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História Sweet Child O' Mine - Nova York


Escrita por: Misticky

Notas do Autor


Para esclarecimento geral: a fic é minha sim e só estou postando ela aqui, a "original" ta la no nyah ^^

Povo aqui não me pertence, a não ser os outros personagens que são inveção minha (:
Não ganho nada com isso a não ser experiencia
Não sei o rumo da historia IAUHEIUHEUHA vai acontecendo conforme eu vou pensando...
Se eu ver alguma fic minha por ai sem autorização... bem... já sabe o que acontece. E isso já aconteceu.
Escrevi isso numa madrugada, então pode esperar que ela vai estar mais retardada que o normal :3
Isso ai (:

Capítulo 1 - Nova York


Time, it needs time

To win back your love again

I will be there, I will be there…

     Era assim que acordava todos os dias. Ou quase. Sabe, tenho verdadeira paixão por Scorpions. Mas também, ouça a voz do Klaus e você saberá do que falo. Agora, deixando essas paixões musicais de lado, é melhor levantar antes que aquilo que chamo de mãe venha tentar me acordar e estrague o efeito da musica.

     Levantei e quase cai no emaranhado de cobertas. É incrível a capacidade que tenho de me mexer tanto a noite e, pela manhã, essas merdas aqui ficarem enroladas nos meus pés. Incrível. Desloquei-me até o banheiro que havia no final do corredor (depois de sair do quarto, porque eu também não sou um fantasma pra atravessar paredes!) e fiz toda a higiene matinal e aquelas coisas todas.

     Voltei ao meu quarto, que mais parecia um lixão de tanta coisa jogada pelo chão, e acabei parando na frente do espelho que ficava embutido com o armário branco e preto que ocupava a maior parte da parede do meu quarto.

     -Fuck! – é, ou um tornado passou por mim ou aquele rato que vive de baixo da minha cama resolveu criar um ninho no meu cabelo (mentira, não tem rato nenhum aqui!). Primeiro: imagine o corte e comprimento do cabelo de Mikkey Dee preto. Segundo: imagine ele meio encaracolado e volumoso por si só. Terceiro: imagine ele todo enozado e emaranho em cima do que eu chamo de cabeça. Imaginou? Então... O meu estava cinco vezes pior.

     Graças que hoje só precisava ir para a escola pegar os resultados e, no meu caso, fazer duas provas atrasadas. E depois de tudo isso, terminar de arrumar a mala para ir visitar meu tio. O que é um milagre que minha mãe tenha me deixado viajar para outro país, pois além de que a boa vida dela depende de mim, tenho apenas 16 anos.

     Abri o armário e peguei algo bem normal para o dia: uma skinny preta, all star branco e um moletom preto liso de capuz. Depois fiz a maquiagem de sempre com os olhos bem marcados e um gloss transparente, e aquela temida hora havia chegado: o cabelo.

Como eu vou arrumar isso? Procurei por uma escova de cabelo em algum lugar e depois de alguns (muitos) minutos, achei a desgraçada em baixo de uma pilha de roupa suja. É, acho que ‘tá na hora de limpar isso...

     Penteei-o rapidamente para que ele ficasse naquele seu volume normal e deixei a franja ajeitadinha para o lado como sempre. Acho que essas férias vêm bem a calhar, porque quando que fico normal desse jeito?

     Assim que ia saindo do quarto...

     We scream! We shout! We´re the Power Rangers!

     Que foi? Algum problema em dar uma pequena modificada na música? Mas então... Cadê a bosta do celular?

     Hmm...

     Em cima da cômoda que ficava do lado da cama não ‘tava, no chão também não, no...

     -AHÁ, te achei seu filho da mãe. – ele estava dentro da fronha do travesseiro. E sim, eu falo com objetos.

     Atendi.

     -Fale. – e não, na fazia ideia de quem estava me ligando as... 7:35 da manhã.

     -Katerina? – perguntaram do outro lado. Hm... conheço essa voz.

     -Fala tio. – sorri para o nada enquanto sai de casa antes que a dona Elizabeth acordasse, ou nesse caso, minha mãe. Ia tomar café na lanchonete que tem perto da escola. Um dos garçons é meu amigo. O único, diga-se de passagem...

     -Como vai sobrinha? – ele riu – Animada pra conhecer Nova York? – perguntou e pude ouvir um barulho de gritos e chiados e mais gritos. Mas que merda...?

     -Mas é claro que... – parei e franzindo o cenho. – Nova York? Desde quando você mora ai Mark? – perguntei. O nome do meu tio era Marcos, mas era a única forma pela qual não o chamo. Ouvi-o rindo mais e o barulho se afastar.

     -Avisei que não estaria em casa por alguns meses... Sabe, o trabalho me chama. – quase pude o ver sorrindo do outro lado da linha.

     Quase morri atropelada por um filho da mãe que estava tentando dar uma de piloto de formula 1 na esquina da lanchonete. A Spuntini’s. Uma má ideia quando resolveram juntar italiano e ingles.

     -Afinal... até hoje eu não sei no que você trabalha... – entrei e vi Aaron com aquele uniforme ridículo da lanchonete. Verde e branco. Ouvi um grito de alguma coisa morrendo do outro lado da linha e depois a ligação caiu. Vish.

     Dei uma olhada para o celular e depois o guardei no bolso da calça mesmo. Peguei a mesma mesa de sempre desde que vim morar aqui na Itália, mais precisamente em Anacapri (é perto de Capri mesmo). Ela era bem no fundo e por causa disso, não era muito iluminada.

     Esperei um pouco até que uma figura de verde e branco aparecesse e sentasse do outro lado da mesa com meu cappuccino e panquecas com chocolate e mel. Sorri.

     Aaron era um cara com a pele branquinha, olhos castanhos, cabelos pretos meio repicados e compridinhos. A boca dele lembrava muito a do Adam Lambert, além do sorriso que também era bem parecido. No geral, ele era um garoto muito bonito e muito legal, até hoje nem sei por que ele anda comigo.

     -Animada para hoje à tarde? – perguntou com um sorrisinho quase demoníaco. Levantei uma sobrancelha enquanto comi as panquecas.

     -Você gosta de me ver sofrer ‘né seu filho da mãe? – viu como sou uma pessoa carinhosa. Ele riu.

     -Foi divertido aquele dia no tatuador... – falou enquanto pegava um pouco de calda com a ponta dos dedos. Dei um tapa na mãe dele. – Porra Hellway! – choramingou me fazendo rir. Agora não me pergunte por que ele me chama desse jeito.

     -Depois você ficou cheio de mimi porque também queria fazer uma... – comentei sorrindo, logo em seguida bebendo do cappuccino. Revirou os olhos. – E sabe... porque não faz? ‘Ce já tem 21 e acho que aquela serpente que tu tinha gostado ia ficar bem legal. – comentei.

     -Sabe que tenho trauma de agulhas e...

     -AARON ONDE É QUE VOCÊ ESTA? – era o chefe dele gritando novamente. Todo dia de semana era assim. O garoto bufou e levantou-se, olhando-me.

     -Primeiro: lembrou-se de pegar caneta, lápis e borracha? – perguntou com a sobrancelha castanha arqueada, fiz uma careta. Droga! Sabia que tinha esquecido alguma coisa. Ele apenas riu, mexendo a cabeça negativamente. – Segundo: vou esperar do outro lado da esquina como sempre. – concordei  - Terceiro: eu tenho inveja desses olhos. – quase levantei e bati nele. Aaron sabia que eu tinha pequenos problemas com a cor dos meus olhos, porque eles não tinham uma cor muito definida. Era algo em torno de castanho claro e verde escuro. Ficavam mudando e isso me irritava. Na verdade, tudo me irrita... Mas enfim.

     Ele saiu da mesa rindo, deixando-me terminar de tomar café em paz. Aleluia!

     Assim que terminei por ali, deixei  pendurado para pagar mais tarde e Aaron me emprestou a caneta e o resto. Tem hora que ele pode ser bem útil.

     Cheguei à escola e nada de diferente: gente, gente riquinha e esnobe, gente e mais gente riquinha e esnobe. Céus. Peguei as notas e fiz todas as provas.

     Apesar de tudo, eu estudo mesmo. Afinal não queria ser uma mendiga com um corte de cabelo estranho nas ruas de Anacapri. 

~~~~x~~~~

 

     Duas da tarde e nós estávamos aqui no tatuador amigo de Aaron. Todas minhas tatuagens e piercing´s sempre foram feitos ali, porque eu não confiava em mais ninguém. Estava tremendo da cabeça aos pés. É, um piercing e três tatuagens depois e ainda tinha medo. Shit!

     Cumprimentei Enzo, o cara que sempre me fazia essas coisas e ele notou que eu estava tremendo igual vara. Riu. E Aaron? Aquele bosta ficava rindo da minha cara de desespero. 

     Entrei na salinha que havia todas aquelas agulhas e coisas e loisas. Vi ele botando na bandejinha de metal as duas argolas finas de prata. Deitei-me na maca, olhando para Aaron quase como se pedisse para que ele não me deixasse ver aquilo. O que era meio impossível.

     Aquele dia eu quase furei a mão do meu único amigo com as minhas unhas. E olha que eu quase não tenho unha alguma.

 

~~~~x~~~~

 

     Assim que cheguei em casa, constatando que não havia ninguém, subi para meu quarto afim de terminar as malas para a viagem. Isso se a Elizabeth ainda me deixasse viajar depois de ver as duas argolas presas no meu lábio inferior. É, ela ia surtar legal.

     Peguei todas as outras roupas que estavam separadas pra levar e que não estavam sujas, jogadas ou espalhas pelo chão e enfiei em uma das três malas. Que foi? Vou ficar três meses nos EUA e como aquela pulga que eu chamo de tio vive viajando pra lá e pra cá, nunca se sabe do que você irá precisar.

     Algumas horas depois, tudo pronto.

     Passando em frente ao espelho, acabei ficando por lá mesmo.

     Parecia que aquelas duas argolinhas brilhavam como se estivessem dizendo: olhem pra mim, olhem pra mim! Ainda que minha pele não fosse muito branca e meu lábio inferior era mais... cheio que o superior.

     Bem... não me achava uma garota feia, no entanto, também não era aquilo de bonita.

     Passei o resto do dia em casa sem fazer absolutamente nada e lá pelas cinco da tarde, a escola havia ligado dizendo que tinha gabaritado as duas provas. Novidade. Como disse, eu estudo muito para não ser igual a pessoas que se aproveitam de outras. Ouviu dona Elizabeth?

 

~~~~x~~~~

 

     Na manhã seguinte acordei com a voz do Klaus no ouvido, novamente. Levantei-me e arrumei tudo o restante que faltava, já que a viajem era hoje e precisamente.... Daqui duas horas e meia. O restante era, bem, eu.

     Peguei em cima da escrivaninha a calça skinny preta, o all star branco, uma camiseta do Aerosmith e uma jaqueta de couro por cima. Passei no banheiro fazendo toda a higiene matinal e passando a maquiagem, logo depois levando ela pra minha mochila de mão.

     Desci todas as malas e chamei um taxi. Provavelmente você deve estar se perguntando onde estão meus pais, certo? Então... Nenhum deles me olha mais na cara depois das snakebites de ontem. Mas quer saber também? Foda-se.

     Percebe-se que tenho problemas com minha família. Eles têm um preconceito gigantesco por causa do modo como me visto, do estilo de música que ouço e do tipo de palavreado que falo. Mas se a querida – olá ironia, quanto tempo – Elizabeth tivesse se importado um pouco comigo quando mais nova talvez, agora, eu não seria desse jeito. Ou não.

     Assim que o taxista chegou, ajudou-me a botar as malas no carro e seguimos para o Aeroporto Internacional de Cairo.

     De lá, iria rumo à Nova York, mesmo esse não sendo o destino inicial, mas já que o Mark inventou de ir lá trabalhar. E sabe? Não me importo nem um pouco em conhecer aquela cidade.



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