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História Sweety - Prisoner


Escrita por: stefanysslopes

Notas do Autor


Ieeeeiiii

Desculpem não ter postado ontem, foi um dia chuvoso e péssimo pra se usar internet.

Esse é o mais proximo de como imaginei o quarto da June ♥️

Capítulo 9 - Prisoner


Fanfic / Fanfiction Sweety - Prisoner

JUNE


Paris, France. 2019.


— E é isso, sou casado — pisco várias vezes, para ver se não estou mesmo num transe. Júnior acabara de me contar que casou com a melhor amiga meses atrás em uma noite de bebedeira em Vegas, que só foi descoberto por conta da italiana estar resolvendo a venda de alguns imóveis aqui.


— Que merda...


— Dessa vez, a culpa não foi toda minha — ele sorri, o que aumenta minha raiva. Grunhi enquanto esfregava minha cabeça. Deus do céu, todo dia é uma dor de cabeça diferente!


— Você é impossível sabia? — solto. — Como que eu vou explicar isso pros meus superiores? — choraminguei para mim mesma.


— Não pode contar isso a ninguém, June — ele diz sério. — Absolutamente ninguém.

— Mas...

— Apenas eu, você e meu advogado sabemos disso e é assim que eu espero que permaneça de minha parte — é a primeira vez que o vejo falar tão sério desde... Bem, não lembro qual foi a última vez.

— Tudo bem, do que precisa?

— Que ajude achar meu corpo caso o Dybala não entenda legal — não consigo segurar a risada.

— E o que mais?! — pergunto risonha.

— Nada — sorri. E antes que o jogador saísse do meu escritório emprovisado na sua casa ele complementa: — Ah, eu já disse que gosto do som da sua risada?

Fiquei estática. Eu não esperava por isso. Na verdade, esperava qualquer coisa menos um elogio.

— Eu gosto, e muito — e me deixando completamente sem reação, ele sai. Que diabos?!

Não tenho tempo para pensar nisso, pois meu celular logo toca e o nome de Henry e Helena aparecem. Atendo a vídeo chamada e logo vejo minhas duas pessoas favoritas no mundo. Sorrio.

— Oi, galera — saúdo e os dois devolvem. Henry é o que puxa o assunto:

— Nós temos uma teoria.

— E qual seria? — pergunto curiosa. Esses dois pensando algo sem mim? Só pode significar que o alvo da teoria seja eu mesma.

— Você está afim de alguém — não disse? — E esse alguém é bem conhecido. A gente só não tem certeza de quem é.

— Ah jura?

— Eu acho que você está afim do Mbappé — o escocês diz. — E a Helena que é do Thiago.

— Thiago?! — arregalo os olhos. — Por que diabos eu estaria afim do Thiago?

— Ou é do Thiago ou é do Mauro — Helena ergue a sobrancelha. — O cara só pode ser casado.

— E por que você acha isso? — controlo minha voz para não gritar escandalosamente com a espanhola. Mas que porra está acontecendo?!

— Porque você ainda não deu para ele ou falou dele para nós! Simples!

— Já eu acho que você não conta que é o Mbappé porque ele é mais novo e você pode ter receio de parecer uma papa-anjo — olho Henry, que mexia seu café calmamente.

— Papa-anjo? Eu só sou sete anos mais velha que ele!

— Então você admite que é ele?! — a mulher me olha espantada. Bufo.

— Não! Claro que não é o Kylian! — nego. — E ele não é casado, muito menos o Mauro ou Thiago, por Deus!

— Então é solteiro — Henry segura o queixo com uma mão. — É algum amigo do Neymar?

— Ou um pobre? — Helena emenda rápido. Suspiro.

— Deus, onde foi que eu errei? — eu lamento olhando para cima.

— Para de drama e desembucha, somos seus amigos — a espanhola ordena. — Você nos deve isso!

— Por quê?

— Porque você é a única que não se apaixona! Precisamos de uma emoção nessa sua vida — Henry é quem constata. — Além do mais, estamos preocupados com sua felicidade, June.

— Eu estou feliz, ok?

— Sim, mas estamos nos referindo a outro tipo de felicidade — a morena sorri amena. — Só queremos te ajudar, amiga.

— Não podem me ajudar — decido me abrir. Eles são meus amigos, meus confidentes. Se eu não contasse para eles, contaria a quem? Meu pai e eu, por mais que tenhamos uma boa relação, não conversamos sobre garotos desde que sai de casa para a faculdade. Minha madrasta não sabe conversar com meus irmãos que vivem com ela, quem dirá eu que os visito algumas vezes por ano. E minha mãe... Não faço ideia do que ela diria. Mas suponho que seria algo "você precisa criar culhões se quiser ter forças para ir atrás do que te fará feliz". — É o Júnior.

— Eu sabia!

— Quem? — Helena e Henry gritam ao mesmo tempo. — Quem diabos é Júnior?

— O Neymar, seu burro — a espanhola rebate.

— Ah — ele estala a língua. — Caralho, meu sonho de ser sustentada por vocês vai se realizar!

— Eu não contaria com isso se fosse você — eu murmuro.

— Mas por que não?

— É complicado? — Helena pergunta e eu aceno.

— Já imaginaram o escândalo? E, acima de tudo, se ele não estiver afim?

— Você tem o ponto — minha amiga se ajeita no sofá caro e rosa dela. — Bem que meu pai diz que os privilégios da fama tiram a privacidade e tranquilidade do anonimato de forma cruel demais.

— Mas você gosta mesmo dele, Ju? — o escocês pergunta.

— Eu me sinto atraída por ele. Muito. E não gosto disso. Não posso perder meu emprego por estar fantasiando ser amassada pelo jogador contra uma mesa todo santo dia que o vejo — confesso quase me atropelando nas palavras.

— Uau — é tudo que sai da boca de um dos dois. Um silêncio se instala, ambos parecem processar o que eu disse.

— Pelo menos ele é bonitinho — murmura Helena. — Poderia ser pior.

— Como poderia ser pior? — eu realmente não sabia qual outra opção seria pior.

— Ele poderia ser um reserva que ganha menos que você e provavelmente te trairia na segunda semana de namoro com uma biscate de balada. E então jogaria você fora da vida dele porque a carreira seria mais importante que o relacionamento fracassado de vocês — Helena parecia ter entrado num modo automático. — Aí você o veria ir embora e ficaria sozinha com as malditas lembranças de um relacionamento fodido.

— Quase isso — Henry sorri amarelo. — Ele tem olhos verdes, acho que vocês teriam bebês bonitos.

— Por que está falando de bebês?

— Bebês são sempre um assunto fofo — ele dá de ombros. — E além do mais, não quero pensar em você e o perna de pau juntos. É difícil vizualizar ainda.

— Não tem que vizualizar o que não vai acontecer — não de novo.

— Pelo menos um beijinho? — Helena faz um bico. Ela parecia ter voltado "ao normal", mas eu sabia que por dentro, a espanhola ainda lutava contra alguns sentimentos sombrios.

— Está maluca? Um beijinho da nossa June e ele estaria aos pés dela implorando por mais — Henry fala e eu rio por dentro. Até parece!

— Pode até ser, mas...

E eles realmente discutiram bastante. Passamos quase duas hora do telefone, conversando sobre coisas alheias. O assunto "Neymar" tinha sido deixado de lado quando ambos chegaram ao consenso que eu era boa demais para viver ao lado do brasileiro e que se ele me quisesse, teria que lutar muito.

Mal sabia que eles que Júnior não precisava falar mais que algumas palavras, mais que alguns toques ou gestos e eu cederia a ele.

•••


— Por que mesmo nós estamos aqui? — o brasileiro pergunta quando estacionamos na frente do meu prédio. Reviro os olhos pela sua impaciência e respondo:


— Preciso pegar mais algumas coisas em casa, como alguns produtos de beleza — ele bufa como uma criança e me segue de braços cruzados. Sorrio para o porteiro e aceno para minha vizinha antes de adentrar o elevador.


Abro meu apartamento e sorrio ao ver minhas coisinhas. Eu havia dado duro por cada coisa aqui, então valorizava meu cantinho. A vista para a Torre foi uma faca no meu orçamento, mas não pensei duas vezes antes de assinar o contrato. Como eu me mudo de país com certa frequência, era de se esperar que eu apenas alugasse meus lugares, mas não. Eu compro todos eles, e então quando me mudo os alugo e ganho uma renda por isso.


Tudo é questão de gerenciamento.


— Pode ficar aí no sofá enquanto eu arrumo as minhas caixas — digo para o jogador, que se joga sem a menor cerimônia aonde indiquei. Sigo pelo corredor até meu quarto, choramingando ao ver minha cama e minhas plantinhas ao redor dela. Eu não podia criar rosas pelo tempo de Paris, então as pintei nas paredes da casa. Em todo canto. Elas representam minha mãe.


Ela sempre me dizia que eu era sua rosa de junho. Nunca soube bem o porque dela gostar desse mês, mas o carinho que ela demonstrava naqueles dias era... Lindo, puro.


Minha mãe tinha um jardim de flores no nosso quintal, me lembro de correr todos os dias por ele enquanto ela regava e cuidava das rosas.


— Rosas são como vejo as mulheres de nossa família, de que apesar de parecerem apenas lindas e delicadas, elas tem espinhos bem dolorosos para se defender — foi o que ela me disse uma vez. E eu nunca mais esqueci. Acho que hoje entendo que nossos espinhos são o jeito agressivo que lidamos em situações incômodas e desconfortáveis. Deus, bastava olhar para como eu agia com o "ousadia e alegria".


Depois de fechar a última caixa, decido chamar Júnior para carregar as duas maiores e vejo-o cochilando, com as mãos cruzadas na barriga e o chapéu cobrindo seu rosto. Ri de como ele ficava fofo com a boca semiaberta.


— Hey, mané, acorda — o balanço pelo ombro até ouvir seu resmungo. — Vem, as caixas estão feitas.


— Aleluia — ele resmunga com a voz rouca e então levanta do sofá, seguindo-me a passos arrastados. Evito pensamentos de batê-lo nas pernas por estar fazendo isso no meu piso. — Você tem muitas rosas na parede, gosta delas pra caramba né.


— eram as favoritas da minha mãe — dou de ombros. — Elas me lembram dela.


— Então, você deve sentir muita falta dela — ele constata sorrindo eu apenas aceno com a cabeça. Sentia mesmo, muita, mas já havia me conformado que Deus a levou pra um lugar melhor. — São desenhos bem bonitos.


— Eu mesma quem escolhi os detalhes, Helena foi quem pintou — ajeito a caixa em seu colo. — Ela é uma boa pintora.


— Profissional — assobia. — Talvez eu a chame um dia pra pintar lá em casa.


— Pra você ela deve cobrar — pisco e ouço sua risada.


A maldito risada que me fazia sorrir como boba, hipnotizada por ela. Odeio chegar a uma conclusão como essa. A prova de que estou caindo, perdendo minhas defesas.


Estou ficando sem armas. E tenho medo dele descobrir isso.

Tenho medo de me entregar sem lutar até o último minuto.

E tudo por causa de um maldito par de olhos verdes e lábios rosados.


Aprisionada. Não consigo tirar você da minha mente. Deus sabe que eu tentei um milhão de vezesPrisoner, Miley Cyrus feat. Dua Lipa.



Notas Finais


Quem precisa de jornalistas quando se tem amigos? KKKK

e essa cena dos dois? Lembra algo?🌚

Logo logo tudo vai ficar inédito!

Tô demorando pra finalizar gente, a saudade que eu to sentindo enquanto escrevo ta grande!


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