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História Sweet Shades - Was Good To Negotiate With You


Escrita por: stayhereniall

Notas do Autor


Mais um capitulo grande procês :)))

Capítulo 13 - Was Good To Negotiate With You


Fanfic / Fanfiction Sweet Shades - Was Good To Negotiate With You

Mãos tiraram meu cobertor e puxaram o curativo que cobria meu pescoço virando meu rosto para a direção da luz embaçando mais uma vez meus olhos me fazendo cerrá-los. Vi a silhueta branca de um medico que tinha o rosto coberto por algum pano e ele grunhiu algo quando viu minhas ronchas no pescoço, olhou para o monitor dos meus batimentos e assentiu como se falasse consigo mesmo, então apenas jogou o cobertor em cima de mim e saiu devagar pela porta. Estranho! Apenas me acordou!  Fechei novamente os olhos e peguei rápido no sono.

 

- Bom dia Violet. – George falou quando abri meus olhos e olhei ele com rugas nas testas que suavizaram ao me encontrar naturalmente bem. Olhei a mão que estava com o furo da agulha do soro tapada e não usava mais o respirador.

- Bom dia. – Falei e me mexi na cama fazendo o monitor de batimentos apitar com as palpitações de meu coração acordado. Olhei as linhas que registravam os batimentos e me lembrei porque me encontrava no hospital. – Você viu o Jeremy?

Chutei o lençol e pus os pés no chão, com um choque térmico estremeci e continuei andando com George puxando meu ombro para que eu voltasse para cama.

- Violet! Volte agora. Menina, você não esta bem ainda! – Gritou, mas eu já estava na saída do quarto andando ate a recepcionista que quando parou seus olhos em mim segurou o riso.

- Onde é o quarto do senhor Jeremy Patel? – Perguntei desviando o olhar dela e tentando não chamar mais atenção do que eu já estava chamando.

- Por ali senhorita. – Apontou para o segundo quarto do corredor que eu havia saído.
Andei de volta ate o quarto que ela me indicou sem dizer obrigada com toda a minha ousadia e falta de educação. Quando abri a porta encontrei um garoto todo branco com seus olhos verdes arroxeados e seus lábios descascando com alguns cortes. Minha primeira reação foi de pena e logo eu estava ao lado dele. Pus minhas mãos em seu peito e ele abriu os olhos com uma expressão de dor que atenuaram quando se encontraram com os meus. Sua boca abriu para tentar falar alguma coisa, mas pus meu dedo indicador para silenciá-lo.

- Shhhh, não fala. Você esta melhor não é?! – Sorri e passei a mão pelas ataduras em todo seu tronco, as quais às 24h atrás continham seu perfeito abdômen. Ele assentiu devagar e pegou minha mão.

- Você. Também esta bem? – Falou com o olhar fixo na atadura folgada em meu pescoço e a bandagem no meu braço que tinha um ponto minúsculo quase inexistente de sangue que havia escapulido.

- Estou ótima. Eles só ficaram preocupados demais comigo. Mas o que fizeram com você?

- Tive que me submeter a uma cirurgia para arrumar as costelas no lugar e por alguns parafusos, mas esta tudo bem, mamãe e papai já vieram e disseram que falaram com seus pais.

- Droga. – Praguejei ignorando o que Jeremy tinha dito da cirurgia e processando a parte “falaram com seus pais”. Meus pais não iriam sentir pena de mim, acho que tentariam aumentar as ronchas em meu pescoço por ter saído da casa dos Patel para beijar Jeremy e ter sido atacada.

- O que foi? – Indagou curioso.

- Nada. Quando vai ganhar alta?

- Ainda não sei, mas não hoje. Minhas costelas ainda doem, mas acho que na quarta talvez.

- Ótimo. Espero que fique bom logo. – Inclinei me para seu corpo e dei-lhe um beijo suave. Jeremy logo pôs as mãos em meu pescoço esquecendo das ataduras - que não fizeram muita diferença já que eu não me importaria de sentir um pouco de dor com as ronchas - e aprofundou o beijo do jeito apressado que ele sempre foi.

Ouvi o grunhido e deixei Jeremy, volvendo o olhar para encarar meu pai com o terno preto e a expressão seria que ele trazia ao lado da mulher engolida por sua sombra.

- Bom dia Jeremy e Violet. Como estão os dois? – Começou com o rosto ainda serio e a voz não tendo um tom preocupado, apenas serio e irritado.

- Bem senhor Grey, obrigado por perguntar. – Respondeu Jeremy que apertava minha mão.

- Presumo que foram seriamente violentados, coitado de você Jeremy, se machucou muito. Já deu queixa na policia? – Sua voz não tinha um pingo de emoção, mas seus olhos fixos em mim transmitiam a cólera que ele descontaria em mim.

- Ainda não. Não tive a chance.

- Mas reconheceu os agressores?

- Não senhor. Sei que eram três.

- E você Violet? – Meu pai se dirigiu a mim.

- Não. – Respondi me lembrando do rosto preocupado do menino de olhos castanhos quando me viu.

- Precisamos ir para casa. Vamos embora, adeus Jeremy. – Falou ignorante e saiu do quarto.

Minha mãe correu para minha direção gemendo como uma gatinha e se apossou de mim verificando cada pedaço de meu corpo, olhando as ronchas no pescoço, preocupada.

- Minha querida, por que foram fazer isso com você?

- O que quer dizer?

- Hoje tem a festa, como poderá ficar perfeita naquele vestido com essas marcas no pescoço? O que pensarão de você? – Ela dizia tudo na mais perfeita naturalidade como se eu que quisesse ter sido machucada. Empurrei seus braços de mim e beijei a testa de Jeremy:

- Até amanha. Não sei se conseguirei te ver hoje de novo. – Gesticulei um “te amo” e sai rápido pela porta e minha mãe me acompanhou falando idiotices atrás de mim.

George nos esperava no carro com os lábios retos. Meus pais se sentaram atrás e eu ignorei o aceno de minha mãe para que eu sentasse do lado dela e sentei na frente junto a George que ficou boquiaberto.

Meus pais resmungaram reclamações logo que George girou a chave na ignição e o carro estremeceu com o motor. Eles começaram me questionar por eu ter sentado na frente e não atrás, onde é o lugar certo quando ando com eles, e meu pai começou a cutucar meu ombro e falar mais alto sobre o incidente da noite passada.

- O que te fez pensar que poderia sair da casa? – Gritou com as mãos machucando meu ombro de leve. Rangi os dentes. Por que não estamos na limusine para usar aquele vidro que separa os dois compartimentos?

- Quer saber, não sou forçada a escutar desaforo. – Sussurrei para mim mesma. – Para o carro George, por favor. – Pedi e George tentou contestar, mas eu abrir a porta com o carro em movimento e ele parou no meio da avenida movimentada. Eu desci e ao longe podia se ver o Green Park e o Palácio de Buckingham e se eu andasse mais um pouco eu chegaria perto de minha casa.

- Violet Grey, entre no carro agora! – Ordenou o homem autoritário com o vidro aberto, seus olhos ainda mais vermelhos.

-  Acho que hoje não estou em um clima de obedecer o meu, eu iria dizer pai, mas você é apenas o primeiro ministro. Não posso chama-lo de pai. – Cuspi as palavras e sorri com a verdade que eu havia dito.

- Querida, não faça isso... – Minha mãe miou baixo atrás de meu pai.

- E a senhora, eu prometo que aparecerei em casa para a festa com meu pescoço coberto para me apresentar a seus “amigos”. – Fiz menção às aspas no ar. – E nesse meio tempo, não farei nada que comprometa o nome de vocês, senhores. Foi bom fazer negocio com vocês.

- Violet, entre no carro... – Foi seu ultimo mando, e perfeitamente desobedecido. Acho que era a minha melhor profissão.

Virei e andei pela calçada em direção ao Green Park e ouvi a porta se abrindo. Meu pai saiu do quarto e vinha furioso em minha direção.

Desculpa velho, não vai ser desta vez, papai.

Corri.

Corri como tinha corrido daquele guarda na noite passada e não olhei para trás, apenas atravessei as pessoas que estavam incomodadas com meus empurrões e pulei no primeiro verde que eu achei.

Enquanto corria eu ria de minha situação. Eu havia nascido em uma família em que todos se matariam para estar, mas eu não queria estar, eu sentia falta do simples de minha avó, do confortável e não o luxuoso. Eu pensei o porquê que eu ainda morava ali se eu não era feliz, alguns diriam que por mais estúpidos que meus pais pudessem ser eram meus pais, mas na verdade eu tinha que ficar com George e Elisa que eram meu conforto naquela família.

Arfei quando tropecei em alguma coisa, alguma pedra e cai em direção ao verde. Fechei meu corpo institivamente, porem não diminuiu as consequências: desci rolando uma ladeira do gramado e bati as costas contra um tronco de arvore. Ela sacolejou e alguns de suas folhas secas caíram sobre mim. 

- Ai...! – Gemi e logo comecei a rir com um tipo de pânico histérico de risadas. Deixei as risadas saírem e um garoto ruivo apareceu em meu campo de visão com um copo de café nas mãos e uma expressão surpresa. Ele tinha talvez 12 anos.

- Eu... – Ele começou a falar, mas sua voz falhou.

- O que? Nunca viu a filha do primeiro ministro rindo? Ai por favor! – Me sentei e finalmente senti o que o baque causou em minhas costas, além de sujar minha roupa.

- Quer uma ajuda Violet?  - O menino perguntou estendendo uma mão para mim e sorriu.

- Phill? Cade você menino? – Uma voz feminina gritou e o menino levantou a mão girando o rosto para o lado oposto ao que eu estava.

- Aqui mamãe!

Peguei na mão de Phill e ele voltou a me olhar e uma mulher com cabelos caídos nos ombros e de um vermelho invejável. Ela pôs uma das mãos na boca enquanto a outra segurava a pequena mão de uma garotinha que brincava com algo no chão.

- Senhorita Grey... O que aconteceu? – Perguntou me e puxou a menina para o braço.

- Eu caí e bati na arvore. Nada demais.

- Precisa de um medico? – Apontou para minhas ronchas.

- Acabei de sair de um. Não quero voltar. Estou bem eu juro. Seu garoto me ajudou, obrigada Phill. – Falei com o rosto virado para Phill que sorria contente com o canudo do café na boca.

- De nada. – Respondeu. – E prazer em conhecê-la. Se importa se eu tirar uma foto?

- Venha.

A mãe de Phill sacou o celular e deu a menininha para Phill que segurou ela com dificuldade.

- Vem me dá ela. Eu seguro. – Falei e peguei a menina que sorriu com grandes olhos verdes.

Phill sorriu enquanto eu sorria com a menina mexendo em uma mecha de meus cabelos. A mãe deles bateu rapidamente a foto e pegou a garotinha que acenou para mim um adeus.

- Tchau Phill, tchau bebê. – Falei e toquei um dos dedos da menina que estendia a mão para mim. – Tchau senhora.

Eles andaram adiante com Phill pulando e segurando o celular na mão. Sorri e meus olhos se encontraram com outros olhos que eu não estava agradada por ter encontrado. Os dois globos azuis seguraram os meus e expressaram a mesma malicia que sempre tinham estampados nos brilhos.

Desviei e andei pela trilha do parque, mesmo que a sensação de ser olhada continuasse, mas ele podia me olhar quanto quisesse, não me assustaria. Mas no fundo eu sentia medo, mas expressaria como indiferença, o ponto fraco de todos.

Varias pessoas me olhavam abismados, como se nunca tivessem visto estrela maior passeando pela pracinha. Mas a verdade era que eu não costumava andar por Londres. Meus caminhos eram apenas faculdade e casa. Eu não gostava de me socializar, pois as pessoas não seriam amigas da Violet e sim da filha do primeiro ministro e isso nunca me satisfez.

Quando cheguei ao final da trilha ouvi uma buzina e me deparei com George me esperando perto da calçada. Ele estava sozinho.

A sensação de ser olhada desapareceu enquanto eu me aproximava de George.

- Eu quero explicações do seu ataque de hoje mais cedo. – Falou ele quando eu cheguei na porta do carona.

- Eu não aguentava mais as reclamações sem sentido: “Você não podia ter sido enforcada, vai ter marcas para usar seu vestido”. – Imitei a voz de minha mãe. – Desculpa, próxima vez eu peço pro cara me machucar em locais que não sejam visíveis! – Reclamei como se falasse com minha mãe e George riu.

- Mas com seu pai...

- Ele me machucou e estava me culpando por ter saído de casa e ter sido enforcada. Eu não tenho culpa de não querer ficar na casa. – Bradei para ele com a voz irônica.

- Mas são seus...

- Para de tentar defender eles.  Eles não são os pais desejáveis, não são pais exemplares... Eles não são pais. Não nasceram para isso. Acho que minha gravidez foi planejada para sermos a família perfeita britânica. – Resmoneei, e George balançou a cabeça negativo com a minha ideia.

- Eles te ama Vi. Você que os odeia desde que se entende por gente. Por que não dar uma chance para aquelas duas pessoas que demonstraram o jeito que te amam de um modo errado?

- Talvez porque ali não tem modo de amar? Eles não se importam comigo...!

- Por que você acha que seu pai ficaria bravo por você ter saído? Estava a noite e Londres não é a cidade perfeita... Ele estava preocupado menina! Vocês não podiam ter saído naquele horário. Se eu fosse ele ficaria do mesmo jeito.

- George, você... Eu não vou discutir. – Tentei criar algum argumento, mas nenhum foi formado em minha cabeça. George tinha um ponto bem defendido. Talvez meu pai estivesse realmente preocupado comigo...

Tanto faz.


Notas Finais


Não teve muita historia ne?! Mas vcs sabem quem acordou ela no meio da noite? OPS Indiquem a fic ja que estao gostando! Não se privilegiem sozinhos ... Eu acho q é privilegio ou talvez minha fic seja um saco. Eu gosto mas enfim


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