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História Sweety - Ring The Alarm


Escrita por: stefanysslopes

Notas do Autor


FLAMENGUISTAS CLASSIFICADOS IRRAAAAAA


Mais um capítulo pra vcs ♥️

Capítulo 25 - Ring The Alarm


Fanfic / Fanfiction Sweety - Ring The Alarm

JUNE


Paris. France. 2020.


Ajeito meu terno pela terceira vez,  analisando minha maquiagem antes de finalmente criar coragem e sair do carro. Hoje eu teria que contar a minha atual condição com Júnior. Geralmente sou prática com tudo, não fico nervosa com qualquer coisa e meu toc por chegar em ponto me ajudava a me preparar.


Não estou atrasada, mas sinto que se demorasse mais 2 minutos eu surtaria. Desço do automóvel com a bolsa na mão e travo o veículo com a chave, guardando-a após. Cumprimento alguns funcionários e evito sorrir, pois seria um desperdício por conta da máscara em meu rosto.


Encontro-me com Navas no corredor e lhe dou um aceno, me segurando para não abraça-lo. Assim que chego na sala de reuniões, protego minhas mãos com álcool em gel.


Apenas 5 pessoas além de mim estão na sala: o vice-presidente do time, o diretor do RH, o advogado, o diretor geral e o agente de Júnior.


— Bom dia — cumprimento me sentando no minha cadeira.


— Agora que você chegou, senhorita Elway, podemos começar — franzi o cenho.


— Não vamos esperar pelo senhor Santos?


— Não, ele está fazendo exames como o resto do time — explica o vice. — Aqui somos só nós, o agente dele está aqui em seu nome.


— Tudo bem — murmuro.


— Agora, a palavra é toda sua, senhorita Elway — a advogada me olha com aquele olhar cínico dela. A odeio desde que sugeriu vendermos o Daniel naquela janela.


— Bom, como já é de antigo conhecimento de todos, fui contratada como auxiliar geral médico e midiático de Neymar Júnior — começo, desabotoando meu terno, que começava a me pinicar. — Com a pandemia minha estadia na casa do jogador teve que ser prolongada e, agora, estamos num relacionamento amoroso. E eu sei que isso foi muito anti-profissional da nossa parte, e entendo se reduzirem meu salário visto que não posso mais continuar com algumas de minhas funções.


— Prossiga, Elway — Francis me pede quando faço uma pausa. Olho de relance para o agente de Ney e ele parece tranquilo. Obviamente ele foi um dos primeiros a saber.


— Mas eu ainda quero continuar com os tratamentos de Júnior e o suporte em acessoria. Sou muito boa nisso, você sabe, e não quero de jeito nenhum perder esse contrato tão benéfico que temos — digo da maneira mais sincera e profissional que poderia. Eu realmente amo meu emprego e sempre tive muito carinho pelo time, desde a primeira que vim para cá.


— E nós também não queremos perder alguém tão boa no que faz, June. Mas, você sabe, precisamos saber como vocês pretendem levar esse relacionamento a mídia.


— Não levaremos, não agora e, se depender da boa sorte ao nosso favor, não de maneira expositiva. Ao contrário do que podem pensar, somos reservados e nosso relacionamento é algo íntimo, poucas pessoas sabem e pretendemos manter assim por enquanto. Nosso foco é a Champions League — dou de ombros.


A verdade é essa. Não queremos nos expor. Não seria saudável para nós dois nesse período tão delicado. Além de que estamos no começo, apenas alguns dias oficialmente. Precisamos e queremos esse tempo só para nós. Não quero paparazzos na porta do condomínio ou na do meu prédio - apesar de fazer tempos que eu não vou lá.


— Prometemos ser discretos.


— Acho que isso resolve tudo — Francis sorri ameno.


— Não gosto da ideia de um namoro entre funcionários — diz a maldita advogada.


— Você não tem que gostar de nada, não é o seu relacionamento que está em pauta aqui, Kaila — ralho para a mulher, que me encara sem gosto. Não suporto esse nariz empinado de rinoplastia.


— Se vocês dois aceitarem um contrato de restrições, acho que ficaríamos mais tranquilos — Pierre intervem.


— Acredito que um acordo verbal seja mais em conta — falo. Do jeito que a vida do Júnior era, capaz dele sair devendo pra esse time. E obviamente Francis sabia disso. Esse cachorro! — Acredite em mim, tudo o que eu menos quero é um escândalo.


— Veja bem...


— Escute, sei que está preocupado, mas ninguém desconfiaria do fato dele andar com a fisioterapeuta. Júnior tem tido algumas lesões e, como você pôde perceber teve reagido muito bem a última — pelo visto, teria que o convencer. — Iremos sair em público sim, óbvio, mas nada que denuncie que somos um casal.


— E vocês pretendem assumir um dia, certo?


— Claro, mas não agora — não sabia quando, na verdade. — Apenas nos dê uma chance, posso garantir que seremos discretos.


— Bem, se com discretos você se refere a imprensa tudo bem, já que aqui no CT... — Teny sorri maroto. — O bolão finalmente chegou ao fim!


— Até aqui?! — resmungo alto.


— O próprio Nasser apostou uma Ferrari — Pierre soltou divertido. — É uma pena que eu tenha perdido, coloquei quatro meses.


— Sobre o que mais ou menos era esse bolão mesmo? — eu sabia que iria me arrepender da pergunta, mas foi inevitável.


— De até quando vocês iriam durar nessa briga até caírem de amor — Kaila bufa quando Teny explica. — Ou de ódio. Teve gente que apostou que você quebraria ele numa das sessões de terapia apenas por implicância.


— Como alguém pode achar que eu sou capaz de algo assim? — resmungo chocada.


— Bem, você é meio feroz, June. E ninguém esqueceu daquele dia em que você fez o Daniel chorar — a assistente, Ronah, fala pela primeira vez, receossa. — Foi realmente muito... Revelador.


— Ah sim, esse dia — suspiro. Não foi um dia legal, mas eu tinha chegado no meu limite com Dani e despejei o que tinha que despejar. Claro que não foi minha intenção fazê-lo chorar, mas ele precisava mesmo ouvir aquilo. Foi como se, depois daquilo, Daniel finalmente conseguisse escolher um caminho para um raciocínio melhor e resolver com mais calma seus problemas.


— Acho que agora, podemos resolver os detalhes do acordo verbal — Amansio intervém. Concordamos todos.


No final, eu tinha me saído muito bem com os tubarões.


•••


Atiro meus saltos para longe assim que fecho a porta atrás de mim, encontrando o preto largado no sofá e tomando sua vitamina diária de suplementos. Me arrasto até ele e me ponho em seu colo, enterrando meu rosto em seu pescoço ao passo que ele me acolhe.


— Como foi lá?


— Cansativo — respondi manhosa. — Tive que fazer alguns relatórios e cronogramas com o departamento médico sobre sua rotina.


— Mas já resolveram tudo?


— Sim, agora eu posso dormir até sexta tranquilamente.


— O que tem sexta? — eu o olho zangada.


— O aniversário do meu pai, idiota.


— Ah. Tinha esquecido — sorri amarelo. Reviro os olhos.


— E ai, Junezinha?! — ergo meu olhar para trás e vejo Gil e Jotinha.


— Oi, meninos, vieram roubar nossa comida de novo? — brinco apontado para seus braços cheios de besteiras.


— Mas que audácia.


— Nossa, June — eles resmungam, sentando no sofá ao lado. Me estico para pegar uma barrinha de Gil e ele me estende a mesma.


— Vieram jogar na sala? — dessa vez pergunto mais séria.


— Lógico, vamo' jogar Poker — sorrio.


— Posso jogar também?


— Não — os três dizem em uníssono.


— Por quê? — choramingo.


— Porque você é uma ladra safada.


— E você sempre consegue fazer o Ney ficar do teu lado.


— Eu só concordei por concordar, somos uma bela dupla sempre — Gil pisca para mim.


— Ô Gil, tá tirando? — meu namorado fala e eu o cutuco.


— Você deveria estar do meu lado — resmungo.


— Ah, pinscher, você sabe que você rouba.


— Eu não roubo, sua praga! Vocês que são péssimos jogadores!


— Mas que calúnia — Jota exclama. — Ô Ney, se ela começar a tremer a gente vaza e você prende ela no quarto.


— Eu vou é prender sua língua na porta, ridículo — rebato, ouvindo a gargalhada dos outros dois. Bufo. — Se não querem a mim, vou lá pra cima jogar algo com o Henry.


— Vai jogar com Henry nenhum, vamos com a gente — Júnior diz em seguida. — Bora, povo.


— Mas, cara...


— Vou trocar de roupa, vão na frente — eu pulo do colo do jogador e ignoro seu resmungo, pescando minha bolsa e subindo as escadas as pressas. Tinha medo deles darem um jeito de me deixar de fora. Mas, vejamos, eu não sou uma ladra!


Eles é quem não sabem disfarçar.


E ainda se dizem jogadores de poker.


Troco a roupa do trabalho por um blusão de Júnior e um short confortável de algodão. Desamarro meu cabelo e retiro a maquiagem com um removedor em forma de pano úmido. Pego meu carregador e desço de volta para a sala. A mesa de poker ficava ao lado.


Hora do show!


•••


Os meninos me olham desconfiados, com os olhos semicerrados e a expressão fechada. Apenas dou de ombros e jogo meus cabelos para trás, dizendo:


— Dessa vez, quem mentiu melhor foi o Gil — meu parceiro de crime dessa rodada. Eu e o brasileiro precisávamos jogar mais vezes como dupla, ele é uma figura.


— Tá vendo? Por isso que eu não gosto de jogar com essa profissional das mentiras — Jota resmunga, cruzando os braços. Rio.


— Apenas aceite que eu sou melhor que vocês.


— Nunca! — os dois dizem, o que me faz rir mais.


— Se me derem licença, tenho que fazer o jantar — digo e ouço o suspiro de alívio.


— Enfim, a paz — taco minha almofada em Jota, que desvia.


— Sweety, quer jantar o que hoje? — pergunto ao abraçar meu namorado pelos ombros e me arrependo assim que as palavras saem da sua boca.


— Você já seria bom demais.


— Que nojo!


— Porra, Ney, você tem visita — os outros dois brasileiros exclamam.


— Idiota — dou um peteleco em sua cabeça. — Vai comer sopa por isso.


— Mas, amor... — ele faz uma voz manhosa, mas isso não me convence.


— Enfia esse amor no seu... Aí!


— Sem palavrões — ele me diz ao me beliscar. — E leva meu celular pra carregar lá em cima, acho que o carregador daqui 'tá com problema.


— Esculhambou outro cabo, Neymar Júnior?


— Foi o Gil que sentou em cima — aponta para o amigo, que exclamam:


— Ei!


— Argh, você só serve pra me dar prejuízo — pego o aparelho de sua mão e beijo sua bochecha rapidamente. — Daqui a pouco eu chamo vocês para comer.


— Ok, vai lá — ele pisca.


Estou nas escadas quando o celular de Júnior começa a tocar e estranho ver o nome na tela.


Um nome que eu não gostei nada mesmo de ver ali.


— Alô? — a voz feminina ecoa quando atendo.


— Oi, pois não?


— Hm, quem está falando? — e é sério que ela teve essa audácia?


— June Elway.


— Poderia passar para o Juninho, June? — Juninho? What a Hell?


— O que você quer falar com o meu... Ele?


— Acho que isso não é da sua conta — ela rebate.


— Sim, é da minha conta sim. Tudo o que tiver relacionado ao Júnior, carreira e pessoalmente. É alguma emergência?


— Olha, eu só quero falar com ele ok? Passe logo esse telefone e não enche — e eu me irrito de verdade. Talvez seja apenas a TPM (me recuso a dizer ciúme) que esteja falando mais alto. Mas logo me vejo dizendo:


— Se deseja falar algo, fale comigo visto que ele está ocupado, senhorita Cindy Bruna — ela parece bufar.


— Olha aqui, eu não sei quem você é, mas definitivamente não foi para quem eu liguei, sua intrometida, então se puder...


Eu desligo a chamada na cara da mal educada. Como assim ela não sabe quem eu sou?


Respire, June. Respire!


O que diabos essa... Essa mulher quer?


E por que caralho ele tinha o número dela?


Cindy Bruna... A modelo do balneário que ele fora alguns dias atrás.  Ah, mas esse filho de uma boa mãe vai ter que me explicar muito bem porque essa mal educada está ligando para ele. Ah se vai!


Será se... Não! Óbvio que não! Eu confio nele e sei que ele não faria isso. Não confio é nessa... Mulher. Porcaria, eu quero chamá-la de tantos nomes e não posso, pois sei que é errado.


Foda-se, eu vou xingar essa cretina em pensamentos.


E xingar o safado do meu namorado agora mesmo, completo voltando a descer as escadas, pisando duro.


Eu espero mesmo que ele tenha uma boa explicação para isso.


Ou eu juro que não respondo por mim.


Diga-me como eu deveria me sentir, quando você me fez ser sua. E imaginar você a tocando é o que eu mais odeioRing The Alarm, Beyoncé.



Notas Finais


Eita eita Ney 🌚

O que vcs acham heim?


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