História Sweet Harmony 1 e 2 Temporadas - Primeiras Palavras

Camila Cabello Jauregui Pov

Acordei com o cantar de pássaros em minha janela, tentei me esticar mas um braço segurava possessivamente minha cintura. Pisquei olhando para baixo e o braço de Lauren me segurava firmemente, ela estava linda, coberta com o lençol branco cobrindo seu corpo. Deve estar cansada, senti ela levantar durante a noite algumas vezes. Me mexi devagar para não acordá-la, sai da cama e calcei meus chinelos, andei a passos lentos cuidando para não esbarrar em nada, mas como sou desastrada, eu pisei em um brinquedo que estava no chão.

— Hmmm, amor? — sussurrou com o rosto no travesseiro. — Camz, volta aqui pra cama. — falou manhosa. Caminhei até ela e beijei sua testa.

— Amor, já é de manhã. Mas pode voltar a dormir. — ela não se mexeu então fui fazer minha higiene.

Demorei cerca de trinta minutos para ficar pronta, quando sai do banheiro ouvi uma risada gostosa. O som lembrava a gargalhada de Lauren, a cena de Louise agarrada ao pescoço dela rindo enquanto Lauren a enchia de beijos era extremamente fofa.

— Será que posso me juntar a essa festa aí? — falei indo até elas.

— Mama! — Louise gritou assim que me viu, esticando os bracinhos para eu pegá-la no colo.

— Hey meu amor, dormiu bem? — falei a levantando no ar. Sua risada preencheu o quarto. Lauren nos olhava admirada, transbordava amor e admiração de seus olhos.

Enquanto Lauren tomava seu banho levei minha linda filha para fazermos o café. Coloquei-a na cadeirinha e preparei seu cereal, ela tinha a mesma mania de Lauren, comer coisas não muito saudáveis para a idade dela. Preparei panquecas, suco natural de laranja e limpava Louise que se lambuzou inteira com calda de chocolate quando minha linda esposa entrou na cozinha. Ela usava uma calça colada, preta e uma camisa branca da Lana del Rey, ela se aproximou me puxando pela cintura me dando um beijo de tirar o fôlego, a risada de Louise tomou conta da cozinha. Sempre que demostrávamos afeto perto dela era uma festa só.

— Humm o que temos aqui, panquecas… e Lou! — ela falou fazendo cocegas em nossa filha. Lou deu um gritinho agudo e se esperneou tentando sair.

— Lauren, ela está com a barriga cheia pare com isso. — falei dando sermão.

— Só estou brincando com ela. Não faz mal. — falou e se sentou na mesa, se servindo de um grande copo de suco.

Louise saiu carregada por Lauren, ela adorava ficar em suas costas. Peguei tudo o que precisávamos e coloquei no carro.

Chagando a casa de Dinah e fomos recebidas por gritos histéricos da mesma. Ela adorava encher a pequena de mimos.

— Lou! Vem com a tia. — Louise se esperneou e pulou do colo de Lauren para o meu. — Mas o que? Menininha ingrata. — Dinah falou fazendo bico.

— Não assuste a criança Cheechee. — falei antes de entrarmos.

Lauren se jogou no sofá, na TV passava um jogo que ela e Dinah eram fascinadas. Louise balbuciou algo querendo a mama Lauren, elas ficaram muito apegadas, era como se a pequena tivesse saído da barriga dela, a ligação das duas me assustava as vezes, manias que Lauren tinha começavam a aparecer na pequena. Sem contar que ela era muito parecida com ela, só que com meus olhos.

— Mama! — Lou sorria enquanto eu me aproximava de Lauren.

— Não sei que feitiço usou, mas hoje ela só quer ficar com você. — falei a entregando a Lauren.

— Ela sabe quem é a mama mais legal, né bebê? — revirei os olhos.

— Eu sou legal Lauren, só não deixo ela comer besteira fora de hora.

— Chata. — ouvi Lauren sussurrar, Louise ria enquanto era levantada para o alto.

— O que disse?

— Que a Mama te ama. — falou mandando um beijo no ar, suspirei com tamanha beleza de minha mulher.

Deixei-as brincando e fui para a cozinha, Normani fazia algo que cheirava deliciosamente bem. Ajudei-a no que pude, graças a Deus com o tempo eu aprendi a fazer uma comida decente.

Já era fim de tarde e passamos conversando futilidades do dia a dia; me sentia cansada de tanto brincar com Louise pela casa, não sei como Lauren aguenta o ritmo da nossa pequena, e falando nela, subiu a uns minutos para o segundo andar e não voltou.

— Onde está a Lauren? — perguntei parando o raciocínio de Dinah sobre decoração.

— Lá em cima. Ela é uma fofa com Louise, nunca pensei que aquela cabeça dura fosse ser assim. — Dinah disse.

— Nem eu, Lou é muito apegada a ela, só dorme depois que Lauren a coloca para dormir.

— Ih Mila, tá perdendo o posto de melhor mama. — Normani brincou.

— Mani, não estamos competindo, é a nossa filha. É normal que Lauren se sinta mais próxima dela. Lou ainda não fala muita coisa, mas dá para ver nos olhinhos dela o amor por nós.

— Quero apertar ela e não deixá-la crescer! — exclamou Dinah.

— Bom, eu vou ver o que as duas crianças estão aprontando. — falei me levantando.

Subi ao segundo andar e encontrei a cena mais linda no quarto de hóspedes. Lauren estava deitada na cama, com Louise em sua barriga, um braço a segurava a mantendo firme. Fiquei algum tempo olhando minha pequena família, ouvi Lauren suspirar e sabia que ela acordaria. Me aproximei subindo do outro lado da cama.

— Camz… — sussurrou ainda sonolenta.

— Lo, parece que alguém além de mim conseguiu cansar você. — falei e vi seus lábios se expandirem em um sorriso.

— Minhas mulheres me dão trabalho. — falou olhando para mim, seus olhos estavam claros como sempre ficam quando acorda.

Acariciem seu rosto, tirando uma mecha de cabelo da sua testa, e beijei o local.

— Eu te amo, Lauren.

— Eu te amo, Camz.

Lauren Cabello Jauregui Pov

Ouvi um barulho de algo caindo no chão, logo depois risadas altas vindo do corredor. Eu estava arrumando os brinquedos de Louise, sempre que brincávamos eles ficavam espalhados pelo chão, e eu sempre pisava em um peça de lego. As risadas ficaram mais altas a medidas que passos também se aproximavam. Pela porta apareceu uma Camila completamente suja de tinta, em seus braços Louise do mesmo modo.

— O que aconteceu com vocês? — perguntei

— Ah, tivemos um acidente com nossa obra de arte. — Camila falou.

Louise tentava falar alguma coisa, ela ainda estava aprendendo palavras novas, até agora a única coisa que dava para entender, com muito esforço, era “mama”.

— Já para o banho, as duas. — ditei e sem reclamar elas foram.

[…]

— Camila fica calma, ela vai ficar bem. — falei tentando me manter calma também.

— Mas ela está com febre, Laur, e se algo acontecer com ela?! — Camila começou a chorar.

— Hey, não diga isso. Com certeza é um resfriado.

Estava no hospital com Camila. Há duas noites Louise anda tendo febre e a trouxemos ao médico, Ally a levou a uma sala faz cinco minutos e Camila começou a se desesperar.

A porta foi aberta e logo nos levantamos para saber das notícias.

— Ally, o que ela tem? É algo grave? Vai precisar ficar internada? — Camila começou a falar rapidamente, me deixando nervosa, segurei em seus ombros a puxando para trás porque ela praticamente estava em cima de Ally.

— Camz, deixa ela falar. Assim vai assustar a Lou. — falei, nossa pequena parecia tranquila nos braços de Allyson.

— Nossa Mila, calma. Foi a primeira febre dela entendo a preocupação. Mas é só os dentinhos dela que estão nascendo. — falou entregando Louise para Camila.

— Graças a Deus. — falei junto dela.

— Vou receitar um remédio para ajudar, ela vai sentir desconforto e provavelmente vai ser difícil dormir. Mas só dura uns dias. — Ally era um anjo, se tornou pediatra de Louise desde que Camila ficou grávida, ela nos acompanhou durante toda a gravidez.

Voltamos para casa mais aliviadas, e Camila sorria feito boba. Louise segurava sua mão e dava mordidas em seu dedo indicador. Era lindo ver as duas, a pequena cada vez mais ganhava traços da latina, seu maxilar parecia o dela, os olhos castanhos e curiosos como os de Camila.

— Acho melhor comprarmos um mordedor para ela. — falei abrindo a porta dando passagem para Camila.

— Fazemos isso amanhã, temos uma princesa para colocar na cama. — enquanto Camila falava, nossa filha balbuciava algumas palavras, seus olhinhos pesavam e era fofo vê-la lutando contra o sono.

Segurei em sua pequena mão e seu sorriso me derreteu inteira. Ela esticou as mãozinhas apertando os dois lados da minha bochecha, balbuciou algo inteletível o que na maior parte do tempo ela fazia, parecia tentar falar algo comigo.

— O que foi meu bebê? — eu disse como se uma garotinha de quase dois anos fosse entender.

— Lern…

Foi a palavra que saiu de sua pequena boca, fiquei paralisada por alguns segundos enquanto Camila abria a boca em surpresa. Ela disse “Lern” alto e claro. Foi a primeira palavra que ela conseguia pronunciar corretamente. Meus olhos se encheram de lágrimas e tive vontade de gritar para os vizinhos ouvirem que minha garotinha estava crescendo. Céus! Ela estava crescendo!