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História Sweet Disaster - Nunca diga nunca


Escrita por: repxtation e mullinggar

Capítulo 26 - Nunca diga nunca


Nunca diga Nunca. Veja, eu nunca pensei que eu poderia andar através do fogo. Eu nunca pensei que eu poderia aguentar a queimadura. Eu nunca tive a força para ir mais longe até chegar a um ponto sem retorno e não se pode voltar atrás. Quando o seu coração está sob ataque. Vou dar tudo o que tenho. É o meu destino. Eu nunca vou dizer nunca (Eu lutarei). Eu vou lutar para sempre (Faça isso certo). Sempre que você me derrubar, eu não vou ficar no chão. Vou levantar, vou levantar, vou levantar, vou levantar, levantar, levantar e nunca dizer nunca (Nu-nunca diga nunca), (nunca diga, nunca, nunca diga isto)... - Never Say Never, Justin Bieber feat. Jaden Smith.

 

Los Angeles, Califórnia, Estados Unidos. 8 de março de 2015. 1:54 AM

POINT OF VIEW NIKOLLE CAMPBELL

Eu mantinha um sorriso no rosto, de amor, paz e alegria. Aquela noite fora a mais calma depois da morte de meus pais. Eu estava aproximando meus lábios aos de Justin, quando um som estrondoso tirou completamente o meu foco.

Olhei para todas as direções, procurando de onde teria vindo, até que vi Vitória e Daren, com a expressão de fúria, aproximando-se de mim e Justin. Antes de pensar em qualquer outra coisa, rolei meus olhos pela praia, procurando por Júlia e Dylan, porém eu não os encontrava.

Já que não tinha armas para me defender, comecei a correr aos poucos, puxando Justin junto à mim, porém ele era pesado demais. Eu não sabia o que havia dado nele. Justin não movia um músculo sequer. 

- Justin? - Chamei-o, porém ele não me ouviu. Continuou ali, à poucos centímetros de distância, parado.

Antes que qualquer outra coisa ocorresse, quando Daren aproxima a arma próxima à face de Justin, inesperadamente Justin dá um soco no braço do rapaz, fazendo a arma voar para longe. Obviamente corri na direção da arma, tentando pegá-la, porém Vitória estava junto à mim, tentando tirá-la de minhas mãos.

- Qual, é? - Tentei ter uma daquelas conversas como em filmes com a Vitória - Você quer mesmo fazer isso? Digo, tentar matar sua própria irmã? Não precisa dizer-me o porquê, pois quaisquer que fosse, eu não daria a mínima. - Eu tentava distraí-la, porém Vitória não é nenhum pouco boba. - Apenas pare e pense! - Bradei. - Eu não fiz nada para você, então não há motivos para que você faça algo para mim.

Antes que eu pudesse dizer qualquer outra coisa, Vitória me empurra na areia, gritando:

- Eu odeio você! - Seus olhos marejaram, as palavras cúspiram de sua boca e seus cabelos voavam ao vento que começara a se formar, ela os engolia. Seus cabelos grudavam ao seu rosto, pela imensa camada de oleosidade.

- Então me mate de uma vez! - Gritei de volta, sobressaltada. Trinquei meus dentes, com raiva, esperando que ela me matasse. Vitória pegou a arma, apontou para o meu rosto e começou à contar do cinco ao um. Quando chegou no número dois, começou a soluçar entre o choro. - Você não quer me matar, porque sabe que eu não te fiz nada, não te dei motivos para fazer nada! - Quando falei isso, Vitória, lentamente, puxa o gatilho. Nesse mesmo momento, rolei para o lado, escapando do tiro. Eu estava toda suja pela areia. - Você não pode me matar! 

- Ah, eu posso... - Falou entre os soluços. 

Levantei-me num pulo, procurando por Justin. Ele e Daren estavam no meio de uma luta, dando murros e pontapés. Mordi meu lábio inferior, pensando no que deveria ser feito. 

- Pode? - Finalmente raciocinei as palavras de minha irmã mais velha. - Não se engane. Querer não é poder. 

- É CLARO QUE É. - Vitória atirou em minha perna, fazendo uma imensa dor surgir naquele local. Eu nem conseguia mais andar. Comecei a pular como um sasci. 

Justin ouviu o tiro e, agora, correu na direção de Vitória. Era nítido o ódio em seu olhar. Eu nem conseguia sentir nada. Nem ódio, nem tristeza, nem nada. Eu só sentia aquela dor insuportável em minha perna. 

Sinto Daren pegar-me por trás, tentando dar-me uma chave de braço, porém agi mais rápido e dei um soco em seu queixo, fazendo-o cair para trás, desmaiado. Quase caí junto, porém dei um pulo para me recompor e tentar dar vários outros pulos para tentar aproximar-me dele. Chequei-o para ver se ele tinha mais armas, mas infelizmente o filho da puta não tinha. 

Ouço mais um som de tiro. Virei-me com dificuldade, agora a raiva já havia me consumido. Justin estava todo ensanguentado. O tiro havia acertado seu braço, porém ele caiu com o braço por cima de sua camiseta. Aproximei-me aos poucos de Vitória, tomando a arma de sua mão, porém ela fez-me cair no chão novamente. Levantei-me aos poucos, com certa dificuldade. Quando Vitória ia me empurrar novamente, dei um tiro em sua barriga, fazendo-a cair de joelhos. 

Antes de fazer qualquer outra coisa, aproximei-me de Justin e fiquei por cima dele. As lágrimas transbordavam rapidamente de meus olhos.

 

POINT OF VIEW JÚLIA CAMPBELL

Eu e Dylan havíamos saído para buscar mais galhos de árvores para fazer outra fogueira. Estávamos voltando para o lugar onde nos encontrávamos até que ouvimos um som de tiro há metros de distância. Começamos a correr até que encontramos quatro pessoas caídas ao chão.

Quando aproximei-me, vi Nikolle e Justin caídos e a primeira coisa que pensei foi ligar para a emergência. Então Dylan ligou para a emergência. Enquanto isso, ele pediu-me para que eu pegasse seu carro e levar Daren e Vitória para o nosso esconderijo que fica aqui por perto e que ninguém sabe onde fica.

Antes de sair, ouvi Nikolle dizer:

- Não faça nada de mal para Vitória, ela não deixa de ser nossa irmã. 

Apenas assenti e fui levá-los para o esconderijo.

Depois de cinco minutos para chegar até esse lugar secreto, eu coloquei uma camisa de força em Vitória, amarrei-a em uma cadeira de ferro e deixei-a ali por um tempo. Enquanto ela esperava, deixei Daren amarrado em uma cama, completamente nu. Estava ansiosa para a hora que esse filho de uma égua acordasse. Antes de fazer qualquer coisa com Vitória, iria começar com o mais pesado. Afinal, eu não iria matar minha irmã, apenas assustá-la. 

Abri a boca de Daren e coloquei pimenta na ponta de sua língua, fazendo-o acordar na hora. O coitado começou a se debater, a berrar e a pedir por água. Eu comecei a rir igual à uma retardada. 

- Se você acha esse gosto ruim, imagina o gosto... - Daren ficou esperando, quando amarrei um barbante em seu pênis e puxei-o com toda a força, até que ficasse roxo. E, depois de ouvir mais gritos, tirei o barbante, só que, dessa vez, peguei a tesoura de cortar folhagem e aproximei naquele lugar novamente. Dessa vez eu cortei sem dó e nem piedade. Os seus gritos ecoaram por todo o lugar. - Nem precisa imaginar, pode sentir o gosto disso. - Enfiei seu pênis em sua boca. Deixando-o com os olhos arregalados e suas pernas completamente bambas. Ao passar dois segundos, seus gritos abafados acabaram me incomodando, então diretamente peguei uma espada, da antiga coleção do meu pai, e cravei em seu peito. 

Voltei para a outra sala, onde estava Vitória. Ela parecia aflita e assustada.

- O que você fez com ele? - Perguntou-me inquieta. - Só o torturou, não é mesmo? - Sorriu amarelo.

- Cale a boca, sua imunda. - Pedi e ela logo calou-se. - E, se quiser saber, só devolvi seu amante para o lugar de onde ele nunca deveria ter saído. - Vitória ficou me olhando com uma cara confusa, como se um ponto de interrogação estivesse tatuado em sua testa. - O inferno.

- Você o quê? - Gritou, com lágrimas nos olhos. - Filha da puta! Eu vou te matar quando sair daqui... 

- Eu não disse para você calar a boca? - Bradei, porém ela continuava a falar. 

Irritada, peguei outro barbante, só que dessa fez, antes que a vadia continuasse a falar, enrolei-o de sua boca até a parte de trás de sua cabeça, puxando-o com toda a força que eu tive e fazendo formar alguns rasgos em sua maxilar. Ela até chegou a gritar de acordo com que os rasgos fossem se intensificando. Quando começou a sangrar, eu parei. Vitória não conseguia falar mais nada agora.

- Eu só não te mato, porque a puta que me pariu te pariu também. - Falei enraivecida.

 

POINT OF VIEW DYLAN OWEN

Ver meu irmão e a mulher que ele ama sofrendo, em uma ambulância, era como se fosse o fim para mim. Estava intristecido, mal por vê-los ali. Estavam tão felizes e agora estão tão tristes. É como uma facada no peito. O melhor de tudo é que não é nada grave. Ambos estão sentados, um segurando a mão do outro com força. 

Quando descemos para ir para o quarto de hospital e tirarem as balas de dentro deles, eu fiquei esperando. Enquanto isso, resolvi ligar para Júlia.

- Amor? - Perguntei, esperando ela responder do outro lado da linha.

- Oi. - Respondeu seca.

- O que aconteceu? O que você fez com eles? - Perguntei-a.

- Matei Daren e Vitória está sofrendo sem poder falar nada. Apenas isso. - Falou calmamente.

- Ah, que bom. Não deixe-a fugir. - Pedi.

- Ela está acorrentada, nem vai conseguir. - Disse-me e suspirei.

- Tudo bem. Cuide-se. - Disse e desliguei o celular.

Acabei adormecendo na sala de espera.

 

(...)

 

 

- Sr. Owen? - Ouvi uma voz afeminada chamar o meu nome, mas parecia longe. - Sr. Owen? - A voz continuava em minha cabeça. Eu tentava abrir os olhos mas estava tão cansado que nem conseguia abrí-los. Então senti um chacoalhão e abri meus olhos no mesmo instante.

- O que é? - Perguntei resmungando.

- Seu irmão Justin e a cunhada Nikolle já estão bem. - Logo que a médica me deu o recado, dei um pulo da cadeira e sai correndo pelos corredores na direção do quarto em que eles estavam.

- Justin! - Fiquei aliviado assim que o vi e o abracei por cima de seus braços.

- Aí! - Justin reclamou e logo percebi que toquei na área machucada.

- Desculpa! - Pedi.

Olhei para Nikolle, que estava cabisbaixa. Aproximei-me dela e então perguntei-a:

- Está tudo bem?

Agora a expressão dela mudou e ela me olhou incrédula.

- Minha própria irmã tentou me matar, eu levei um tiro na perna e está tudo bem! Com certeza. - Disse sarcástica.

Fiz cara de ofendido.

- Foi mal.

- Aposto que ela fugiu. Ela é muito mais rápida que a gente e raivosa também. - Bufou Nikolle.

- Na verdade não. Júlia torturou ela e matou Daren. Ela levou-os para o nosso esconderijo. - Disse-a.

- Graças à Deus! - Nikolle louvou.

Depois de alguns segundos, Justin se pronunciou.

- E nós vamos para lá? - Perguntou-me.

- É pra já! - Respondi. 

Saímos dali e fomos até o estacionamento, entramos dentro do carro e comecei a dirigir na direção do local. Durou um tempinho até chegarmos. 

 

POINT OF VIEW NIKOLLE CAMPBELL

- Mamãe, vamos à praia! - Pedi pela milésima vez naquele dia chuvoso de outubro.

- Eu já disse que não podemos ir à praia, meu amor. Está chovendo muito e você vai acabar se afogando. - Respondeu-me firmemente. 

Abaixei a cabeça, fazendo birra. Mas como mamãe era insistente, disse-me a mesma coisa e tentou me explicar o porquê não poderíamos ir à praia naquele fim de semana: estava chuvoso. Porém eu também sei que não é só por isso... eu queria saber por quê o papai não voltava para a casa, já que faziam duas semanas que ele não voltava de sua viagem para bem longe. Eu não faria essa pergunta à mamãe, até porquê ela já está cansada de ouví-la e sei que ouvirei a mesma coisa de sempre: um dia ele volta. Mas quando que esse dia vai chegar?

- Um dia ele volta... - Sussurrei baixinho, olhando para Vitória que fazia sua lição de casa. 

- O que você disse? - Perguntou a mamãe. 

- Nada... - Neguei com a cabeça, voltando meu pensamento para outras coisas, do tipo: por que a Júlia não sai do quarto? O colega dela veio aqui em casa para fazer um trabalho com ela e a mamãe deixou. E eu ir na praia com chuva não posso? Isso é injustiça!

Caminhei até Vitória e olhei uns números e umas coisas que eu não entendia em uma folha de papel. Observei aquilo por alguns instantes e perguntei à ela:

- O que é isso?

Vitória me olhou, olhou para a folha de caderno, sorriu de lado e me disse:

- O nome disso é matemática. 

Eu, como sempre curiosa, perguntei-a:

- E pra que é que serve tudo isso?

Vitória suspirou, olhou para a folha e deu de ombros me respondendo:

- Nem eu não sei! - Olhou-me com uma cara de sofredora. Talvez um dia eu fosse entendê-la.

Ela ficou me ensinando a fazer os cálculos, a como dividir, subtrair, multiplicar e um monte de coisa que acabei entendendo pela primeira vez na vida. Fiquei feliz por isso, por ela, por mim.

 

 

- Nikolle? - Ouvi alguém me chamar. - Nikolle? - Era a voz do Justin. - O que houve?

Acordei para a vida real. Olhei para Justin. Ele me olhou preocupado, mas eu apenas balancei a cabeça e suspirei fundo.

- Não houve nada. - Respondi, saindo do carro e os seguindo. 

Pelo visto já havíamos chegado ao tal lugar secreto. Era subterrâneo e nojento. Havia a passagem de esgoto pouco antes de entrar por ali. E então Dylan bate algumas vezes em uma porta de metal, mas de um jeito estranho. Acho que era um código. Bate duas vezes seguidas de lado, uma vez com a palma da mão e mais uma vez como se estivesse dando um murro. E a porta se abriu e surgiu Júlia pela fresta. Ela deu-nos passagem para entrar. 

Era um lugar com cheiro nojento e tinha coisas nojentas. Das paredes escorria uma água e no chão, em um passo ou outro, encontravam-se alguns trevos de quatro folhas espalhados. Do této caía, em alguns pontos específicos como as frestas, uma poeira, mas então eu percebi que era areia mesmo. Não haviam portas, apenas a de entrada. No cômodo inicial tinha apenas uma mesa e uma coleção de armas. No outro cômodo tinha uma cama com algemas no centro, em um canto tinha a coleção de espadas que reconheci como as do papai, havia um armário de vidro ao qual haviam uns frascos dentro, tesouras, objetos afiados, agulhas, produtos químicos, remédios e coisa do gênero. Em outro cômodo, encontrei mais uma mesa em um canto, haviam armas espalhadas por cima dela e um barbante, havia também um armário de madeira que estava fechado, e quando olhei para o lado vi a figura de Vitória com a maxilar toda cortada, senti horror. 

Os olhos de Vitória estavam marejados, ela tinha as olheiras fundas, ela estava presa em uma camisa de força e em uma cadeira de ferro. Em seu pescoço haviam marcas de cortes que pareciam recém ter sido feitos. Vitória olhava-me com frieza, parecia uma louca que fugiu de um hospício e está se segurando para não matar a primeira pessoa que ver pela frente. 

Em um pensamento debochado, pensei: ela nem precisa se segurar, já está bem segura.

Aposto que Vitória nem conseguia falar ou mover os lábios. Mas ela acabou me surpreendendo: entre pausas e gemidos de dor, ela conseguiu falar.

- Eu vou... acabar... matando todos... - Olhou para cada um de nós. - Vocês!

 

- Então o que eu devo fazer quando alguém me ameaçar ou fizer algum mal, mamãe? - Perguntei-a confusa.

- Se vingue da pior maneira possível. - Disse-me, passando suas mãos em minhas bochechas. 

- E qual é a pior maneira possível? - Perguntei-a curiosa.

- Você vai saber quando chegar a hora, meu bem. - Respondeu-me.

- Mas eu nunca vou saber se for pra ser assim, eu nunca vou conseguir, nunca vou ter coragem de matar alguém pois tenho dó até de uma pequena formiga! - Disse-a. - Assim como nunca saberei quando o papai irá voltar... - Fiquei cabisbaixa.

Mamãe pôs seu dedo indicador em meu queixo, levantando meu rosto para vê-la e então vi, analisei-a.

- Nunca diga nunca! - Disse-me firmemente.


Notas Finais


Perdoem algum erro.


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