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História Sweet Doom (J-Hope e Jimin - BTS) - Casamento arranjado?


Escrita por: CatJungCrazy

Notas do Autor


OLÁ MEU POVO BONITO DO SOCIAL SPIRIT! Quem chegou mais cedo do que muitos esperavam? Eu mesma!
Capítulo não revisado, apenas ignorem os erros, acabei de o terminar e vim correndo postar.
Beijão e boa leitura!!!

Capítulo 55 - Casamento arranjado?


Sweet doom – Capítulo 55

 

[Point of vision Jimin]

 

 O meu sangue fervia em meus olhos, eu podia sentir nitidamente a ferida incrustada em meu peito se abrir e ficar a carne viva, revelando e trazendo a tona cada sentimento que aquele ser repugnante em minha frente me fez passar. Eu me recordava perfeitamente bem daquela manhã fria, minha pequena menina gargalhava enquanto eu a girava no ar, eu podia ver claramente seus olhinhos se apertando enquanto ria de uma forma tão gostosa de se ouvir, seus cachinhos negros eram uma linda herança da mãe, Alice era adorável. Lembro-me da minha amada chamando-me, de pegar minha filha no colo e a ajudar a lavar suas mãozinhas tão pequenininhas, de sentar-me a mesa com as duas garotas que eu mais amo no mundo, de ver minha pequena se lambuzar toda enquanto se deliciava com o bolo de chocolate, de olhar nos olhos de Mariko e ter a certeza de que ela era a mulher da minha vida, porem a lembrança mais viva é sentir o aroma do senhor Park por perto, foi naquele momento que o meu inferno se iniciou.

 A primeira coisa que vem a minha mente quando penso nesse dia é de estar me debatendo, lutando contra aqueles desgraçados enquanto via o meu sonho queimar em chamas, lembro-me com clareza da dor que assolava meu peito, eu estava desesperado, só pensava em salvar minha mulher e filha, eu faria tudo que ele quisesse se ele as tirasse de lá, até me submeteria a um casamento arranjado, daria minha própria vida pela segurança delas. Recordo-me daquele lobo negro que pulou encima de mim quando eu estava quase me libertando, sua mordida feriu minha carne, senti o cheiro do meu sangue e o mesmo descendo por minha pele, manchando a neve gélida ao meu redor. Mesmo fraco e incapaz de me soltar, continuei a gritar o nome delas com todas as minhas forças, meus olhos estavam úmidos e minha visão embaçada, mesmo nesse estado eu testemunhei a construção de madeira desmoronar sobre elas, minha dor era tamanha que eu só desejava desaparecer dali, eu não queria mais ver aquilo, eu queria acreditar que aquilo era apenas um pesadelo e que elas estavam bem, que quando eu acordasse eu veria novamente o rosto sereno de Mariko adormecida e que minha pequena entraria toda sorridente no quarto e pularia encima de nós dois como sempre fazia. Mas não, eu sabia que aquilo era real pelo fato dele estar ali, parado diante dos destroços sorrindo vitorioso, aquele maldito sorriso monstruoso dele sempre atormentava meus pensamentos e me fazia perder o sono.

 Eu senti tanto ódio quando ele se virou pra mim e parou diante do que havia restado de mim, eu mal tinha forças pra me levantar, quando soltaram os meus braços eu simplesmente desabei sobre o chão. Eu estava morto por dentro, apenas conseguia chorar e desejar morrer. Mas ele puxou-me pelo cabelo e ergueu meu rosto inchado forçando-me a olhar pra sua face rude, naquele momento eu me senti um fraco, fui impotente e não pude sequer proteger as pessoas que eu amo, ao olhar para os olhos frios do senhor Park eu pude ter a certeza de que aquele ser não tinha coração algum, ele era um monstro.

_ Levante-se seu pirralho de merda, haja como um homem! Um dia você tomará a liderança do nosso clã, então comece a agir como um líder e pare de se portar como uma criança mimada! – Ele desferiu um soco contra minha face e eu voltei ao chão, meu corpo se negava a mover-se, eu queria apenas padecer ali mesmo, eu não tinha mais motivos para viver, ele havia arrancado tudo o que eu tinha. – Você realmente é um inútil Park Jimin.

 Ele destruiu a minha família, me humilhou da pior forma possível, ele tirou a vida de uma garotinha inocente, ela era uma criança, era a neta dele e esse ser nojento não teve a mínima compaixão. Eu o odeio com todas as minhas forças, posso ter o mesmo sangue que esse imundo, mas jamais o considerarei como pai.

_ É um prazer revê-lo, filho.  – Ele abriu um sorriso cínico, feito que me obrigou a cerrar os punhos e me conter para não avançar encima dele.

_ É uma pena que não posso dizer o mesmo, senhor Park. – Encarei-o nos olhos, não escondi minha fúria ao o fazer e não tive medo de sua reação. Eu não era mais o garoto que ele humilhava sempre que podia, ele queria que eu me tornasse um homem, pois bem, eu me tornei.

 Pude sentir Mariko segurar em meu pulso, olhei-a por cima do ombro e vi o temor em seus olhos, o que me remeteu novamente a cena de seu olhar apavorado, a palma de sua mão encostada na vidraça, o cheiro de combustível queimando... Ele havia a machucado, pude perceber o medo presente em sua expressão.

_ Não fique com medo, ele nunca mais vai fazer algo contra você, eu prometo. – Sussurrei-lhe e ela assentiu, soltando meu pulso e voltando a ficar atrás de mim.

 Direcionei meu olhar de volta as três pessoas paradas ali, ao lado esquerdo do Park tinha uma garota que eu nunca havia visto, esta possuía os olhos serenos e uma expressão doce, seu cabelo era curto, batia nos ombros, pequenos cachos castanhos lhe tornava diferente das demais pessoas que ali exibiam traços orientais. A ocidental assim que percebeu meu olhar sobre ela sorriu minimamente e deu um passo a frente, se curvando diante de mim.

_ É um prazer conhecer-lhe senhor Park Jimin, chamo-me Kim Milla. – A jovem ergueu seu corpo e voltou seu olhar a Mariko, assim que o fez eu a lancei um olhar furioso que foi o suficiente para fazê-la voltar ás pressas para o lado do Park.

 _ O que querem aqui? – Namjoon tomou a frente, ficando cara a cara com o Park.

_ Isso não é da sua conta seu lobo insolente, o assunto a que vim tratar aqui diz respeito somente ao meu filho. – Ambos trocaram olhares duros.

_ O Jimin faz parte do clã em que eu sou líder, então acredite, o que quer que esteja fazendo aqui é da minha conta. – O loiro encarou o mais velho com seus olhos dourados, sem demonstrar nenhum temor.

_ Saía da minha frente. – O Park ordenou com seus olhos queimando em um intenso carmim.

 O loiro recusou-se a sair, o que enfureceu o mais velho e o fez tomar uma atitude brusca, o mesmo agarrou o pescoço do loiro e o jogou ao chão, Namjoon por sua vez transformou-se em uma fera e pulou encima do Park, ato que fez os demais reagirem. Dois homens de capuzes azuis avançaram contra o lobo, levando a fera a cair de costas sobre o piso. Quando meus olhos captaram a mão de um dos homens atravessando o peito do líder, não pensei nem duas vezes sequer, Hoseok teve a mesma reação que eu.

 Avancei contra o homem que havia atentado contra meu amigo e em um simples gesto, peguei-o pela gola de sua blusa e o joguei longe, o mesmo bateu fortemente a cabeça em uma arvore próxima e apagou. O homem que agarrava o pescoço de Namjoon foi surpreendido por um lobo que pulou em cima de si e mordeu-lhe o pescoço, quebrando-o.

 Fiquei entre os dois lobos, vulgo Namjoon e Hoseok, ambos encarávamos o Park, que se mantinha com a mesma face inexpressiva e fria. Eu podia sentir a adrenalina percorrer minhas veias, minha respiração pesada denunciava meu profundo estado de ódio misto a alerta. Eu estava determinado a proteger as pessoas importantes pra mim, ele não iria destruir minha família de novo, eu não permitiria.

 Nossos olhares se cruzaram e eu o sustentei, fazia tempo que eu não mais o temia. Nossas expressões eram semelhantes, ambos mantínhamos faces duras, íris banhadas no mais intenso vermelho, áureas serias e sem um pingo de compaixão. Foi naquele momento que percebi que era mesmo filho do meu pai, por mais que eu o odeie o sangue dos Parks corre em mim.

_ Jimin, não teime. O seu clã de merda está em desvantagem, você sabe o que vai acontecer se começarmos uma briga. – O Park deu um passo à frente em minha direção. – Você não quer que a sua namoradinha se machuque, não é? – Ele abriu um sorriso sádico, o que fez meu sangue ferver. – Pois saiba que se quiser continuar com isso, dessa vez lhe garanto que farei o serviço direito. Os meus homens adorariam se divertir com a sua puta.

_ Não se atreva a encostar nela! – Em um impulso avancei contra ele, agarrando-lhe pela gola e o olhando nos olhos, pude perceber o quanto ficou surpreso, porem logo ele esboçou aquele maldito sorriso cínico nos lábios.

_ Se eu fosse você não faria isso, Jimin. – Logo olhei ao redor e vi todos os seus homens em alerta, logicamente eu estava em desvantagem. Soltei-o a contragosto e o encarei firme.

_ Diga logo o que veio fazer aqui. – Disse-lhe rude.

_ Vim buscar o meu herdeiro, está na hora de parar de fugir de suas responsabilidades. Você sabe muito bem que é o primeiro na linha de sucessão e que o clã Kim quer se aliar á nós já faz séculos. Eu lhe disse uma vez anteriormente e você fugiu para o Japão para os braços dessa impura, agora eu espero que você tenha adquirido maturidade suficiente para reconhecer a importância da união entre nós e os Kim’s. – Ele direcionou seu olhar a morena á sua esquerda e a mesma veio até nós sem muita empolgação. – Esta é Kim Jennie, a sua pretendente.

 Arregalei meus olhos no mesmo instante, a garota se curvou e voltou seus olhos tristonhos a mim.

_ É um prazer conhecer-lhe meu noivo. – A voz dela saiu fraca, era nítido que ela não estava nem um pouco contente.

  Estava claro que a garota estava ali por vontade de sua família e não pela dela própria, eles queriam nos manipular e nos obrigar a casar? Isso era ridículo, ele realmente queria que eu aceitasse uma palhaçada dessas?

_ Você está maluco se pensa que irei aceitar uma idiotice dessas, eu não vou me casar com ela! – Esbravejei e ele apenas negou com a cabeça enquanto ria nasalmente.

_ Você não tem escolha, ou você virá por bem ou por mal. – Ele encarou-me serio, enquanto eu o fuzilava com o olhar. – Quer mesmo iniciar uma luta? Achei que a morte daquela pentelha fosse o bastante pra você.

 Ao ouvir tais palavras ele conseguiu despertar o pior de mim. Alice era a minha única filha, e esse ser horrendo a tirou de mim sem piedade alguma, ela era a coisa mais preciosa que eu tinha. Ela era tão doce, tão pequenina... E eu nunca mais a verei, jamais poderei a abraçar ou brincar na neve de novo, ela não mais vai sorrir pra mim e nem me chamar de papai. Ele tirou a vida de um serzinho de luz, uma criança que tinha toda uma vida pela frente, mas graças á atrocidade que ele cometeu eu jamais poderei ver minha menininha crescer.

 Um misto de fúria e dor atingiu-me com força total, antes que eu pudesse socar a cara desse desgraçado, Hoseok e Namjoon voltaram a sua forma humana e me seguraram pelos braços, enquanto aquele maldito colocava seu maior sorriso cínico nos lábios, o que me deu ainda mais vontade de quebrar aqueles dentes que ele exibia.

_ Seu filho da puta! Nunca mais fale dela assim, tá me ouvindo? Nunca mais! – Gritei enquanto me debatia para me soltar, meu ódio era tamanho que eu estava cego por ele, minha única vontade nesse momento era de espancá-lo até a morte.

_ Jimin, se acalma! Ele quer te provocar, não dê atenção ao que ele diz! – Namjoon disse, alertando-me.

_ Pense na Mariko, se você partir pra cima dele a gente se ferra. Controle-se pelo o amor de Deus! – Hobi convenceu-me, parei de me debater e tentei respirar fundo pra me acalmar, fazendo com que os meninos me soltassem.

 Hoseok estava certo, a segurança de todos era mais importante agora, se eu quiser proteger a Mariko, vou ter que me conter. Inspirei a maior quantidade de ar que podia e o soltei lentamente, obtendo um pingo de calma entalado no fundo do meu ser. Olhei-o sufocando toda a minha vontade de enforca-lo com minhas próprias mãos e cerrei meus punhos que coçavam e imploravam para batê-lo com força suficiente para quebrar todos os seus dentes.

_ Eu irei com você se me garantir que nenhum dos meus amigos e muito menos a Mariko irá se machucar. – Olhei-o no fundo dos olhos esperando sua resposta.

_ Se vier comigo, você tem a minha palavra. – Nos encaramos, mesmo não confiando nele, eu não tinha escolha.

_ Tudo bem, eu vou. – Ele sorriu vitorioso diante da minha resposta.

 Antes de me juntar aquele cretino, virei-me e direcionei meu olhar pra minha garota. Ela exibia lagrimas em seus olhos e uma feição triste, aproximei-me dela e peguei em suas mãos, beijando-as enquanto a olhava afetuosamente.

_ Você vai me deixar? – Sua voz saiu embargada, ver minha pequena naquele estado me partia o coração.

 Segurei seu rosto inchado devido ao choro delicadamente e a fiz olhar pra mim, acariciei suas bochechas úmidas com os polegares e encostei minha testa a sua, fechando os olhos enquanto sentia nossas respirações se misturarem.

_ Não chore meu amor, eu prometo que irei voltar pra você. – Sussurrei-lhe, dando-lhe um breve selar e logo me afastando de si. Antes que eu me virasse e fosse embora, ela segurou minha mão e sustentou o olhar por alguns segundos como se ela quisesse gravar cada detalhe meu, eu fiz o mesmo e prestei atenção em cada pedacinho de sua face.

_ Eu te amo. – Ela murmurou por fim e soltou minha mão, liberando minha partida.

 Dei um ultimo meio sorriso á ela e me virei, deixando pra trás a mulher que eu amo. Eu ainda iria voltar, aquilo não era um adeus e sim um até logo. Em minha cabeça eu já formulava um plano pra escapar desse casamento e retornar para a Mariko, nada iria me impedir, eu estava determinado.

 Um cavalo negro surgiu da mata, este parou próximo á mim e eu me aproximei dele, acariciando o animal enquanto olhava em seus olhos escuros.

_ Oi garoto. – Disse ao cavalo, que pareceu gostar de mim.

 Montei nele, voltando meu olhar ao senhor Park, que também já estava sobre seu cavalo.

_ Siga-me rapaz. – Ele se pôs a cavalgar rapidamente, em uma velocidade semelhante á se estivéssemos correndo, e eu apenas segui-o entre a mata enquanto vários pensamentos passavam por minha cabeça.

 A cada galopada mais distante meus amigos ficavam, mais longe eu ficava dela. Eu não queria ter a feito chorar, mas é essa a imagem que está rondando a minha mente.

 Os outros homens corriam atrás de mim, como se eu fosse superior á eles e tivesse o direito de tomar a frente ao lado de seu líder. Na verdade eu realmente merecia o respeito deles, afinal, depois do senhor Park seria eu que iria liderar o clã, e pela primeira vez essa ideia não me pareceu tão absurda.

 O vento batia forte contra meu rosto e trazia uma boa sensação de liberdade, coisa que eu não teria assim que pisasse novamente na moradia dos Parks. Mas eu sabia que aquele lugar era o que o destino me reservava, porem eu não acataria todas as ordens que me forem dadas calado, eu iria mostrar ao senhor Park o que tanto ele queria que eu me tornasse.

 Eu já estava decidido, seria eu quem condenaria o Park ao inferno.

 

(...)

 



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