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História Sweet Serial Killer - Capitulo 4


Escrita por: beabea

Notas do Autor


Ei pessoal há quanto tempo não??
Novembro chegou bem rápido e com tudo isso falta precisamente dois meses para as postagens desta mesma fic se tornarem semanais, vocês estão prontos para enfrentarem o seriel killer Stiles Stilinski uma vez por semana?
Sem mais delongas e não querendo ser chata para vocês que esperaram por um mês inteiro por um novo capitulo...
Espero que gostem.
Kiss, bea

Capítulo 5 - Capitulo 4


Respirei fundo encarando a grande multidão que agora se mantinha perto do portão da prisão bloqueando a passagem de todos, os jornalistas falavam diretamente para o microfone enquanto os operadores de camara obrigavam-se a filmar o edifício prisional onde Stiles Stilinski estava.

-Lydia.

A voz de Derek faz-me desviar os olhos daquele grupo tão particular de pessoas encarando através da janela entreaberta do carro do lado do passageiro onde Derek tinha o corpo inclinando naquela direção.

-Talvez seja melhor voltares noutro dia. - afirma Derek olhando-me durante alguns segundos antes de olhar para a multidão atrás de mim.

-Eu não posso faltar hoje. - declaro não sabendo como explicar o quão importante a minha presença naquela prisão era para mim, naquele dia eu estava decidida a ter as respostas que eu precisava começando com a pergunta que me tinha assombrado durante toda aquela noite.

Stiles estava mesmo envolvido com os novos homicídios?

-Tudo bem. Tu é que sabes. - fala simplesmente Derek antes de arrancar com o carro sem aquela habitual despedida onde ele avisava-me que eu não devia sair dali sem a sua presença.

Acho que ele estava demasiado abalado naquele dia para se armar em irmão mais velho, talvez isso tenha haver com a reportagem do dia anterior que um dos canais de noticias fizera o favor de fazer revirando os homicídios que Stiles Stilinski é acusado ou talvez por causa da pequena discussão que eu tivera com ele nesse mesmo dia quando ele me tentou a convencer a desistir daquele livro e consequentemente de Stiles coisa que eu não fui capaz de fazer.

Respiro uma vez mais fundo antes de atravessar a distância que ainda me separava daquela multidão de abutres que pareciam procurar um pedaço de carne morta para comer, assim que me viram aproximar do edifício a sua atenção foi virada para mim e como eu já estava a espera as perguntas que eu não queria em nada responder surgiram.

-Senhora Martin o que a trás ao instituto prisional?

-Vem visitar alguém?

-Acha que o Broken God está relacionado com os novos homicídios?

-Senhora Martin quando é que saí o seu novo livro?

Com alguma agressividade e agarrando fortemente a pasta preta que desta vez eu decidira trazer com todas as folhas que eu até agora tinha escrito para o meu novo romance e todas as novas perguntas que me tinham surgido naqueles dois últimos dias conseguir entrar para o portão entreaberto que rapidamente foi fechado assim que o meu braço passou por ele.

Engoli em seco sentindo pela primeira vez na falta de ar naquele lugar, perguntava-me como seria que os prisioneiros sentiam-se quando olhavam para as janelas das suas celas aquilo que parecia ser a última paisagem para muitos homens que ali se encontravam.

-Desculpe o atraso. - falo rapidamente enquanto me apressava a entrar pelo lado que eu entrava sempre encontrando o guarda Carter como já era de esperar na sua posição militar que a cada dia que se passava tornava-se cada vez mais familiar para mim. -Estava difícil entrar.

-O diretor Lance pede desculpa por hoje não conseguir acompanha-la, mas com tudo aquilo que aconteceu nestes últimos obrigados ele viu-se obrigado a deslocar-se para o tribunal em Chicago para dar o seu depoimento. - esclarece o guarda Carter estendendo a pequena caixa onde eu rapidamente coloquei os objetos pessoais que eu não podia levar comigo. -Acompanha-me por favor!

O caminho pelo corredor cinzento, que cada vez mais eu notava que tinha as paredes rachadas onde os lados estavam húmidos ao ponto de chamarem atenção, foi feito em silencio como a última vez e quando paramos finalmente em frente a porta a mesma não foi aberta como estava a espera na verdade os dois guardas mantiveram-se em silencio, um de cada lado da porta como se ainda não estivesse na hora.

-Espere aqui. - exige o guarda Carter antes de avançar e abrir a porta deixando uma voz que eu sabia que não pertencia a Stiles chegar a mim sem quaisquer obstáculos.

Era me fácil identificar pelo tom de voz que a pessoa que falava tentava manter a calma, mas o seu tom de voz não passava isso mostrando que ele estava a perder o controlo aos poucos.

-Não sentes quaisquer remorsos não é? Nem te preocupes com estas mulheres que estão a ser mortas por causa de ti não é? Achas que isto é uma obra prima, uma ordem que Deus te deu e que tu tinhas que fazer não é?

-Detetive o tempo acabou. - declara a voz do guarda Carter com uma voz calma e indiferente ficando de frente as costas de dois homens que eu sabia estarem de frente para a mesa metálica onde Stiles estava algemado.

-Temos que ir xerife. - fala agora uma voz que me era completamente desconhecida, talvez o detetive que o guarda Carter chamou atenção.

-Eu nem acredito que pensei que ao vir aqui tu podias ajudar-nos de alguma maneira, acho que foi uma esperança estúpida que eu tive. - declara novamente a voz que eu agora conseguia identificar como sendo o xerife que o detetive chamara.

A primeira pessoa a passar pela porta é o guarda Carter seguido por dois homens altos, um mais alto que o outro. O mais alto de todos vestia um fato formal que eu estava habituada a ver em funerais ou até mesmo nas entrevistas que eu dava, em alguns aspetos ele fazia-me lembrar o Derek talvez por causa da sua expressão séria e ao mesmo tempo calma, o outro homem vestia uma roupa que poderia ser considerada normal e que passaria desprevenida se não fosse o grosso casaco castanho claro com o emblema da policia seguido com a estrela e a palavra “xerife” gravada na estrela.

Os olhos azuis do homem que eu percebera ser o detetive pararam em mim e analisaram-me de cima abaixo talvez a tentar perceber donde é que me podia conhecer.

-Lydia Martin. - o nome escapa daqueles lábios grossos mais depressa do que eu pensava, eu cheguei a pensar que devia dar alguns passos em frente e estender uma mão numa forma arriscada e apresentar-me dizendo o meu nome e a minha profissão.

Antes de a porta da sala de interrogatórios fechar eu consegui ter o vislumbre da figura de Stiles a fitar-me com aqueles olhos castanhos que cada vez mais me lembrava o âmbar por se mostrarem tão claros a medida que os dias passavam.

-Prazer, Senhor... - travo olhando para o fato que o detetive vestia numa tentativa de descobrir se o seu nome estava ali escrito.

-Pode-me tratar por Ian, Lydia. - informa rapidamente o detetive com um sorriso nos lábios deixando qualquer formalidade de lado o que me deixava um pouco confusa.

-Eu preciso... - tento falar apontando para a porta atrás dele e do xerife que continuava analisar-me em silencio numa tentativa de assinalar que era a minha hora de entrar naquele lugar.

-Primeiro gostaria que me respondesse a uma pequena pergunta. - pede Ian dando alguns passos atrás para logo de seguida colocar o seu braço na ombreira da porta bloqueando assim qualquer passagem que eu pudesse tentar fazer.

-Que seria? - questiono tentando ser o mais simpática que eu podia ser naquele momento, aquela invasão de espaço que Ian estava a fazer naquele momento não era bem do meu gosto.

-O que a trás por cá? Sei que a Lydia escreve romances policiais que nunca foram baseados em factos reais por isso pergunto-me o que a trás por cá. É amiga do Stiles Stilinski? - pergunta Ian erguendo uma sobrancelha na minha direção num tom de desafio enquanto eu engolia em seco pensando seriamente em mentir respondendo que sim.

Mas antes de tomar qualquer decisão a voz do xerife se pronunciou pela primeira vez desde que saíra daquela sala, parecia determinado nas palavras que proferira sem quaisquer dúvidas no seu rosto como se soubesse muito bem aquilo que dizia.

-Ela não é.

-Então o que a trás por cá? - questiona uma vez mais Ian agora com um novo sorriso nos lábios, um largo sorriso como se estivesse realmente animado com a resposta que acabara de obter, mas não da minha parte.

-Eu estou a trabalhar num novo romance policial baseado na história do Stilinski. - afirmo tentando soar o mais determinada possível, não podia mostrar quaisquer dúvidas que eu poderia sentir naquele momento sobre aquele meu projeto assim como o medo que eu começara a sentir na presença de Stiles.

-Ótimo! Ótimo! - deixa escapar Ian ainda com o sorriso a brincar nos seus lábios fazendo uma pausa extremamente longa antes de acrescentar depois de se ter afastado finalmente da porta e tendo o seu corpo meio virado para o corredor que eu atravessara a pouco. -Desejo-lhe muita sorte com o seu novo romance. Sou um grande fã seu!

Não consigo evitar encarar as costas daquele homem enquanto o mesmo se afastava ao lado do xerife, ele tinha um charme que eu não estava habituada a ver nos homens assim como aquela determinação naquilo que me dissera em último como se soubesse alguma coisa que eu não tivesse conhecimento de momento.

Respiro fundo abanando a cabeça numa tentativa de espantar todas aqueles ridículos pensamentos, segurei na minha pasta mais fortemente sentindo os meus dedos a protestarem naquele cabedal preto que já estava demasiado debatido para logo de seguida virar-me para um dos guardas e assentir com a cabeça dando a entender que eu estava pronta para a entrar.

-Por momentos pensei que a tinham convencido a desistir dos nossos dias que partilhamos. - afirma a voz rouca de Stiles quando eu ocupo o meu lugar habitual, tinha as mãos entrelaçadas uma na outra e o seu queixo em cima das mesmas encarando-me com aqueles olhos castanhos e sem qualquer vestígio dos sorrisos maliciosos e matreiros que ele me oferecia sempre que eu entrava naquela sala.

-As conversas são valiosas, serão o meu ganha pão em alguns meses. - declaro colocando a pasta em cima da mesa e evitando olhar para Stiles por muito mais tempo numa tentativa de ter algum tempo para mim, puder escolher as perguntas que podia fazer primeiro.

A risada fraca que invadiu o corpo de Stiles obrigou-me a retribuir aquele sorriso que espelhava agora todo o rosto do moreno a minha frente que baixou as mãos deixando-se encostar para trás.

-Sinto-me honrado agora ao perceber que eu posso ser assim tão importante para si. - fala Stiles ainda com a presença do sorriso nos seus lábios, mas ao contrário os seus olhos mostravam a malícia que ele sentia no momento talvez por levar as minhas palavras para um segundo significado.

-Vê isto como um meio... Tu és o meu meio para eu puder enriquecer nos próximos meses. - declaro não me importando de soar rude para Stiles, ele falava comigo da maneira que ele quisesse por isso eu também tinha a permissão de fazer o mesmo.

-Então e tu és o meu meio para quê? - questiona Stiles erguendo uma sobrancelha antes de coçar a cana do seu nariz com o dedo indicador de uma das suas mãos obrigando a outra a seguir o mesmo caminho enquanto o barulho das algemas invadia o lugar.

-Podes me ver como um meio para não enlouqueceres neste lugar, se eu bem sei eu sou a única pessoa que te visita. - respondo numa tentativa de virar o jogo que ele tinha estado a jogar naqueles últimos dias contra ele, tinha pensado muito nisso naqueles dois últimos dias.

-Se não reparas-te dois homens estiveram aqui antes de ti. - murmura Stiles inclinando o seu corpo para a frente deixando as suas mãos em cima da mesa escorregarem pela mesma vindo parar ao meu lado da mesa obrigando-me a recolher as minhas mãos para o meu colo enquanto me lembrava do aviso que o diretor Lance fizera no primeiro dia que eu ali estivera.

Não deixa-lo aproximar-se de mim!

-Sim, mas esses dois homens vieram questionar-te sobre os homicídios que houveram nestes últimos dias... Isso não pode ser considerado uma visita! - declaro estudando cuidadosamente a reação que Stiles podia ter por eu falar pela primeira vez sobre aqueles homicídios. -Isso é um interrogatório.

-Soubeste disso. - afirma simplesmente Stiles recolhendo as suas mãos enquanto voltava a encostar-se na cadeira.

-Eu leio jornais.

-Pois... Esse material não chega a prisão e se chegasse eu seria privado deles. - fala simplesmente Stiles dando de ombros como se aquela sua resposta pudesse-me dizer algo que eu ainda desconhecia dele.

-Tens algo haver com estes homicídios? - pergunto sem mais rodeios, estava farta de apalpar aquele terreno perigoso onde eu facilmente podia me magoar.

Stiles olhou-me levantando uma sobrancelha na minha direção antes de desviar o olhar para a parede no seu lado esquerdo como se de repente aquilo requere-se mais a sua atenção do que eu.

-Sabes eu li um livro teu durante estes dias afinal também não tenho muita coisa para fazer. - declara Stiles encolhendo os ombros ignorando completamente a minha pergunta, os seus olhos como se desviaram dos meus voltaram novamente a sua atenção para mim fazendo-me franzir a testa numa tentativa de perceber o que podia estar a passar-se naquela cabeça naquele momento. -Matas-te a Alice Cruz, era a minha personagem favorita. Porque é que o fizeste sabendo que podias ser criticada sobre o assunto?

-Não respondes-te a minha pergunta. - falo simplesmente sendo a minha vez de cruzar os braços a frente do peito querendo dar a entender que eu também sabia jogar aquele jogo.

-Uma coisa de cada vez. Aliás, é a minha vez de fazer as perguntas e se bem te lembras tenho direito a duas. - afirma Stiles abrindo-me aquele sorriso matreiro que eu já estava habituada a ver ali nos seus lábios para logo de seguida ele voltar a inclinar o seu corpo na minha direção e insistir no assunto. -Então... Porquê é que a matas-te?

-Porque tinha chegado a hora dela...

-Esse foi o motivo que eu dei quando me perguntaram sobre a morte de Luana Martinez. - responde descontraidamente Stiles interrompendo aquilo que eu dizia fazendo-me lembrar que eu estava a falar com um serial killer que já tinha matado mais mulheres do que o número de livros que eu conseguira lançar.

-Eu ainda não acabei. - falo seriamente numa tentativa de mostrar algum poder ali dentro como Malia me sugerirá fazer naquela manhã antes de eu sair de casa, quando ela dissera aquelas palavras e ri-me ao perceber o quão ridículo aquilo soava mas agora cara a cara com Stiles a ideia não me parecia ser assim tão idiota.

Vi o sorriso malicioso a tomar conta dos olhos de Stiles que não parecia em nada afetado com as minhas palavras, parecia até que tinha gostado do tom de voz que eu tinha usado com ele. Engoli em seco deixando as minhas mãos novamente em cima da mesa torcendo-as umas nas outras numa tentativa de repensar nas palavras que eu poderia usar para dar uma resposta a uma pergunta que nunca ninguém me tinha feito até à data.

-O livro pedia uma reviravolta... A editora estava satisfeita com o final do livro onde Alice ia parar ao hospital com uma perna partida devido a queda antes de conseguir apanhar o assassino, mas eu não estava e se eu aprendi alguma coisa com os conselhos psicológicos da minha irmã foi que eu não devia entregar uma coisa na qual eu não estava completamente satisfeita. - desabafo não conseguindo perceber como que aquela seleção de palavras cuidadosas que eu tomara a segundos atrás se tinha desenrolado por uma colina abaixo deixando para trás um rasto de letras enquanto aquela explicação se tornava cada vez mais extensa, obriguei-me a parar durante alguns segundos organizando as minhas ideias ao perceber que eu estava pronta a dizer que eu nunca gostara de Alice Cruz quando ainda por cima ela era uma personagem imaginária. -Por isso matei-a!

O silencio que veio a seguir tornou-se cada vez mais desconfortável para mim, sentia os olhos de Stiles em cima de mim analisarem-me como se procurasse alguma coisa que eu não sabia se estava a dar ou não. Controlei o impulso de jogar a minha mão ao meu pulso onde a ausência do relógio era sentida, precisava de saber se ainda faltava muito tempo para o nosso tempo limite chegar.

-Somos iguais!

O comentário de Stiles apanha-me de surpresa fazendo-me franzir a testa e erguer uma vez mais o meu olhar para si que tinha volta a encostar-se as costas da cadeira em algum momento daquele silêncio.

-Como assim? - sou capaz de perguntar ignorando a vontade de gritar para ele que nós não podíamos ser mais diferentes, que eu e ele não tínhamos não podiamos ser iguais em nada.

-Eu matei dezenas de mulheres na minha época da adolescência, comecei com pequenos animais e depois passei para a primeira mulher que era uma prostituta de rua que ninguém sentira falta. Eu matei elas e tu matas-te a Alice Cruz, tu és tão assassina como eu... - declara Stiles com um sorriso malicioso nos lábios e um desafio nos seus olhos que não se desviam dos meus por nada.

Senti a minha boca ficar de repente seca assim como os meus lábios obrigando-me a passar a língua por eles numa tentativa vã de os humedecer enquanto via os olhos de Stiles seguir aquele meu pequeno gesto.

-Nós somos muito diferentes. - deixo escapar num tom de voz baixo numa tentativa de passar despercebido, mas não foi isso que aconteceu.

-Desculpe desiludir-te ao dizer que estás enganada. A única diferença que temos é que eu tenho a coragem de matar na vida real enquanto tu ficas pelas mortes que provocas nas personagens dos teus livros.

-Qual é a segunda pergunta? - questiono finalmente com o objetivo de mudar de assunto, não queria saber se a minha técnica tivesse sido demasiado brusca ou não o rumo que aquela conversa estava a tomar não era muito do meu gosto ainda mais quando com quem eu estava a falar era um total psicopata que cada vez mais eu acredito que não sinta nenhuns remorsos por aquilo que fez.

Stiles encarou-me durante alguns segundos agora com um largo sorriso mordaz nos lábios talvez por ter percebido que me tinha conseguido afetar, que me tinha conseguido atingir.

Obriguei-me a fazer uma nota mental para não deixar que nas nossas próximas conversas não deixasse que ele retomasse ou até mesmo tocasse naquele assunto.

-Qual é a última coisa que tu pensas antes de adormeceres?

Uma vez mais sou apanhada desprevenida, esperava que a próxima pergunta que o moreno fizesse fosse algo haver com aquele assunto ainda ou até mesmo algo sobre a minha irmã na qual por um descuido meu eu tinha referido durante a aquela nossa conversa, mas pelos vistos ele tinha um plano completamente diferente.

Nunca ninguém me tinha feito aquele tipo de pergunta e na verdade eu também nunca tinha pensado sobre o assunto, aquela questão era bastante pessoal ao ponto de que assim que eu revelasse a minha resposta eu sabia que lhe estava a revelar uma parte de mim e eu não sabia se devia fazer isso.

Arrisquei a fechar os olhos pensando nas noites em que eu adormecia na minha cama, qual era a última coisa que eu pensava?

No meu livro, nas discussões que tivera com Malia nesse dia ou até mesmo naquilo que eu teria que fazer no dia seguinte.

Não era nada profundo e eu sentia-me desiludida por isso, não era o rosto de Aiden com quem eu tivera casada durante um tempo, mesmo que fosse pequeno, ou até mesmo os rostos da minha familia como também era de esperar.

Cada noite era uma coisa diferente e eu não sabia como responder com isso.

-Eu... - tento falar hesitando novamente agora com os meus olhos abertos fitando diretamente Stiles que me olhava pela primeira vez seriamente, sem qualquer malícia no olhar nem aquela fingida preocupação que já se espelhará uma vez no seu rosto. -Eu não tenho nada em concreto.

-Isso é triste. - afirma simplesmente Stiles surpreendendo-me uma vez mais, aquilo era a única coisa que ele tinha a dizer sobre o que eu acabara de dizer?

Que era triste?

-O quê?!

-Todas as pessoas pensam uma única coisa antes de adormecer. As mães nos seus filhos, os homens nas suas mulheres ou até mesmo amantes, os adolescentes no futuro que os espera... Esse é o pensamento que nos faz levantar todos os dias da cama, aquele pensamento que nos persegue durante todo o dia porque sabemos que a noite será com ele que adormecemos.

-Então tu tens um pensamento desses? - questiono em descrença, a explicação que ele dava não tinha quaisquer fundamentos para não dizer que não tinha lógica.

Era como se ele estivesse a dizer que eu não era humana, que eu não tinha coração.

-Claro que sim. O meu pensamento é o dia em que eu sair daqui porque isso eventualmente irá acontecer, pelos meus pés ou dentro de um caixão eu vou sair daqui e é esse pensamento que me alimenta cá dentro. - declara Stiles surpreendendo-me uma vez mais, era incrível como ele era tão inteligente.

Ele parecia ter uma resposta para tudo, todos os argumentos que ele dava para as suas respostas pareciam ter sido pensados com muito cuidado e eu perguntava-me se ele não tivesse sido apanhado, se ele não tivesse cometido o seu primeiro homicídio o que será que ele tinha escolhido seguir na universidade.

O som da familiar sirene como aviso prévio para logo de seguida a porta abrir-se inundou todo o cómodo interrompendo assim o silencio que existia no mesmo.

-O tempo acabou. - a voz de um dos guardas tomou conta do lugar substituído assim o som da sirene que se calou passado poucos segundos.

Obriguei-me a levantar-me reunindo as folhas que eu tinha espalhado em cima da mesa enquanto me xingava mentalmente por não ter conseguido obter nenhuma resposta ás perguntas que eu queria, a verdade é que nem me tinha arriscado a fazer alguma pergunta.

O guarda apressou-se a dirigir-se para Stiles que estendeu as suas mãos na direção do homem que rapidamente substituiu as algemas das mesas pelas algemas pequenas que os policias e guardas carregavam para todo o lado.

-Espero que no próximo dia tenhas uma resposta mais concreta a minha última pergunta. - fala Stiles antes de ser puxado para fora da sala sem qualquer delicadeza não me dando qualquer tempo de responder.

Antes daquele dia acabar, quando eu já tinha organizado as anotações que eu tinha conseguido pelo menos lembrar-me a tirar durante a viagem de regresso no carro silencioso de Derek, quando eu estava na minha confortável cama já com os olhos fechados pronta para me entregar a escuridão o último pensamento que eu tive foi o rosto de Stiles.

Mais precisamente aqueles olhos castanhos âmbar que eu sabia agora que me iam perseguir até mesmo nos meus sonhos.

Talvez eu também tivesse um pensamento antes de adormecer.


Notas Finais


Que acharam do capitulo??
Qual é que vocês acharam que foi o momento alto?
A conversa da Lydia com o Ian?? O detetive encarregado pelos novos assassinatos? Ou a conversa com o Broken God??
Vocês conseguem imaginar quem seria aquele xerife que parece ter tanto ódio pelo Broken God?? Um ódio assim tão pessoal?? Acho que não é muito difícil de adivinhar...
Será que a conversa do detetive Ian tinha algo mais para além daquilo que ele perguntou? Será que ele tem segundas intenções?
Mas o que acharam da conversa com o Stiles?? Perceberam que ele ficou afetado quando descobriu que a Lydia sabia dos assassinatos??? E perceberam ele a mudar de assunto quando Lydia lhe fez a pergunta de um milhão??
Será que os dois serão assim tão iguais?? Será que a Lydia tem dentro de si também uma faceta assassina?
E este final?? Lydia não pensava em nada de especial antes de dormir e agora... Agora ela adormeceu nada mais nada menos do que nos olhos de Stiles Stilinski.
Vamos, eu espero os vossos lindos comentários.
É muito importante para eu saber a vossa opinião sobre tudo.
Vejo-vos em Dezembro!!!
Kiss, bea
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