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História Sweet Serial Killer - Capitulo 21


Escrita por: beabea

Notas do Autor


Ei pessoal como estão todos por aqui??? Saudades?? Algumas??
Eu sei que os capitulos estão a sair mais demorados agora, mas a fic chegou a um ponto em que eu agora tenho que tomar atenção a todos os detalhes para não deixar nenhuma ponta solta. Aos poucos todas as revelações serão feitas e para isso acontecer eu preciso de alguma paciência da vossa parte.
Sem mais delongas, aqui vai o próximo capitulo.
Espero que gostem.
Kiss, bea

Capítulo 22 - Capitulo 21


-É Natal. - é a primeira coisa que o guarda Carter me diz assim que me vê a entrar pelos portões da prisão.

Ele segurava um guarda-chuva que automaticamente me ofereceu para abrigar-me assim dos chuviscos que começara a cair na minha viagem para a prisão.

-Digo-lhe o mesmo. - falo simplesmente confirmando que o saco que eu carregava não se molhava, tinha estudado o discurso o caminho todo até ali confirmando que não havia falhas nele para dessa forma o saco não ser travado à entrada como sempre acontecia quando trazia algo.

-O Natal não existe para um guarda prisional. - declara simplesmente o guarda abrindo-me a porta do edifício deixando-me ser a primeira a passar.

No inicio aquela atitude do homem poderia me levar à desconfiança, mas agora, depois de semanas entre pequenas conversas durante o caminho até a sala onde encontraria o Stiles, essa desconfiança já não era bem vinda, ao contrário disso a intimidade começava a dar lugar ao desconforto inicial.

-Os escritores também tem esse problema.

O pequeno sorriso que vejo surgir nos lábios do homem faz-me pestanejar para certificar-me que ele realmente existira, mas desta vez, ao contrário de todas as outras, aquele sorriso perdurou mais algum tempo.

-O seu namorado a espera. - é a única coisa que o guarda Carter me diz quando nos vemos de frente para a porta que me separava de Stiles.

Senti as minhas bochechas a ficarem quentes e eu tinha quase a certeza que adquiriram a cor escarlate, atrevi-me a olhar de soslaio para Carter e o mesmo mantinha um sorriso atrevido nos lábios como se estivesse divertido acerca da sua afirmação anterior.

Tive apenas alguns segundos para me poder recuperar, ou pelo menos tentar, para logo de seguida o guarda abrir a porta da sala e revelar-me a imagem de Stiles Stilinski com a sua cabeça encostada a mesa onde as suas algemas estavam presas.

O som da porta foi o que fez levantar a porta e o seu rosto abatido depressa demais se transformou numa expressão de surpresa por não estar à espera da minha visita, afinal acima de tudo era Natal, um dia que devia ser passado com a familia e não dentro de uma prisão numa visita com alguém com quem não tinha nenhuma ligação.

-Lydia Martin. - o meu nome pronunciado pelos seus lábios fez com que um arrepio passasse pela minha coluna ao mesmo tempo em que me aproximava da mesa.

-Feliz Natal, Mieczyslaw. - o seu nome escapou de mim com fluidez como alguém que tinha vindo a treinar à frente do espelho, coisa que eu tinha feito, mas não à frente de um espelho e sim da minha irmã que não fora gentil em corrigir-me em todas as vezes que errava no maldito nome.

A surpresa ainda presente nos seus olhos âmbar foi acompanhada por um sorriso divertido que beirou os seus lábios enquanto as suas mãos se apertavam uma na outra.

-Vejo que já descobriste o meu nome. - é a primeira coisa que Stiles me fala enquanto eu pouso o saco em cima da mesa, percebi os seus olhos encararem o mesmo com alguma curiosidade, mas depressa demais voltaram a atenção para mim.

Eu sentia-me como se estivesse no inicio da nossa confusa relação, com aquele distanciamento todo entre nós quando havia apenas centímetros de distância entre nós. Notava alguma frieza na sua voz e eu tinha a certeza que tinha acontecido algo naqueles últimos dias que o fizera adotar aquela atitude comigo.

A lembrança do último encontro que tivera com Stiles surgira de súbdito na minha mente, quase como um flash. Eu tinha o chamado de seriel killer e isso, mesmo que eu não acreditasse nas minhas próprias palavras, fora o suficiente para o tornar naquela pessoa distante que estava mesmo à minha frente.

Obriguei-me a morder o interior da minha bochecha para me impedir de pedir desculpa por algo que eu não queria ter feito.

-Difícil de o pronunciar não? - interroga Stiles encostando-se às costas da cadeira, mas mantendo as suas mãos sob a mesa. -Imagina uma criança de quatro anos a tentar fazê-lo! É quase como uma tortura.

-É um nome... Diferente. - é a única coisa que sou capaz de dizer tendo o cuidado de escolher um nome que pudesse descrever nome único que Stiles tinha.

-Horrível queres tu dizer, mas já estou habituado. - afirma Stiles encolhendo os ombros como se lhe fosse indiferente a minha opinião.

-Trouxe-te algo. - revelo finalmente na tentativa de cortar com o silêncio que se tinha instalado entre nós, com as mãos a tremer consegui pegar no saco e abrir o mesmo tirando de lá uma pequena caixa.

Abri a mesma sabendo que as algemas nos pulsos de Stiles impediriam tal ato e empurrei com delicadeza a caixa para perto do moreno dando lhe a hipótese de olhar lá para dentro. Lá dentro repousava a minha sobremesa favorita, a sobremesa que durante o Natal era uma das mais frequentes: Cheesecake de chocolate.

-É a minha sobremesa favorita. - revelo para preencher o silêncio que se tinha voltado a instalar, sentia o nervosismo dominar-me como a primeira vez que eu tinha entrado naquela sala para entrevistar Stiles, sentia as minhas mãos começarem a suarem enquanto os olhos dele se mantinham em cima de mim, observando-me como se eu fosse algo que ele quisesse estudar.

Stiles inclina-se na direção da sobremesa como se a fosse cheirar, mas logo de seguida, apanhando-me desprevenida, empurra a caixa na minha direção sem se quer olhar uma única vez para o conteúdo lá dentro.

-Stiles... - o seu nome escapa de mim quase como um sussurro, mas antes de eu poder pensar se quer o que eu ia dizer já a sua voz se tinha voltado a pronunciar por todo o cómodo.

-O que é que fazes aqui Lydia? É Natal, devias estar com a tua familia.

O cansaço era o que eu mais tinha percebido vindo da sua voz, como se ele já estivesse farto das minhas visitas. Não consegui evitar sentir-me magoada por esse meu pensamento achando que essa era a linha de pensamentos que a mente de Stiles seguia e assim obriguei-me a levantar e a pegar na caixa rejeitada por Stiles.

Enquanto arrumava a mesma no saco fui capaz de falar sem se quer me dar ao trabalho de olhar o Stiles nos olhos, eu tinha a certeza que se o fizesse as lágrimas que eu estava a prender com tanto custo iriam libertar-se sem qualquer esforço.

-Eu só pensei que tu poderias gostar de ter alguma companhia nesta festividade, afinal, acima de tudo é Natal e o Natal é para estar com aqueles que se preocupam connosco.

Caminhei para perto da porta, pronta para bater na mesma dando o sinal para o guarda Carter abrir a porta, mas antes que isso acontecesse a voz de Stiles deteve-me:

-Desculpa.

O seu pedido surpreendeu-me, mas não o suficiente para me fazer voltar a olhar para si, tentava controlar-me no lugar enquanto era dominada por uma ansiedade não sabendo se ele diria algo mais.

-É só que... O Natal sempre foi um dia difícil para mim. - as palavras de Stiles despertam a minha curiosidade fazendo-me rodar o corpo de forma a ficar de frente para ele, ele tinha-se levantado do seu lugar, ainda que as suas mãos continuassem algemadas à mesa. -A minha mãe faleceu dias antes do Natal por isso dá para imaginar a razão para o pouco animo para este dia.

Um pequeno sorriso sincero beirou os seus lábios e isso foi o suficiente para me fazer retribuir com uma facilidade quase assombrosa ao mesmo tempo em que eu voltava a aproximar-me da mesa.

-Mais uma razão para esta visita... Assim posso tentar fazer-te mudar de ideias. - anuncio com o pouco animo que me tinha sido restaurado, voltei a tirar a caixa da sobremesa do saco desta vez acompanhado por talheres de plástico que facilmente poderiam ser descartados.

-Então esta não é uma visita formal? - interroga Stiles erguendo as suas sobrancelhas e revelando uma centelha de divertimento que eu já me tinha esquecido que existia nele.

-Nunca foram. - a minha resposta é automática e apanha-me de surpresa por entender o quão sincera a mesma era, em resposta Stiles abre-me agora um sorriso largo enquanto consegue puxar com as pontas dos seus dedos a caixa para si.

-Cheesecake hã?! Um pouco vulgar não achas? - questiona Stiles com uma pequena provocação enquanto experimenta espetar o garfo na sobremesa e com a dificuldade que as algemas lhe ofereciam tirar um pequeno pedaço da sobremesa.

-A sobremesa favorita da minha irmã é arroz doce. - declaro encolhendo os ombros mostrando que havia talvez alguém mais vulgar que eu quando o assunto era sobremesas.

-Eu sempre tive um grande carinho por sobremesas, especialmente sobremesas com frutas. - as palavras de Stiles são ditas com suavidade e uma descontração que eu poucas vezes vira nele, ele mergulhou a sua cabeça quase na caixa só para conseguir colocar o pedaço que o garfo apanhara na sua boca.

-Qual é a tua fruta favorita?

-Neste momento? Morango. - o seu olhar intenso encontra o meu e tal como acontecera no lado de fora daquela sala senti as minhas bochechas ficarem quentes, mas desta vez não havia tempo para tentar disfarçar isso porque os olhos de Stiles estavam seguros em mim como se apreciasse algo que ele acabara de criar.

Obriguei-me a desviar o olhar na tentativa de acabar com aquele sentimento de timidez que me dominava naquele momento. Essa minha atitude foi o suficiente para fazer o Stiles soltar um fraco riso antes deixar escapar um pequeno comentário provocador:

-O vermelho fica-te bem.

Não foi muito difícil para entender o que ele queria dizer com aquela sua nova afirmação.

Sentia-me como se voltasse a ser uma adolescente no seu primeiro encontro, os nervos presentes no fundo do estômago não desapareciam em nenhum instante e o vermelho nas minhas bochechas pareciam criar o mesmo caminho que aquelas borboletas assassinas.

-Eu não sabia que te tinhas casado.

Ali estava... Aquele momento típico onde eu dizia a coisa errada só para tentar parar a vergonha que eu sentia, era outra característica muito presente nos primeiros encontros que eu tinha.

Era quase doloroso de se ver do lado de fora, ou pelo menos era isso que a Malia dizia.

O garfo que Stiles segurava caiu dentro da caixa enquanto os seus olhos procuravam pelos meus agora com a ausência do brilho que tinha estado nos seus olhos durante aqueles poucos minutos de paz dos quais partilhamos.

-O Scott contou-te isso? - interroga Stiles com a dureza de volta a sua voz, a raiva também ali estava presente e eu continuava sem entender o porquê daquele ódio todo.

-Na verdade foi o Theo Raeken quem me contou, um detetive privado. - apresso-me a acrescentar na tentativa de esclarecer o cargo que aquele homem ocupava para saber tal informação, ainda que talvez fosse mais fácil eu dizer que ele recebera uma carta de Allison antes da mesma morrer, mas a verdade é que eu não sabia como o Stiles iria reagir a tal informação.

-Eu sei quem o Theo Raeken é, agora estou surpreso por tu o conheceres.

-Foi ele que me procurou. - revelo endireitando as minhas costas contra a cadeira e não conseguindo evitar olhar para Stiles de uma maneira curiosa. -Não tenho ideia de como me encontrou, mas ele falou que estava disposto a ajudar-me a provar a tua inocência.

-Então acreditas que eu estou inocente. - as palavras não soaram a uma pergunta, mas por alguma razão eu vi me obrigada a assentir com a cabeça e como se isso não chegasse voltei a falar determinada a convence-lo da sua inocência.

-É claro que acredito, tu não és nenhum seriel killer!

-Porquê é que dizes isso? Até a semana passada era esse o pensamento que tinhas. - e ali estava a acusação, aquela que eu tão desesperadamente tentei ignorar que havia a hipótese dele fazer e por alguns momentos eu acreditei que ele esqueceria o assunto tal e qual como eu queria que acontecesse.

Deixei os meus olhos caírem para as minhas mãos enquanto sentia as minhas bochechas a ficarem vermelhas novamente, mas desta vez eu sabia que isso acontecia devido à vergonha que eu sentia por mim mesma.

-Eu nunca quis dizer aquilo que disse. - confesso num fio de voz, mas devido ao silêncio existente na sala foi alto o suficiente para fazer o Stiles ouvir o que eu dissera, criando alguma coragem dentro de mim fui capaz de espia-lo de esguelha. -Eu nunca acreditei que eras um assassino, talvez tenha acreditado nas nossas primeiras entrevistas, mas rapidamente eu percebi que a última coisa que tu poderias ser era homicida.

-Posso não ser um assassino, mas isso não faz de mim um inocente. - essas suas palavras foram o suficiente para me fazer olhar novamente para ele agora com uma expressão confusa a decorar o meu rosto, era a vez dele olhar para as suas mãos cruzadas em cima da mesa enquanto acrescentava. -Fiz muitas coisas das quais eu não me orgulho Lydia, coisas das quais eu nunca irei encontrar perdão. Coisas que nunca poderão ser perdoadas.

-Mas tu podes fazer a diferença. - falo agora com alguma esperança, esticando os meus braços na sua direção, mas deixando que o prato com cheesecake nos mantivesse distantes. -Podes começar por me ajudar a provar a tua inocência dos assassinatos do Broken God.

-Sabes porque o chamam de Broken God?

Os seus olhos analistas mantinham-se em cima de mim, ansiosos por uma resposta da minha parte, mas a verdade é que eu não tinha ideia do que responder porque eu nunca me dera a chance de pensar na razão por trás daquele nome.

Quando consegui abanar a cabeça de forma negativa, Stiles viu a sua oportunidade para falar novamente mostrando-me um lado da história que eu ainda não conhecia:

-No sentido literal a palavra Broken God, significa Deus Quebrado, mas para os media, para aqueles que perdem tempo a investigar o meu passado, o passado do Broken God, o nome advém das suas primeiras mortes. Era uma tortura total só de as olhar, ele fazia as vítimas sofrerem tal e qual como ele estava a sofrer no momento, ele fazia-lhes o mal que ele desejava fazer a si mesmo, mas sob tudo ele espelhava a dor que sentia dentro de si, a destruição que restava nele, nas suas vítimas.

-Daí o nome Broken God.

-Daí o nome Broken God. - repete Stiles com um pequeno sorriso refletido nos seus lábios, um pequeno sorriso de orgulho por eu finalmente entender uma parte da verdadeira história.


Notas Finais


Que acharam??
O Natal chegou para Lydia e para Stiles e com isso uma nova visita à prisão... Para quem estava com saudades de Stydia este capitulo teve de tudo um pouco certo.
Tivemos um pouco do antigo Stiles, quando este tentava manter uma distância entre a Lydia e depois aquele que toda a gente está aprender a amar.
E estas últimas revelações?? Até agora todos desconheciam o verdadeiro significado para o nome de Broken God, mas agora já o conhecem e desse jeito dá para ter uma ideia dos homicidios hediondo de Scott logo no inicio.
Próximo capitulo teremos novamente a presença de Scott e preparessem porque estão ao ponto de ver uma centelha da verdadeira face dele.
Preparados??
Espero pelos vossos comentários.
Kiss, bea
IMPORTANTE:
Antes de ir, quero-vos convidar para entrarem numa aventura nova que eu comecei, uma nova fic que tem tanto mistério como esta fic.
Para aqueles que gostam de Sweet Seriel KIller tenho a certeza que vão gostar também de Procura-me.
Logo abaixo fica a sinopse da nova fic e o link da mesma.
Sinopse:
Lydia é encontrada coberta de sangue no shopping mais movimentado de Atlanta.
A primeira medida que o seguranças fazem é chamar a polícia e o primeiro a chegar ao local é Stiles Stilinski que rapidamente reconhece Lydia Martin como a sua melhor amiga desaparecida há 15 anos e que fora a razão para ele se tornar detetive.
O problema é que ela não se lembra de nada, ela não se lembra de quem é e muito menos a história que partilha com Stiles, mas seria possível as memórias de uma vida desaparecerem assim para sempre?
Link: https://spiritfanfics.com/historia/procura-me-9983178


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