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História Sweet Shades - The Blue Eyes


Escrita por: stayhereniall

Notas do Autor


Agora a historia começa a ficar legalzinha! Os misteriosos olhos azuis... Boa leitura

Capítulo 3 - The Blue Eyes


Fanfic / Fanfiction Sweet Shades - The Blue Eyes

Na manha seguinte, ouvi a batida na porta e dei um pulo na cama. Arfei enquanto tapava os olhos da forte luz do sol que emanava de minha janela com as cortinas abertas. Estava coberta com meu lençol favorito. O lençol bordado que a vovó havia me dado antes de morrer, com fotos, emblemas especiais e coisas que simbolizavam nosso tempo juntas.

Quando meu pai tentava se candidatar para algum cargo no ministério ele sempre me mandava ficar com a vovó e ela acabou me criando por basicamente um ano. O melhor ano de toda minha vida. Mas ela morreu um tempo depois de sua eleição e eu tive que voltar para a família. Minha mãe não se importava comigo, apenas quando eu fazia alguma burrada que manchasse a reputação da família Grey, então a minha avó foi tudo para mim.

Bufei e liguei a tv, mas bateram novamente na porta com ruído impaciente.

- Entra. – falei e a mulher de cabelos tingidos de um vermelho desgastado e amarrados num coque entrou com uma bandeja prata. Os olhos castanhos claros de Elisa me apaziguavam sempre que se encontravam aos meus e suas rugas se suavizavam ao me encontrar, como se toda sua preocupação desaparecesse com a minha figura a sua frente.

- Você ontem não comeu minha doçura, então resolvi fazer um café reforçado e preciso que coma tudo. Fiz seu preferido! – O timbre cansado e adocicado de sua voz me fazia esquecer onde eu estava e me fazia lembrar minha avó.

Elisa e George eram os únicos que realmente se importavam comigo. Eles cuidavam de mim como um pai e uma mãe que eu não tenho.

Devolvi o sorriso caloroso que ela me deu quando entrou e deixei ela por a bandeja na minha cama.

Peguei a xicara de café de porcelana e tomei um gole pondo uma garfada da panqueca de chocolate meio amargo na boca. O gosto saboroso da panqueca ameno em minha língua alimentava minha fome que se propagou com o cheiro abrangente do chocolate e do mel. Peguei as panquecas com mel e comi todas num piscar de olhos.

- Com o gostinho da vovó. – Ela disse e me deu um beijo na cabeça deixando o quarto.

Joguei uma das pernas para fora da cama com um estalo, uma resposta clara de meus músculos preguiçosos. Corri os olhos pelo quarto e carreguei minha toalha estendida na porta para o banheiro junto com a saia estilo godê azul marinho, a regata branca e a camiseta quadriculada vermelha, que estava jogada na cadeira de minha mesa de estudos.

Com o corpo levemente perfumado vesti os tênis e puxei a bolsa para o ombro abrindo a porta do quarto para descer os degraus em direção à porta de saída. De relance vi meu pai abotoando sua camisa de linho listrada com sua gravata solta pelo pescoço e minha mãe com seu telefone celular pendurado no ouvido e sua boca inquieta em execução enquanto encaixava um de seus ‘peep toes’ pretos nos pés.

- Estou saindo. – ralhei por cima do som que vinha da cozinha.

- Tenha uma boa aula, Vi! – Soou suave a voz de Elisa para mim.

Abri a porta da Mercedes preta e observei os cabelos grisalhos de George por sobre o banco do motorista. Senti seus olhos me encararem e um grande sorriso se abriu em sua boca.

- Já pensou em pintar seu cabelo de loiro dessa vez? – Perguntei cínica enquanto estendia a foto do celular dos cabelos loiros de George na sua época de galã.

- Eu não já lhe disse que não vai mais haver fios dourados em meus poucos cabelos Vi?!

- Eu ainda não me convenci. Eu tenho que concordar com a vovó todos os dias desde que ela disse que seus cabelos loiros eram seu charme.

- Então vou passar o resto da vida sem o charme dos fios amarelos. – Ele riu enquanto manobrava o carro para fora da área de minha casa.  – Começou o dia de bom humor?

- Hoje acordei como sempre.

- Decidida a não questionar sua sortuda realidade?

- Para alguns pode ser até sortuda, mas para mim nunca será a realidade desejada. Desculpe George, não vou parar de me entristecer com a minha vida. – Sibilei para ele voltando à debilidade de meu coração.

- Um dia você vai e eu estarei pulando de alegria. – Deixei um rápido sorriso escapar de mim e encarei as ruas que pareciam estar mais iluminadas com os raios amarelos de sol. – Então o que tem pra hoje? – Voltou a falar me tirando do êxtase.

- Estudar mais um dia para ser uma futura medica renomada pela Medicina. Está bom para você?

- Está perfeito! Então desça desse carro com a cabeça erguida pensando nesse futuro destinado para você.

Ele terminou sua frase quando o carro parou no grande portão de aço que tinha sobre o horizonte as torres palacianas e imponentes de Oxford.

Abri a porta do carro e desci correndo junto ao grande fluxo de alunos que entravam frenéticos e achatando uns aos outros em meio ao caminho que levava ao campus. A grama úmida e macia brilhava com os orvalhos reluzentes ao sol à medida que eu atravessava os ladrilhos escuros em direção ao quadrante A da ala de medicina.

Enquanto cruzava o campus até minha sala, tive a fugaz sensação de estar sendo seguida. Olhei com o canto dos olhos e achei um par de olhos azuis cortados no meio da multidão. Eles me acompanhavam parados do outro lado do gramado me observando com um intenso brilho nos olhos, maliciosos com um ar zombeteiro, fitados a todo e qualquer movimento meu. Me assistia ardiloso, tirando toda minha privacidade, como se me despisse em frente a todos. Senti seus olhos descerem por meu corpo estabilizado no meio da passarela analisando algo.

Ele era um desconhecido no meio do campus que me olhava estranho como se formasse um plano em que eu era introduzida. Mais parecia um maníaco psicótico com desejos devassos e indiscutivelmente indecentes.

Mandei o comando para minhas pernas se movimentarem para que eu ao menos pudesse fugir daquele olhar maroto lançado em mim, mas todo pensamento coerente que tinha formado em minha mente evaporou ao encontro de nossas orbitas novamente, ate que um movimento de suas bochechas resultaram em um sorriso astuto que me deu calafrios na espinha e então suas duas safiras cintilantes desviaram se de meu olhar e desapareceram ao meio aos estudantes que se dissipavam conforme o relógio da praça batia 8:00 A.M.

- Senhorita Grey?

Senti uma mão tocar meu ombro e a Senhorita Meredith entrou no meu âmbito de visão com suas pregas dos olhos encarando me.

- Você esta bem, Grey?

- Sim, eu... – O os olhos voltaram em minha mente e o acentuado brilho incensou todos os meus pensamentos lógicos e racionais atrapalhando a formação de coerência de minhas frases. – Err... Aula. Tenho aula. Estava indo.

- As aulas estão começando e você pode levar uma ocorrência senão chegar em poucos segundos. – Ela ergueu o bloco de notas que tinha em mãos junto com uma de suas sobrancelhas sugestivas.

- Claro. – Inspirei um punhado de ar e com um impulso corri ate minha sala onde teria aula de anatomia teórica abandonando a senhorita Meredith com seu bloco de notas.


Notas Finais


Os capitulos estao um pouco grandes? Vou comecar a encurtar ja que a parte chata ja passou. agora a historia é mais interessante :) ate depois


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