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História Sweet Dream - Nightmare


Escrita por: anninha_sykes e bitchDoHemmo

Capítulo 20 - Nightmare


Capítulo 20 – Nightmare

Anna Shmidt P.O.V.

O dia já havia amanhecido há algumas horas e o movimento do hospital começou a aumentar. O lado de fora do hospital já estava lotado de paparazzi e curiosos que souberam do acidente sabe-se lá Deus como.

Ainda não tínhamos recebido mais nenhuma notícia, e já passava da hora do almoço. Meu estômago doía só de pensar em precisar comer alguma coisa. Fui no refeitório depois que Mike insistiu demais e arrastou eu e Luke para buscar um lanche ou qualquer coisa.

Depois de colocar algo para dentro a força, quando voltamos para a sala de espera, tive a pior surpresa de todas.

Matt.

-O que você tá fazendo aqui? – Perguntei

Os meninos, que até então conversavam com ele, paralisaram.

-Ela é minha amiga, Anna. – Ele disse – Precisava saber como ela está.

-Podia ter visto em qualquer site de fofoca assim que vazasse. – Falei

-Olha, eu entendo que você tá nervosa... – Ele ia falar mas eu interrompi

-NERVOSA? – Gritei, mas lembrei que precisava ser civilizada – Meu filho, não fui eu que cheguei aqui querendo informações de uma amiga que EU NEM CONVERSO MAIS!

-Isso não quer dizer que eu me importe menos com ela. – Ele disse

-E eu não ligo, não acredito em uma palavra do que você diz. – Falei

-Cara, é melhor você ir embora. – Ash disse

-É, o clima não tá muito bom hoje, pode até ir esperar a gente lá em casa se quiser. – Cal disse

Assim que ele saiu, os meninos me olharam feio e eu tive uma imensa vontade de mandar todos para a puta que pariu. No instante seguinte, o médico apareceu dizendo que estava tudo bem com a bebê e que Meg havia acordado. Fui praticamente empurrada para vê-la primeiro, porque os meninos disseram que era pra eu ir atrás de Matt pedir desculpas depois.

Entrei no quarto assim que o médico abriu a porta para mim.

-Ei, sua maluca. – Falei – Não aprendeu a dirigir, não?

Ela riu um pouco.

-Eu tava imaginando que diria isso assim que me visse. – Ela sorriu

Seu estado era menos deplorável do que eu imaginava. Ela estava com uma agulha enfiada no braço, por onde passava o soro. O outro braço estava enfaixado do cotovelo ao pulso e havia um curativo em sua testa.

-Você nos deu um baita susto. – Falei

-Eu imagino. – Ela disse – Mas o que importa é que está tudo bem.

Abracei ela de um jeito desconfortável, mas foi o que eu consegui para não machuca-la ainda mais.

-Eu tenho que ir, Luke e os meninos passaram a noite toda aqui comigo e também querem te ver. Tenho umas coisas pra resolver, mas logo eu volto. – Falei

-Tudo bem, só não demora. – Ela pediu e eu sorri, assentindo e saindo do quarto

Passei pelos meninos, que disseram que Matt ainda estava do lado de fora do hospital, mas no estacionamento. Fui até lá, tendo que passar por todos os paparazzi e as pessoas com ajuda de alguns seguranças.

Encontrei ele encostado em um dos carros, que presumi ser o seu próprio. O filho da puta parecia estar me esperando.

-Olha, me desculpa, ok? Eu sei que eu não tinha o direito de agir daquele jeito com você, mas eu passei uma porra de uma madrugada inteira nesse hospital, tentando descobrir se ao menos ela estava viva e você chegou e acabei descontando em você. – Falei

-Eu entendo, Anna. Tá tudo bem.

-Não, não tá tudo bem. Eu não consigo ser tua amiga, não consigo nem olhar mais na tua cara sem pensar na merda que você fez comigo. Esse foi o problema, foi isso que me fez estourar contigo e não com qualquer outra pessoa. Você me irrita, odeio achar foto sua com alguma puta toda vez que eu mexo no twitter, odeio você estar tão perto de mim de novo e a gente nem se ver, odeio o fato de tudo ter mudado de uma hora pra outra e você sequer se importar... – Ia continuar a lista de coisas que eu odeio até que ele me calou com um beijo

Por um instante, eu senti uma nostalgia e retribui o beijo. Até que eu me lembrei de tudo o que havia acontecido, do quanto eu era apaixonada por Michael Clifford e empurrei Matt com muita força.

-Eu não sei se você lembra, mas eu disse pra você nunca mais tocar em mim. – Falei, com uma vontade interminável de socar a cara dele, e pensei em voltar para dentro do hospital

Só que eu não teria uma cara de pau tão grande para encarar Mike como se nada tivesse acontecido.

Eu precisava ir para casa.

Mandei uma mensagem para Luke, apenas avisando e peguei um táxi. Cheguei em casa, tomei um banho quente e demorado, deixando as lágrimas escorrerem junto com a água. Eu saí do box, e fiquei lá dentro do banheiro por algum tempo, coloquei alguma roupa e penteei o cabelo.

Assim que eu saí, Mike estava lá.

-Que susto! – Falei, respirando fundo e me apoiando na parede – O que faz aqui?

-Luke me disse que você voltou pra casa, vim ver se tava tudo bem. – Ele disse

Tinha algo de errado. Eu tava sentindo.

-Mais ou menos, o Matt... – Eu ia dizer, mas ele me interrompeu

-Te beijou? E você correspondeu? Pois é, eu vi. Um paparazzi viu e isso provavelmente vai estar em todos os lugares ainda hoje. – Ele disse

Meus olhos arderam.

-Você não viu a parte que eu empurrei ele? Que eu quis matar ele? – Perguntei

-Jura? Não me venha com essa, Anna. Eu sei que você ainda sente alguma coisa por ele.

-O que? Não! Tudo o que eu sinto é nojo dele, eu amo você, Mike. – Falei

-Me ama tanto que fez questão de colocar um belo par de chifres. – Ele disse e já ia indo embora mas parou – Acabou aqui. Porque se tem uma coisa que eu não tolero é traição. Passar bem, Anna.

E bateu a porta.

Eu segurei as lágrimas ao máximo. Tudo o que eu sentia naquele momento era raiva. Raiva de mim, por ter permitido que as coisas chegassem a esse ponto. Raiva de Mike, por não acreditar em mim. Raiva de Matt, por sempre conseguir estragar alguma área da minha vida. Peguei meu celular, coloquei no bolso da calça que vestia e aproveitei que meu ex-namorado ainda estava em casa e peguei as chaves do carro dele. Voltei ao hospital, sentindo como se meu coração estivesse sendo esmagado, triturado, moído. Não vi os meninos na sala de espera, o que poderia significar que eles foram pra casa. Fui até o quarto que Meg estava, eu precisava dela mais do que qualquer coisa agora.

Bati na porta, e ao entrar encontrei Luke conversando com ela. Eu já não aguentava segurar as lágrimas, então foi inevitável não chorar na frente dele.

-O que aconteceu? – Meg perguntou

-Quer que eu deixe vocês duas? – Luke perguntou

Apenas fiz que não. Uma hora ou outra ele saberia.

Contei que fui pedir desculpas ao Matt, por ter brigado com ele e ele me beijou. Contei que Mike viu, contei que depois que fui para casa ele foi atrás de mim pra terminar tudo. E contei também que provavelmente minha carreira foi arruinada porque um paparazzi também viu o beijo.

-O que mais dói é que ele não acreditou em mim. Eu empurrei mesmo o Matt, eu amo o Mike, cara. – Falei, e as lágrimas escorreram com ainda mais força

Luke veio até mim e me abraçou. Um abraço reconfortante, que dizia que tudo ia ficar bem.

Mas eu sabia que não. Sabia que Mike não ia me ouvir, não ia voltar atrás com essa ideia maluca de que eu ainda sinto algo pelo Matt.

Fiquei com eles ali até o dia terminar.

O médico disse que Meg seria liberada na manhã seguinte. Então eu liberei Luke para ir em casa tomar um banho e voltar para passarmos a noite ali. Pedi pra ele levar o carro do Mike, pra não piorar tanto as coisas. Eu não ia aguentar ouvir ele dirigir a palavra a mim apenas pra dizer pra eu não pegar mais nada do que é dele, ou algo assim.

Fiquei sentada na poltrona ao lado da cama de Meg, conversando com ela.

-Acho que eu nunca chorei tanto num período de tempo tão curto. – Falei

-Eu entendo, mas não fica assim. As coisas vão se resolver. – Ela disse

-Eu duvido muito. – Murmurei, e senti meu celular vibrar dentro do meu bolso – Eu já volto.

Sai do quarto dela e atendi enquanto andava para o final do corredor.

-Sean. – Falei

-Precisamos conversar.

-Eu tô aqui no St Mary’s com a Meg.

-Vou passar ai daqui a pouco, o que eu tenho pra falar é muito sério. – Nunca havia escutado aquele tom de voz em Sean

E aquilo definitivamente me assustou.

-Tudo bem. Estarei aqui. – Falei, e ele desligou

Voltei para o quarto e Meg me olhou curiosa.

-Era o Sean, ele vai passar aqui. – Falei

-Você parece ter visto um fantasma. – Sorriu condescendente

-Eu tô com medo.

-O que ele disse?

-Que precisamos conversar e que é muito sério.

-Talvez seja sobre a minha imprudência no trânsito. – Ela riu

-Duvido muito. – Falei

-Não seja tão negativa, Anna.

-Não tem como ser positiva, não tem lado bom nessa história toda, Meg. – Falei

E, graças a Deus, Luke entrou no quarto juntamente com o doutor, dando um fim aquela conversa.

-Já está na hora de deixarmos Megan descansar, senhores. – O doutor disse

-Tudo bem, vou indo para a sala de espera. – Falei e beijei a testa de Meg, saindo do quarto

Não demorou nada para Luke aparecer e sentar ao meu lado.

-Como ele tá? – Perguntei, mesmo sem saber se eu deveria mesmo querer saber a resposta

-Quer a verdade? – Perguntou

-Lógico. – Falei, controlando a resposta irônica que tinha vindo na ponta da minha língua

-Ele tá trancado no quarto. Os meninos estão lá tentando fazer ele sair e comer alguma coisa. Ou falar alguma coisa, porque os dois querem ouvir o lado dele. Eu tive que contar o que aconteceu. – Falou

-Tudo bem. – Falei, irônica – Isso é ótimo.

Não deu nem dois minutos e Sean parou na nossa frente.

-Como a Meg está? – Ele perguntou

-Bem, vai ser liberada amanhã de manhã. – Luke disse

Sean assentiu e voltou seu olhar para mim.

-Vem, vamos dar uma volta. – Ele disse, estendendo a mão

Peguei a mão dele, sem dizer uma palavra.

Senti o olhar de Luke em mim, perguntando se estava tudo bem e eu apenas dei de ombros.

Eu também queria saber se estava tudo bem. Se bem que a resposta pendia muito mais para o não do que para o sim.

Sentamos do lado de fora do hospital, que agora estava totalmente calmo.

-Quer me contar o que aconteceu? – Sean perguntou

-Sobre o acidente? – Perguntei

-Sobre você trair o Mike, Anna. – Ele disse

-Eu não o trai. Eu nunca quis aquele beijo. Eu empurrei o Matt assim que eu percebi a merda que ele tava fazendo. – Falei

-O problema é que um paparazzi viu. – Sean entregou-me seu celular onde estava uma matéria que dizia que Michael Clifford foi traído por Anna Shmidt e que agora ela era uma das pessoas mais odiadas, segundo os trends do twitter

Meus olhos arderam novamente, e as lágrimas desceram sem eu sequer me dar conta.

-Não foi isso que aconteceu, por que ninguém acredita em mim? – Perguntei, passando a mão por minhas bochechas

-Porque essa foto tá bem convincente. – Ele me mostrou a fucking foto que o paparazzi provavelmente tirou

Meu mundo caiu naquele exato momento, e eu não conseguia mais conter as lágrimas.

-Nós precisamos dar um jeito nisso, Anna. Você não pode mais ficar com vários garotos. – Ele disse

-Mas eu não fico com vários, nunca vazou nada. – Falei

-Todos sabem do Luke, do Mike e do Matt. E eu sei do Calum. – Ele disse

-Tudo bem, e qual é a sua ideia? – Perguntei

-Um contrato. – Ele disse

-O que? – Perguntei

-É, vamos casar você por contrato. Depois que a poeira baixar, a gente pode te fazer voltar a ser solteira, normal. – Sean me olhou

-E, caso eu aceite essa loucura, com quem eu casaria? – Perguntei

-Isso ainda vamos ver.

-Sean, eu acho que vou voltar pra casa. – Falei

-Mas você não ia passar a noite aqui no hospital?

-Não pra essa casa. Quis dizer voltar para o Brasil. Eu ainda tenho uma matrícula trancada na faculdade, posso voltar pra lá e terminar. Não posso continuar na mesma casa que Michael Clifford, até porque eu sou a vaca que traiu ele. – Falei

-Você tem certeza disso?

-Não. Mas vai ser o melhor pra todos. – Falei

-Vai ser o melhor para você, porque seus amigos não vão gostar disso. – Ele disse

-Mas vão ter que aceitar. Não faz sentido eu continuar aqui. Não enquanto tudo isso está acontecendo.

-Vai mesmo fugir?

-Não fugir, mas tirar uma folga. – Falei

-Acho que isso pode ser bom. Vai ser lá que você vai conhecer seu “novo amor”. – Ele disse

Apenas assenti.

Não sabia que merda eu estava fazendo da minha vida. Mas talvez isso me levasse a superar, a seguir em frente.

Eu estou pagando por algo que eu não fiz.

Mas acho que a vida está me dando uma chance de recomeçar.

Voltei para dentro do hospital e Sean foi embora. Disse pra eu mandar melhoras pra Meg, e foi. Sentei ao lado do Luke, que ficou me olhando, mas eu não disse nada.

E nem ia dizer.

Ele percebeu isso, porque bufou irritado e me abraçou.

Fechei os olhos com força e prometi a mim mesma que não iria chorar. 


Notas Finais


HEYYYYYYYYYY EVERYBODY!!
AKDFNADKFNAD eu devo mil desculpas a vcs pela demora desnecessária a postar. Aconteceram algumas coisas, mas nada que seja de extrema importância.
Espero que tenham gostado desse cap só no P.O.V. da Anna, estamos entrando numa fase diferente da fic (a melhor, na minha humilde opinião KEFSNEKS)
Até logo, dreamers.
Anna xx


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