalou depois não deixou o Jeon satisfeito e pela primeira vez resolveu puxar assunto. Estranhou a si mesmo, porém não desistiu da ideia. 

— Então… Você gosta de cachorrinhos, certo? — Taehyung concordou, sem entender o tópico repentino. — Seu gosto se resume a isso e exposições variadas ou tem mais algo que te agrada?

— Você acha que eu sou um cara monótono que não gosta de nada? 

— Eu não disse isso. — esclareceu apressado, se preocupando com o tom túrbido instalado na voz alheia. — Só não te conheço direito. E você não tem nada a ver com o Jin, fico sem ter no que me basear. 

— Hm, e o que você quer saber? — foi direto com a indagação. 

— Não sei. — tirou alguns segundos para pensar em algo, refletindo se sairia são dali. Detestável amigo que o abandonara. — Por que seu cabelo é vermelho? 

— Gosto dessa cor e acho que fica bem em mim. — vermelho lhe caía bem mesmo, era incontestável. — E você, por que seu cabelo é preto? 

Riu um pouquinho com a oratória debochada. Taehyung não era lá tão ogro e recluso. 

— Nasci assim. 

— E nunca pensou em pintar?

— Para falar a verdade, não. — deu um passo para o lado, permitindo que seus ombros se encostassem, também de forma a evitar a ventania. Olharam brevemente para a parte interna do evento, não tendo sinal algum de Seokjin. Jeongguk continuou a conversa. — Quantas tatuagens você tem? 

— Quantas você diria? 

— 16? — chutou.

— 20, mas algumas são bem grandes. — uma súbita vontade de ver as artes corporais do outro pairou em sua mente, mas a intimidade para pedir algo do gênero ainda não era compacta, para não dizer inexistente. 

— Bastante. Você se considera uma pessoa insana? 

— O quê? Que tipo de pergunta é essa? 

— Ah, é que eu não me envolvo com maníacos. — respondeu tão inocentemente que até deixara o outro meio fora de órbita. 

— Não sou um maníaco, não precisa se preocupar. 

— Então é um prazer te conhecer, Taehyung. — estendeu a mão até ter a palma alheia apertando a sua. O ruivo tinha mãos grandes e quentes, bem diferentes das suas que se encontravam geladas no instante atual. 

— Meio atrasada essa saudação, não? — as mãos ainda se mantinham unidas. 

— Tem razão. — e enfim se soltaram, o de fios negros guardando a sua no bolso da jaqueta após findarem o contato. — Era para ter acontecido aquele dia na casa do Jin, mas a sua leve cara de maníaco me assustou.

— Que petulante, você não disse que era meigo? 

Jeongguk sorriu, formando um pequeno triângulo com seus lábios. Naquele momento Taehyung teve de admitir o que o primo chato insistiu em falar para si quando deu a notícia de que não sairiam sozinhos. Mesmo não sendo muito do seu feitio ter tal perspectiva tão rapidamente e tampouco simpatizar com esse tipo de característica, não negava fatos; Jeongguk era fofo. 

De certa forma, possuía sua impressão quanto a ele também. Algo bem doce, doce em excesso. 

Não curtia açúcar, não era nem de longe o que mais agradava seu palato. No entanto, conversar um pouco com o outro lhe fez pensar que Jeongguk era açúcar de uma boa safra. 

 

Ele tinha doçura em sua feição, mas com uma generosa pitada de atrevimento. Aos seus olhos era uma combinação interessante.


 


Notas Finais


e acabouuu!

heejin é linda demais.

e aí, gostaram? me contem aqui embaixo, deixa a boiola soft 🥺
estou feliz de postar esse porque aí o cap 4 vem hihi.

chequem os anexos da thread! eu adicionei fotinha do look dos taekooks na exposição de artes e atualizei a passagem de tempo:
https://twitter.com/bonjourtk/status/1194028411968200709?s=21

e esse aqui estou soltando antes porquê sou boazinha. é para que vocês possam ler o cap 4 já com a imagem das tattoos na cabeça, tão vendo antes do koo até 😏🥰
https://twitter.com/bonjourtk/status/1201951252218810368?s=21

beijinho amores, até o próximo!


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