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História Sweet Venom - Correntes


Escrita por: nicmoura

Notas do Autor


Ufa, finalmente consegui postar! Sorry, gente, eu estava viajando!
Quero agradecer de coração a todos os comentários e favoritos, são todos muito especiais <3
Também quero dizer que a fic está nos seus últimos capítulos :(
Espero que todos gostem desse!
Xx.

Capítulo 17 - Correntes


Fanfic / Fanfiction Sweet Venom - Correntes

Oh, Deus, era ele o tempo todo.

Correntes

 

Eu lembro da noite da festa. Stephen e  aquele homem estavam juntos no mesmo ambiente. Eles não podem ser a mesma pessoa.
— Você não é Stephen. — eu concluo — Está só usando a aparência dele.
— Boa garota. — ele murmura.
Se Stephen não está aqui, onde ele pode estar? 
— Cadê ele? — eu me desespero — O-Onde está Stephen? O que você fez com ele? Diga-me!
— Ele está seguro... Mas não por muito tempo.
Eu acho que posso sentir meu peito rasgando com a força dos batimentos do meu coração.
— O-O que isso quer dizer? — eu ofego.
— Eu quero algo de você. — seus olhos estão cravados nos meus, como se me desafiasse a negar-lhe algo.
— Eu não tenho nada para você. — respondo rapidamente, cortando qualquer coisa.
Mas isso não o desencoraja.
— Sim, você tem. — ele sorri friamente de tal maneira que eu me pergunto se ele não é feito de aço por dentro — Bem aqui. — ele aponta para o centro do meu peito — E eu o quero.
— Não há nada aqui. — rebato.
Agora, não há mesmo. Mas eu sei que isso existe. Está encravado em você. 
— Você não irá conseguir nada. — eu rosno.
Ele sorri abertamente. Não é um bom sinal.
— Eu não vou precisar arrancar nada. Você me dará tudo por vontade própria.
— Como você disse, não há nada aqui agora.
— Sempre teve. — ele murmura, inclinando a cabeça para o lado e estudando-me. Sinto-me desconfortável com o modo como ele parece estar vendo a minha alma, deixando-me nua. — Não ouse mentir para mim.
Eu fecho fortemente os olhos, engolindo em seco, querendo que tudo isso acabe quando eu abrir os olhos. Sinto sua presença em minhas costas, sua respiração em meu ouvido, seus dedos deslizando pelo meu cabelo. Peça mais forte, peça mais forte para que seja apenas um sonho. Minhas mãos tremem, mas eu aperto em punhos para que ele não veja. Há um caroço travado na minha garganta, mas mesmo quando eu engulo, ele não vai embora. 
— Eu sei quem você é, Le Rouge. Como você foi feita. Mas já não é a mesma. — ele diz, aborrecido — Ficou acomodada, passiva, sem aquele fogo que a La Rouge espalhava. Agora, você é apenas Violet. Mas eu sei que aquela garota ainda está aí dentro. Eu a quero. 
— Seja claro. — eu grunho.
— Eu quero seu poder. Stephen está nas minhas mãos e eu não hesitaria em esmaga-lo. Também sei o segredinho do Alfa. Imagina o quão vulnerável ele iria ficar se todos soubessem. Que ele pode ser atacado em uma crise. Venha comigo e o segredinho dele pode continuar intacto, assim como Stephen. Isso não é uma opção.
Vá embora. — eu rosno, com raiva.
— Tudo bem. — ele para na minha frente — Mas antes...

Eu ofego quando ele segura o meu rosto e sua boca desce a minha. Quando a realidade bate em mim, eu tento afasta-lo, mas ele é mais forte. Ele segura minha nuca e aperta sua boca na minha, obrigando-me a abrir. Sua língua invade minha boca e eu o mordo. Ele grunhe e se afasta. Eu sinto gosto de sangue em minha boca e não posso dizer se é dele ou se minha boca ficou machucada com a aspereza do beijo. Eu percebo que ele não está olhando para mim, mas para algo acima do meu ombro com um olhar de vitória. Eu mal posso acreditar quando vejo uma câmera focada em nós. Eu engulo em seco, nervosa, sabendo que mesmo que Harry estivesse bravo, ele não deixaria de me monitorar. Então, ele assistiu tudo. 

Quando o homem toca minha cintura, minha raiva pega fogo. Eu só posso enxergar a faca sobre a mesa. Rapidamente, eu pego e atravesso-a em sua mão que está sobre a mesa. Quando ouço seu grito de dor, eu me sinto instantaneamente melhor. Me surpreendo com o sorriso em seu rosto.
Essa é a Rouge que eu quero. — ele diz, arrancando a faca e jogando no chão, sujando-o de sangue.
Eu consigo respirar quando ele sai.

{...}

No momento em que eu recupero meu controle, eu sei que devo procurar Harry, pois ele deve estar perdendo o seu. Andando apressadamente pelos corredores, os únicos ruídos que eu ouço são minha respiração e o tic-tac do relógio, que parece zombar de mim por ter esperado tanto tempo para vê-lo. Talvez seja tarde demais. Eu só posso rezar para que Harry tenha visto até o fim. Caso contrário, eu não quero nem imaginar como ele pode estar. 

Eu paro abruptamente quando vejo um grande buraco na parede do corredor. Parece como se alguém tivesse tentado abrir uma passagem a socos e chutes. Eu passo por cima dos pedaços de concreto no chão e olho para dentro. Fico surpresa ao ver a Sala de Segurança, que ficava em um lugar secreto. Bem, agora não mais. A poeira do concreto deixa uma camada acinzentada sobre tudo. As paredes escuras estão cheias de buracos. Meu coração acelera quando percebo que são marcas de socos. A grande mesa de madeira está partida ao meio, os papéis manchados de sangue cobrem o chão; a estante de ferro que cobria uma parede agora é apenas ferro retorcido. Engulo em seco quando vejo todos os monitores quebrados e jogados aos pedaços. No chão, há cinco seringas. Algumas rachadas, com a agulha quebrada, mas todas vazias. 

Eu acho que não posso correr rápido o suficiente. Estou ofegante quando chego ao corredor do quarto de Harry. Entretanto, há vários homens em frente a sua porta, discutindo. Quando um deles me vê, fica pálido e parece até estar com medo. Sua expressão me diz que as notícias não são boas. Eu vou direto para ele.
— E-Eu tive que fazer isso! — ele diz, temeroso — Não tive outra escolha! E-Eu...
— O que aconteceu? — eu o corto.
— Eu ouvi um barulho na Sala de Segurança e quando fui ver, era o Alfa e ele estava descontrolado, quebrando as coisas e dando socos na parede. Eu precisei chamar outros homens para segura-lo e usar cinco doses para dopa-lo e leva-lo para o quarto e ele ainda conseguiu fazer aquele buraco na parede.
Eu já estou empurrando todos para fora do meu caminho quando ele grita desesperado:
 — Não! Não! É muito perigoso! Por favor, me ouça!
Com raiva, eu viro para trás, fazendo-o esbarrar em meu peito.
Por favor! — ele implora — O Alfa ficou fora de si com todas essas doses. Ele dormiu por poucos minutos e quando acordou não reconheceu ninguém. Está em um estado crítico! Você precisa ficar longe dele ou ele pode te machucar. Por favor, não entre lá!
— Tente me parar. — eu o desafio.

Eu empurro todos para fora do meu caminho, ainda ouvindo os protestos do homem. Eu respiro fundo em frente a porta do quarto de Harry, minha mão treme sobre a fechadura. Um pequeno barulho aos meus pés chama minha atenção. Eu vejo duas pequenas chaves caídas no tapete. Eu olho para o homem. Ele acena com a cabeça, mas leva seus companheiros para longe. Eu entendo que ele não quer ninguém machucado. 

Destranco a porta com uma das chaves e mantenho a outra comigo. Fecho a porta logo que entro. Somente uma pequena janela está aberta, oferecendo um singelo feixe de luz, mas não é suficiente para tirar a escuridão do quarto. A chave queima na minha mão, assim como o meu medo queima dentro de mim. Eu a jogo longe, do outro lado do quarto, impedindo-me de fugir. 

Uma respiração ofegante enche o quarto. Vem do canto mais escuro. Fico inquieta, sem saber se devo ir até lá, mas meu instinto de autopreservação me impede. Eu abro a boca para chamar o nome de Harry, mas nada sai. Apertando minhas mãos em punhos, eu cravo as unhas em minha pele. A dor me desperta. Eu forço minhas pernas e com passos hesitantes eu ando até o canto mais escuro. A respiração fica cada vez mais alta e conforme eu me aproximo, os borrões ganham forma. Eu paro quando vejo Harry segurando uma barra de ferro presa a parede, erguendo o corpo em um ritmo constante. Seus músculos estão tensos, as veias saltadas. O suor corre livremente pelo seu peito nu. Eu sei o que ele está fazendo. Tirando a droga do corpo. 

Harry salta, assustando-me. Para bem a minha frente, seu peito quase encostando no meu. Eu dou um passo para trás e ele me segue. Sinto-me como uma corça presa com um lobo. Seus olhos estão trancados nos meus, totalmente negros. Eu não posso ver nada neles, nem reconhecimento, dor ou amor. Somente a raiva queima nessa escuridão. Totalmente selvagem. 

Harry vem para frente, assustando-me e fazendo-me ir para trás. Entretanto, ele não consegue me seguir. Seus pulsos estão presos por grossas correntes que estão cravadas na parede. Harry olha com raiva para as correntes e tenta dar um passo para a frente novamente, forçando-as, mas elas não cedem. Pelas marcas avermelhadas e o sangue em seus pulsos, posso dizer que ele tentou fazer isso várias vezes. Quando Harry puxa as correntes novamente, uma delas pressiona seu machucado. Ele grunhe de dor e desiste, caindo de joelhos. Um nó se forma em minha garganta e quando percebo, já estou agachada em frente a Harry, tirando a segunda chave do meu bolso. Contra todos os meus instintos, eu destranco suas algemas, incapaz de vê-lo nesse estado por mais tempo. Seus braços caem livres e ele se apoia no chão, trêmulo. Eu abro a boca para dizer que está tudo bem, mas eu engasgo quando ele abraça minhas pernas e se levanta comigo nos ombros. Em passos largos, ele chega até a cama e joga-me sobre o colchão. Minhas costas batem com força e eu não tenho tempo de recuperar o fôlego, pois ele já está em cima de mim, segurando meus pulsos acima da minha cabeça. Sua boca encontra a minha com força. O beijo não é carinhoso, suave ou com amor. É selvagem, possessivo e duro. Harry está me reivindicando. Seus lábios se movem sobre os meus com força, sua língua toma minha boca com aspereza. Harry morde meu lábio inferior, eu sinto dor e o gosto de sangue. Eu me forço a ficar parada e deixo que ele desconte sua raiva. Eu tensiono quando sinto pontas afiadas pressionarem meu pescoço, sobre o ponto de pulsação. Suas garras se afundam mais, quase perfurando minha pele. Harry apoia sua testa na minha, os olhos cravados nos meus. Tenho esperança quando vejo sua hesitação. Ele não vai te machucar. Ele não vai te machucar, eu repito.
— Eu confio em você. — eu murmuro.
Lembro-me de quando meu pai dizia "Feche os olhos e confie em mim, querida". Então eu o faço. Pressiono meus olhos fechados e acredito que Harry não irá me machucar. Sua respiração torna-se mais ofegante. Eu tento me agarrar ao Harry que sei que está lá dentro. 
— Está tudo bem, porque eu te amo. Eu confio em você. — sussurro, admitindo para ele e para mim mesma. 

Eu ouço Harry engasgando com a respiração e seu corpo tremer contra o meu. Suas garras apertam mais forte e rompem minha pele. Entretanto, Harry as tira rapidamente. Eu respiro aliviada quando seus braços me rodeiam. Ele pressiona o rosto contra o meu pescoço, grunhindo alto de dor, enquanto todo o seu corpo treme. Eu o seguro até que ele começa a relaxar, deixando-o saber que eu estou aqui e sempre estarei. 

Harry fica sobre mim durante um bom tempo, apenas respirando e me apertando de tempo em tempo, como se quisesse ter certeza de que eu ainda estava lá. Eu não ligo para a falta de ar ou a cãibra, pois eu apenas sinto como é bom ter o seu corpo quente pressionado contra o meu. Sua respiração começa a ficar mais lenta e uniforme, seus aperto relaxa contra o meu corpo, então eu sei que ele começou a dormir.
Eu não posso te perder, amor. — Harry murmura no sono.



Notas Finais


Hey, espero que tenham gostado!
Kisses >.<


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