Saltos na mão, make borrada, cabelo bagunçado e suado, roupa amassada, cheirando a cigarro e bebidas em geral... E era assim que eu estava voltando para casa, depois daquela festa de arromba que Dinah e Normani fizeram, elas são irmãs e são minhas melhores amigas. Eu cheguei em casa eram 5:30 da manhã, tentei fazer o mínimo de barulho possível para abrir a porta, o que não adiantou de nada, pois minha mãe estava esperando, sentada na mesa de canto e fumando um cigarro, ela disse com o cenho franzido:
- Lauren Jauregui, onde você estava? - Fez cara de dúvida.
- Bem... - Fui fechando a porta devagar e largando meus saltos. - Eu fui á uma festa. - Eu disse, soltando um sorriso amarelado.
- Sobe pro seu quarto... Amanhã conversaremos. - Ela apagou o cigarro.
- Sim... Boa noite. - Assenti.
Quando eu ia subir as escadas, ela riu e disse:
- Você vai arrumar um emprego. - Eu ri. - É sério. Ah... E lembrando que suas aulas começam amanhã de manhã. - Ela deu um sorriso empolgante.
- Ok... Dona Kate Jauregui... - Sorri ironicamente e subi para o meu quarto.
Minha mãe se chama Katherine Jauregui Müller e meu pai se chamava Dylan Müller, ele morreu quando eu tinha 9 anos, em um acidente de carro. Eu não tenho irmãos e tenho 19 anos. Eu me mudei recentemente para CA beach, estou adorando, tanto as pessoas, quanto o lugar, é incrível, enfim... Continuando...
Logo que subi para o meu quarto, eu fui tomar um banho, botei The Pretty Reckless- My medicine, e coloquei o IPhone em cima da mesinha no banheiro, ascendi um incenso e um baseado, como eu tinha banheiro no quarto, ninguém entraria.
Fiquei viajando na fumaça, quando meu celular vibrou e cortou o meu embalo, eu meio que me assustei, sequei as mãos e era uma mensagem da operadora, bufei, mas assim me lembrei que estava na hora de sair do banho, já eram 6:33. Botei uma calcinha e um sutiã, me joguei na cama e apaguei.
***************
- Laureeeeeen, acorda! Laurennnnn! - Ouvi um cantoria e olhei pra cima, eram Mani e a Dinah, cantando para mim acordar.
- Suas loucas... - Sorri, enfiando minha cara no travesseiro.
- Anda Lau, vamos lá em casa? -Pela voz, era Dinah.
- Que horas são? - Falei com a cara tampada.
- 15h, anda vamos! - Normani falou empolgada.
- Ok, vou me trocar... - Me levantei arrastando os pés e desatolando a calcinha. Elas riram.
Coloquei uma roupa qualquer, um short e uma t-shirt branca, um casaquinho e um tênis da Vans vermelho. Passei um lápis, um rímel, um batom e penteei o cabelo.
- Vamos... -Dei uma bocejada, eu ainda estava cansada.
- Eu e a Dinah estamos descansadas haha, mas parece que você não Lau. - Elas riram e eu franzi a testa.
- "... My lips are saying goodbye, my eyes are finally dry..." - Cantei "Miss Movin' on" da Fifth Harmony, Dinah e Mani me acompanharam, fomos cantando até chegar na casa delas.
******************
Quando chegamos na esquina, estavam Brian, Chris e Jack parados, até que Chris veio falar comigo.
- Eai, Lauren, tá perdida por esses lados? - Sorriu, malicioso. Cheguei bem pertinho dele, quase o beijando. Senti os olhares em volta. Sussurrei:
- Não, e caso um dia eu esteje, eu não perguntaria á você, desculpa. - Dei um selinho e sai.
As meninas começaram a rir, Chris e eu sempre tivemos uma "richa", Dinah morria de amores por Jack e Mani por Brian, porém negavam. Nós estávamos na metade da rua... Até que eu ouvi Chris gritar:
- Ela nega, mas ela me ama!
Revirei os olhos, de certa forma sorri, mas mostrei o dedo do meio á ele.
- Eu vi... - Falou Mani no meu ouvido, enquanto me abraçada disfarçadamente.
- Viu o quê? - Sussurrei de volta.
- Você sorrin... - Dinah interrompeu, sem delongas.
- O quê vocês tão cochichando raparigas?
- Que eu queria um cigarro e não sei onde comprar. -Menti.
- Ah... Depois da minha casa tem um lugar, vamos.
***********
A casa da Dinah e da Normani era enorme, mas tipo, GIGANTE, os pais delas são produtores musicais de sucesso aqui na Califórnia.
Nós estávamos deitadas na cama, fumando um cigarro, quando a Dinah disse:
- Hoje á noite vou fazer uma socialzinha... -Rimos, as sociais delas sempre acabam em festa na piscina.
- Você vem, Lau?
- ... Que pergunta, ela sem...- Normani respondeu por mim, mas minha resposta era outra.
- Não... Eu acho, não sei, tenho aula amanhã de manhã. - Me joguei para trás na cama.
- Ah, não acredito, não acredito mesmo. - Dinah riu.
-... Mas é, minha mãe quer que eu trabalhe e tudo mais, ela está um porre. - Bufei.
- Você não vai fazer igual em NY, né? - Normani disse de forma sutil, o que fazia bem o estilo dela.
- ...Bem... É meio dificil levar as coisas a sério por aqui. Sempre há festas, gatos, nada de compromissos...
- Se você já fazia aquelas coisas lá, imagina por aqui... - Dinah falou, como sempre, transparecendo a verdade.
- Dinah, olha como fala... O que ela quis... -Deu para notar que Normani se incomodou pela irmã.
- Deixa, Mani... Ela está certa, mas eu vou tentar me controlar...
Elas sorriram. Logo, alguém bateu na porta, interrompendo a fumaça, e a conversa, através da porta disse:
- Srta. Normani, o Sr. Edward veio lhe vê-la. - Disse Emma, a empregada. Edward era um rapaz com quem ela estava saindo.
- Ah, sim, diga á ele que eu já vou descer. - Mani já estava se aprontando.
- Sim, senhora.
Eu e Dinah sorrimos. Meu celular, em seguida tocou, número desconhecido:
"- Oi, Lauren Jauregui?
- Sim, quem é?
- Eu sei o que você fez no ano passado... - Me silenciei. - Não vou deixar... Logo você, passar em branco... Aquela que gosta de marcar barrigas femininas com chocolate e tequi... "
Não deixei que o estranho terminasse e desliguei, largando o celular, que caiu na cama.
- Lau, o que houve?? - Dinah não estava entendendo.
- ... Eu... Não... Minha cabeça está doendo... Me da algum analgésico? - Dinah assentiu e correu no banheiro para pegar o remédio.
- Aqui, toma. Agora me conta o que houve Lauren.
- Não sei direito, não deixei terminar...
- Como assim, me conta o que falaram!
Expliquei que disseram algumas das coisas que aconteceram no meu passado em NY, eu tremia... Se aquelas coisas viessem á tona, eu teria que me mudar novamente, me esconder e o caralho a quatro, começei a lembrar do início daquele tormento...
FLASHBACK ON
POV. LAUREN
"Antes de tudo o que está acontecendo na minha vida acontecer, eu conheci uma mulher que me mostrou a impureza de tudo, a malicia, jogos, sexo, drogas, foi tudo a Gaily Swarm, que inicializou, o resto eu mesma destruí... Tudo começou em Avenue Deven Street, edificio Golden Platinum. O prédio era bem chique, os elevadores eram transparentes, iguais os de filme... Um cara grandão e de terno me acompanhava, ele estava olhando fixamente para o indicador de andares, já era o 77º andar.
Me disseram que ia ser só uma festa, mas estava com minhas dúvidas... Eu estava me sentindo uma cadela com aquela roupa, salto alto, vestido curto e justo, cabelo solto, mini bolsa...Batom vermelho...
Chegamos ao 83º. O cara grandão fez sinal para mim ir e eu fui lentamente, ele veio logo atrás de mim. A única coisa escrita no papel que a Swarm me deu era "apto. 220 da ala B". Até que ele parou e bateu na porta, feito isso voltou o percurso até o elevador.
Eu fiquei esperando ansiosa, e tremendo. Até que uma mulher de calcinha abriu a porta e perguntou: "Entre e seja bem-vinda, você é Lauren Jauregui?", eu assenti, "Ótimo, você é a convidada de honra. Swarm! Lauren está aqui!".
Assim que eu entrei haviam muitas mulheres, na verdade, somente mulheres, algumas nuas, outras cobertas de sal e bebida, umas simplismente tocavam umas as outras... Como uma grande orgia feminina. Eu ia entrando e os olhares me seguindo, até que cheguei a um corredor, a mulher que atendeu a porta estava na minha frente, ela seguiu até uma porta azul e bateu na porta, se virou, sorriu e saiu.
A voz de Swarm me convidava para entrar, entrei e perguntei que porra era aquela, ela me deu uns drinks e esticou duas carreiras de cocaína, pediu para que eu cheirasse uma, e eu fui... Ela disse " Como se sente?" "Bem...", respondi, "Não se preocupe, é só diversão, meu anjo", assenti.
Nós não saímos daquela sala, ficamos cheirando, fumando e bebendo, dançamos muito, eu estava fora de mim, com certeza.
Quando ela esticou a carreira seguinte, eu parei de dançar para olhá-la, como ela era bonita, realmente.
"O que foi?", ela perguntou enquanto cheirava, "nada", falei meio sorrindo, " Sua vez...", sorriu. Ela me estendeu o canudo e ficou me encarando, eu o segurei e revidei o olhar. Olha onde estávamos, o que estávamos fazendo, era tudo tão errado que acabava sendo bom. Ela sorriu e puxou o meu braço, me agarrando, eu retribui o beijo.
Quando percebi, eu estava transando com a minha amiga, e arrecem tinhamos nos conhecido. Eu estava bebada e drogada, foda-se mesmo!
Quando acabamos de transar, Swarm acendeu dois cigarros e me alcançou um. Eu sequei um pouco do suor da testa e olhei-a. Estávamos nuas, e elas estava linda, com seus belos cabelos loiros, compridos, meio molhados, olhos verdes, e boca rosada, analisei tudo que provinha daquela beldade a minha frente. Mas que merda e estava fazendo? Eu não a conhecia, nem um pouco,a conheci na porra de uma balada e só, eras isso!
Eu me levantei rapidamente e disse colocando minha roupa " Eu tenho que ir, tudo bem pra você, né? Tem um bordel em casa" sorri ironicamente, ela riu e colocou sua blusa. " Eu não estou lhe entendendo...Você tem tudo que quer... Atenção, drogas, sexo... Até...", ela foi se aproximando até encostar o nariz ao meu, " Até?", disse impaciente, " Até... á mim." ela me beijou, no início retribui, mas logo me lembrei do que se tratava.
"Não, não... Gaily.. SAI CARALHO!", a empurrei, ela me olhou, parecia um pouco brava, pegou uma garrafa de cerveja vazia e jogou na parece com raiva. A garrafa estourou e ela também. " MAS QUE MERDA VOCÊ TÁ FAZENDO LAUREN? NÃO ESTÁ BOM PRA VOCÊ? O QUE MAIS VOCÊ QUER!?" Ela estava vermelha e chorou, após ter gritado comigo, " Mas... O que? Não, que droga, Gaily! Levanta do chão!", a puxei para cima, até que sentamos na cama. "O que você quer de mim?", ela abaixou a cabeça, " Quero saber quem é você! Que droga, seja honesta!" " Não...", olhei pasma, alguma coisa estava acontecendo, sim e ela não queria me contar. " Não? NÃO?! Eu quero uma resposta, se não.." "NÃO, PORRA LAUREN, NÃO, ESTÁ BEM?" " Eu vou pegar minhas coisas e vou embora." " Então vai, vaza!", eu não entendi o porque daquilo tudo, juntei minhas coisas e fui até a porta, " Lauren...", olhei para trás esperançosa de algo, " ...Fecha a porta quando sair." " Vai se ferrar!", deixei a porta escancarada.
Quem ela estava pensando, eu chorei uma ou duas lágrimas, o restou eu afoguei no cigarro que eu acendi dentro do elevador tranparente, sim, eu o fiz. Me virei para a paisagem e estremeci as pernas, dei algumas tragadas e apaguei. Tudo bem.
Eu estava confusa e atucanada, ou era a droga dando tchau, ou era por que eu não estava entendendo nada mesmo, Gaily era louca e eu nem sabia! E eu achei que poderia ter tido um crush naquela louca, psss. Que ela e as bitches dela se fodam!
Chamei um táxi e logo Gaily me ligou, eu estava tão brava com ela, desliguei. Mais umas 5 vezes. Ainda sem atender. Cheguei em casa e minha cabeça explodia, subi até o meu quarto, eu morava em NY, meus cigarros acabaram e eu peguei um escondido da minha mãe, sentei na sacada e fiquei olhando para baixo e pensando. Que merda você foi se meter, Lauren? Gaily mandou uma mensagem:
" Oi, eu estou tentando te ligar já faz um tempo... Desculpa por hoje, eu estava estressada com o trabalho, é muita correria, espero que possamos conversar sobre aquilo.
xoxo, S."
Eu não respondi."
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