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História Sweet Child O' Mine - Broken Inside


Escrita por: Misticky

Notas do Autor


Hallo Leute! - não chamei ninguém de leite - HAHAHAH
Sou meio maluca, ignorem...

No mais, como estamos gente? Tudo de boa?

Hoje tem mais um capitulo da Sweet Child e não esqueçam que sempre uso muito da realidade para escrever, então isso que a Kat tem existe, então não se assustem okay? Alias, para quem não está entendendo nada, no próximo tem explicações e eu amo drama HAUHEUAHE

Capítulo 79 - Broken Inside


Zachary percebeu que aquilo iria ser muito mais complicado de se lidar do que havia imaginado. Depois de acordar diversas vezes durante a noite, assustado e procurando a roadie, constatando que ela ainda estava dormindo, assim que levantou mais uma vez com o sol batendo quente no seu rosto e viu a cama vazia ao seu lado pensou que era mais um sonho estranho até realmente conseguir processar que não estava mais dormindo. E nem a garota que havia sumido do quarto. E o estado nublado que sua mente se encontrava foi logo substituído por aquele mesmo medo que lhe agarrava o peito e o alerta soando baixo nos seus ouvidos.

Nem se deu ao trabalho de trocar de roupa, então saiu praticamente correndo do quarto com roupas que o deixavam com aspecto de mendigo. Bateu na porta de todos os outros roadies que ficavam no andar junto a mais nova, mas nenhum havia lhe atendido, a não ser Dan que disse que ela provavelmente estava no aeroporto fazendo a checagem rotineira para a viagem a Winnipeg já que era o horário de trabalho dela. Obviamente o guitarrista se esquecera disso, mas a preocupação crescia cada vez mais, além do cansaço distribuindo-se pelo corpo graças a noite horrível. Desceu até o andar principal, indo até a aérea onde era servido o café da manhã e, quase se jogando no chão pelo alivio de ver a roadie comendo calmamente.

Caminhou até a mesa onde ela estava, vendo os diversos machucados coloridos nos braços descobertos e o lábio inferior levemente inchado e agora somente com uma das argolas. Suspirou com força, sentando-se em frente a Katerina, olhando-a com evidente preocupação por ela não estar ingerindo mais nada conforme a dieta que ela seguia a bastante tempo. Zacky sabia que isso poderia causar uma dor de estomago bem forte na garota, lembrava da explicação quando pararam para conversar sobre o motivo dela ter de seguir todas aquelas regras.

Tentou de todas as formas conversar com ela, mas agora ele nem conseguia arrancar-lhe uma resposta. Nem olhá-lo mais a roadie olhava. E parando para pensar um pouco, ele apenas se conformou com aquilo enquanto acompanhava-a pelo hotel garantindo que não poderia tentar se ferir novamente.

Quando estavam novamente no quarto, Zachary tentou mais uma vez conversar com a garota dizendo-lhe para não ir trabalhar naquele dia e descansar no quarto por algumas horas. Foi o único momento em que ela soltara um sono “não” em resposta, quase raivoso e pelo menos isso o deixou um pouco feliz por saber que a amiga ainda estava ali dentro, mesmo que numa constante inercia. Naquele dia ele fez questão de acompanhá-la na rotina, indo até o aeroporto e participando da checagem mesmo que o resto da equipe o olhasse como se fosse um maluco.

Ele também viu Marcos diversas vezes. E também sabia que o gerente olhava-o a todo momento, mesmo não se atrevendo a chegar perto dos dois já que Zacky ficava praticamente grudado na sobrinha do mais velho. E o guitarrista sabia que o outro não se aproximaria porque Marcos não iria mostrar o tanto que o odiava, ainda mais perto da garota do modo que estava. Obviamente tinha desistido da ideia de confrontar o outro roadie, não pela ameaça implícita no olhar, mas sim por Katerina quase ter sido atropelada por uma das caixas de aparelhagem e nem ter notado.

 

Os dias seguintes foram exatamente da mesma maneira. O guitarrista estava sempre acompanhando a menor em praticamente todos os lugares, tanto que até a banda percebeu que havia algo errado. Brian havia tentado falar com a roadie em um dos dias, mas a garota estava cada vez mais fechada em si mesma, respondendo cada vez menos ao exterior. Zachary não sabia mais como tentar trazê-la de volta, aquilo não era nada parecido com o que já havia visto. Com a ajuda do vocalista, haviam procurado na internet os tipos de depressão, encontrando vários resultados, mas nada que explicasse o estado da garota.

Até Matt tentara falar com ela, conversando de quando ele mesmo estava passando por aquilo, mas o resultado fora um olhar vazio da mesma forma que acontecia com os outros. Tentaram chamar Marcos por algumas vezes, mas Johnny e Brian sempre davam um jeito de espantar o outro e fazer com que o outros três se sentissem mal pela atitude. Mas era o certo a fazer, não era? Zacky não entendia muito o motivo daquilo sempre acontecer, mas depois da última tentativa em que o outro guitarrista quase lhe deu um soco no olho, desistiu da ideia.

Logo eles iriam chamar um psicólogo para tentar descobrir o que estava acontecendo.

Estavam em Hollywood, Flórida um dia antes do show. Como havia sido os dias anteriores, Zachary estava dividindo o quarto com a roadie e observando a garota escrevendo algo em umas folhas perto do notebook que ela sempre levava. Ele estranhava que a amiga estivesse sempre naquilo quando não estava trabalhando, tentara ler o que ela olhava as vezes – não por querer invadir, mas por preocupação -, mas nunca conseguiria entender nada por simplesmente estar em italiano. A boa notícia era que ela finalmente estava fazendo algo a mais do que ficar em frente a tela daquele objeto.

Katerina se levantou calma e automaticamente, como eram todos seus movimentos a algum tempo, dirigindo-se ao banheiro e Zacky pode ouvir o registro ser ligado e a água pingando no chão. Exatamente no momento em que iria levantar, seu celular começou a tocar estridentemente ao seu lado e assim que viu o visor, revirou os olhos com raiva. Era a quinta vez naquela mesma hora e estava cogitando quebrar o celular.

Ou simplesmente mudar o número.

Puxou fundo o ar para tentar se acalmar ou iria acabar dizendo o que não gostaria e seu estado de espirito com certeza iria piorar e ele teria mais daquelas dores de cabeça infernais que não passam de maneira nenhuma. Ainda mais agora que mal conseguia dormir por sempre estar cuidando da garota.

-O que foi agora? - nem ele imaginou que aquilo sairia de forma tão grossa e seca. Tudo bem que queria jogar o aparelho pela janela para nunca mais ter que atender a pessoa do outro lado, mas não queria ter soado tão… Zachary.

-Está tudo ótimo, não é? - a ironia expressa na voz feminina do outro lado o fez ficar com mais raiva ainda e imaginar o motivo de ainda não ter encerrado a chamada e mandado a mulher embora da sua casa.

-Porra, Meaghan, é a quinta vez que você está me ligando nessa mesma hora. Além das milhares de SMS. - apertou as têmporas com os dedos, tentando amenizar a dor que se instalava ali aos poucos. - Se for pra encher a porra do meu saco de novo, desliga essa merda agora. - e, de novo, soando como um filho da puta com a namorada.

Ele pode ouvir um barulho esquisito do outro lado da linha. Franziu a testa por um momento imaginando se aquilo era ela quebrando algo.

-Talvez se não ignorasse todas as chamadas e me respondesse pelo menos uma vez! - e ele deitou no encosto da cama, olhando para o teto enquanto balançava a cabeça em negativa e ouvia a outra reclamar com raiva do outro lado da linha. Zacky jurou ter ouvido mais algo quebrando e interrompeu o monologo da loira.

-O que caralhos você está fazendo? - questionou estranhando quando o barulho parou logo depois de um som de madeira vir baixo através do celular. - Meaghan… - ele mesmo rosnou baixinho, levantando da cama e olhando pela janela. - Você pegou meu taco de beisebol de novo?! - e ouviu a risada divertida do outro lado.

-Tinha razão quando disse que rebater algo tira o estresse. - Zacky não estava gostando nada de para onde aquela conversa estava indo. Se ela estava na casa dele, com o taco que guardava no quarto e aqueles barulhos de coisas quebrando fossem suas miniaturas dos personagens de filmes de terror ele tinha certeza que se não fosse a tour e a garota despersonalizada tomando banho no outro cômodo, voaria direto para a Califórnia esganar a namorada.

-Meaghan… - advertiu sentindo a mão livre tremer. Ouviu algo quebrando e se espatifando do outro lado da linha e a risada irônica e deveras divertida soando.

-Tchau Pinhead. - o guitarrista arregalou os olhos sentindo o coração parar de bater com aquilo. Ela estava mesmo fazendo aquilo? Encostou a testa no vidro da janela, respirando fundo para evitar o ataque que certamente viria e ele não queria assustar a outra ocupante do lugar mesmo pensando que ela não reagiria a nada como havia sendo a tantos dias. Aquele relacionamento já estava enchendo o saco fazia tempos e obviamente a loira não era mais aquele anjo de quando haviam se conhecido. Ela assustava-o as vezes. Esse era um daqueles momentos.

-Saia da minha casa agora e juro que se te ver mais uma vez, faço questão de pedir uma liminar. - sua voz cansada soou baixa contra o aparelho. - Vai ter o tratamento que uma groupie tem quando chamamos a polícia. Ia ser lindo ver eles te levando de viatura, não é? - riu irônico, a raiva voltando com força e trincando os dentes quando a ouviu quebrar mais alguma coisa. Aquilo estava passando dos limites do aceitável já e logo Zachary ia acionar a DP se ela continuasse agindo daquela maneira na sua casa. Teria dito mais se a voz, agora desesperada não tivesse lhe interrompido.

-Mas eu estou grávida! - por um momento o coração do guitarrista se acelerou com a notícia, mas logo sua palma foi de encontro a testa.

-Então procure o pai logo porque faz mais de dois meses que não encosto em você. - riu sozinho, sentindo a raiva daquela tentativa horrível de tentar prendê-lo em algo que simplesmente não dava mais certo. E a loira continuava querendo brigar mesmo tendo percebido que o guitarrista não estava no seu melhor humor. E logo Zacky desligou, não aguentando mais aquele drama desnecessário e sentindo-se um pouco mais leve.

Ouviu a porta do banheiro abrindo, mas continuou parado no mesmo lugar ainda pensando quando a namorada tinha se tornado uma maluca que gostava de irritá-lo pelo simples prazer de fazê-lo. Ele não entendia o que ela ganhava com aquilo, embora tenha notado naquele momento que talvez ele fosse o culpado. Primeiro tinha sido com Gena, que havia se transformado em uma mulher extremamente furiosa com o passar do tempo, agora Meaghan. E ainda tinha a roadie que parecia sempre pronta para matá-lo quando chegava perto. E Zacky ainda gostava de provocar.

Bom, com essa última ele não precisava mais se preocupar já que ela havia virado um robô sem vida.

-Você está bem? - a pergunta foi feita com tanta calma e logo sentiu algo tocar seu ombro, vendo uma das mãos pequenas apoiada por ali.

 

~~~*~~~

Katerina Boettner

 

Meu corpo estava esquisito e não lembrava exatamente o que estava fazendo no meio do quarto parada, mas a tonalidade raivosa e os gritos de Zachary ecoavam bem claros na minha mente ainda. Será que estava dormindo durante o banho e isso acabou me despertando? E ele ia ser pai? Pera, porque tem tanta coisa rodando minha cabeça? Porque minha mão está enfaixada?

Aproximei-me lentamente dele, tocando seu ombro por sobre a camisa branca.

-Você está bem? - questionei baixinho com medo que ele descarregasse aquela raiva em mim. Não sabia o que havia acontecido já que mal entendi que porra ele estava gritando, mas assim que se virou parecia que Zacky estava vendo um fantasma por mais que ele mesmo parecesse um fantasma. Dei dois passos para trás um pouco inconscientemente vendo seu rosto extremamente pálido e os olhos bem cansado e tão irritados que chegavam a quase ficarem brancos. O que foi que eu fiz dessa vez?

Surpreendendo-me mais ainda – e acabei soltando um grito assustado – Zacky quase se jogou em cima do meu corpo, abraçando-me pela cintura tão forte que achei que iria quebrar e ele me levantou do chão. Todo meu corpo doía com aquela merda e estava apavorada pensando que o ser ao minha frente havia enlouquecido completamente por estar grudado em mim de uma maneira como se fosse uma boneca.

Apoiei as mãos nos seus ombros, tentando me afastar daquele aperto de urso. Ele apenas tirou o rosto do meu pescoço e olhou diretamente, tão intenso que meu coração chegou a acelerar com força pensando no que ele estava tentando fazer.

-Você voltou, peste! - ele riu divertido e se possível, conseguiu me esmagar mais ainda dentro dos seus braços.

-Eu… socorro… ar! - falava engasgada tentando me soltar daquele monstro tatuado que insistia em querer me quebrar em duas. Será que ele se drogou enquanto estava tomando banho? Demorou mais alguns segundos até ele me soltar no chão e pegar meu rosto, levantando-o um pouco para que o olhasse como se estivesse me examinando. Arqueei uma sobrancelha.

-Mas que merda você está fazendo, James? - perguntei no que ele apenas sorriu alegre nem ligando por tê-lo chamado pelo segundo nome. Normalmente ele teria uma reação que seria bem parecida e teria me xingado de alguma coisa, levando-nos a brigar igual duas crianças para depois fazermos as pazes. Senti algo estranho no lábio, repuxando e incomodando. Toquei ali com a ponta dos dedos arregalando os olhos, dirigindo aquela raiva para ele que parecia estar vendo a rainha da Inglaterra de tão animado. - O que aconteceu com meu piercing porra? - e agora sim ele parecia estar preocupado com algo.

-Vem cá. - me puxou pela mão, nos fazendo sentar na cama, comigo do seu lado. Não estava entendendo nada daquilo. Primeiro ele é uma baleia furiosa, depois parece um pinto no lixo e agora me trata igual uma criança. Esse cara ficou doidão de tanta droga? E eu devo servir de cobaia para testar os efeitos, só pode ter sido ideia do Brian essa merda. Minha cabeça pinicou perto da nuca quando pensei nele, sentindo a tristeza invadir meu peito por um momento. - Não lembra de nada, Kat? - questionou calmo, olhando-me atentamente e segurando uma das minhas coxas com a mão. Franzi o cenho. Fazia tempos que ele não me chamava pelo apelido.

-Lembrar do que? Eu dormi no banho de novo, né? - ri sozinha e ele fez uma careta.

-Kat, você está fora do ar tem sete dias. - arregalei os olhos. - Brian e o Johnny te encontraram desse jeito em Hunstville e nós estamos em Hollywood agora. Estou cuidando de você desde então porque parecia que tinha virado um robô sem consciência de nada. - ele falava com calma como se estivesse com medo da minha reação. Até eu estava com medo. - Você deve ter quebrado o espelho, por isso a faixa na sua mão e quanto ao piercing… bem, desculpe por tirar, mas foi preciso já que tua boca não iria cicatrizar se ele ficasse. - concordei olhando-o, assustada.

De novo não!

Segurei seus braços com força, o coração pulando na garganta. Aquilo não poderia estar acontecendo de novo depois de tanto tempo. Tentava lembrar dos últimos dias e pequenos flashs vinham com certa dificuldade e em todos eles podia ver Zacky ali perto tentando conversar comigo de alguma maneira. Parecia que assistia de uma sala escura e tapada com um pano branco. Senti as mãos tremendo e meus olhos começaram a lacrimejar.

-Agora que…

-Vai acontecer de novo, Zacky! - interrompi-o, fazendo o sorriso animado deixar seus lábios e tenho certeza que ele estava me vendo exatamente do jeito que me sentia: desesperada. Iria apagar de novo se o gatilho voltasse e não saber o que poderia ser estava me deixando mais ansiosa ainda, tanto que sentia dificuldade para respirar.

-Como assim? Agora? - e o senti pegando novamente meu rosto entre suas mãos, mirando fundo e acho que agora ele estava vendo todo aquele medo que sentia somente de lembrar a primeira vez que isso havia acontecido. Aos quatorze. Para minha própria proteção.

-Não sei. Não sei qual a porra que vai acionar essa merda de novo. - choraminguei sentindo-me extremamente assustada. Tentava lembrar o que desencadeou essa reação no meu corpo de novo, mas nada mais vinha a não ser aquela sensação horrorosa de pavor que estava começando a travar meu corpo no lugar. - Como você me acordou agora? Bom, não faz diferença, caso aconteça de novo chame o Andrew. Ele sabe exatamente o que fazer. - falava rápido e vi sua expressão se fechar, me fazendo ficar mais confusa do que estava. - Isso é meu corpo se defendendo, Zacky, não sei controlar essa desgraça. - levantei aflita, balançando os braços no meio do quarto e ouvimos uma batida na porta. Antes que o guitarrista pudesse se levantar, corri até o lugar e abri.

Prendi a respiração vendo a figura parada com uma cara nada agradável me olhando e meu coração pareceu parar de bater. Mal conseguia enxergar por conta de ter a vista desfocando e embaçando a cada segundo que se passava enquanto a sensação de desmaio preenchia meu corpo juntamente com o formigamento agradável que me levava a outro lugar, um lugar seguro, transitava pelos músculos.

 

 

~~~~*~~~~

Zacky Vengeance

 

Não conseguiu refrear a garota que tremia, assustada, no meio do quarto. Ela atendeu a porta antes que ele conseguisse segurá-la pelo pulso, então ambos viram a figura nada feliz do roadie parado em frente ao quarto da garota que agora suspirava forte e, com um desespero quase palpável, Zacky notava que ela havia entrado naquele estado de inercia mais uma vez. Em questão de minutos, Katerina passou de uma garota desesperada a beira das lagrimas, a um corpo parado olhando o nada.

-MARCOS! - o grito um tanto grave chamou a figura parada em frente a porta que nem se mexeu. Os olhos escuros do homem fitavam-no tão cheios de cólera que Zachary pensou por um momento que o maior iria avançar contra ele ali mesmo sob o olhar morto da sobrinha. Ele olhou-a por um momento, parecendo-lhe fazer uma pergunta naquele idioma que o guitarrista não entendia. Como estava acontecendo, ela não respondeu, mas levantou a cabeça para olhar a figura do tio parada na porta.

-O que você fez com ela?! - o roadie dirigiu-lhe um olhar furioso, a voz atingindo tons muito baixos, deixando-o extremamente assustador puxando o sotaque italiano que era quase invisível na fala de Marcos em dias normais. Podia ver os músculos dos braços tencionando e tinha certeza de que iria apanhar naquele momento em que o maior avançou alguns passos.

Com surpresa, o corpo grande foi parado por um braço pequeno impedindo-o de passar quando a garota tocou a parede no mesmo lado que o tio tentou andar para, certamente, matá-lo. Zachary agora quem assumia a posição de estatua assustada olhando para o roadie. Irritar os amigos de anos que cresceram juntos era divertido porque não iriam se matar nas pequenas brigas que tinham, mas irritar o gerente que era maior até do que Matt na época do self-title e o ter avançando contra si era um contrato com uma funerária ainda mais que ele não suportava sua presença.

Zacky viu ela falar algo no idioma deles, e a expressão de Marcos passou de furiosa para incrédula. Ele queria muito entender o que a garota estava falando porque a medida que suas palavras saiam, a face do maior ficava cada vez mais branca e quem pareciam que iria desmaiar era ele. Brian chegou ao mesmo tempo em que o gerente dava alguns passos para trás, assustado e tinha a mesma expressão confusa que o amigo carregava.

Os dois guitarristas trocaram um olhar preocupado, Brian parecendo mais assustado do que Zacky e ele não entendeu o motivo. Assim que Marcos saiu praticamente correndo do quarto da roadie, ela virou e dirigiu-se para o sofá em frente a mesa que ficava o notebook como fazia todos os dias.

-Ela ainda não responde? - Brian perguntou depois de alguns minutos de silencio em que ele, Zacky, observava a garota de volta naquele estado de torpor. Voltou-se ao amigo parado e parecendo bastante abatido.

-A Kat “acordo” por alguns minutos. - suspirou cansado fazendo aspas imaginarias com os dedos e passando as mãos nos cabelos. Viu a face morena sorrir por milésimos. - Ela me disse que isso é o corpo dela se defendendo, mas não entendi que porra é essa ainda. - comentou olhando-o e quase suplicando por ajuda do outro guitarrista. Depois de vê-la voltar a consciência por um curto período de tempo, seu coração estava quebrando de ter que assistir aquele corpo se inserir numa despersonalização tão forte mais uma vez.

-Ela falou como contornar isso?

-Disse para chamar aquele merda do baixista. - bufou indignado desviando os olhos do amigo para a parede do corredor do hotel. - E ela parece não lembrar do que aconteceu.

-Não seja tão orgulhoso e chame o Andrew, Vengeance. - Brian assumiu aquela postura quase arrogante enquanto falava, a voz séria o dizendo entrelinhas que aquilo era para o bem da amiga e não valia a pena perder a garota por conta de um sentimento ruim que dirigia ao baixista da The Conspirators. Ele sabia que Brian nunca entenderia que não se tratava de orgulho, mas de outra coisa que nem Zacky conseguiria explicar. Então apenas ficou quieto, acenando com a cabeça.

Deu espaço para que o moreno entrasse e rumou junto, os dois olhando a menor que voltava a escrever algo em uma das folhas da mesa. Brian soltou o ar ruidosamente enquanto observava-a naquela inercia.

-O que estava acontecendo quando ela acordou? - questionou curiosamente sem o olhar. Zacky nem teve dificuldade de lembrar, a raiva brilhando em seu peito mais uma vez por causa da maluca que deveria já ter deixado a casa. Era melhor que o tivesse feito antes que ele mesmo fosse arrancá-la de lá.

-Acho que eu estava gritando. - riu sem humor e Brian virou-se para olhá-lo com a cabeça levemente jogada para o lado em sinal que era para continuar falando. Coçou a nuca um tanto sem graça. - A Meaghan estava quebrando as miniaturas. Acho que ela quebrou o Jason, peça desculpas a Michelle por mim. - viu o moreno revirar os olhos. O bonequinho que tinha da Hora do Pesadelo fora presente da esposa do amigo ainda do tempo em que estavam lançando o City Of Evil, o valor daquilo era muito além do que o dinheiro poderia comprar.

-Pelo menos terminou com ela? - cruzou os braços e Zacky deu de ombros.

-Espero que ela tenha entendido a expulsão como um sim ou terei que mandar Zina tirar ela de lá. - Brian sorriu maliciosamente com aquilo e ele percebeu, dando um soco fraco nas suas costelas. - Cara, não precisa desejar que ela mate a loira, ela era legal. - sorriu fraco e o moreno negou fazendo uma expressão de nojo.

-Nunca gostei muito dela. Nem Michelle. - Brian parou um pouco e Zacky riu da expressão maníaca no rosto do amigo por um momento. - Posso pedir que a Chelle vá lá arrastar ela, topa? - o momento de descontração pelo acontecimento fez bem a si, pensando na esposa magrinha e totalmente amorosa de Brian arrastando a, recentemente louca, loira porta afora.

Zacky virou para o outro, olhando-o por um momento e riram alto daquilo. Provavelmente o outro guitarrista também havia imaginado a cena. E assim que cessaram, ele deu uma olhada na garota sentada na mesa, percebendo que ela olhava-os de volta e quase demonstrava uma expressão de curiosidade, mas logo o rosto agora pálido voltou-se aos seus papeis.

Brian pousou uma das mãos em seu ombro, o puxando e assustando-o um pouco por receber um abraço do amigo. Talvez era aquilo que ele estivesse precisando depois de todo o estresse passado durante os últimos sete dias e o ocorrido de minutos atrás em que quase tinha sido quebrado em dois pelo roadie. Com um pulo, largou os braços do corpo do amigo e olhou-o com certa preocupação e aquela pontinha de raiva fervendo no peito.

-É a porra do Marcos que ‘tá deixando a Kat desse jeito, não é? - Brian apenas acenou positivamente com a cabeça, o rosto voltando aquela preocupação. - Fale com os caras, se o Andrew não conseguir reverter essa droga, nós vamos demitir ele.

-De acordo.

 


Notas Finais


P.S: mesmo que continue não curtindo a Meaghan, ainda assim foi bem difícil escrever como se ela fosse louca. Odeio fazer essas coisas (é real HAHA)
OMG!
Vão demitir o Marcos?
Será que a Kat vai se recuperar disso que ela tem?
Michelle vai arrastar a Meaghan para fora da casa do Zacky (lembrando que as gêmeas estão na Califórnia)?


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